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História Sete minutos no céu - Capítulo único


Escrita por: MidoriShinji

Notas do Autor


Mais uma one, dessa vez para o desafio 1 do evento de Halloween do grupo Curtidores da Sasuhina/BR, OFFICIAL®. Bom Halloween, e boa leitura! <3

Capítulo 1 - Capítulo único


Enquanto estava sentada no escuro, de olhos vendados, dentro do armário de limpeza da casa de Sakura, Hinata realmente questionou suas decisões para aquele dia 31 de outubro. Na sua imaginação, o Halloween, e consequentemente sua primeira festa de Dia das Bruxas, deveria ser bem mais emocionante do que um jogo de sete minutos no céu em que nada acontecia.

A bem da verdade, ela havia recusado participar desse jogo de início: essa fantasia americanizada nem mesmo fazia parte da sua realidade, e não fazia ideia de como jogar. Além do mais, parecia uma péssima ideia ficar trancada com alguém num armário por sete minutos. Pode não parecer muita coisa, mas sete minutos muitas vezes pode ser tudo que alguém precisa para transformar sua vida de maneira radical. Mas, com a insistência de todos, acabou concordando em participar, e as regras começaram a ser explicadas.

— Bem, primeiro a gente vai sortear quem vai para dentro do armário. Eu tenho aqui sete cartas, dois, três, quatro, cinco, valete e rei. Quem pegar o valete vai para o armário, e tem que esperar lá. Quando essa pessoa entrar, vamos sortear de novo, e quem tirar o rei entra, assim quem está lá dentro não vai saber quem entrou. E a partir do momento em que a porta é fechada... Os sete minutos começam a ser contados. — Sakura disse, com um sorriso malicioso.

— Espera, então a gente não vai saber quem está lá, dattebayo? E se a gente confundir quem entrou ali, 'ttebayo? — Naruto falou, em tom de desaprovação.

Ao contrário do que ele esperava, esse era justamente o ponto alto do jogo para a Haruno. — Só vai fazer o jogo mais interessante, ora. Vamos, eu vou embaralhar as caras aqui na frente de todo mundo, para todos terem certeza de que não estou trapaceando. — ela falou, misturando as cartas sobre o chão, no meio da roda que todos faziam — Agora cada um escolha sua carta.

Dito isso, todos os sete pegaram suas cartas, escondendo-as o melhor que podiam. Sasuke mantinha-se com uma expressão neutra, mas a decepção estampada no rosto de Ino, Naruto e Sakura, e o alívio nos rostos de Kiba e Sai indicava uma verdade bem óbvia já. Assim que viu aquela figura do jovem escudeiro, Hinata já sabia que, seja por acaso ou ironia do destino, seria a primeira "escolhida".

— Quem tirou o valete? — Sai questionou.

A Hyuuga exibiu a carta. — Eu.

Sakura não perdeu tempo, desamarrando o lenço que usava no pescoço, parte de sua fantasia improvisada de vaqueira, e amarrando nos olhos da amiga. Apesar de ser um lenço quase transparente, era suficiente para fazer com que ela não enxergasse muita coisa, e com isso, Hinata foi mandada para dentro do armário e as luzes apagadas. Tateou as paredes e conseguiu usá-las para sentar-se no chão sem esbarrar em nada, ajeitando o vestido o melhor que podia. Suspirou, pensando em como ainda tinha que devolver aquela fantasia de Alice depois; para um pedaço de pano curto demais para seu gosto, tinha pago um preço bastante alto, mas era o que conseguira de última hora.

Do lado de fora houve silêncio por alguns segundos. Não sabia se ninguém falara nada ou se simplesmente as paredes isolavam o som, mas pouco depois ouviu algumas risadas, e o som do trinco da porta sendo girado. Os passos eram suaves e quase não pôde ouvi-los, o que era uma sensação verdadeiramente desesperadora. A fresta de luz que entrava pela porta se extinguiu em pouco tempo com o trinco sendo novamente girado.

— Q-quem está aí? — ela perguntou.

Sua resposta foi apenas uma quietude sepulcral. Do lado de fora, podia ouvir uma música sendo colocada para tocar (provavelmente para encobrir algum barulho que viesse de dentro do armário), e a voz de Sai perguntando "ei, onde estão as bebidas?". Quinze segundos. Outra porta foi aberta e fechada logo em seguida, do lado de fora, e percebeu que estava completamente sozinha com quem quer que fosse, de verdade. Sabia que não era Sai... Tinha outras cinco apostas a fazer.

A pessoa estava muito perto, tanto que podia sentir sua respiração, fria como gelo, fazer com que cada centímetro de sua pele se arrepiasse. De surpresa, sentiu lábios frios como os de um cadáver tocarem os seus, em um beijo desesperado, enquanto duas mãos prendiam-na à parede. Quando, sem fôlego, esse beijo foi finalizado, sentiu alguma coisa morder seu pescoço... Com muita força. Força demais, na verdade. O que mais lhe impressionava era que não havia qualquer dor, mas sentia um filete de um líquido quente escorrer por sua pele, e depois um pouco mais... Dois minutos. Seus dedos estavam ficando dormentes, e era uma sensação estranha. A outra pessoa apertava seu corpo ainda mais, entretanto tinha a sensação quase etérea de não sentir nada além de prazer. Sua cabeça girava, em êxtase, era como se tivesse bebido uma garrafa inteira de champagne sozinha. Tentou rir, mas parecia que sua voz não queria sair, e agarrou-se aos cabelos da outra pessoa como um afogado agarra-se a qualquer pedra que conseguir.

Até que, subitamente, a outra pessoa a soltou, e a Hyuuga sentiu seus membros amolecerem, dormentes e sem controle como os de uma boneca. Sua venda foi retirada e pôde ver que quem estava ali era Sasuke, que parecia muito preocupado, tocando seu rosto empalidecido. Da boca dele escorria sangue também. Não entendia por que essa preocupação, e queria apenas rir.

— S-Sasuke-kun, nosso tempo ainda não acabou. — ela falou, num quase sussurro. Levou a mão ao pescoço, e percebeu que estava realmente molhado. Cinco minutos. Mesmo à meia-luz podia ver que aquele líquido escarlate era sangue — Engraçado... Eu estou sangrando.

Sasuke a observava com uma expressão muito séria. — Droga... Não era para isso acontecer, não... Hinata, e se eu... E se eu dissesse que talvez existam coisas além da compreensão da ciência... Como vampiros? Se eu dissesse que esses seres existem?

Ela riu. Sua voz saiu rouca, quase um fio indistinguível. — Não fale essas coisas estranhas, por favor.

— Você quer viver? — ele perguntou, de súbito.

Seus olhos se concentraram nos dele, que eram incrivelmente vermelhos. Sempre lembrara-se deles como negros, mas suas memórias pareciam tão confusas que talvez nunca tivessem sido. Tudo que sabia é que esse lampejo carmesim sempre estivera ali, mesmo quando eram os olhos mais escuros que já havia visto. Ela queria viver: tinha planos, amigos, família, todas essas coisas. Seis minutos e meio. O relógio que marcava o tempo do jogo estava marcando o fim, mas não o seu. — Sim. — foi tudo que disse.

Sem mais uma palavra, ele a empurrou de novo contra a parede, reabrindo a ferida que ainda sangrava, dessa vez ainda mais que antes. Hinata, no entanto, não sentia nada, absolutamente nada.


Notas Finais


Sasuke vampirão, tenho que admitir que eu gosto sim. Foi dar uns beijos e se empolgou demais, açs~sçksjs.


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