História Serial Killer - New House

O carro de papai sacolejava sobre a rua asfaltada com pedras, ignoro suas falas dizendo que este seria um ótimo lugar para morar e foco minha atenção ao celular esperando alguma mensagem de alguém que eu nem sabia quem era.

-Tu veras, irá adorar esta casa, Elizabeth adorou-a. - meu pai sorria feito um imbecil.

-Tu falas como se eu e Elizabeth concordamos com frequência, não é mesmo. - reviro meus olhos castanhos.

-Cassiopeia não comece, você já está com quase 19 anos e já está na hora de se acostumar com minha nova esposa.

-Só Cassie pai, Cassie, e eu prometo que me esforçarei. 

-É bom te ouvires falar isso.

Papai para em frente a casa vitoriana recém comprada e concordo com Elizabeth, ela realmente é muito bonita, ajudo meu pai a pegar algumas caixas que restaram e entramos na casa.

-Você pode escolher qualquer quarto, desde que não seja o principal ou onde há muitas caixas, lá será meu escritório. - papai avisa.

-Tudo bem. -digo e subo os degraus da casa, entro no lado esquerdo e vejo uma segunda sala e um lugar, que imagino ser o quarto principal, com duas grandes portas. Volto para o corredor, dessa vez pegando a direita e vejo algumas porta, e a única entreaberta contém diversas caixas espalhadas pelo chão e livros sobre a escrivaninha presente no quarto, abro uma porta em me deparo com uma casa de banho, passo para a próxima e encontro um quarto que mesmo sem nada dentro já o detesto, vou para a porta do meio existente do outro lado do corredor e encontro um quarto com uma janela em que o sol bate e reflete no único móvel existente ali, um espelho.

Largo as caixas queEU o arrumo minhas coisas e papai e alguns montadores me ajudam com os móveis assim que eles chegam, no final restam apenas algumas caixas co livros e retratos e minhas roupas para distribuir no closet.

-Gostarias de alguma ajuda? - pergunta papai.

-Não obrigada, tenho certeza a a tua rapariga é quem precisa. - sorrio e pisco para ele, ele ri de volta.

-Tudo bem, irei ajudar-la, só mais uma coisa, depois de terminar seu quarto poderias ir na padaria que fica na rua atrás e comprar coisas para o café?

Afirmo e ele sai do quarto, depois de organizar o imenso quarto e suas 'subsalas' (N/A: eu chamo a casa de banho e o closet assim, ok? Ok.), tomo um banho relaxante e  visto-me, pego meu celular e minhas chaves, e saio de casa. Vou caminhando até a padaria e encontro facilmente o caminho, para em frente ao balcão e peço tudo o que acho necessário, o que é muito, pois não como desde que cheguei. Vejo um jornal e me aproximo para vê-lo.

Supostos assassinatos voltam à acontecer

Após dois anos de sossego para a cidade, a temida assinatura volta a aparecer, o que será que nos aguarda pela frente? 

Por enquanto à polícia não tem ideia de quem possa estar a fazer isso, mas de uma coisa ela garante, tranquem bem suas casas, pois o '£Z.E.M.S' voltou e não está aqui para brincar.

-Jornais e sua grande capacidade de aumentar os seus conteúdos. - um homem fala atrás de mim, ele está tão perto que sinto sua respiração e seu hálito de menta.

-Não acho que estejam a exagerar. - comento, ele ri e com sua voz linda, rouca e doce diz.

-Você não é daqui, não é?

-Não, sou de Lisboa. 

-Sabia, seu sotaque não engana,  então quer dizer que você é a nova moradora da primeira casa de Rosewood?

-C-como você sabe?

-Cidade pequena, e muita fofoca. - ele pisca e vai pegar algo, saindo do estabelecimento e me deixando confusa, pego minhas coisas e pago, quando saio da padaria um carro para em minha frente.

-Quer carona?

-Minha mãe me disse para nunca aceitar carona de estranhos.

-Ela deve ser uma boa mãe. - ele pisca.

-Sim, ela era. - ele parece entender e murmura um desculpe. -Tudo bem, não foi culpa sua Seriais Killers terem-na matado.

Entro no carro e ele olha para mim.

-Seriais Killers?

-Sim, faz mais ou menos dois anos e alguns meses, ela e meu pai vieram para cá passar o feriado com meus avós, afinal ela nasceu aqui, e então em uma noite ela sai para comprar coisas no mercado sozinha e não volta mais. Eu tinha ficado em Lisboa para uma festa de aniversário e eles vieram.