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História Serendipity - Acaso


Escrita por: wonuenthusiast

Notas do Autor


Alôzinho.
Eu sempre quis escrever uma fic e essa é a minha primeira. A ideia era ser uma oneshot meanie, mas acabou que eu tive umas ideias a mais.
Espero que vocês não se decepcionem. kfjgbdkjfgb

Capítulo 1 - Acaso


"Você é um céu cheio de estrelas
           Porque você ilumina o caminho"

_

Era o tipo de pessoa que escreve porque lê e lê porque a realidade já não lhe é interessante. "Ama palavras", diria alguém. "Não vivo sem elas", certamente seria sua resposta. E era assim mesmo.
           Foi graças à sua entediante rotina que resolveu escrever. Os livros são particularmente caros e houve uma época em que ele não tinha nada para ler em sua estante. Isso reforçou a vontade que já possuía de escrever, ação pela qual os seus amigos mais íntimos não tardaram a apoiar, visto que ele era ótimo com palavras.

Escreveu não só um, mas cinco livros depois dessa época. Jeon Wonwoo tinha um fraco por romances policiais e alguns jornais menos conhecidos alegavam que ele era o melhor no gênero. Num lugar onde ninguém lia frequentemente, Wonwoo levava sua vida de escritor mediano, em um apartamento da parte mais sossegada da capital, com seus dois gatos.

E agora se encontrava sentado em seu lugar favorito - a escrivaninha que se posicionava perto da janela que dava pra rua - preparando mais um capítulo do seu romance mais recente, "A Torre". A história era envolvente e muito boa, mas ficava difícil se concentrar em seu trabalho quando seu revisor estava ali, deitado no sofá com as pernas para cima, reclamando das coisas aleatórias da vida.

- Apenas esclareça uma coisa pra mim, Wen Junhui.- disse sério, se virando para o chinês que agora levantava Hiro sobre sua cabeça.- Por que mesmo eu deixei você entrar na minha casa enquanto estava trabalhando?

- Porque eu sou seu melhor amigo e você não me deixaria lá fora - disse o rapaz sem tirar os olhos do gatinho que era sustentado pelos seus braços - e também porque eu ameacei ligar para sua mãe para falar que você não está se alimentando direito.

- Mas eu estou! E não deixo de fazer meus exercícios matinais também! - o moreno reclamou, exasperado.

- É, mas nem dá pra perceber, do jeito que você é magrelo e esquelético desse jeito. - Jun riu, deixando Hiro voltar a passear pela casa.

Wonwoo suspirou, desistindo.

- Certo. Mas eu acho que você não veio aqui só para insultar o meu porte atlético, não é?

- Não. Mas o fato de você não saber o quê eu estava falando antes é exatamente o motivo do que eu vim fazer aqui.- o rapaz loiro se sentou, finalmente olhando para o amigo. - Você não presta mais atenção em nada. Fica o dia todo escrevendo ou lendo. A gente nem sai mais.

O moreno sabia que essa ultima parte era a que Jun mais sentia falta. Ambos eram amigos desde os 14 anos, quando o chinês o defendeu de uns valentões da escola que atormentavam Wonwoo por ele ser muito quieto. Foi Jun quem mais o encorajou a escrever e Wonwoo era muito grato ao suporte que ele havia dado. Sabia que o mais velho nutria sentimentos não recíprocos por ele desde a adolescência, já que o mesmo havia se declarado, mas isso não impedia que sua amizade com Junhui fosse forte e uma das melhores coisas que conquistara na vida. O chinês havia aceitado e superado, mas Wonwoo ainda se sentia culpado, principalmente porque não estava dando muita atenção ao amigo desde que começou a escrever.

- Eu sei. Eu sinto sua falta também. Mas eu juro que depois desse eu dou um tempo, tá?- Wonwoo piscou para o amigo - E então a gente pode preparar uma viagem ou algo assim. Sempre quis conhecer a Itália.- continuou, se levantando e indo direto para a cozinha.- Vou fazer chá. Quer um pouco?

Junhui bufou pela mudança rápida de assunto. Mas não conseguia ficar triste com o amigo por muito tempo e sabia que se insistisse na discussão, Wonwoo ficaria chateado.

- Se você tivesse café, eu aceitaria. - levantou-se - ou talvez não, porque eu sei o quanto você é péssimo fazendo café. - disse, rindo com a lembrança repentina da última vez que o moreno tentou preparar a bebida.

- Você não é muito melhor. - parecia levemente envergonhado, mas não deixou de rir também. Parou abruptamente, ao notar que o amigo se encaminhava para a porta.- Já vai?

- Já, eu sei que você precisa trabalhar. E eu também, já que nem abri para ler aqueles capítulos que você me enviou ontem à noite.- o loiro suspirou.- Até mais.

- Até.- deu um abraço sem jeito no chinês e deixou que ele abrisse a porta enquanto se encaminhava de volta para a cozinha.

Ainda no batente da porta, Jun hesitou.

- Wonwoo?

- Sim?

  - Só... Não se envolva demais escrevendo, tudo bem? Se cuida, tá?

Wonwoo assentiu e o mais velho saiu em silêncio, como se não quisesse ter estado ali.

***

Sempre caminhava à noite para organizar as ideias. Mas dessa vez, tomar um ar fresco pelas ruas de Seul não solucionara nem um pouquinho que fosse o seu bloqueio mental. Estava escrevendo desde o horário que Jun saiu, porém cada vez mais diminuía seu ritmo, até chegar em um momento em que não conseguiu pensar mais em nada. O estresse havia extorquido todas as boas ideias para a história que tinha e agora o capitulo se encontrava incompleto. Chegou em casa completamente cansado e resolveu tomar um banho para ver se funcionava contra a dor de cabeça.

Estava ansioso mais uma vez e deixou que a água escorresse pelo seu corpo com se estivesse lavando sua alma. Não queria fazer nenhum movimento e sabia que era errado permanecer tanto tempo embaixo do chuveiro gastando água. Mas não ligava, porque o quê Jeon Wonwoo mais queria naquele momento era relaxar e deixar que os pensamentos se organizassem. Sempre que a caminhada não resolvia, o banho era a chave. E era mesmo, porque depois de alguns instantes debaixo do chuveiro a história começou a se destacar na sua mente. E com ela, o ponto onde havia parado, o ponto que Wonwoo não conseguia desenvolver para empurrar a história para frente.

Até então, o livro contava com a história de uma mulher que tentava fazer justiça com as próprias mãos quando a polícia não demonstrava dar nenhum tipo de suporte para a investigação do assassinato do seu noivo. O problema atual era que Wonwoo não conseguia escrever porque estava entediado com ela. A história era realmente muito boa, até Jun concordava. Wonwoo sabia que ela tinha potencial e não iria desistir dela. Mas o rapaz não conseguia achar graça no modo como a estava escrevendo, não conseguia torná-la interessante. Faltava alguma coisa.

Wonwoo argumentava contra si mesmo, elaborando ideias e as descartando logo depois. Não conseguia chegar em uma solução viável. Estava perdido graças ao estresse. Precisava urgentemente de um milagre e não sabia como arranjar um.

"Talvez eu deva recomeçar tudo de novo?" perguntou a si mesmo. A resposta veio logo em seguida. "Isso te deixaria mais frustrado. E Jun ia te matar." ​Sabia que era verdade, o amigo odiaria ter lido todos os capítulos anteriores minuciosamente por nada. " Mas então, o quê?"

Assim que viu a aranha caminhar pela parede do seu banheiro, Jeon Wonwoo se sentiu um tolo por não ter pensado nisso antes. Havia lido, à muito tempo atrás, uma reportagem que falava sobre um serial killer que deixava aranhas mortas petrificadas como forma de assinatura. Vários homens inocentes haviam sido presos injustamente até um investigador amador ser inteligente o bastante para juntar todas as peças do quebra-cabeça.

Havia pensado em um assassino que tivesse contato com a polícia, policiais comprados que não davam a devida atenção para o caso, uma mulher desesperada por justiça e pistas obviamente culpadas que não faziam sentido nenhum. E agora se repreendia por ter esquecido um elemento muito importante. "O que é um romance policial sem um detetive misterioso, Wonwoo?" ​E foi ali que descobriu seu milagre. Um indivíduo desconhecido que vinha para ajudar quando nenhuma outra ajuda viria. Alguém que apareceria de repente e seria suspeito só por fazer alguma coisa quando ninguém estava fazendo nada. Alguém que estaria estranhamente interessado em resolver o caso. E, de quebra, alguém pelo qual a personagem principal poderia resolver um sentimento repentino e previsível.

Animado com a ideia, Wonwoo sorriu para si mesmo. Tratou de terminar o banho, já que precisava voltar ao computador o mais rápido possível.

 


Notas Finais


Não levei muita fé nesse capítulo, tô me segurando para não postar o próximo. dfkjgbjfjgb Mas eu espero que tenham gostado.
Qualquer erro, não deixem de me avisar, por favor.


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