História Serena - Que o jogo comece

     Hades passou o dia fora, o que eu achei ótimo, na noite passada quando simplesmente me “entreguei” a ele, não senti tanta dor, pelo menos não uma dor que possa ser curada com remédios ou algo do tipo, aproveitei aquela tarde sozinha para explorar a casa de Hades, sim eu sei que é loucura, mas não posso ficar aqui parada, mas então eu entendi o porquê de Perséfone me alertar sobre os capangas, eles por fora pareciam homens comuns, mas bastava olhar para eles para perceber o que tem de errado com eles, todos possuem dentes com presas afiadas, os olhos vermelhos como sangue, lembra a aparência de vampiros, mas pelo que percebi eles não se alimentam de sangue mas de carne humana, ou de animais ainda crus, são repugnantes, ate mesmo o cheiro é horrível, quando passei por eles alguns se voltaram para mim com expressões indescritíveis, outros me lançavam sorrisos nojentos.

     Entrei em um quarto com uma grande janela de vidro, sem pensar duas vezes corri ate ela e tentei abrir, mas parecem enferrujadas. Fui ate uma penteadeira e peguei a primeira coisa que vi, uma caixinha de madeira entalhada a mão e me preparei para jogá-la contra o vidro.   

_O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – gritou Perséfone, ela tomou a caixinha da minha mão e a colocou novamente sobre a penteadeira, ela se voltou para mim com raiva _ então, o que queria no meu quarto?

_não sabia que este é o seu quarto  –se bem que olhando melhor, é um quarto muito parecido com o meu, a cama de casal com o lençol vermelho, o quarda roupas de madeira, uma penteadeira e um banheiro não muito grande

_depois de ter ajudado você, ainda tenta destruir o que tenho de mais sagrado – ela disse bufando.

_a janela? – perguntei confusa, ela me puxou pelo pulso me despachado para fora do quarto a força, em seguida batendo a porta com força na minha cara.

     Eu teria respondido, ou simplesmente socado a cara dela, mas tenho coisas mais importantes para resolver, continuei a caminhar pelos corredores, avistei uma imensa porta revestida em ferro, prata com desenhos muito estranhos,  tive que usar muita força para empurrar a porta, me deparei com um quarto muito grande, a cama parecia ter uns três metros com balaustres de prata ao redor (quatro para ser exata) varias cabeças de animais entalhados nas paredes, um grande lareira com um tapete peludo branco próximo a ela, alem de uma poltrona, um mine bar com varias garrafas com todo tipo de bebidas e taças do outro lado vários livros e pergaminhos em uma prateleiras, com todas as paredes em tons de cobre e duas janelas altas.

_gostou? – gelei só de ouvir aquela voz, esse quarto só pode ser o dele.

_sim – disse quase como um miado

      Ele soltou as portas pesadas e veio ate mim, ficamos a centímetros um do outro. Hades segurou o meu queixo com força antes de me beijar, em algum momento ele mordeu o meu lábio inferior ate sentir o gosto do meu sangue, ele lambeu os meus lábios saboreando o meu sangue como se fosse um vinho, ele se afatou sorrindo e apontando para a cama indicando que eu deveria me sentar, e foi o que eu fiz, ele foi em direção ao mine bar e voltou de lá com duas taças de champanhe me estendendo uma taça.

_da ultima vez que você me ofereceu uma bebida não acabou muito bem - disse examinado o liquido.

    Ele começou a rir alto e bebeu um gole do meu champanhe para provar que está limpo.   

_menos mal – disse antes de beber um gole.

_no geral não permito a entrada de ninguém no meu quarto, mas já que esta aqui mas no seu caso – ele começou a morder minha orelha enquanto me ajeitava na cama, suas mãos começaram a explorar o meu corpo com voracidade me causando um misto de pânico e arrepios. Ele se afastou irritado quando ouvimos a porta bater com força e um daqueles capangas entrar.

_É BOM QUE ISSO SEJA IMPORTANTE – gruniu Hades  

       O capanga se retraiu é disse:

_Zeus está aqui