História Serial Killer: Uma história de matar. - A sensação de estar viva.

Capítulo um.

Bathory City:

A noite de nove de novembro estava gélida, o vento estava cortante e o estacionamento do consultório onde Imogen Perez trabalhava estava deserto. Era o momento perfeito. A secretária fazia hora extra no trabalho, mas não tinha problema, ela podia esperar.

Here we are alone now, just you and me
Down the halls we waltz, your end is in my dreams

A melhor caçada era aquela feita com calma e paciência. Não podia cometer nenhum erro.

I wanna be like him, he had a dreadful life
I wanna learn to shoot, i want to use a knife
I like the smell of fear that makes you paralyzed
I am the boy next door who put that fear in your eyes

A menina no momento, estava encostada em um poste de luz, em quanto terminava de beber sua garrafa de uísque, admirava sua máscara. Era irônico, muitos falam que as máscaras servem para esconder quem você realmente é, mas para Allyson era totalmente ao contrário. Quando colocava sua máscara, podia ser quem era. Podia liberar o monstro inquieto que estava dentro de si. Um monstro com sede de sangue.

I hope you can leave all this for yourself
I'll be your slave and then dig your grave
While we're makin' love, i dream revolver

A hora era agora. Imogen havia acabado de sair do consultório, e andava calmamente em direção ao seu carro, em quanto mexia em seu celular, então com uma tranquilidade assustadora, a loira colocara sua garrafa de uísque dentro de lado, vestira sua máscara e pegara seu melhor amigo que até agora estivera encostado ao poste, um machado para cortar lenha, e começou a segui-la. Pegaria a mulher quando estivesse na porta de seu carro.

They say i'm crazy, falling apart
Do you like the way i murdered your heart
I'm smart and cagey, i come in the night
If you let me in, you'll give up your life

Com cautela, a menina andou até as costas da mulher, ergueu a parte de seu machado que era feita de madeira e bateu na nuca da mesma, fazendo-a soltar seu celular, bater a cabeça na porta do carro causando um grande corte. A mesma não entendendo o quê acabara de acontecer, revirou-se no chão, gemendo.

- Mas o quê? – Perguntou a si quando virá o vulto de Allyson, mas quando sua visão focará  e virá uma menina loira, olhando-a de dentro de uma mascara tenebrosa e segurando um machado, gritou e se levantou, correndo para qualquer lado.

Mas a garota não se estava preocupada, havia garantido que a mesma não teria para onde fugir quando trancara os portões de arame. Seguindo-a calmamente, a mesma arrastava a lâmina de seu machado no asfalto, fazendo um alto barulho. Imogen só se desesperava mais com isso, e Allyson só degustava mais, a cada segundo que passava, a menina aproveitava.  Degustava cada segundo do desespero da mulher de trinta e cinco anos .

He like to roll in the mud, up to his chin
Now i open my head and let his voodoo in
I rode those sissy bars all the way to hell
Sweet mother justice, i've heard it all
There's nothing left to tell

Ao chegar nos portões de arame, Imogen percebera que a menina o havia trancado, e vendo-se sem saída, começou a escalar o portão com a intenção de pula-lo. Mas era tarde demais para se salvar. A morte era certa, ela apenas não sabia.

I hope you didn't need all this for yourself
And the man with the star says he knows who you are
But i just keep singin' la dee dee dah

Allyson, percebendo que sua vitima tentava fugir, ergueu seu machado e com uma força inacreditável cortara o calcanhar da mesma, ouvindo logo em seguida um grito que beirava a dor extrema, que aos ouvidos da menina, era a mais bela música.

They say i'm crazy, falling apart
(boom, boom, bang, bang screams in the dark)
Do you like the way i murdered your heart
(if you let him in, he'll murder your heart)
I'm smart and cagey, i come in the night
(bang, bang, boom, boom screams in the night)
If you let me in, you'll give up your life
(if you let him in, you'll give up your life)

Caída, com lágrimas escorrendo por seu rosto e soluços escapando por sua boca, Imogen começara a se arrastar pelo asfalto, machucando seus braços e pernas, deixando atrás de s um rastro de sangue.

Ela não conseguia se controlar. Não queria se controlar. O sangue a atraia.

He's not the man you see at home
He's someone else inside
His life's no longer his own
He's someone else inside
Creepin' up when you're alone
And now he stands inside
He wants to take you to hell
But for him it's heaven

O som do machado sendo arrastado era o pior para a mulher, então como se fosse um verme, ela se arrastara mais rápido, machucando-se mais.

- Não, por favor não! – Gritava desesperada, em busca de piedade.

Sorry to say but you're not the only one
You're not the lonely one that turned my light on
While I turned yours off, off, off...

Com cuidado, Allyson seguia o rastro de sangue sem molhar seu All Star preto com o mesmo. Essa era a parte que mais gostava! A parte em que suas vitimas imploravam por suas vidas, momentos antes dela olhar em seus olhos e ver a luz dos mesmos partindo. Passando ao lado do calcanhar que agora encontrava-se no chão, ela sorriu satisfeita.

- Tick tick tick. – Falara a loira, com a voz fria. – Esse é o som da sua vida chegando ao fim. – Ao ouvir o grito da mulher, ela sorrira, erguera seu machado e observou a vida deixando o corpo da mulher, assim como o sangue jorrando quando enfiara seu velho amigo no crânio de Imogen, partindo sua cabeça.

Boom, boom, bang, bang screams in the dark
If you let him in, he'll murder your heart
I'm smart and cagey, i come in the night
(bang, bang, boom, boom screams in the night)
If you let me in, you'll give up your life
(if you let him in, you'll give up your life)

Ao retirar seu machado de lá, erguera sua cabeça para o céu, respirara fundo e sorrira. Era ótimo se sentir viva. Dando ás costas ao corpo inerte de Imogen, arrastara seu machado até a câmera mais próxima, entortara um pouco a cabeça demonstrando cinismo, e fora em direção do carro da mulher agora já morta, colocando dentro do banco do motorista seu calcanhar. Ligou o som no volume máximo ao som de Hells Bells, do Ac/Dc e saiu do mesmo, deixando a porta aberta. Voltando ao poste que deixara sua garrafa de uísque, viu uma grande pedra e sorriu novamente. Pegando sua garrafa e colocando e sua bolsa de ferramentas junto ao seu machado, pegou a mesma e atirou-a na janela do escritório, disparando o alarme. O barulho agora era estridente.

They say i'm crazy, falling apart
(boom, boom, bang, bang screams in the dark)
Do you like the way i murdered your heart
(if you let him in, he'll murder your heart)
I'm smart and cagey, i come in the night
(bang, bang, boom, boom screams in the night)
If you let me in, you'll give up your life
(if you let him in, you'll give up your life)

Colocando sua bolsa sobre seu ombro, Allyson se dirigira para os portões e arame, abrindo os mesmos e saindo, indo em direção ao seu carro que estava parado a cinco esquinas dali. Chegando no mesmo, entrou em quanto tirava a mascara e guardava a mesma na bolsa, fechando-a logo em seguida. Ligou o som e quando viu que tocava The Nobodies, do Marilyn Manson, aumentou o som e começou a cantar junto a música com um sorriso estampado em seu delicado rosto. Ao jogar sua bolsa de ferramentas no chão, a menina ligou o carro e fora embora dali tranquilamente, mas não antes de passar no Mc Donalds para comprar um lanche para ela e para sua irmã mais nova. Havia acabado de lembrar que precisava fazer um relatório para a faculdade sobre os ossos do corpo humano com o prazo de entrega de dois dias, iria dar um pouco de trabalho, mas pelo menos a parte do calcanhar ela conhecia bem.