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História Seu Pecado - XVII - Pecando Novamente


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Capítulo novinho para vocês <3

Espero que gostem, estou tentando não demorar tanto para atualizar Seu Pecado, estou até tentando deixar capítulos já prontos para vocês, mas está complicado.

Capítulo 17 - XVII - Pecando Novamente


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XVII - Pecando Novamente

Sakura estava diante do espelho do seu quarto pela vigésima vez em menos de meia hora, a cada retoque dava uma conferida no espelho para ver se estava tudo certo, com um vestido preto de mangas longas e  um decote generoso, ela se preparava para sair com Sasuke.

A ideia de ir jantar com ele parecia muito perigosa, depois na noite anterior, ainda não sabia bem como encara-lo, durante o passeio no shopping, fugiu com sua cunhada e suas amigas, deixando os rapazes encarregados das crianças, afinal de contas, quanto trabalho elas poderiam causar, assim eles pensaram, mal sabiam que quando as garotas voltassem, os homens já estavam desesperados por um minuto de silêncio e paz.

Contou a todas o que aconteceu, de Ino recebeu uma bronca, dizendo que ainda muito cedo para ter transado com ele, apesar de que loira quis saber cada detalhe sórdido, cada posição que tentaram, quantos orgasmos tiveram? Ino não fazia o tipo constrangida com situações assim, na verdade sendo sincera, ela estava bem confortável, e até excitada com as histórias.

A cara da atendente da loja de moveis infantis quando Sakura contou que tentaram a velha posição de frente para parede, o estilo cachorrinho em pé foi impagável, a mulher que já deveria estar acostumada com esse tipo de situação colocou no rosto, a mais incrédula das faces, por Deus, ela trabalhava em uma loja que vende móveis para bebês, como ela achava que eles eram feitos?

Elas riram durante um bom tempo por causa disso, enquanto caminhavam pela praça de alimentação descobriram que Karin era o tipo de grávida cheia de desejos, naquele pequeno espaço de tempo, desejou comer Yakisoba, Pizza, Sorvete de Pistache e um pedaço de frango assado.

Quando voltaram a se encontrar com os rapazes, todos andando de mãos dadas, Sasuke e Sakura ficaram logo atrás segurando as mãos dos filhos, que seguravam um ao outro, assim evitando que o clima ficasse tão estranho, ela sequer dirigiu meia palavra para o moreno durante toda a tarde, o que acabou frustrando um pouco os planos de Sasuke, afinal de contas, o que ele queria naquela tarde era preparar o terreno para a notícia que pretendia contar a ela à noite no jantar.

Sarada, ao contrário dos pais, estava mais comunicativa do que nunca, ela mostrava ao irmão tudo que conheci ali, afinal de contas, ela tinha Ino, uma consumista eufórica como madrinha, ou seja, praticamente vivia em shoppings quando saiam juntas, o que era bem recorrente, já que a firma tomou muito tempo de Sakura logo quando foi fundada. O menino que de início pareceu relutante com toda a euforia da menina, foi entrando na onda, Deisuke era tímido como o pai as vezes, mas quando se soltava, tinha uma personalidade parecida com a de Sakura e para quem olhasse de fora aquela era apenas mais uma família comum.

- Está vendo aquilo ali, tem uma máquina que te gira tanto que você sai querendo vomitar. – Sarada disse apontando para o parque interno do shopping. – Mamãe, nós podemos ir? – Ela falava com um olhar suplicante estampado no rosto, e quem acabou não resistindo foi Sasuke que levou os filhos para o tal brinquedo, mesmo com o aviso de Sakura de que ele teria que cuidar de duas crianças completamente enjoadas logo após, porém para a surpresa da rosada, ambos aguentaram muito bem e não houve incidentes.

Já em casa, Sakura tratou de arrumar a filha e prepara-la para dormir na casa em frente com os avós, a presença de seus pais ali nunca foi tão agradecida pela rosada como agora, pois se não estivessem, teria que chamar Ino, que provavelmente chamaria Sai e ficariam de babá de sua filha, e por mais que confiasse em Ino com sua vida, temia as ideias dela quando sua pequena adormecesse, o novo “Sai” estava se saindo um maníaco sexual, e durante essa fase, ela não o queria perto de Sarada.

A menina ficou triste por não poder ficar com sua mãe, afinal de contas, ainda estava chovendo e o ritual delas ainda valia, mas ao saber que ela sairia para jantar com seu pai ela não se conteve de alegria, a menina era tão fácil de decifrar, com pequenas coisas, seu dia ficava perfeito, a saída em família já tinha sido ótima, mesmo que seus pais mal se falassem, pelo menos estavam ali, juntos, e adorava o fato de que além de ter um pai, também tinha um irmão mais novo.

Sakura retocou a maquiagem, soltou os cabelos, até agora presos em um coque improvisado, o batom roxo era a única coisa em destaque no seu rosto, optou por uma maquiagem leve, não sabia para que restaurante Sasuke a levaria, então era melhor estar preparada para qualquer ocasião, sem muito exagero, colocou um par de brincos de ouro pequenos, porém perfeitos, tendo como ponta, uma pérola. Ela se levantou, ajeitou o vestido, que subia um pouco toda vez que ela se sentava, calçou um scarpin na cor nude e saiu do quarto, sua filha que estava na sala assistindo televisão junto com o pai, sentado no sofá tentando entender a lógica do desenho Apenas um Show, fazendo assim algumas caretas hilárias.

Ambos se viraram no mesmo instante quando Sakura adentrou na sala, pegando sua bolsa em cima do balcão que fazia a divisão com a cozinha, Sasuke perdeu completamente a concentração e acompanhou o passo dela, estava perfeita, na verdade, ela era sempre perfeita, mas naquele momento ele perdeu os sentidos e lembrou de cada saída que tiveram nos anos que ficaram juntos, como um flashback, ele sorriu com a lembrança e a encarou com esse sorriso estampado no rosto, ela corou e Sasuke sentiu estranho, fazia tanto tempo que não a via corada, assim, daquela maneira tímida.

- O que está olhando? – Perguntou sarcástica.

- A mulher que vou levar para sair. – Ele respondeu sucinto, Sarada levantou no sofá, e encarou a mãe de cima a baixo.

- Mamãe, você está muito bonita, isso tudo é para o papai? – Ela perguntou astuta, fazendo a mãe ficar ainda mais vermelha.

- É claro que não, Sarada, mamãe não pode ficar bonita só para sair? – Ela rebateu, mas a menina semicerrou os olhos.

- Você não se arrumava assim quando saia com Chatori. – Esse era o apelido que ela tinha dado para o ex-namorado na mãe, e o pai da menina soltou um Hm, logo em seguida.

- Sasuke. – A rosada reclamou encarando o moreno, que já estava de pé em sua frente, ele também estava bem arrumado, o que significa que provavelmente iriam a um lugar chique, mas Sasuke não conhecia bem Nova York, será que ele se lembrou de reservar os lugares? Afinal, era um sábado, e os melhores restaurantes da cidade estariam lotados.

- Eu não falei nada. – Ele disse se defendendo.

- Mas pensou. – Ele realmente tinha pensando, mas se espantou com a habilidade dela de ainda reconhecer quando ele fazia isso. – Tudo bem Sarada, desligue a TV, e vamos para casa da sua avó.

- Ah mamãe, porque eu não posso ficar aqui e a vovó ou a tia Karin vem dormir comigo? – A menina já tinha tido essa discursão com a mãe, mais cedo naquele mesmo dia.

- Meu amor, eu já te expliquei, agora vamos logo, daqui a pouco você vai dormir, se a mamãe chegar cedo, eu te pego e coloca na cama, tudo bem?

- Eu espero que vocês não voltem cedo. – Ela replicou, e a mãe estranhou a atitude, logo agora, ela não queria dormir na casa dos avós, e saiu caminhando para a casa em frente, sem nem esperar pelos pais.

- Talvez ela queria que a nossa noite dê certo. – Sasuke se aproximou e sussurrou por trás no ouvido de Sakura, causando um arrepio que percorreu todo o corpo da mulher.

- Pare Sasuke, não vamos transar hoje. – Ela respondeu, tentando recuperar a sanidade que tinha acabado de perder, por ele, ficavam ali a noite toda, mas a necessidade de contar as novidades era maior que o desejo por sexo.

- Se você está dizendo. – Ela pegou as chaves, e eles saíram da casa, Sakura entrou na casa em frente, enquanto o moreno ficou do lado de fora, não queria causar mais conflitos com os pais da rosada, então deixou que Sarada viesse até ele para se despedir. Sakura passou uns quinze minutos dando instruções para os pais sobre tudo com a filha, alergias, remédios que ela podia tomar caso acontecesse alguma coisa, números para ligar, ambos dela e Sasuke.

Saíram logo em seguida, o carro de Sasuke estava estacionado em frente ao apartamento dela, seguiram nele mesmo, sem ter o trabalho de retirar o dela do estacionamento no subsolo, o restaurante que Sasuke escolheu era o Balthazar, apenas o melhor quando o assunto é comida francesa, e Sakura simplesmente amava comida francesa, então a escolha foi certeira.

Ele tinha lembrado de fazer as reservas, na verdade, as fez com dias de antecedência, o que levantou um pouco as suspeitas de Sakura, eles se sentaram em uma mesa bem privilegiada, em uma área bem VIP do local, a rosada nunca fazia muita questão de posição de mesas, mas confessou que sentiu-se bem melhor sentada em um lugar daqueles.

- Quando Sarada tinha uns seis meses, eu vim jantar aqui, e ela precisou mamar, esse foi um dos poucos restaurantes que me tratou bem, ofereceu-me até um lugar mais confortável para fazer, eu já cheguei a ser expulsa de alguns lugares nessa época, os quais jamais volto, e faço questão de não indicar a ninguém. – Ela retrucou ainda na entrada do lugar.

- Boa Noite, Sr. Uchiha, o cardápio. – O garçom o veio cumprimentar. – Sra Haruno. – Passou as ordens para a mulher.

- Obrigada, eu vou querer o Nº 13, acompanhado com o vinho Lafite 75, por favor se atentem ao ano, e não me tragam o 74 novamente. – Sasuke disse extremamente autoritário como se aquilo fosse algo corriqueiro.

- Eu vou quero o Nº 17, mas vocês poderiam retirar o óleo de azeite da salada, e trocar por coco? – Sakura fechou o cardápio e entregou ao garçom que assentiu com seu pedido.

- Quando você veio aqui? – Ela perguntou de cara assim que o homem saiu.

- Umas duas semanas atrás trouxe uns associados da firma, e quando cheguei trouxe minha mãe para jantar aqui. – Ele explicou.

- Por um segundo pensei que já tivesse vindo para Nova York.

- Prometi que não o faria sem você, lembra? – Ele contou da promessa que tinham efeito quando começaram a namorar, ela o contou sobre o sonho de conhecer a cidade, e ele simplesmente disse que não voltaria para lá sem ela.

- Eu descumpri a nossa parte do acordo, você também poderia. – Falou ressentida.

- Sakura, não vamos discutir isso de novo, por favor, não quero estragar a noite. – Ele pediu, e a garota concordou.

- Por que me convidou para jantar? – Foi direto ao ponto.

- Não posso convidar a mãe da minha filha para jantar? Principalmente depois da noite que tivemos.

- O restaurante está reservado há dias, a não ser que já estivesse planejando dormir comigo, não acho que tinha sido por isso.

- Porque você não pode simplesmente aceitar que quero lhe agradar.

- Conheço você, e sinto que está me escondendo alguma coisa. – Sakura realmente o conhecia, bem até demais, e Sasuke estava inquieto, começava frases e não as terminava, sempre que os olhos de Sakura encontravam os dele, era como se desse para trás de alguma maneira.

- Preciso contar uma coisa, mas não é nada urgente, vamos jantar, quero ouvir um pouco da Sarada, você contou sobre ela bebê, pode contar mais? – O pedido de Sasuke acabou distraindo a mulher de todo o ponto da pergunta anterior, então ela se focou em contar os pequenos detalhes. – Com quantos meses ela começou a falar?

- Com 7, era uma matraquinha, repetia tudo que todo mundo falava, então tínhamos que ter muito cuidado, o ex-namorada da Ino era policial, então, ele falava muito termo, tipo arma, sangue, o que ela passou a repetir impiedosamente, com quase um ano, ela aprendeu a falar “vou prender esse idiota” e repetiu isso por longos meses, era uma graça. – Sakura perdia-se nas lembranças de sua filha pequena.

- E andar? – Sasuke instigou.

- Ah, isso demorou um pouco, ela começou a engatinhar só com seis meses, até fiquei preocupada por isso, eu colocava ela sentada e ela ficava paradinha, ou então se arrastava deitada, pensei por um segundo que tivesse algum problema, mas um dia, o gato da Ino fugiu dela, e essa menina se desesperou tanto que engatinhou a casa toda atrás dele, e eu perdi de colocar isso em câmera. – Sakura falava com felicidade, eufórica até. – Eu gravei os primeiros passos dela, podemos ver algum dia, se você quiser.

- Eu gostaria muito. – Confessou. – Perdi muita coisa, não é?

- Ela é pequena ainda, ainda vai ver muita coisa, o primeiro dia no ginásio, no ensino médio, o primeiro namorado. – Ao pronunciar da última palavra, ele fechou a cara imediatamente.

- Não quero pensar em Sarada namorando tão cedo Sakura, pelo amor de Deus. – Disse nervoso.

- Ela vai namorar um dia, precisa estar preparado, agora me conte, e o Deisuke, como ele era pequeno? Ele parece ser tão calmo.

- Ah não se engane com aquela faceta calma, aquele menino era um terror quando menor. – Ele contou, e sua mente vagou para o dia em que Deisuke aprendeu a andar.

- Eu estava no escritório e tinha deixado ele dentro do cercadinho em minha frente, então, ele mal engatinhava, só se quisesse muito alguma coisa, mas de repente esse menino derruba o cercadinho que eu nem vi e sai caminhando pela casa sozinho, estávamos no segundo andar, e quando dei por mim, ele estava descendo a escada sozinho agarrada no corrimão.

- Sério? – Sakura estava rindo descontrolada, imaginado a cena.

- Dois minutos mais aterrorizantes da minha vida.

- Acho que a Sarada nunca aprontou nada assim. – Ela falou pensativa, tentando lembrar de algum momento parecido, até que algo lhe veio a mente. – Ah não, teve a vez que ela conseguiu tirar o freio de mão no meu carro, e ele começou a andar sozinho.

- Como ela fez isso? – Perguntou curioso, e até um pouco assustado

- Ela estava na cadeirinha do carro, isso foi recente, no ano passado acho, de alguma maneira, ela conseguiu soltar o cinto, não me pergunte como, eu tinha saído para pegar o pedido no McDonalds no Drive-Thru, tinha ficado um pouco longe, mas não podia manobrar por causa da fila, foram dois segundos só, eu juro, essa menina se jogou para cima da marcha do carro e com o corpo mesmo tirou ele do freio de mão, e o carro começou a andar sozinho, eu joguei o lanche para cima e corri para entrar no carro, me joguei ela janela mesmo e ativei o freio, e ela sorrindo como se não tivesse feito nada.

A história fez Sasuke rir tanto, imaginou a carinha de sua filha, e ficou maravilhado, queria ter sido a primeira pessoa para qual Sakura contava essa história, mas ela já deveria ser velha notícia para os amigos, mas logo veio a surpresa.

- Acho que você é a primeira pessoa que conto isso, nunca contei para Ino, ou para meus pais, acho que tive medo de ser julgada. – Sasuke sorriu, era como se ela tivesse lido sua mente, e seu rosto se iluminou com aquilo.

A comida chegou, e eles continuaram a partilhar momentos como aquele, e assim que terminaram de jantar, o silêncio reinou por alguns minutos, se encararam, estavam muito próximos, mas Sasuke não fez nenhum movimento em direção a ela durante toda a noite, sequer a tinha tocado, mas naquela troca de olhar, seu desejo ardia por ela, queria beija-la e borrar todo aquele batom roxo que permaneceu perfeito mesmo depois de toda a refeição.

Sakura queria desviar o olhar, mas por algum motivo não conseguia, os flashbacks da noite anterior tomaram conta da sua mente, era como se estivesse acontecendo naquele momento, podia sentir os lábios dele contra sua pele, as mãos passeando por sua barriga e alcançando seus seios, ela mordeu a boca em desejo, e ele se segurou muito para não levantar dali e leva-la para algum lugar que pudesse fazê-la dele novamente.

- Eu tenho que te contar uma coisa.  – Interrompeu os próprios devaneios para começar.

- Ruim ou boa? – Sakura o questionou.

- Deixo você decidir isso, lembra o que eu disse que queria ser quando começamos a namorar? – Começou, e a rosada vasculhou um pouco sua mente à procura das palavras de Sasuke sobre aquilo.

- Não exatamente, você tinha muitas ambições.

- Era algo que não pude fazer por que meu pai queria muito que eu fosse advogado. – Instigou a memória dela mais um pouco.

- Nada me vem à mente, conte logo o que é Sasuke.

- Eu queria ser policial Sakura, queria ser agente especial. – Após isso, Sakura lembrou-se vagamente das conversas sobre isso, há seis, sete anos atrás.

- O que isso tem a ver, você se formou em Direito, achei que tivesse desistido disso.

- O ponto é que eu não desisti, apenas adiei, pretendia fazer a prova assim que você se formasse, e eu te pedisse em casamento.

- Você ia me pedir em casamento. – Ela repetiu a última frase, não em tom de pergunta, mas em uma afirmação dolorosa, Sasuke então retirou uma pequena caixinha do bolso e colocou sobre a mesa.

- Guardo esse anel há cinco anos, eu mandei fazer especificamente para você, e eu vou guarda-lo por mais cinco, dez anos se for preciso, mas a única pessoa que vai usá-lo vai ser você, e se não quiser, bom, ficará guardado para sempre. – Sasuke comentou com pesar, e ela levou a mão a boca, queria chorar com aquilo mais se segurou. – Mas não é isso que vim te dizer.

- O que então? – Perguntou por fim.

- Eu passei no teste do FBI, como eu tenho dupla nacionalidade, fui aceito. – Sasuke tinha nascido nos EUA por um erro de cálculo dos médicos, que pensaram que a mulher estivesse grávida de sete meses ao invés dos nove, devido ao tamanho do bebê.

Sakura arregalou os olhos, e em seguida os semicerrou, como se não acreditasse naquela frase dita por ele.

- Você vai entrar no FBI? – Ela o questionou incrédula e a ponto de surtar enfurecida.

- Vou para Quântico na próxima semana para começar os treinamentos. – A calma com que ele dizia aquilo, deixava Sakura ainda mais furiosa, ele estava agindo como se aquilo não fosse de grande importância, e antes que ela pudesse gritar com ele, o garçom chegou com a conta, Sasuke a pegou rapidamente, retirou o dinheiro da carteira e ali deixou, puxando Sakura para fora, ele sabia que a mulher estava prestes a explodir, mas não podia deixar que ela fizesse aquilo ali.

Ao chegarem no estacionamento, Sasuke liberou a mão de Sakura, e esperou pacientemente para ela explodir em raiva, a mulher que se contorcia em expressões faciais indescritíveis, controlando-se, a fúria que emanava do seu corpo era evidente em seus olhos, o verde dos seus olhos brilhava, como se uma chama queimasse de raiva dentro de si.

- O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? FBI SASUKE? QUANTICO? VOCÊ ACABOU DE VOLTAR E JÁ ME DEIXAR DE NOVO, DEIXAR A SUA FILHA? E O DEISUKE? VOCÊ FICOU LOUCO? VOCÊ É UM ADVOGADO, A MERDA DE UM ADVOGADO, SE FORMOU PARA ISSO, CINCO ANOS EM UMA MALDITA UNIVERSIDADE PARA VOCÊ JOGAR TUDO PARA O ALTO POR UM DESEJO SUICIDA? – Sakura gritava como se sua vida dependesse daquilo, o estacionamento por sorte estava vazio, e Sasuke escutou atentamente cada palavra dela, engolindo seu orgulho e tudo pela mulher que amava, mas aquilo era seu sonho, muitas pessoas já o impediram de fazer aquilo, estava na hora de começar a enfrentar as coisas pelo que queria.

- Eu pensei que tinha voltado por mim, pela empresa, sei lá. E mesmo que não fosse, pensei que ficaria, se não por mim, pelo menos pela sua filha, poxa, eu o deixei entrar na vida dela, e você vai embora? Como espera que ela fique? COMO ESPERA QUE EU FIQUE? QUE DROGA, EU NÃO ACREDITO QUE SEQUER COGITEI EM TE PERDOAR POR TODAS AS MERDAS QUE VOCÊ JÁ FEZ.

Ele já estava pronto para responder, mas ela levantou a mão em gesto para que não o fizesse, ainda tinha coisas entaladas na garganta para soltar.

- Você tem um filho, dois filhos na verdade, pelo amor de Deus, vai arriscar sua vida todos os dias, sequer pensou neles, não é? Você é um idiota egoísta, idiota, idiota, idiota. – Sakura veio em sua direção, batendo forte contra seu peito, as lágrimas já escorriam pelo rosto dela, não a ponto de borrar a maquiagem, mas estavam ali. – Não pensou em mim, como eu vou ficar se acontecer algo com você, e se você morrer nessa merda de emprego, eu sei que é seu sonho, mas não acha que está muito velho para isso?

Velho? Sasuke ouviu as últimas palavras com desgosto, tinha apenas 28 anos, recém completados para ser mais exato, não se sentia velho em nenhum sentido, mas as palavras dela aos poucos o quebravam, e por um segundo chegou a cogitar a ideia de desistir, mas não podia mais fazer isso consigo.

- Eu não vou embora Sakura, são só dois meses de treinamento intensivo, vou poder visita-la aos fins de semana, Deisuke vai ficar com meus pais, e é claro que pensei neles, eu já repassei essa ideia na minha cabeça milhões de vezes, eu sou bom nisso, sou bom em muitas coisas, e você realizou seu sonho de abrir sua firma, eu fui forçado a isso, assim como fui forçado ao direito, mas estar em uma força policial sempre foi meu desejo Sakura, você sabe disso, eu não vou te abandonar, prometi que jamais faria isso novamente, eu sequer tenho forças para pensar em te deixar, se te chamei para jantar para contar isso é para provar como você, Sarada e Deisuke são tudo na minha vida, tudo que eu mais amo e venero, e por vocês que estou fazendo isso. Não quero abrir mão de parte da minha felicidade, eu quero proteger vocês. – O discurso de Sasuke aos poucos ia dissolvendo a fúria conta em Sakura que ainda estava em seus braços, com os olhos vidrados no rosto do moreno. – Sakura, eu amo você. Amo com todas as minhas forças, já te disse isso milhões de vezes, e não vou me cansar de dizer, você é a mulher da minha vida, me deu a maior alegria do mundo que é a nossa filha, confesso que até conhecer esse amor, achava que nada nesse mundo pudesse me destruir mais do que o fato de não estar ao seu lado.

- Por que agora? Não pode esperar algum tempo, até estarmos bem, eu sei lá, parece que está me deixando novamente. – Sakura expressou, e a surpresa veio no rosto de Sasuke.

- Então existe a possibilidade de você em perdoar? – Instigou, ansioso pela resposta.

- Eu já te perdoei, mas ainda não aprendi a confiar em você novamente, então, eu preciso sentir firmeza do que você quer, de que você está disposto a fazer tudo por nós dois. – Sakura confessou, e Sasuke sentiu suas pernas falharem, ela o tinha perdoado.

- Sakura, tudo que eu mais quero nesse mundo, é ficar com você, nossa filha e meu menino, que eu espero que um dia possa acolhe-lo também, mas eu preciso fazer isso, preciso fazer algo por mim, porque eu desejo, não porque estou sendo obrigado. Mas, eu prometo, quando eu voltar, vou fazer de tudo para provar o que quero, e nós vamos ficar juntos. – Sasuke se aproximou dela, segurou seu rosto com a ponta das mãos, e a beijou levemente. – Me perdoa por te decepcionar de novo, só me dê essa chance, sei que tem medo por mim, mas meu amor, eu tenho as melhores razões do mundo para sempre voltar para casa.

- Quando você voltar, nós vamos tentar de novo. – Sakura falou com veemência, e firmeza, queria fazer aquilo, não conseguia mais ficar longe dele, a distância que tiveram durante a tarde, foi só para provar que seu corpo o queria, e sua mente e coração precisavam dele, do amor dele. Era insano como o desejava, como o amava sem precedência ou limites. – Deisuke não vai ficar com seus pais, ele vai ficar comigo, vai ser bom para ele, e para Sarada ficar com o irmão, eu já o amo também, e se ficarmos juntos, ele também vai ser meu filho, ele precisa de uma mãe.

Emocionado com o discurso dela, Sasuke pegou a mulher e a tirou do chão, rodopiou seu corpo. – Quando eu penso que não posso mais te amar, vem você e me surpreende, a distância entre os corpos foi encerrado com um beijo afoito e caloroso, estavam com saudade, mesmo depois de tão pouco tempo, queriam sentir o corpo um do outro novamente, mas sabia que era melhor esperar, então apenas se beijaram, ali no estacionamento, por longos e apaixonados minutos.

- Temos que contar a Sarada e ao Deisuke, recebi a notícia ontem, minha mãe quase me matou, Naruto me parabenizou, e você, bom, você, me deu esta grata surpresa.

- Ela vai ficar triste, mas também acho que vai ficar eufórica com a novidade do irmão, mas me promete que vai voltar todos os fins de semana. – Pediu carente. – Estou virando aquela manteiga derretida por você de novo.

- Fico feliz que ainda te derreto. – Depositou um selinho nos lábios da mulher, que mesmo com gesto simples, corou.

- Ainda estou com raiva por causa dessa loucura sua, mas eu entendo que seja seu sonho, já fomos privados de muita coisa na vida, e eu estou cansada de perder tempo, tudo que eu sempre quis está na minha frente, o homem que eu amo, a família que sempre quis, e ainda ganhei um menininho lindo de presente, não quero ficar longe você, pode até ser cedo demais para te perdoar, eu não me importo, eu também amo você, e só quero ficar ao seu lado. – Sakura confessou, e o beijou, já estavam dentro do carro, e se não parassem provavelmente seriam presos por atentado ao pudor caso alguém os pegasse ali.

- Já perdi cinco anos da minha vida sem você, e eles foram os piores que pude imaginar, não quero mais ficar longe. – Sasuke retrucou entre os beijos, e ela se afastou para que o homem pudesse dirigir.

Enquanto isso, na manhã do dia seguinte do outro lado da cidade.

- Sai, vamos visitar aquele orfanato que eu te falei na semana passada? Eu fui chamada para fazer a vistoria pela empresa, ele vai ser demolido para reforma.

- E as crianças? – Perguntou o homem sentando no sofá da casa da mulher, fazendo uma massagem nos pés dela, eles estavam a exatos dois meses sem sexo, o que estava sendo uma tortura, Ino o provocava de maneiras que nem fazia ideia, eles dormiam juntos, mas o acordo era sem sexo até confiassem plenamente um no outro novamente.

- Elas vão ser realocadas por um tempo, até que o lugar esteja pronto, eu já vi a fachada por fora, aquele lugar está prestes a desmoronar, e eles merecem um lugar melhor do que aquilo, já sofrem demais.

- Estabilidade é importante para crianças assim Ino, até demais, eu sei bem como é isso, vivi em lares até os 12 anos, se não fosse pelos meus pais adotivos, não sei onde estaria hoje. – A infância de Sai era marcada por tragédias, tinha perdido os pais biológicos e o irmão mais velho em um acidente aos 5 anos, e poucas eram as lembranças dele sobre esses, guardava apenas uma fotografia em casa, e era tudo que tinha, desenvolveu grandes problemas de socialização, não conseguia criar lações, até que um gentil casal resolveu dar uma chance a ele, já com doze anos, e Sai começou a melhorar suas habilidades.

- Eu conheci um menino encantador, ele é um pouco bruto, do tipo que não confia em estranhos, mas ele é tão fofo, parece comigo e se as pessoas nos vissem na rua provavelmente achariam que é meu filho, tem sete anos, e é lindo.

- O que aconteceu com a família dele? – Perguntou o moreno curioso.

- A mãe dele era uma viciada, e o pai a matou sufocada na frente dele, ele não deixa que ninguém o toque, fiquei com pouco tempo com ele, é genioso, mas Sai, ele é tão... não sei como descrever o que senti quando o vi pela primeira vez.

- O que está pensando? – Sai notou as segundas intenções da namorada dele pela voz.

- Eu sei que não estamos bem ainda, sei que não é o momento, mas Sai, ele é tão isolado e tão perfeito, ele vai ser remanejado para uma casa temporária, e eu queria que fosse aqui, não como um teste, porque eu não vou querer devolve-lo. Quero adota-lo, e se você não estiver dentro, eu vou entender, mas peço que pelo menos o conheça antes de tomar a decisão.

O rapaz a olhou, não tinha susto, apenas um pouco surpresa, ele parecia bastante decida, ele não queria acabar com a felicidade, o trabalho de ter uma criança com tantos traumas era enorme, ele sabia bem disso, tinha disso uma dela, daria uma chance para o menino, por Ino, mesmo com apenas 6 meses de namoro, tinha uma certeza sobre ela que jamais teve sobre nenhuma outra.

- Como é o nome dele? – Foi o que soube dizer.

- Inojin. 


Notas Finais


Então, agora vocês já sabem quem é o personagem novo, e eu vou introduzir ele lentamente, espero que gostem.Nos próximos capítulos, eu vou narrar bem a saga do Sasuke em Quantico, e talvez a Sakura fique um pouco de lado, porque estou planejando um retorno bem movimentado. MAS NADA DE SPOILER.

Gente, quem se interessar dê uma olhadinha na minha outra fanfic: Hollywoodiana <3 E curtam a página se quiserem, essa semana teve capítulo, e um crossover especial com a novo Hit do ano Resiliência <3
https://www.facebook.com/hollywoodiana123/?fref=ts
Link da fic: https://spiritfanfics.com/historia/hollywoodiana-7525759

E o link de Resiliência que vocês provavelmente já conhecem, mas é sempre bom ressaltar esse hino de fanfic <3 - https://spiritfanfics.com/historia/resiliencia-6830782


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