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História Sete Finais - 11 - Sessão 1


Escrita por: caploom

Capítulo 11 - 11 - Sessão 1


Fanfic / Fanfiction Sete Finais - 11 - Sessão 1

E se você disser algo que possa ser verdade
É difícil tentar decifrar quais partes eu deveria acreditar
Porque você está me dando um milhão de razões

— Million Reasons

Seoul, Capital da Coréia do Sul

Respirou calma. Estava desconfiada. Olhava para o corredor já pela quinta vez em cinco minutos que haviam se passado. Yoon estava sentada em sua cadeira esperando o sinal tocar, suas mãos estavam até doendo pela força a qual colocou nos dedos para lavar as peças de roupas de Jimin, mas não foi suficiente, as coisas continuaram meio sujas e com cheiro nada agradável, então, colocou as mesmas em uma sacolinha e as guardou dentro de sua mochila. Daria um jeito quando chegasse em casa.

Mas o motivo para estar tão desconfiada não era por conta das roupas. Em meio a tantos acontecimentos horríveis, Yoon estava desesperadamente atrás de afastar futuras surpresas. Sua vida estava um caos, e tudo o que é ruim pode piorar.

Como sempre, fora a primeira a terminar a atividade juntamente com Namjoon, além do mais, era algo fácil. A professora de sociologia, Pei Sulli, era acostumada a facilitar as coisas para seus alunos, ainda assim, haviam aqueles com suas naturais dificuldades.

Olhando para frente, Soyoon conseguiu sossegar um pouco sua ansiedade e travou o corpo em alguma posição. A professora, levantou a cabeça e acenou com um sorriso para sua aluna, Soyoon acenou também vendo a mais velha voltar a atenção para os papéis em que mexia.

← Aconteceu algo de importante hoje? Desculpe, não pude te avisar que tinha uma consulta marcada.

O aparelho de Yoon vibrou no bolso de dentro do blazer, agradeceu mentalmente que o mesmo estivesse no modo vibratório. Leu a mensagem de Wee San e negou com a cabeça. Se preparava para responder, mas uma sensação de estar sendo observada tomou conta de sua cabeça. Yoon ergueu o olhar e virou-se de uma vez, na mesma hora se deparou com os olhos puxados de Taehyung vidrados sobre seu rosto.

Soyoon arregalou os olhos e Taehyung balançou a cabeça dando um sorriso debochado. Diante do susto, a menina desistiu de responder sua amiga e apenas focou na janela da sala. O bom de se sentar ao lado da janela, era que podia ponderar o tempo que quisesse se distraindo. Ouviu alguns gritinhos e viu que quadra de gramado estava ocupada pelas líderes de torcida e por Jimin, Seokjin e Hoseok que pareciam jogar algo como Handebol com uns outros garotos da sala deles.

Soyoon analisou os passos de Linn enquanto a mesma dava ordens como uma verdadeira capitã, podia observar também os momentos em que Jimin perdia algum lance por observar de longe sua namorada completamente encantado e apaixonado.

— O senhor ainda não terminou sua atividade, Kim Taehyung? — Soyoon voltou sua atenção para dentro da sala ao ouvir a professora chamar a atenção de Taehyung.

— Não estou com cabeça pra fazer isso. — ele respondeu.

— Você nunca está, não é mesmo? O que há demais em escrever uma redação e me entregar?

— Não é o que há demais e sim o fato de eu não querer fazer. — vi o momento em que a professora pareceu contar até dez.

— Faça um esforço, huh?

— Eu não entendo nada de sociologia e não quero fazer esforço nenhum. — o garoto birrento cruzou os braços e revirou os olhos. Professora Pei estalou a língua no céu da boca.

— Soyoon, querida... Será que pode se sentar ao lado de Taehyung e ajudá-lo um pouco? — Soyoon arregalou os olhos. Foi completamente pega de surpresa com o pedido da mulher.

— É... Soyoon... Você é tão inteligente, deveria me ajudar. — Taehyung provocou sarcasticamente. Yoon engoliu seco e rodou os olhos pela mesa à procura de uma boa desculpa.

— Desculpe, professora. Não estou me sentindo muito bem hoje, não acho que vou conseguir ajudá-lo. — fez uma careta cabisbaixa e logo a professora pareceu estar preocupada com a aluna.

— Ah, querida, desculpe. Quer ir à enfer...

— Eu posso ajudar o Taehyung, professora! — a voz da professora foi interrompida pela a de Uya que mantinha a mão levantada e parecia eufórica. — Terminei meu exercício e posso ajudar ele!

— Ahn... Tudo bem, Uya. Ajude o Taehyung. — Yoon viu Uya se levantar de seu lugar num piscar de olhos e pegar uma cadeira para se sentar ao lado de Tae com um sorriso no rosto.

“Wee San não se sentiria muito bem vendo a tal amiga dela fazendo de tudo para ficar perto de Kim Taehyung.” Soyoon pensou após perceber o interesse profundo de Uya para com o garoto.

Professora Pei levantou-se lentamente de seu lugar e andou até Soyoon, abaixou-se ao lado da menina e tocou seu braço com delicadeza.

— Não está bem mesmo? Quer ir até a enfermaria? — a mais velha perguntou, Yoon balançou a cabeça.

— Professora, não precisa...

— Vá e tome algum comprimido ou talvez peça permissão para ir embora, tudo bem? — prestes à negar novamente, Yoon desistiu e apenas assentiu se levantando. Professora Pei se preocupava muito com seus alunos, especialmente Yun Soyoon que sempre se mostrou ser alguém que merecesse ser bem tratada.

Soyoon se levantou com cuidado e levou a mão até o estômago, a sensação ruim ainda não havia passado, mesmo depois de ter vomitado bastante. Professora Pei observou o movimento de sua aluna e suspirou.

— Kim Namjoon, já que você é um dos únicos que também já terminou a redação, acompanhe Soyoon até a enfermaria, por favor. — Soyoon arregalou os olhos. Namjoon olhou incrédulo para a professora.

— Eu tenho cara de guarda-costas? — ele respondeu.

— Namjoon... sei que não mas... tenho medo que ela passe mal no caminho, por favor... — Namjoon revirou os olhos e se levantou bruscamente indo até a porta e cruzando os braços à espera da menina. Soyoon andou até a porta e observou de longe Taehyung olhá-la com fúria nos olhos.

Taehyung analisou os passos de Soyoon até que ela finalmente saísse da sala e automaticamente socou a mesa a sua frente fazendo a atenção das pessoas virem de encontro a si. Revirou os olhos e questionou as pessoas com o olhar amargo fazendo-as desviarem suas atenções.

Uya tocou o ombro do menino fazendo-o olhá-la e deu um sorriso tímido. Ela levou a mão até o caderno do mesmo e soltou um risinho.

— Ah... Você não fez nada ainda. — comentou baixo. — Bem, eu vou te ajudar.

— Eu não quero sua ajuda. — Tae respondeu rápido como uma criança mimada e fechou a cara.

— Vamos lá. Assim a professora te dará uma boa nota! — sorridente, Uya apontou para o caderno.

— Por que você não sai daqui? Eu quero que a Yun Soyoon me ajude. — ele exclamou e virou o rosto para o outro lado.

— Eu posso te ajudar.

— Sai daqui! — ele bateu na mesa com força. — Só vou fazer isso quando Yun Soyoon se sentar ao meu lado e me ajudar.

— Taehyung... Seja mais educado com Uya, ela só quer te ajudar e Soyoon não pode fazer isso por você. — Professora Pei falou se direcionando à Kim e Uya.

— É verdade, professora. Eu não vou mover um músculo enquanto Soyoon não vier me ajudar. — Taehyung falou novamente e olhou para frente cínico.

— Você vai acabar ficando sem notas. — ele deu de ombros jogando a cabeça para trás.

~◈~

Depois que Soyoon e Namjoon saíram da sala, Namjoon foi andando na frente em passos largos e despreocupados. Soyoon quase corria para acompanhá-lo, mas ao sentir sua barriga doer novamente, parou um pouco ofegante e se curvou.

— Podemos deitar um pouco aqui no chão se você quiser. — sugeriu Namjoon debochado.

Ela passou a mão pelo rosto e olhou para o menino o vendo voltar e chegar perto.

— Na verdade, você pode voltar para a sala e dizer pra professora que me deixou na enfermaria.

“Essa bolsista é retardada?” Namjoon se perguntou.

— Você ouviu...? — Yoon perguntou baixo sonhando com a possibilidade de vê-lo voltar para a sala.

— Menina, você quer ter um treco aqui no corredor mesmo? Vamos logo, e se você vomitar em mim, eu te empurro no vomito que cair no chão.

— Mas...

— Eu te levo até lá, menina tola. — ele falou rapidamente e arregalou os olhos ao ver os olhos de Soyoon encherem de lágrimas.

— Tá tudo bem... tá tudo bem... — Yoon cochicou para si mesma ainda curvada e se colocou de pé com cuidado.

Por sorte, Namjoon não falou mais nada e ficou parado esperando. Séria, Soyoon andou alguns passos ficando de frente para o garoto e acenou com a cabeça.

— Eu só disse que não estou bem para não ter que ajudar o Taehyung com a atividade. — ela confessou baixinho.

— Então, você tá quase morrendo, por quê?

— Isso é algo suportável. Então... você pode voltar pra sala...?

Eles trocaram um olhar rápido.

— Bolsista idiota. — Namjoon passou por ela esbarrando em seu ombro e voltou para a sala num instante.

Yoon deslizou a mão para a barriga novamente. Teve que se segurar para não arfar. Mas quem precisa da ajuda de um dos sete babacas mesmo?

Andava em passos calmos para qualquer lugar da escola, estava tudo muito silencioso pelos corredores já que era horário de aula. Soyoon não tinha mais certeza sobre o lugar onde sentia dores, parecia ser no estômago e às vezes parecia ser simplesmente uma cólica, mas ficava pior a cada passo.

— Fica difícil lidar com tantas emoções... — falou baixo. Era verdade. Os dias estavam parecendo um redemoinho de coisas ruins, só a ida ao colégio já maltratava a menina. E ela não conseguia parar de pensar no tanto de coisas que tinha que se preocupar.

— Vamos entender que sou uma idiota... — falou baixo mais uma vez e parou em frente a porta do teatro da escola. Respirou fundo e ficou surpresa ao encontrar a entrada destravada, sendo assim, adentrou o local e deu um sorriso ao se manter no lugar quente e bem organizado.

Mas as cadeiras estofadas pareciam menos atraentes que o palco, Yoon não pensou duas vezes e acelerou os passos em direção ao palco enorme, infelizmente, a única luz presente no lugar vazio era fraca demais para iluminar tudo, mas não tão escura para impedir que Soyoon permanecesse.

Em seguida, ela desceu do palco e olhou para a escada um pouco visível nos fundos do mesmo, andou com cuidado até o lugar e subiu os degaus também cuidadosa. Percebeu que foi parar na parte técnica do lugar, haviam vários botões, fios e cordas, com certeza era o local onde controlavam os efeitos das peças. Era até encantador o tipo de coisa.

Yoon olhou para cima vendo o teto baixo do lugar com uma brecha, era estranho, sendo assim, a garota pegou um pequeno banquinho e mexeu no espacinho aberto o sentindo mais solto ainda, o pedaço do teto se soltou e Yoon percebeu que a parte realmente saía. A menina deu um sorriso travesso indignada por ver como sua dor havia sumido por alguns minutinhos de adrenalina.

Curiosa, ela não pensou duas vezes antes de se pendurar e entrar pelo espaço no teto, o lugar era pouco claro, baixo e pequeno. Quando Yoon entrou totalmente, ficou abaixada enquanto olhava ao redor e sorria orgulhosa de si mesma, acreditava ter achado um pequeno esconderijo onde poderia ser só seu, mas foi rápido quando seu sorriso se desfez ao avistar um menino deitado, dormindo.

Soyoon paralisou olhando o ser adormecido.

Era Min Yoongi.

Ele parecia dormir tranquilamente, parecia estar num sono muito profundo já que sua respiração era calma e profunda. Soyoon franziu os lábios ainda olhando para o rosto do menino. Inacreditável.

— Você vai ficar me olhando por quanto tempo? — ele questionou abrindo os olhos e suspirando ao ver Soyoon dar um pulo e levar a mão até o coração.

— V-vo-você... Me des...

— Não, não é preciso falar.

— Me desculpa, eu não sabia que...

— Fica quieta. — interrompeu a garota. — Você atrapalhou meu sono, então fica calada.

— Okay.

O branquelo fez algumas criticas com olhar em direção à menina.

— Mais essa agora... — ele debochou baixo.

— Eu pensei que não houvesse ninguém aqui.

— Eu fico aqui desde que me entendo por gente, era um canto só meu. Pensei que ninguém nunca acharia. — ele falou fechando os olhos e cruzando os braços.

— Já entendi que se trata de um lugar seu, então, eu vou sair. Não sabia que esse lugar existia e que você ficava aqui.

Yoongi abriu os olhos e a fitou.

— Se soubesse que eu fico aqui não teria vindo?

— Não... — ela sussurrou mexendo nos próprios dedos.

— Se fosse o Jimin que ficasse aqui você teria vindo, huh?

Os olhos de Soyoon quase saltaram. Seu rosto ficou totalmente vermelho na mesma hora.

— O que você tá falando?!

— Ah, não fica tímida. — ele deu uma risadinha cínica. Soyoon se virou com o intuito de sair e Yoongi voltou à expressão normal. — Aonde você vai?

— Eu não sou tonta, sei que tá debochando de mim. Vou sair daqui e não se preocupe, não vou contar pra ninguém sobre esse lugar.

— Você é tão influenciável assim? Tenha em mente que assim como eu achei esse lugar um dia, você também achou agora...

— Do que é que você tá falando? — Soyoon perguntou impaciente.

— Tô falando que meu sossego acabou. — Soyoon bufou brava e se sentou com os braços cruzados.

— Tem razão. Eu também tenho direito de ficar aqui! — exclamou raivosa.

Yoongi negou com a cabeça fechando os olhos novamente. Quase pensou que o lugar seria só seu sempre, só que essa regra parecia ter sido ultrapassada. O menino pálido abriu os olhos rapidamente ao sentir algo tocar brevemente sua perna, viu Soyoon se curvar um pouco entre suas pernas e arregalou os olhos se afastando um pouco mais da garota.

— Ah meu Deus! Dá pra ver o teatro todo daqui! — ela exclamou olhando pela brecha de madeira que havia na parede.

— Mas é claro. — ele resmungou revirando os olhos.

— Como ele é lindo! — ela juntou as mãos encantada mas logo se afastou voltando para o lugar onde estava.

— Acabou? Nunca viu um teatro na vida?!

— Por que você e seus amigos são tão ignorantes?! — perguntou horrorizada.

— Não se preocupe. É improvável que algum de nós vá se esforçar pra ser educado com você.

Deixando o medo transparecer, a menina engoliu seco olhando para baixo.

— Você está determinando isso agora?

— Escuta só, eu acabei de decidir que pra você ficar aqui, haverão algumas regras. — Soyoon fez uma cara de tédio ao ver o assunto mudar de rumo rapidamente. — A primeira regra é que ninguém mais pode saber deste lugar. A segunda é que qualquer comida que seja trazida pra cá deve ser compartilhada, mas isso serve só pra o que você trouxer, ou seja, você não pode tocar em nada que é meu. Não venha para cá no intervalo, às vezes fico aqui dormindo e não gosto de ser atrapalhado nesse horário. Não é necessário que a gente se fale enquanto estivermos aqui. Faça o mínimo de barulho possível se conseguir e por último mas mais importante... não dê nomes pra este lugar.

Soyoon não sabia se concordava ou se assentia, então apenas ficou quieta e olhou para frente.

— Eu posso fazer uma pergunta?

— Huh?

Ela suspirou e prosseguiu.

— Posso criar regras também?

Isso foi o bastante para Yoongi olhar para cima cansado e coçar a garganta.

— Não. E mais uma regra, nada de perguntas. Agora fica calada. — o branquelo colocou os braços dobrados atrás da cabeça e fechou os olhos novamente, pronto para dormir.

Soyoon precisava conversar, mas estava ciente de que não podia fazer isso no momento, então apenas deitou de alguma forma aconchegante e fechou os olhos também.

Depois de cinquenta e cinco minutos, Min Yoongi despertou parecendo descansado, olhou para o lado vendo a morena dormir tranquilamente e bagunçou o cabelo enquanto bocejava.

— Por quanto tempo mais ela pretende dormir? — Yoongi perguntou baixo para si mesmo e passou pela garota saindo do local com cuidado e a deixando sozinha.

“Eu deveria ter acordado ela? Ou não é da minha conta?” se perguntou quando já estava um pouco mais distante, mas logo esqueceu ao avistar Hoseok e ir até seu amigo animado.

~◈~

Mesmo que Yoongi não tivesse acordado Soyoon, ela acordou sozinha dez minutos depois que o mesmo saiu do lugar. Parecia perdida ao despertar, mas foi rápida em sair do lugar em um susto e fechar bem a entrada para não deixar rastros, andou rapidamente em passos largos vendo os corredores cheios, parecia que havia acabado de tocar o sinal.

A dor em sua barriga parecia mais leve, pelo menos.

Um aperto em seu braço foi sentido e ela olhou para trás vendo um dos representantes da chapa dos estudantes analisá-la com cuidado.

— Yun Soyoon! — ele sorriu mostrando seu aparelho dental. — Eu preciso te avisar que você e Park Jimin precisam começar com o projeto para o evento do início do ano.

— O quê? Mas... Ele nem sabe ainda que somos os responsáveis pelos eventos do ano! — ela diz com olhos de reprovação.

— Ah, ele já sabe, não se preocupe. — o garoto responde animado. Felizmente, Soyoon vê os alunos de sua sala saírem e dá um sorriso nervoso.

— Tá legal. Nós vamos resolver isso, agora eu preciso ir!

Ela puxa o braço e se afasta indo para a sala e se sentando cansada em sua cadeira. Joga a cabeça para trás e dá alguns tapinhas em si mesma enquanto fecha os olhos. Ela estava completamente de queixo caído após ter passado tanto tempo no mesmo local que um Sete Elite, mesmo que não mostrasse isso literalmente. Ficou sem reação após lembrar do episódio, eles não se mataram e isso já havia sido uma grande surpresa.

— Eu fiquei com uma bela nota vermelha por sua causa, bolsista. — Soyoon arregalou os olhos ao ouvir a voz extremamente grossa de Taehyung.

— Como eu posso ter feito você ficar com uma nota vermelha? — ela quase gritou enquanto arrumava o próprio material o colocando na mochila.

A porta se abre, e Hoseok e Yoongi entram na sala. Soyoon olha para Yoongi e abaixa a cabeça sentindo como se todo mundo soubesse que ela havia mentido sobre ter ido à enfermaria.

— Você não estava se sentindo mal. — Taehyung afirmou e fez uma careta indignada. — Não me ajudou à fazer a lição então eu me recusei à fazer com outra pessoa.

— Então, a culpa é totalmente sua. — Soyoon consegue dizer ainda nervosa.

— Tsc. — Taehyung apoia a cabeça em uma das mãos e observa o rosto da menina. — Você aprontou?

— Eu não aprontei. — ao contrário de Taehyung, Hoseok e Yoongi ficaram calados esperando a conversa acabar.

— Ou aprontou?

— O que é? Vai me castigar? — Soyoon esbravejou enquanto se levantava. — Que novidade.

Ele olha para ela, em seguida olha para seus amigos.

— Aonde você vai? — ele questiona também ficando de pé. Soyoon fica parada arrumando a mochila nas costas pensando se diria que precisava ir para o clube de informática, já que era quase uma obrigação, mas então seu celular tocou.

— É minha irmã. Eu vou atender.

Virou de costas saindo da sala sem dizer mais nada. Taehyung bufou e saiu da sala atrás da garota.

Yoongi olhou para Hoseok com o cenho franzido e respirou fundo avistando uma agenda rosa em cima da mesa de Yun. Era uma agenda pequena, antes que Hoseok percebesse o ato, Yoongi enfiou a agenda no bolso e coçou a garganta se sentando.

Após sair da sala, Soyoon andou rápido se afastando o máximo que pudesse do local para atender o celular e poder falar tranquilamente com sua irmã. Ela não costumava ligar, e qualquer coisa preocupava Yoon.

[— O que foi, pirralha? Aconteceu alguma coisa?]

[— Unnie, eu tive que te ligar antes que chegasse em casa. Mamãe e papai não vão querer te contar, mas eu ouvi uma coisa e não posso guardar segredo. Yoon, ouvi dizer que o dono da casa está querendo aumentar o aluguel e se nossos pais não aceitarem, teremos que sair daqui!]

Soyoon engoliu seco ficando em silêncio por algum tempo. Levou uma mão até a testa se pôs à pensar sobre o assunto sem perceber.

Sabia que esse tempo chegaria, o dono da casa onde morava sempre foi exigente em relação ao pagamento do aluguel e seus pais tinham costume de atrasar uma vez ou outra, o único com um trabalho fixo em casa era seu pai, sua mãe ajudava mas a loja de artesanato não lhes dava dinheiro o suficiente. Sendo assim, as coisas ficavam cada vez mais difíceis.

Soyoon se virou ainda com a mão na testa e travou avistando Taehyung parado com as mãos nos bolsos e seu sorriso debochado nos lábios.

[— Yoon, você tá aí? O que vamos fazer?]

[— Eu prometo tentar resolver isso quando chegar em casa, pirralha. Tenho que desligar, se cuida.]

Yoon se despediu de sua irmã sem tirar os olhos do garoto a sua frente. Desligou a ligação e interrogou Taehyung com o olhar.

— Você me deixou falando sozinho.

— Eu sei. — ela andou passando ao lado dele à procura de sair de onde estava, mas o mesmo segurou seu pulso.

— Você vai acabar atraindo mais problemas. — Taehyung avisou, Soyoon semicerrou os olhos encarando o moreno.

— Você tá enganado se pensa que você é o único problema que eu tenho na minha vida. — ela puxou o próprio pulso e saiu sem dizer mais nada.

Soyoon abaixou a cabeça ainda sem pensar no que havia dito, sentindo que sua cabeça poderia explodir em qualquer momento.

Quase pediu pra que todos os seus problemas desaparecessem, mas sabia que eram tantos os que tinha, que era quase impossível isso acontecer.



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