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História Serenata - Rabbia.


Escrita por: keepsake

Notas do Autor


Alô, alô, graças a Deus.
FINALMENTE CHEGUEI COM UM NOVO PROJETO CHANBAEK! E estou surpresa por não ser de drama (tragédia).
A ideia surgiu quando li algo sobre serenata, e como eu gosto de escrever histórias em cenários diferentes, Serenata tornou-se realidade.
Será um enredo até que clichê, porém farei o possível para não ser tanto assim. Mas eu espero que vocês gostem, pois eu estou AMANDO escrever essa fanfic!

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- A história será passada em Ligúria, Itália;
- De vez em quando, gírias italianas aparecerão na história. Não se preocupem, os significados sempre estarão nas notas finais;
- Estou escrevendo o terceiro capítulo. Só postarei o segundo quando eu terminar o terceiro (para que a história não seja finalizada tão rápido assim);
- A fanfic deve ter no mínimo (ou máximo, não sei ainda) 4 capítulos;
- Nessa história, Chanyeol e Baekhyun são italianos descendentes de sul coreanos. Pois é.
- Os capítulos serão curtos;
- Rabbia significa raiva, em italiano;
- O povo dessa fanfic é meio doido;
- História narrada pelo Chanyeol.

Bem, acho que é só. Leiam as notas finais!
Eu espero do fundo do meu coração que gostem desse meu mais novo projeto.
Boníssima leitura!

Capítulo 1 - Rabbia.


Fanfic / Fanfiction Serenata - Rabbia.

SERENATA

capitolo uno.

 

 

"O ódio revela muita coisa 

que permanece oculta ao amor."

Leonardo da Vinci

 

 

 

 

Todo dia era a mesma coisa. Meus ouvidos já não aguentavam mais ouvir aquela gritaria ecoando por todo o vilarejo ao chegar da madrugada. Isso vinha acontecendo há uma semana. E acredite, eu já havia tentado de tudo:  tentara dois travesseiros em cima da minha cabeça, tapara meus ouvidos com algodão; fechara as frechas da minha janela de madeira com fita isolante, mas nada disso funcionou direito. E só de lembrar de quem era o motivo para aquilo tudo, toda a minha raiva parecia duplicar. O pior era que eu nada poderia fazer para dar um fim àquilo e o tal motivo parecia não se importar com o escândalo rotineiro.

"Baekhyunnie! Baekhyunnie! Eu te amo! Se tu me amas de volta, por favor, apareças para mim!" O ser desconhecido falou em um megafone.

"Mas que merda..." Falei, entre dentes, com o rosto enfiado entre meus dois travesseiros e um edredom cobrindo todo o meu corpo.

"Baekhyunnie, desta vez eu lhe trouxe uma canção. Eu espero que goste!" Anunciou, fazendo-me sentar de supetão, meus olhos mais arregalados que o normal. E eu pensava que aquilo não poderia piorar...

A voz irritante tornou a ecoar, alguns segundos após  o toque de instrumentos musicais:

"A você que é meu grande amor, e meu amor grande... A você que pegou a minha vida e a fez muito mais..."

Aquilo foi a última gota. Abri a janela de qualquer jeito, gesto o qual até sete dias antes eu faria para me acalmar. Meu quarto era de frente para o mar, e eu amava abrir as janelas na parte da manhã para sentir o cheiro da água salgada e observar aquela vista de tirar o fôlego dos até mais antigos na região.

Olhei para baixo, em busca daquela algazarra.

"Seu imbecil, dá para calar a boca? Eu estou querendo dormir!" E foi como se eu gritasse para o Universo. Nem mesmo eu ouvi minha própria voz. 

Meus olhos cansados vagaram pelas casas vizinhas; algumas pessoas estavam debruçadas sobre suas respectivas janelas com um sorriso bobo nos lábios. Bufei por ser o único sensato daquele lugar. O povo italiano é dado às fortes emoções, o que, para mim, era um exagero na maioria das vezes.

A passos firmes e irritadiços, direcionei-me ao lugar do qual eu menos queria chegar perto: a casa de Byun Baekhyun, uma das pessoas mais irritantes do mundo - só perdendo para o infeliz que o chamava aos berros.

A entrada para a casa do Byun era no lado oposto da rua principal, numa viela que se iniciava na mesma. Ao chegar, pouco me importei em socar a porta com força. Soquei não só duas ou três vezes, como cinco, e apontei o dedo para a madeira.

"Byun, é o Chanyeol. É melhor você dar um fim a essa gritaria agora, ou então você que vai se ver comigo!"

Nenhuma resposta. Apenas o barulho abafado que vinha do outro lado. 

"Você está me ouvindo?!" Aumentei o tom de voz. Mais uma vez, nada. Grunhi de raiva. "Você vai se arrepender disso, seu nanico!"

A minha vontade era de entrar com tudo na casa dele e dar-lhe uma boa surra, porém provavelmente alguém iria ver a minha invasão. De problemas eu já estava cheio, e, como eu não queria mais um, apenas retornei ao meu aconchego, irritado e morrendo de sono. Eu falaria com Byun Baekhyun ao amanhecer, e sem falta.

 

 

 

 

Desde pequeno fiz e quis o bem de todos ao meu redor. Sempre fui uma pessoa tranquila e educada com todos. Baekhyun era uma exceção. Ele me fez acreditar em ódio à primeira vista.

De princípio, até cogitei que poderia ser impressão minha. Baekhyun, entretanto, fez questão de me mostrar que não. 

Minha implicância começou quando, certa vez, estava chegando do trabalho e encontrei-o conversando na rua principal, de frente para o mar, com alguns conhecidos meus da vizinhança. Como eu ainda não tinha lhe cumprimentado desde que ele se mudara para o vilarejo, aproveitaria a situação para fazê-lo. 

Meus amigos acenaram assim que me viram ao longe. Baekhyun, que sorria, ficou emburrado no mesmo instante em que viu para quem acenavam, como se eu fosse uma presença desagradável para si, ainda que sem motivos. Contudo continuei indo ao encontro dos meus amigos, decidido. Não deixaria de falar com eles por causa de Baekhyun.

"Chanyeol!" Cumprimentou-me Alessandro, meu melhor amigo, levantando-se para me receber em um abraço. Ele era um rapaz de boa aparência, sempre andava bem arrumado, e seus olhos azuis reluziam em qualquer momento do dia. Era como se possuíssem brilho próprio. A verdade é que Alessandro passava o dia sorrindo, muito carismático, e esse ato refletia em seus olhos. Impossível não se sentir querido com ele por perto.

"Como vai a vida?" Perguntei ao terminar de cumprimentar os outros. Dei um meio sorriso para Baekhyun, que nem fez questão de correspondê-lo. A sua antipatia para comigo já estava começando a me irritar.

"Ah, você sabe, o mesmo de sempre. E a sua?"

"Também. Estou atolado de coisas que precisam ser arrumadas na floricultura."

Eu herdara a floricultura dos meus pais, e desde então toco o negócio da família para frente. Eles ficariam orgulhosos se vissem como as vendas cresceram nos últimos meses.

"Imagino. E as vendas, como estão indo?"

"Boas. A primavera está chegando, aí já sabe, muitos casais passam por lá."

"Isso é bom."

Sorrimos.

"Oh, deixe-me lhe apresentar. Provavelmente vocês já se esbarraram por aí, pois são vizinhos, mas... enfim." Riu. Alessandro tinha razão. Nós já havíamos nos esbarrado por aí, e digamos que não foi um encontro emocionante entre vizinhos. "Chanyeol, este é Baekhyun. Baekhyun, este é Chanyeol."

Estendi-lhe a mão e forcei um sorriso. Nunca foi de meu feitio faltar com educação.

"Prazer. Seja bem-vindo."

Seus lábios se curvaram em puro descaso e seus dedos tocaram os meus como se eu fosse doente, além de ter sido um contato muito rápido. Questionava-me em pensamentos se Baekhyun tivera uma boa educação na infância ou se tinha algo de errado comigo.

Alessandro pigarreou, sem jeito com o clima pesado que nos rodeava.

"Chanyeol, Baekhyun estava me dizendo que é descendente de sul coreanos. Você também é, não é?" Comentou, querendo melhorar a situação.

"Sim, eu-"

"Alessandro, já estou indo." Interrompeu-me. Ele desceu da pequena mesa de concreto e apoiou a mão no ombro do meu amigo. "Estou cansado por causa da mudança e amanhã tenho de procurar um novo emprego. Foi bom conhecê-los. Até mais!"

Olhei-o com indignação.

"Me desculpe, Chanyeol. Eu não entendo, ele mudou do nada." Alessandro voltou a dizer, quando Baekhyun sumira de nossas vistas. "Achei até que ele fosse alguém ideal para você, sabe?" Sussurrou.

Alessandro foi o primeiro a saber sobre a minha sexualidade. Como sempre esteve presente em minha vida e sempre compartilhávamos segredos um com o outro, senti-me confiante em lhe contar. Sabia que Alessandro jamais me julgaria de maneira errada. E foi ele quem me ajudou a contar aos meus pais e a superar meus medos. Ele é um ótimo amigo, e serei eternamente grato pelo que já fez por mim em nossos dezoito anos de amizade. Hoje em dia temos vinte e quatro anos de idade, e tudo permanece o mesmo.

Fiz uma expressão desgostosa com o seu comentário.

"Eca. Perdeu a noção das coisas?"

Ele se virou para os nossos outros conhecidos e acenou em despedida. Fiz o mesmo. "Nós nos vemos por aí, pessoal." Apoiou-se em meu ombro, ao mesmo tempo que caminhávamos para a minha casa. "Chanyeolli, chanyeolli... Eu não sou gay, mas sei reconhecer um homem de boa aparência. E o jeito dele, antes da sua chegada, aparentava ser idêntico ao seu. O rapaz era simpático, bom de papo e bem humorado. Lembrou-me você."

"Existem muitas pessoas assim ao redor do mundo, Alessandro." Bufei, procurando a chave da minha casa.

"Babucchione!¹" Exclamou, falsamente irritado. "Isso é um fato. Mas o jeito dele realmente é parecido com o seu, você tinha que ter visto!"

"Oh, claro, muito parecido. Eu pude ver." Encaixei a chave na fechadura e a girei. "O filho da mãe nem segurou a minha mão direito, parecia estar com nojo dela. Eu realmente sou educado desse jeito. Com certeza. Sem dúvida alguma."

Empurrei a porta e entrei. Alessandro veio logo atrás, achando graça da minha irritação.

 

Agora, três anos depois, encontrava-me encostado à parede da casa de Baekhyun. Já estava me preparando para levar um fora ou ser ignorado, pois o tempo passou, mas a antipatia dele por mim, não. Pelo contrário, só havia aumentado.

Irritado com a demora do outro, bufei e encarei os ponteiros de meu relógio. Sete horas. Será que ele havia passado a noite fora e foi direto para o trabalho?

"Jongin, me esqueça! Eu já disse que não!" Uma voz irritante adentrou os meus ouvidos. Virei-me para onde ela vinha. Era Baekhyun sendo acompanhado por um outro rapaz. Devia ser o maldito que atrapalhava as minhas noites de sono.

"Mas, Baekkie, eu te amo!"

É... Era ele mesmo. Reconheceria aquela voz para sempre.

Os olhos de Baekhyun conectaram-se aos meus e foi quando a situação mais estranha do mundo ocorreu. Ele os arregalou e correu em minha direção, pareceu ver a salvação em mim. Escondeu-se atrás de mim e colocou as mãos em minha cintura, deixando-me visivelmente incomodado e assustado.

"Chanyeol, diga a ele que eu não posso, mostre a ele que você é o meu namorado. Ele não quer acreditar em mim. Faça-o parar!" Apoiou a cabeça em minhas costas e suspirou.

O quê?!

 

 

 

 


Notas Finais


¹Babucchione: tolo, bobo.

A música que o Jongin cantou para o Baek: A Te - Jovanotti.

Eu sugiro que vocês procurem mais fotos de Ligúria, vale muito a pena. Eu fiquei boba com a beleza desse lugar.

~
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~

Bem, acho que é isso. E aí, o que acharam? <3 Devem estar confusos, não é mesmo? O próximo capítulo esclarece MUITA coisa, sério.
Postarei o próximo capítulo assim que terminar o terceiro. Juro que não demoro!
Mil beijos, e até a próxima!


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