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História Seu Pecado - XI - Posso perdoar o seu pecado?


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


EITA, DOIS CAPITULOS EM DOIS DIAS? UAU, ESTOU INSPIRADA.
Não está tão grande quando vocês mereciam, mas estava com vontade de postar logo, então se aqueçam ai.
PROXIMO CAPITULO TEM A RESOLUÇÃO DO CASO DA INO, PROMETO

Capítulo 11 - XI - Posso perdoar o seu pecado?


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XI - Posso perdoar o seu pecado?

Sakura estava cansada, talvez um pouco frustrada por ter que encara-lo depois de todo o incidente da noite anterior, esperava que ele a puxasse para algum canto e a beijasse novamente, que implorasse por perdão, mas sabia o que o Uchiha era muito orgulhoso para isso, ele simplesmente iria esperar que ela tomasse alguma atitude, que o chamasse para explicar o que aconteceu, mas isso ela definitivamente não iria fazer, também tinha seu orgulho para zelar.

- Bom Dia, Srta Haruno, aqui está o seu café, seu pai ligou, disse que precisava urgentemente falar com a senhorita, algo sobre seu irmão mais velho. – Sakura gelou naquele segundo, fazia anos que não ouvia falar de Kakashi, desde que ele resolveu viajar o mundo sozinho, e não deixar rastros para ser encontrados, seus pais viviam aflitos por causa disso, sequer chegou a conhecer a sobrinha, ou muito menos soube da sua existência, a última vez que o viu tinha sido há uns oito anos atrás, alguns meses após Sasuke entrar na sua vida.

- Certo, Izumi, você poderia por favor, deixar um recado para meu pai e pedir para que ele me ligue amanhã pela manhã, por volta das 7 horas de noite lá, obrigada.  – Sakura adentrou sua sala depois daquele fiasco de reunião com os acionistas, a situação com seu ex estava se tornando cada dia mais insuportável, mas as coisas ainda podiam piorar com a chegada de um novo cliente.

Sakura como presidente, e mais requisitada advogada, resolveu atende-lo, mas apenas para ter uma desagradável surpresa.

- Bom Dia, senhor Sarutobi, eu sou.

- Sakura Haruno, já sei quem você é garotinha, mas não é com você que desejo resolver meus problemas. – Disse ríspido, recusando o aperto de mão gentil que a rosada propôs.

- Desculpe-me, mas estava ciente de que desejava resolver algum problema jurídico. – Explicou a garota de maneira calma, não ia perder o temperamento com um senhor.

- Sim, tenho. Mas não resolvo meus assuntos com mulheres. – Sakura o encarou incrédula, ela acabara de duvidar da sua capacidade por ser mulher?

- Senhor, me perdoe, mas não acho que deva me julgar pelo meu gênero, eu sou uma excelente advogada, se me permite lhe dizer, uma das melhores no estado, talvez no país, não posso aceitar que me descarte pelo simples fato do órgão genital ser diferente do seu. – Ela falou em seu tom mais sereno possível para a situação, quando na realidade seu instinto feminista queria esgana-lo.

- Sua capacidade não me atrai, o que eu quero é um homem que possa resolver o meu problema, caso contrário, eu e minha conta de 20 milhões estamos nos retirando daqui. – Ele se prestou a dizer, ainda sem ligar para o quão ofendida a mulher tinha ficado com a situação.

- Vou mandar um dos meus serviçais te atender, nunca vou entender pessoas que se contentem com inferiores quando podem ter o melhor. – Ela falou a ultima frase quase em um sussurro, mas teve a impressão que ele ouviu.

Sakura respirou fundo, saiu da sala e deu de cara com um Sasuke plantando na porta. – É o Hiruzen Sarutobi que está ai dentro? – Ele perguntou, e ela o olhou espantada.

- Como sabe? – Ela perguntou.

- Ele me avisou que estaria vindo para os Estados Unidos para resolver um problema com a importação de petróleo dele. – Sasuke comentou. – Um bom homem, mas confuso.

- Bom homem? O projeto machista patriarcal ali dentro? Me poupe, se não fosse essa fusão que me custou uma fortuna, estaria mandando esse homem e seus VINTE MILHÕES pastar nos andes. – Sakura deu ênfase, e olhou birrenta através do vidro da sala onde o homem se encontrava.

Sasuke entrou na sala, sentou-se com o homem, que explicou toda a situação, e o colocou a par das suas obrigações, a conversa ia bem até o que Sarutobi resolveu fazer um comentário que desagradou o moreno de uma maneira incrível.

- Você acredita que aquela garotinha se achava capaz de resolver meus problemas? – Comentou irônico.

- Senhor, Saku.. Srta Haruno é uma advogada incrível, até melhor que eu, não deveria desmerece-la dessa maneira. – Sasuke sabia o quão machista Sarutobi era, fora criado de maneira enraizada na cultura machista, e quebra aquela imagem da sua ex para seria um grande desafio.

- Mas ela é mulher Sasuke, jamais confiaria minha fortuna a uma mulher, que nem deveria ter esse tipo de cargo, é muita irresponsabilidade de um sistema que deixe mulheres chegarem a tais posições.

- O que quer dizer com isso? – Ele semicerrou os olhos, esperando por uma resposta que não o irasse mais do que já estava, conviver com Sakura o tornou um defensor da igualdade, não podia ser chamado de feminista, mas se considerava alguém apto ao título.

- Que lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos, ou então de quatro para mim. Aquela lá daria uma bela foda. – Sasuke segurou os punhos firmemente, sabia que precisavam daquele cliente.

- Senhor, com todo respeito, aquela é mãe da minha filha, e acima disso, ela é mulher, e merece o mínimo de respeito. Eu lidarei com seus assuntos imediatamente, mas não me peça para lidar com suas ofensas por favor, mantenhamos a compostura. – Sasuke saiu da sala furioso, não sentia esse tipo de ódio desde a vez que defendeu Sakura do ex namorado psicopata dela, mas agora ele não era mais um jovem adulto tentando causar uma boa impressão.

Enquanto isso Sakura passou o dia resolvendo mais alguns assuntos da empresa, até que Sasuke entrou na sua sala completamente furioso.

- Ok, vamos fingir que ontem não aconteceu? – Sakura estava debruçada sobre um moente de papeis em sua mesa, e praticamente babava.

- Achei que essa fosse sua especialidade – Respondeu ríspida, ainda sem olhar para ele. O moreno estava pronto para dar uma resposta pronta para ela, mas se controlou e disse apenas

- Eu acabei de defender a sua honra com o Sarutobi, me lembrei de quando defendi você do Hidan.

- Foi o dia que você se declarou.  – Ele a olhou meio surpreso, não achava que ela se lembraria daquilo.

- Já faz oito anos, achei que não lembrasse disso. – Ele disse manso, enquanto se aproximava dela.

- É justamente por lembrar de tudo, que eu ainda sofro, olhe o meu estado, estou morta de cansaço, porque por sua causa, ontem eu mal consegui pregar os olhos. – Sakura tentava voltar sua atenção aos papeis, mas o som vazio dos passos de Sasuke contra o piso em sua direção eram distração demais para seus ouvidos.

- Eu também não consegui dormir, achei que quando chegasse hoje de manhã aqui, as coisas teriam mudado, mas você continuou fria comigo. – Falou ele, meio manhoso, enquanto não cessava os passos, ele seguia lentamente para o lado da mesa dela, era um caminho um pouco longo, mas era involuntário como seu corpo de movia em direção ao dela.

- Nada mudou entre nós, somos apenas um homem e uma mulher que tem uma filha juntos. – Ela levantou o rosto, mas dessa vez, não encarou a distância entre eles, e sim, os olhos penetrantes do moreno caídos sobre seu rosto, principalmente sobre sua boa. – O que você está fazendo? – Perguntou trêmula, enquanto sua voz começava a falhar e o corpo dele se aproximava cada vez mais do dela.

- Quero te beijar de novo. – Disse por fim, e ela se calou, queria responder, negar aquela vontade insana que estava sentindo naquele momento, não deveria confessar, mas.

- Eu também quero te beijar de novo. – Confessou, e não teve chance de reagir.

As mãos de Sasuke alcançaram a cintura da rosada, a levantando da cadeira, pressionou o corpo da mulher contra a parede, ainda não colou os lábios, ficaram apenas se encarando. – Eu senti sua falta de uma maneira tão desesperadora. – Ele sussurrou. – Senti falta do seu corpo, do seu toque. – Sakura ainda estava imóvel, extasiada pelo passear das mãos do moreno por seu corpo, sua cintura, seus braços, seu pescoço, os dedos curvando-se entre seus lábios, a respiração contra a curva do seu pescoço, o cheiro dele invadindo todos os seus sentidos, cada pedaço dela arrepiado, e ele só a provocava, ela sentia-se como se necessitasse reagir a tudo aquilo, e não da maneira que estava, precisa se irritar com ele, mas não conseguia, a saudade tomava conta de todas as suas emoções.

Sentia-se única e especial com Sasuke, ser dele era algo peculiar e extraordinário para a garota, apesar de maravilhoso, o sexo com Sasori nunca chegou nem aos pés do que era com o moreno, não pela intensidade, ou por nada, mas sim, pelo sentimento que ela carregava, desde da separação, não conseguia e muito menos tentava sentir tudo aquilo que sentia por Sasuke, por qualquer outro. Era como um segredo guardado, e ela achava que sem ele jamais sentira aquele prazer entorpecedor que só ele era capaz de faze-la sentir.

E cá estavam entre toques e caricias, sem nem ao mesmo se beijar, e Sakura já se derretia nos braços dele. Mas a rosada não era a única que se sentia vulnerável naquela situação, Sasuke também estava entorpecido pelo turbilhão de emoções que ela lhe causava, era algo desumano, era carnal, sexual e romântico, uma mistura que na dose certa lhe proporcionava as melhores noites de sua vida. Sentiu-se incompleto durante os últimos anos longe dela, tentou sem sucesso engatar inúmeros relacionamentos, e dormir com mais mulheres que sentia orgulho em dizer, mas agora era diferente. Era Sakura que estava na sua frente.

- Me beije por favor. – Ela implorou, e ele prontamente atendeu, selaram os lábios finalmente, e continuaram a se mover como se aquilo não pudesse ter fim, respiravam o ar um do outro, e se completavam, o sabor de Sakura era viciante, pensava o moreno, enquanto se perdia ali mesmo, pegou o corpo dela e a ergueu, a garota prontamente envolveu suas pernas ao redor dele, completamente entregue, sua saia chegou até a rasgar um pouco devido a velocidade do movimento.

Ela o desejava tanto, que beijos daqui a pouco não seriam mais o suficiente, e ela sabia que não estava pronta para se entregar completamente para ele novamente, sabia que seria injusto, depois de toda a dor que ele lhe causara, mas a boca dele soltou-se da sua, e dirigiu-se para as partes descobertas de sua pele, a beijando, mordendo e chupando, e aos poucos, a rosada ia a loucura com aquelas sensações, sua parte intima já roçava contra o membro completamente duro dele.

Mas ao sentir aquilo, Sakura sabia que ou ela reagia naquele exato momento, ou iria para frente com tudo, mas para sua surpresa, fora ele que quebrara o contato.

- Desculpa, eu não... – Ele nem terminou de falar, e saiu da sala dela, completamente atordoado, a deixando plantada, completamente excitada com aquilo tudo.

- O que eu acabei de fazer? – Ela retrucou ofegante para si mesma, enquanto ajeitava a sua roupa, encarou o relógio e viu que já estava atrasada para buscar sua filha na escola, terminou de se ajeitar e saiu em seu caminho.

Enquanto isso na escola de Sarada...

- Tia Hanare, o meu pai vai poder vim para a surpresa do dia dos pais. – Sarada falou completamente eufórica.

- É mesmo, sua mãe não comentou nada comigo. – Ela a respondeu meigamente,

- Ele chegou do Japão esse final de semana, mas a minha mãe atropelou ele sem querer, foi um acidente, ela diz. – A professora tomou um susto, mas Sarada parecia tranquila, então talvez a menina tenha exagerado.

- Tudo bem, vou colocar ele na lista, como é o nome do seu pai? – Perguntou Hanare.

- Sasuke, Sasuke Uchiha. – Falou com orgulho, e voltou para sua cadeira, então sentiu a mão de Chou-Chou em seu ombro.

- Mentir é feio, Sarada. – Disse a menina de cabelos vermelhos.

- Do que está falando? – Perguntou a pequena curiosa.

- Ficar inventando para professora que você tem um pai, quando todo mundo sabe que você não tem. – Ela disse em um tom esnobe.

- Eu tenho um pai sim, ele só demorou para me achar. – A menina abaixou a cabeça ao terminar a frase.

- Talvez ele não goste de você, afinal quem gostaria de uma menina chata como você. – Ela disse, dando um peteleco na testa dela. – Feia e testuda.

- Eu não acredito que você tenha um pai, você está mentindo. – Sarada queria responder, mas não tinha como provar que realmente tinha um pai, nem sabia o verdadeiro motivo dele ter ficado longe tanto tempo, será que ele realmente gostava dela? A menina baixou a cabeça e começou a chorar baixinho, e sequer prestou atenção na lição. Na hora do intervalo sentou-se sozinha, seu único amigo era seu “primo” Shikadai, mas ele era uma turma acima dela, e tinha faltado naquele dia.

A tarde passou, e a menina continuava cabisbaixa, até que encontrou sua mãe a esperando na saída da escola, ela tinha alguma coisa diferente no olhar, parecia bagunçada, e não lembrava da vez que tinha visto sua mãe de outro jeito a não ser impecável na rua.

- Mamãe. – Ela correu em direção a mulher de cabelos rosas, e a abraçou, e ali quietinha se permitiu chorar de verdade. Já era a segunda vez que Sakura consolava sua pequena na saída da escola, e parecia até que já sabia o motivo.

- O que foi que Chou-Chou fez dessa vez com você? – Perguntou a rosada, e Sarada a olhou coçando as bolas ônix dos olhos.

- Ela disse que o papai é de mentira, e que ele não gosta de mim, que eu sou feia e testuda. – Sakura sentiu-se mal por sua pequena, quem aquela menina pensava que era, teria uma conversa séria com Karui, considerava muito a mulher, mas não deixaria passar batido as ofensas da filha dela contra a sua.

- Oh meu amor, mas você sabe que tudo isso é mentira não é, você tem um pai, e ele te ama muito, e você é linda meu anjo. – Disse beijando a testa dela.

- Mas você é minha mãe, tem que dizer isso. – Ela comentou baixinho, arrancando uma risada da mãe.

Sakura ficou um tempo tentando consolar a filha, ofereceu sorvete e muitas coisas que ela adorava comer, mas a menina recusou tudo, parecia que ela tinha levado muito sério o que Chou-Chou tinha falado, pois ao entrar em casa, nem comida ela quis, seguiu para seu quarto, tomou um banho, e se deitou na cama, agarrada ao seu urso favorito e ficou ali quietinha, Sakura volta e meia, entrava no quarto, oferecia alguma coisa, tentava brincar, mas a menina estava irredutível, ela foi para o sofá, já tinha tentando de tudo que podia, menos o que seu orgulho dizia para não fazer

Ela sabia que a única pessoa que poderia consola-la naquele momento era o pai, afinal de contas, todo o motivo de desanimo dela era relacionado a ele, e o amor a sua filha era maior que seu orgulho, então discou seu numero.

- Oi Sakura. – Ele atendeu logo no primeiro toque.

- Está fazendo alguma coisa importante? – Ela perguntou inocente.

- Acabei de colocar o Deisuke para dormir. – Droga, pensou ela.

- É que eu preciso da sua ajuda. – Ela confessou timidamente

- Aconteceu alguma coisa com a Sarada? – Perguntou de imediato.

- Sim, e não. – Ela já estava começando a se atrapalhar nas palavras, e isso era o efeito da voz dele sobre ela – É que uma das coleguinhas da escola dela, falou algo sobre você ser de mentira, e não gostar dela, e ela levou muito a sério, e está mal aqui. Eu já não sei mais o que fazer, ok, já tentei de tudo.

- Tudo bem, vou só trocar o Deisuke, tudo bem eu levar ele para ai? – Foi rápido ao responder, o que a deixou surpresa, mas aceitou rapidamente.

- Claro, pode trazer, eu o coloco para dormir na minha cama. – Respondeu.

- Já estou indo. – Desligou

Alguns minutos depois, Sasuke chegou na porta dela, com o pequeno Deisuke em seus braços, se desmanchando de sono, Sakura o pegou gentilmente, e seguiu para seu quarto, enquanto Sasuke seguiu para o quarto da sua pequena.

Ele bateu gentilmente na porta. – Já disse que não quero comer mamãe, por favor. – Ela disse manhosa, com uma voz de choro.

- Mas e se não for a mamãe? – Ele respondeu sorrindo, e viu a filha abrir um largo sorriso.

- Papai. – Ela gritou, saiu da cama, e o abraçou, enxugando as lagrimas para que ele não as visse, porém tarde demais

- Minha princesa, sua mãe me disse que você estava triste, o que aconteceu? – Ele a pegou no colo, e colocou de volta na cama, e sentou ao seu lado, aninhando a pequena em seus braços.

- A Chou-Chou me disse que você não gosta de mim, que por isso demorou tanto para me achar, porque eu sou feia e testuda. – Sasuke arregalou os olhos, como uma criança poderia ser assim malvada pensou ele, mas lembrou de que também não era o melhor dos infantes quando pequeno.

- Mas meu amor, você já não sabe que eu te amo muito, desse tanto? – Ele disse abrindo os braços o máximo que pode. – E que você é a menina mais linda desse mundo, e que a sua testa é igualzinha a da sua mãe, e eu que eu amo muito a testa dela? – Ele foi falando, sem nem perceber o que dizia, só se preocupando em consola-la.

- O senhor ainda ama a mamãe? – Ela arregalou os olhos com a fala do pai, que de repente percebeu o que tinha dito, não se arrependeu, pois não estava mentindo.

- Amo sim. – Disse confiante, e pegou a menina, colocando sobre sua perna -  Assim como eu amo você,e é meu dever proteger vocês duas não é? Que sua mãe não me escute dizendo que ela precisa de proteção. – Disse, arrancando uma risada boca da menina. – Olha ai, esse sorriso que eu tanto amo.

Ele beijou a testa da menina, e a ajeitou para dormir. – Papai? – Ela chamou manhosa, enquanto a cobria. – Por que você não volta a namorar a mamãe, você é bem melhor que o Sasori. E assim podemos ser uma família de verdade, que nem a do tio Naruto – Disse a menina enquanto adormecia lentamente com os mimos do pai.

- É mais complicado que isso. – Ele ficou encucado com o tal do Sasori, já era a segunda vez que ouvia falar nele, mas não sabia nada sobre o cara que praticamente criou sua filha no lugar dele, mas que ainda assim, a menina insistia em detestar, antes de dormir, a menina pediu para que ele fosse a surpresa do dia dos pais na escola dela, o que Sasuke concordou imediatamente, não iria mais perder nenhum momento especial com sua princesa

Sasuke se levantou da cama, deixou a menina em seu sono profundo, ela dormia abraçada com seu urso, com um sorriso estampando no rosto, ele caminhou pelo corredor até o quarto de Sakura, estava pronto para bater na porta, mas essa estava entreaberta, o que possibilitava uma vista linda, Sakura mimava o seu menino na cama, que dormia tranquilamente nos braços dela.

Deisuke vivia pedindo uma mãe para Sasuke, e esse era um pedido que cortava o coração do moreno, pois não podia colocar ninguém no lugar de Konan para ele, a mulher sequer teve o tempo de conviver com a criança, e aquilo era como uma ferida aberta para Sasuke, mas ao ver aquela cena, sentiu-se seu coração aquecer novamente, já sabia o quão maravilhosa mãe Sakura era para a filha deles, mas nunca imaginou que haveria espaço no coração dela para mais aquela criança, que por muito tempo na cabeça dela, fora um dos pivôs do fim do relacionamento deles.

O moreno percebeu por fim que havia lagrimas no rosto dela, e estranhou, entrou no quarto suavemente, e ela nem mesmo percebeu, estava entorpecida com o pequeno em seus braços. – Oi. – Ele sussurrou, chamando a atenção dela.

- Oi, como ela está? – Perguntou preocupada.

- Está melhor, eu a tranquilizei, disse que iria para a surpresa do dia dos pais, e ela ficou mais tranquila, que menina malvada essa colega dela, falar algo assim para uma criança. – Comentou ele, sentando na beira da cama, perto dos pés do filho menor – Acho melhor, eu ir embora. – Ele ameaçou pegar o menino dos braços delas, mas foi impedido por um olhar assustador.

- Não, deixe ele dormir, já estava manhoso para pegar no sono, e se o acordas, ele pode ficar pior. – Disse ela, tentando se explicar, quando na verdade, estava apegada já a sensação de ter alguém para ninar, já que sua filha preferiu os braços do seu pai.

Sasuke se sentiu contrariado, não queria deixar o menino ali, tinha medo dele acordar assustado no meio da noite, mas na verdade, não queria ficar sozinha naquele apartamento enorme.

- Pode ficar também, com ele entre nós, duvido que tentemos alguma coisa. – Disse Sakura manhosa.

- Nunca duvide de nós, Haruno. – Sasuke retirou os sapatos, e subiu na cama, do outro lado, com o filho entre ele e Sakura, ficaram encarando o menino, velando o sono dele por alguns minutos, até que os olhos deles se encontraram, e novamente estavam perdidos naquelas emoções confusas que provocavam um no outro, ele seguiu sua mão para cima da dela, que repousava sobre o braço de Deisuke, ele fez um gentil carinho com o polegar, e entrelaçou os dedos.

- Costumávamos fazer isso em nossa cama, sonhando com o dia em que teríamos filhos juntos. – Ela comentou.

- Eu ia te pedir em casamento. – Ele comentou aleatório, e ela arregalou os olhos. – Na viagem para Nova York, em dezembro, eu ia te pedir em casamento.

Sakura não queria reviver aqueles dias, não queria se sentir vulnerável como naqueles dias. – Eu ia te contar naquele dia, que estava grávida. Tinha preparado toda uma surpresa, mas no fim, fui eu quem fui surpreendida. – As lágrimas solitárias insistiam em descer, com as mãos ainda entrelaçadas, Sasuke levou as costas da sua mão para o rosto dela, e as enxugou.

- Me perdoa. – Ele falou apenas isso, e ficou repetindo em sussurros, até que Sakura adormecesse com Deisuke em seus braços, e a mão de Sasuke entrelaçada com a sua. - Por tudo que eu te fiz.

No meio da noite, Sarada sentiu uma fome estranha, e lembrou que não tinha jantando, pensou em ir até o quarto de sua mãe para pedir que ela preparasse alguma coisa, mas viu o relógio e percebeu que já era muito tarde, e tentou voltar a dormir, porém em vão, a fome estava muito forte, se levantou e foi até a cozinha de fininho, pegou um dos seus biscoitos favoritos, e sentou no sofá para comer, tentou o máximo não fazer barulho, mas acabou derrubando o pacote sobre o centro de vidro, fazendo um barulho, ela abriu os olhos em susto, e correu para o quarto para se escondeu e quando a mãe demorou a aparecer, estranhou, então resolver verificar se ela estava em um dos seus sonos profundos

Sarada chegou a porta do quarto da mãe e teve uma linda surpresa, seu irmão dormia no meio dos seus pais, que estavam de mãos dadas na cama, ela sentiu-se emocionada, e queria arduamente entrar naquele meio, viu que ao lado do seu pai tinha mais espaço, subiu na cama e se esgueirou entre seu irmão e seu pai, abraçou o pequenino que reclamou um pouco, mas logo aceitou. Sakura sentiu a movimentação, e sorriu ao perceber a sua menininha ali tentando achar um espacinho entre os pais, ela parecia tão empolgada, que Sakura teve que apertar a mão de Sasuke fortemente para ele perceber a situação e acordar para ajeitar o espaço para menina.

- Desculpa, eu não queria acordar vocês. – Ela falou baixinho, que arrancou sorriso dos pais, mas nada falaram, apenas envolveram a menina naquele abraço e voltaram todos a dormir. 


Notas Finais


Gente, confesso que sou in love nessa cena <3


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