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História Seu coração me pertence? - I (Em Manutenção) - O primeiro


Escrita por: KVivian

Notas do Autor


:D

Capítulo 40 - O primeiro


Fanfic / Fanfiction Seu coração me pertence? - I (Em Manutenção) - O primeiro

Quatro horas da manhã em ponto... um ótimo horário para morr- – Fui interrompido por um toque familiar, meu celular anunciava uma ligação.

Entrei no quarto satisfazendo minha curiosidade e peguei o aparelho sobre a cama, quando avistei quem me ligara não consegui acreditar. Porém algo no meu corpo impulsionou para que eu atendesse.

 

Telefone ON

Eu: A-Alô? – Minha voz estava trêmula, assim como minhas mãos e corpo.

______: Jin... – Um breve silêncio se agravou naquele instante, não pude responder por estar em choque ainda. – Eu-... me desculpe. – E então ela desligou, deixando soar o *tum, tum* de chamada finalizada.

Telefone OFF

 

De alguma forma eu me senti melhor, mas não entendi. Ela ligou e... desligou? Está me observando? Porque mais uma vez me impediu o prazer de poder conhecer a morte... ou então, ainda não é o momento.

Mirei a tela e vi uma mensagem não lida que fora mandada antes da ligação.

"Está sentindo dores? Ainda toma o remédio para ameniza-las? Está acordado agora??" – ______ enviou; ri bobo com o que lia, coincidência, está tarde para estar acordada, imagino o que esteja passando sem mim por perto, resolvi não responder por agora. Na verdade, estou indeciso... não posso dizer que as dores vêm e vão de acordo com minhas emoções. Para todos os efeitos, eu estou dormindo, é melhor assim, mesmo que a vontade de a retornar seja imensa.

 

4:31 AM

 

Voltei para a sacada e apoiei meus braços na cerca olhando a vista novamente. Um sorriso leve surgiu em meu rosto, seria esse um indício que tudo ficará bem? ______ finalmente conseguiu me entender? Ah, tantas perguntas e poucas respostas.

Alguns minutos se passaram e eu continuava a observar o céu e as ruas, entretanto, algo chamara minha atenção me tirando dos devaneios. Um reflexo de vidro foi captado pelos meus olhos, então foquei procurando sua origem e no prédio da frente consegui, dificilmente pelo problema de visão, ver alguém segurando uma câmera, apontando para mim. Me assustei ao notá-lo e quando percebeu que o fiz, três flashes foram acionados e depois ele correu. Não consegui definir se era homem ou mulher, mas sei que estava me observando. Sasaeng? Stalker? Repórter? Não sei. Muito estranho, resolvi entrar e fechar as cortinas com certo receio. Estou acostumado com isso, mas está bem tarde para essas coisas...

 

~ Jin P.O.V OFF ~

Cobertura, sala – 4:18 AM

 

Como eu sou burra! – Me repreendi andando de um lado para o outro no cômodo extenso. – Ele estava dormindo e eu o acordei e ainda desliguei em sua cara. – Sentei no sofá de uma vez segurando a cabeça nas mãos e apoiando os cotovelos nas pernas. – Mereço um óscar, obrigada. – Levei as costas para o encosto do sofá e respirei fundo com os olhos fechados. – Droga... – Sussurrei por fim desistindo e ficando na mesma posição.

Qualquer um que me visse agora faria questão de dizer que sou louca, ou até mesmo demente e lunática. E admito que posso concordar, isso nunca aconteceu comigo antes. Não consigo controlar absolutamente nada. Pelo menos no hospital eu ocuparia minha mente com os prontuários e exames junto aos pacientes. Mas aqui não tenho tais recursos, meus dedos batem sobre o tecido da almofada em total tédio. A noite está sendo longa, todos os dias, como uma tortura, algo que não imaginava antes... quer dizer, nada do que aconteceu desde o começo eu imaginei.

[...]

~ Narradora ON ~

Cobertura, quarto de hóspedes – 7 AM

O dia amanheceu, _____ não se encontrava em sua cama, porém estava arrumada. Dawon acordou e viu sua mãe sentada na beirada da cama colocando o relógio no pulso com o semblante sério, talvez preocupado.

Bom dia omma... – Disse rouca.

Bom dia filha, dormiu bem? – Perguntou se levantando e arrumando a cama onde acabara de amarrotar ao sentar.

Sim! Oh, _____ acorda cedo sempre, queria ter esse dom... – Murmurou vendo o colchão vazio, sua mãe sorriu balançando a cabeça negativamente.

Está cedo Dawon, mas... – A senhora começou a falar com um sorriso, porém o desfez ao pensar no que vira de madrugada.

Mas o quê? – Dawon questionou se levantando e arrumando o cabelo com as mãos.

Nada. – Respondeu com um sorriso. – Se arrume, vamos tomar café da manhã. – Espalmou a filha e saiu do quarto ouvindo-a assentir emitindo um som.

Cobertura, sala de jantar – 7:31 AM

A mesa estava arrumada, _____ fez o café da manhã para todos. Seu rosto demonstrava olheiras que assustou um pouco a senhora quando a viu, porém evitou perguntar na espera que a moça dissesse por si mesma, o que não aconteceu, claro.

Todos se sentaram à mesa e iniciaram sua refeição, estavam em silêncio. Hoseok encarava ______, e ela não percebia, estava viajando em seus pensamentos. Sua mãe percebera o olhar do filho sobre a médica e tentava decifrá-lo.

Vocês dormiram bem? – Dawon pegou um biscoito olhando no rosto de todos, iniciando uma conversa aleatória. – ______, como consegue acordar tão cedo? – Fez uma careta indignada e ______ finalmente notou que estava sendo questionada.

Hã? Me desculpe, pode repetir? – Perguntou parando de misturar o leite na caneca.

Pelo visto ainda está dormindo. – Riu. – Eu perguntei se dormiu bem. E também como consegue acordar tão cedo. – Mordeu o biscoito.

Ah, sim. – Riu soprado. – Eu acordei... seis horas, e logo Hoseok se levantou. Então dei o seu remédio e resolvi preparar o café da manhã, sabia que logo acordariam. – Terminou virando a caneca tomando um gole e depois colocando sobre a mesa.

Hum, obrigada! – Retribuiu espalmando o pulso da doutora e olhou para o irmão. – E você dongsaeng, dormiu bem? Não sentiu dores?

O remédio me derruba, então nem me lembro da noite passada. Tive um sonho esquisito, mas foi uma noite agradável. – Deu de ombros enquanto sua mãe e irmã o observavam falar.

~ Narradora OFF ~

Engoli em seco quando Hoseok disse ter tido um “sonho esquisito”, mordi a torrada e olhei para sua mãe que me olhava constantemente.

____. – Ela me surpreendeu ao dizer meu nome.

Sim. – Respondi.

Está tudo ótimo, você deveria se casar logo! – Sorriu e olhou para Dawon que olhou para mim um pouco sem graça, não entendi os “motivos”.

C-Casar? – Repeti envergonhada. – Não, que isso... mas, obrigada. – Sorri.

Dawon me disse que está namorando com o Jin, ele é um bom homem e provavelmente deve gostar muito de você. – Fiquei desconfortável ao ouvir o nome “dele”, olhei para Hoseok sem reação e ele estava com a cabeça baixa olhando o pedaço de bolo intacto no prato, abaixei minha visão e sorri fraco.

Sim ele é.... – Respondi, não quero manchar a imagem de um “doente”, e também não tenho provas para isso, portanto, vou manter minha vida pessoal em sigilo.

Certamente, mais tarde Dawon tentará terminar nossa conversa de ontem, vou dizer que não é nada demais.

O que foi? Por que está cabisbaixa? Sente falta dele, não é? Que boba eu sou. – Riu se arrependendo e pegou em minha mão me confortando. Mal sabe ela que na verdade estou preocupada com a pessoa ao seu lado, ele ainda não sabe sobre a situação do meu relacionamento.

Eu disse para Jin que estava tudo acabado, mas eu não posso deixa-lo nessa fase que está passando. Se ele realmente estiver doente, preciso fazer algo. Um psicólogo, alguém para ajudá-lo. A certeza que tenho é de que não o amo como achava que amava, ele é uma pessoa muito especial, que veio para me ajudar quando precisei, mas eu deveria tê-lo mantido como meu amigo especial e nada além disso. Fui tola.

Estou bem. – Olhei em seus olhos e sorri sem mostrar os dentes.

Liga para ele depois, quem sabe ele possa te atender. – Dawon comentou ganhando minha atenção.

Eles estão muito ocupados. – Respondi.

Tem razão... – Disse.

Filho, coma. Você precisa de nutrientes para sarar logo. – A senhora disse para Hoseok que assentiu sem dizer nada.

Terminamos a refeição e de súbito Jin aparecera em meus pensamentos novamente deixando-me com um pouco de angústia, me levantei de súbito e peguei os pratos sujos, juntando-os e levando-os para a cozinha.

Vou ao banheiro... – Hoseok disse, deve estar afetado.

Consegue ir sozinho? – Sua irmã questionou.

Sim. – Saiu arrastando a cadeira e adentrando o corredor.

Coloquei os pratos sobre o balcão mais à frente e sem querer deixei um deles cair dentro da pia e pela altura ele se quebrou.

Ah, mas que droga... de novo. – Repreendi com a voz baixa e ouvi Dawon dizer algo, mas não entendi.

O que aconteceu? – Ela puxou meu braço levemente e eu a olhei sem entender o que acontecia. – _____, está tudo bem? – Pisquei algumas vezes e voltei a ter noção da situação.

Me desculpe, eu quebrei um prato. – Me soltei pegando os grandes pedaços separados, os juntando para jogar fora mantendo minha respiração calma. Jin ainda estava em minha mente e os outros sentimentos sobre ocasiões passadas também voltavam aos poucos me dando arrepios.

O que houve? – A senhora veio por trás de nós.

Espere, você pode se cortar, vou pegar um jornal! – Dawon se afastou rapidamente e foi até a sala para procurar tal material e me mantive ali escorada no balcão frente a pia tentando pensar em qualquer coisa aleatória e voltar ao normal antes que Hobi voltasse.

Você está bem? Foi pelo o que eu disse? – A senhora se aproximou com um olhar preocupado.

Não, tudo bem. Eu só fui descuidada, não se preocupe. – Sorri colocando uma das mechas do meu cabelo atrás da orelha.

Ela não ficou totalmente convencida, mas manteve seu olhar sobre mim.

Aqui, eu limpo. – Dawon voltou me enxotando com o jornal em mãos e limpou os cacos os reunindo dentro do papel e jogando no lixo. – Deixa que eu lavo a louça. – Se ofereceu já pegando os outros pratos.

Não, eu posso lavar. – Insisti.

______. – Ela me repreendeu com o olhar, então me aquietei. – Precisamos terminar aquela conversa.

Eu não tenho nada para falar, unnie... por favor. – Olhei em seus olhos em total desânimo.

Conversa? – A mãe perguntou.

Como não, ontem você ia dizer algo, não lembra?

É que eu e o Jin... nós, – Quando estava prestes a inventar alguma desculpa, Hoseok aparecera saindo do corredor, e assim nossos olhos se encontraram. – Tivemos uma discussão. – Terminei e notei que acabara de falar uma verdade. – M-as, estamos bem, eu- – Passei a mão na testa e resolvi ir para o meu quarto.

Antes que eu entrasse no corredor, mirei Hobi, ele estava calado demais, parei ao seu lado checando seu corpo, e percebi que estava suando e uma respiração desregulada.

O que foi? – Ele perguntou baixo e franzi o cenho.

O que você fez no banheiro? – Perguntei.

Como assim? – Ele abriu um pouco a boca não entendendo minha pergunta.

Está sentindo algo? Quantos dedos tem aqui? – Questionei mostrando dois dedos.

Estou um pouco tonto, mas irá passar. – Pegou em minha mão com delicadeza, me encarando, e as abaixou.

Percebi que sua mãe e irmã vinham e resolvi me retirar.

Qualquer coisa me chame. – Me virei e fui para o quarto vendo ele assentir sem questionar.

 

[...]

Cobertura, cozinha – 3 PM

Ninguém me perguntou mais nada, sinto que entendam que não desejo tocar no assunto “Jin”. Almoçamos normalmente e agora resolvi visitar o quarto de Hoseok com o que havia preparado no dia anterior. Ele está escutando música e sua mãe e irmã saíram para fazer compras, é o hobby de Dawon, então acaba arrastando sua mãe.

Peguei a vasilha com os brigadeiros na geladeira, um jarro de água e duas canecas vermelhas de cerâmica. Me direcionei até seu quarto e bati na porta antes de abri-la, o que não faz diferença com o som naquela altura. Ele me viu entrar e então desligou o som sorrindo de leve, retribuí me aproximando, coloquei a jarra e os copos no criado mudo e me sentei ao seu lado na cama com a vasilha no colo. Notei que me olhava curioso, provavelmente se perguntando o que diabos eu estava fazendo.

Tirei a tampa da vasilha e peguei uma das bolinhas estendendo-a até sua boca.

Abra. – Ordenei e ele cheirou o doce.

O que é isso? – Riu e arqueei minha sobrancelha tentando ser séria.

Apenas coma, fiz para você. – Insisti.

Okay. – Respondeu mordendo o doce e em seguida mastigando. – Wah... Incrí- é chocolate?! – Engoliu fazendo uma careta engraçada e assenti, parece ter gostado muito, comecei a rir. – Nossa, me dá mais um. – Tentou pegar outro da vasilha, então impedi. – Ei! Você disse que havia feito para mim. – Emburrou.

Sim, fiz.

Então me deixe pegar outro! – Tentou pegar e o impedi novamente.

Não. – Comecei a brincar.

Bom, se não me der por bem, terá que me dar por mal.

Ah, e o que irá fazer? Me bater? – Ri e ele franziu o cenho.

Hum... que tal... – Fez uma pausa com a mão no queixo pensando. – Isso! – Se moveu de uma vez e começou um ataque de cócegas em mim.

Não! P-Para! HOSEOK! PA-RA! – Comecei a rir e me contorcer em sua cama, com ele por cima um pouco desequilibrado. Ainda bem que a vasilha estava tampada, senão os doces teriam caído.

Só vou parar, porque minha perna está doendo. Se não fosse por isso, você estaria acabada. – Riu me soltando e então deitei de lado voltando a respirar. – E esses doces... – Pegou a vasilha atrás de nós. – São meus. – Abriu e comeu mais um me fitando com uma expressão orgulhosa.

Você é muito mal. – Suspirei me sentando ao seu lado novamente.

Tem certeza que eu sou? – Questionou comendo mais um e observando os outros, acho que com o olhar ele comia todos de uma vez.

Sim. – Puxei a voz e choquei nossos ombros para chamar sua atenção.

Obrigado ______. Eu adorei, isso me deixou feliz. Impressionante. – Me olhou enquanto mastigava e sorri vendo-o tão feliz.

Gosto de te ver sorrindo, me faz feliz também. Consigo esquecer tudo quando brinco com você assim. – Me deitei em seu ombro e ele se surpreendeu e então cedeu, logo deitando em minha cabeça.

Tudo bem... – Respondeu e levou mais um brigadeiro até a boca, ri soprado, tão fofo, que bom que gostou.

Que tal jogarmos vídeo game? – Dei a ideia e ele animou desencostando a cabeça e concordando.

Tem um jogo que acho que irá gostar! – Pegou a cadeira de rodas ao lado e se levantou com dificuldade para sentar-se nela, o ajudei um pouco.

E qual é? É de tiro? – Questionei vendo-o girar as rodas com os braços para chegar ao seu destino.

Você curte jogos de FPS? – Me olhou.

Sim! – Respondi batendo uma palma. – Mas minha irmã costuma jogar mais do que eu, Jimin nunca te falou? – Arqueei uma sobrancelha e ele estava surpreso.

É, bem... acho que nem ele sabe! – Riu e ri junto concordando. – Já que gosta, vou pegar o meu preferido, vamos! – Concordei e ele me levou até a sala revirando as gavetas de jogos, me sentei no sofá para esperar.

Jogamos durante pelo menos duas horas em seu quarto, e as duas chegaram cheias de sacolas, inclusive com comida. Passamos o resto do dia nos divertindo e contando histórias, eu me sentia cada vez mais próxima deles, o que me deixava feliz. Mas, só quando a noite chegava que tudo isso desaparecera como pó. É nesse horário que meus pensamentos preenchem minha mente e fazem o que querem.

Mais uma vez tive um pesadelo e peguei o Hobi dormindo calmamente em seu quarto igual noite passada. Já estava ficando estranho, mesmo sendo a segunda vez. Voltei para o quarto e me deitei no colchão tentando pegar no sono novamente, eu estava cansada depois de me divertir tanto com eles.

Cobertura – Sábado – 10 AM

Hoje é o dia que Dawon vai embora e como esperado todos estamos tristes. As noites anteriores foram as mesmas, eu acordava com o mesmo pesadelo, estava deixando de dormir para não os ter novamente, mas mesmo acordada eles vinham. Jin até hoje não respondera minhas mensagens, minha irmã não me ligou e também não responde minhas ligações. E o mesmo acontece com os outros, estão todos ocupados ou estão me ignorando? Estou preocupada.

­­­­­­­­______, podemos conversar à sós? Preciso dizer algumas coisas antes de ir. – Dawon pegou em meu braço me tirando dos pensamentos e fomos para o quarto de hóspedes.

O que quer que seja... será sério, seu semblante está estranho, diferente do normal. 


Notas Finais


Último capítulo de enrolação, bora começar o caos? Bora!

Links Imagine

*Jhope falando que os doces são dele.*
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*Jin escorando na sacada*:
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