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História Seu Pecado - XVIII - A remissão de um pecador


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Oi gente, perdão pelo atraso. Feriado, mais trabalhos acumulados. Acabei sem tempo. Mas e vocês como foram de carnaval? Algum aniversariante?

Vamos falar desse capítulo que vai dar início a uma nova parte da fic. Eu queria saber de vocês, acharam que o retorno deles foi muito rápido? Lembrando que eles ainda não voltaram e que em dois meses muita coisa pode acontecer, tanta para o Sasuke quanto para Sakura? E sobre o novo personagem, reservo grandes emoções. Leiam as notas finais.

GENTE, CHEGAMOS AOS 500 FAVORITOS, E EU NÃO PODIA ESTAR MAIS FELIZ. OBRIGADA A TODOS OS LEITORES, A TODOS OS 507 FAVORITOS, Eu sei que meu último atraso entre o capítulo do Hentai e o próximo acabou decepcionando alguns de vocês e por isso me perdoem, mas vou tentar sempre ter uma pontualidade. Essa semana ainda temos capítulo novo de Hollywoodiana e talvez uma ONE especial baseada em uma ART que saiu no grupo do Facebook essa semana. Obrigada novamente, pelos favoritos, pelos comentários, tento sempre responder todos, o máximo que dá. GENTE, NUNCA IMAGINEI QUE MINHA FIC CONSEGUIRIA CHEGAR A TANTO. AMO VOCÊS.

Capítulo 18 - XVIII - A remissão de um pecador


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XVIII - A remissão de um pecador

Ino, isso não é uma situação simples, nós voltamos faz dois meses, eu sei que terminamos por pouco tempo, mas não é a hora de adotarmos uma criança. – Sai esbravejava, aquele discursão tinha se estendido por toda a noite, sequer perceberam que já estava quase de manhã.

 

- O problema é que ele não tem tempo, não pode ser outra hora. Não é por nós que estou fazendo isso, é por ele. Você já esteve no sistema, quais são as chances de uma criança de sete anos com um passado desses ser adotada? – A loira estava irritada, ele não entendia que aquilo não tinha nada a ver com eles, e sim com Inojin.

- Mas você está preparada para ser uma mãe? Porque eu tenho certeza que não estou preparado para ser um pai, eu não sei a primeira coisa que há para saber sobre crianças.

- Sai, ele não é um bebê que precisa ser monitorado por cada segundo, ou que precisa ser trocado e dado banho, ele tem sete anos, tudo que ele precisa é de amor e carinho, e é isso que eu pretendo dar a ele. Eu não sei se estou preparada para ser uma mãe, mas eu tenho certeza que estou preparada para tentar.

- Você não sabe a primeira coisa que tem que saber, ele vai se apegar, vai se apegar tanto, crianças no sistema Ino não são como um brinquedo quebrado que você pode devolver, se realmente quiser ele, você tem que estar pronta para isso, porque não é justo, é desumano ser devolvido porque uma família não se adaptou, ou porque não estava preparada o suficiente. Acredite meu amor, não é só com você que estou preocupada, porque eu fui um Inojin, EU FUI UMA CRIANÇA DEVOLVIDA, TANTAS VEZES. – Sai não gostava de demonstrar seus sentimentos daquela maneira, ele nunca tinha sido tão sincero, nem quando terminaram, Ino podia ver as lágrimas do namorado escorrendo pelo rosto pálido dele, a fúria e a tristeza contidas naquele olhar, ela se aproximou e mesmo ele tentando esconder e evitar o contato, a loira o envolveu fortemente, e ainda relutante, Sai deixou ser abraçado.

- Eu sinto muito por tudo que você passou meu amor, eu não sei como alguém poderia ter rejeitado, o que eu imagino que fosse uma criança tão linda, com um coração tão maravilhoso. Mas ele precisa de mim, precisa de nós. Eu sei o que estou te pedindo, sei que insano, e que qualquer um já teria fugido daqui, mas você ainda está aqui, e só te peço que dê uma chance, venha conhece-lo comigo, ele me lembra tanto de você. Ela ama desenhar e é tão sutil como uma porta. – Ino contava maravilhada os prodígios do menino, enquanto suas mãos envolviam o rosto dele os fazendo ficar presos no olhar um do outro.

- Eu estou dentro, por ele, e você. – Disse o homem com convicção.

- Você é boa demais para ser verdade. – Sai murmurou e forçou-se um pouco para ficar colado nela. – Você nem parece ser real, eu amo tanto você. – A garota que já estava emocionada, o beijou e retribuiu as palavras. – Fim da seca?

- Depois que você o conheces, teremos uma noite maravilhosa. – Ino prometeu e eles voltaram a se beijar. Queriam curtir aquele momento, acabaram na cama, se beijando até adormecer.

Pela tarde, Ino se arrumou toda, Sai estava um pouco apreensivo, toda a ideia ainda parecia um pouco insana para ele, a decisão da namorada era precipitada, mas ela estava decidida, falar de Inojin era tudo que ela sabia fazer no momento, de como ele era lindo, e esperto. Apesar de que as vezes era um pouco birrento e dizia as coisas bem na lata, sem se preocupar muito com os sentimentos dos outros, o que o fazia lembrar dele. Admitiu que estava bem curioso para conhecer o menino, mas também estava assustado, aquela situação era desconfortável, e completamente maluca.

Mas ele estava excitado com a novidade, talvez isso seja precipitado, mas talvez fosse a escolha certa, sabia que aquele menino precisava de um lar, e Ino provavelmente seria a melhor mãe do mundo, a mais coruja, mais leoa, ela tinha um instinto natural para aquelas coisas, a via com Sarada, e era lindo de se ver como cuidava, viu como ela quase matou o vendedor por não avisar que continha amêndoas, o que levou a menina a uma séria reação alérgica.

Mas ele, ele é desastrado e insensível, era grosso sem mesmo perceber, e as vezes tinha uma dificuldade enorme em entender em como as outras pessoas sentiam as coisas. Como ele poderia ser um bom exemplo para criança, como ele poderia ser um bom pai? Enquanto velava pelo sono da namorada, não conseguia pregar os olhos imaginando em como aquela criança reagiria a ele. Com certeza faria seu melhor, já que tinha prometido, e não era apenas Ino que não queria decepcionar, era Inojin, mesmo não o conhecendo ainda , tinha um dever com aquela criança, e um dever com si mesmo, pela criança que um dia viveu por cinco anos dentro do sistema, esperando pela mísera oportunidade de ser adotado.

Eles desceram do apartamento, entraram no carro em direção ao velho prédio, Ino já tinha preenchido todas as aplicações, com todos os pré-requisitos, como vinha de uma família importante, foi fácil ser aprovada, mas como não era casada com Sai, tudo aquilo tinha sido feito de maneira independente, mas na realidade, estava feliz por não ter que fazer tudo sozinha, então hoje iria assinar os papéis como responsável e como já moravam juntos, as coisas eram um pouco mais fáceis, porém tudo era questão de aceitação e adaptação por parte do menino.

- Ok, lembre-se que ele parecido com você, então se ele for direto demais, não se ofenda, ele não gosta de estranhos, e se quer conquista-lo, fale de desenhos, você é bom nisso, e ele vai adorar.

- Tudo bem Ino, eu também não quero assusta-lo. - Sai comentou tentando tranquiliza-la, pois a loira já estava a ponto de ter um colapso nervoso.

- Eu tenho medo que ele não goste de você. – Ino disse, soando realmente preocupado.

- Ino, eu quero que ele goste de mim também, nós estranhos costumamos nos entender bem. – Disse sarcástico.

- Isso aí, bem isso, você não pode chama-lo de estranho, Sai se ele não gostar de você, eu não sei o que vou fazer.

- Primeiramente, se acalme, vamos conhece-lo. – O moreno aproximou-se dela, deu um beijo em sua bochecha e saiu do carro, o nervosismo dela era evidente, porque se tudo desse certo naquele dia, iriam leva-lo para casa naquele mesmo fim de semana, mas se desse errado, talvez nem deixassem ele sair dali, e a possibilidade a espantava. Mas estranhamente, seu namorado parecia confiante, na verdade, ele exalava confiança, abriu a porta do carro para ela, deram as mãos e seguiram juntos até o orfanato, hoje começavam as transferências, algumas iriam para lares provisórios, outras seriam transferidas para institutos menores, tudo com intenção de mantê-los em lugares adequados enquanto o oficial era reformado.

Ino por sorte trabalhava para um firma de arquitetura que tinha como presidente, uma excelente mulher, filantropa e ativista, que presava acima de tudo pelo bem de lugares como aquele, e juntamente com a prefeitura da cidade conseguiu a verba para reformar e transformar aquele lugar em algo mais habitável para crianças, porque atualmente aquilo parecia um hospital do século XIX abandonada, mesmo tendo seu charme, para crianças, era inabitável, era horrendo demais, e aquele não era o ambiente no qual eles deveriam acordar todos os dias, até acharem uma família.

A loira entrou em passos largos, queria muito ver seu menininho, sim, ela já o considerava seu, e seu coração talvez não aguentasse, se ela tivesse que escolher entre o namorado e a criança que já queria chamar de filho, e ouvir chama-la de mãe. O pequeno que estava sentando sozinho em uma das mesas da sala de recreação desenhando, sorriu um pouco ao avistar Ino, já tinha se acostumado com a presença da loira, e mesmo sendo escandalosa e atrapalhada, sempre trazia chocolates gostosos, e era muito gentil.

Ele costumava ser muito grosseiro com todo mundo, e ela parecia não se importar, naquele dia, descobriu o porquê. O cara de quase 1,90m, branco feito papel que veio logo atrás dela, sorrindo assustadoramente para ele. Por sorte Inojin não era uma criança que sentia medo facilmente, parte vinha do fato de que viu seu pai assassinar a esposa, mãe dele, em sua frente, é, talvez tivesse algo a ver com isso.

Ino sentou ao lado dele, ela estava diferente, com o rosto iluminado, parecia feliz, e com algo para contar. Ela respirava fundo e o encarava, mas nada dizia e ele já estava começando a se irritar.

- Vai falar logo ou que?. – Inojin praguejou irritado com a mulher.

- Eu vou levar você para casa. – Ino atropelou as palavras, ao falar com tanta empolgação, fazendo com que o menino arregalasse os olhos com tremenda novidade, não queria perder a amizade dela, gostava de Ino, e se ela o levasse para casa, iria enjoar dele.

- Não, você não pode me levar para casa. – Ele falou desesperado, como se quisesse fugir dali, mas Ino ainda o olhava assustada. – Eu não quero ir para casa com você.

- Mas Inojin, eu quero te adotar. – Ino argumentou, mas o loiro estava transtornado com a possibilidade, todas as famílias que se propuseram a adota-lo acabavam devolvendo ele, e o menino já estava cansado disso.

- EU NÃO QUERO QUE VOCÊ ME ADOTE. – Ele gritou fortemente, e correu para fora da sala, Ino ficou atordoada, e se propôs imediatamente a ir atrás dele, mas foi impedida pelo namorado que pediu que deixasse ele resolver aquilo.

- Sai, você não o conhece. – Falou decepcionada, estava se contendo para não chorar.

- Conheço a situação dele, e digo que esse momento, ele só está assustado, eu vi que ele quase sorriu assim que você apareceu, e parecia feliz só com a sua presença, ele já está apegado a você. Eu sou bom em perceber coisas em crianças como ele, eu fui uma delas. Deixe eu falar com ele, por apenas alguns minutos, você pode intervir se não der certo. – O moreno explicou pacientemente para namorada, a qual ele sentia que estava prestes a desabar em lagrimas pela rejeição. – Onde acha que ele pode ter ido?

- Para o terraço, ele adora a vista, e é bem quieto por lá. – Ino explicou onde o lugar ficava, e como ele poderia chegar até lá, e foi o caminho que Sai seguiu. Ao chegar lá, olhou para todos os cantos em busca da criança, estava prestes a desistir, porém ouviu um pequeno chorinho vindo de um dos cantos, por trás da caixa d’água, e seguiu para encontrar a fonte.

O menino estava encolhido e se debruçava em lágrimas singelas, como se não soubesse chorar de verdade, e tentasse o máximo fazer isso. – Vai embora. – Ele gritou ao avistar Sai próximo.

- Mas eu vim somente para apreciar a vista, não tenho nada a ver com você. – Mentiu, porém ele não pareceu acreditar muito.

- Mentiroso, você veio me procurar porque a Ino mandou. – Ele falou arrogante.

- Ela até me pediu para fazer isso, mas não é como se eu me importasse com você o suficiente para fazer isso.

- E com ela? Não se importa com ela? – Inojin falava com muita convicção para uma criança de sete anos, e Sai ficou surpreso com a atitude do menino, como se estivesse pronto para defende-lo.

- Bom, não fui eu que fugi dela feito um covarde – Ele o provocou ainda mais, queria ver o menino demonstrar algum afeto pela namorada, para ver se seu palpite estava certo.

- Eu não sou covarde, só não gostei da animação dela. – Ele mentiu, estava com medo, com muito medo de perde-la, em anos, Ino foi a primeira pessoa a ser sincera com ele, a cuidar dele de verdade, ela até o colocou para dormir, o que era algo que jamais tinha feito por ele, nem em suas lembranças da sua mãe biológica lembrava disso.

- Bom, ela estava realmente bem animada, mas você acabou com isso totalmente, acho que nunca a vi chorar tanto assim. – Ele mentiu, para ver novamente como ele reagiria.

- Ela está chorando? – O menino sentiu-se mal, não queria fazer mal a Ino, jamais desejou isso, mas estava assustado.

- Mais do que eu já tenha visto, nem quando terminamos ela ficou assim, mas bem, eu não sou tão importante para ela, como você é. – Sai estava conseguindo o que queria, fazer o menino se arrepender, e voltar para lá.

- Eu sou importante para ela? – Perguntou confuso, não sabia que era importante para ninguém.

Sai se sentou em um dos encostos de pedra do terraço, e esperou o menino se aproximar dela. – Você é muito importante para ela Inojin.

- Mas como? Ela nem me conhece. – Ele não entedia, gostava de Ino, gostava muito, mas ele não sabia como ela se sentia em relação a ele, então simplesmente deixou as lágrimas rolarem por seu rosto, mesmo sem entender direito o porquê;

- Está com medo de que depois que ela te adote, possa te abandonar? – Sai finalmente fez a pergunta, e o menino assentiu, a distância entre eles, ainda não permitia que o moreno abraçasse a criança. – Com medo de que depois que ela te conheça, não goste de você?

Novamente o menino fez o sinal de positivo com a cabeça, ele estava chorando tanto que chegou a soluçar, Sai não entedia bem, mas a empatia que sentiu naquele momento foi como nenhuma outra em sua vida, ele se aproximou do menino e o envolveu em um abraço caloroso, ele não reagiu, apenas deixou-se ser levantando pelo homem a sua frente, e segurou-se firme contra o pescoço dele, retribuindo. – Vai ficar tudo bem, sabe porquê? Porque ela já te ama, tanto que não cabe naquele enorme coração dela, eu sei que você está com medo, eu já estive no seu lugar. – Sai acariciava os cabelos dele, e o deixava chorar.

- Mas nós estamos aqui por você, me ouviu, nós dois vamos estar lá por você, ninguém nunca mais vai te abandonar. – Sai afastou o rostinho do menino que chorava em seus ombros, e olhou firme nos seus olhos, e foi naquele minuto que ele soube, o que era se apaixonar de verdade, quando aqueles olhos azuis buscaram nele uma segurança, um pedido de carinho, uma súplica por amor. Não queria larga-lo nunca mais, queria mantê-lo ali, na proteção de seus braços.

- Eu tenho medo, eu não quero mais perder ninguém. – Inojin limpou as lágrimas com as costas da mão, mas Sai o ajudou, limpando os olhinhos dele, o moreno estava tão fascinado com ele, poucos segundos foram o suficiente, nunca imaginou que poderia se encantar tão facilmente por alguém.

Era difícil colocar em palavras todos os sentimentos que ele sentiu ali, parecia ser clichê demais, mas já amava aquela criança, e não via a hora de leva-lo para casa. – Você não vai mais perder ninguém.

- Eu vou ter uma mãe, e um pai? – Ele perguntou curioso, quase abrindo um sorriso que contagiou Sai.

- Você vai ter muito mais que isso. – Ino estava na porta do terraço, ela viu quase toda a cena, e emocionada pegou Inojin do colo de Sai, e ambos o envolveram. – Você vai ter tudo que quiser nessa vida, meu amor.

- Obrigado. – Falou por fim, abraçando Ino com força, como se sua vida dependesse daquilo.

Uma semana depois, do outro lado da cidade.

- Papai, você não vai demorar, não é? – Deisuke perguntou, já fazia uma semana desde a discursão dele e Sakura, seu filho não gostou da ideia de ter que ficar longe do pai por tanto tempo, mas a ideia de morar com sua irmã acabou agradando.

- É papai, você disse que nesse fim de semana, o senhor volta para gente. – Dessa vez foi Sarada que o interrogou, ambos os seus filhos estavam chateados com aquela viagem, mas era algo que precisava fazer, não tinha muito que argumentar.

No entanto, não imaginou que Sakura, depois de todo aquele discurso de quase reconciliação dos dois, ainda fosse estar tão irritada com ele, pois a rosada que estava na porta do condomínio com as crianças se despedindo dele, continuava com uma cara de quem comeu e não gostou e quando ele tentou beija-la, foi afastado de maneira violentamente.

- Só vamos voltar quando você terminar esse curso insano, até lá, muita coisa pode acontecer. – Ela argumentou friamente, e recebeu olhares confusos dos pequenos que ainda estavam abraçados com o pai.

- Tudo bem, se é assim que você quer. Só não sinta muito minha falta. – Ele disse sarcasticamente, e ela sorriu com desdém. – O papai promete que não vai demorar, nesse fim de semana, vamos todos sair juntos assim que eu voltar.

- Papai. – Sarada choramingou, sentia como se seu pai estivesse indo embora, e não fosse vê-lo novamente, e ela não temia nada mais do que aquilo.

- Sarada, minha princesa, eu vou voltar, eu prometo. – Ele beijou o topo da cabeça da filha, e fez o mesmo com seu menino, e eles sorriram com o toque na testa feito pelo mais velho.

- Jura juradinho? – Ela pergunta apontando o dedo mindinho para o pai, e ele fica meio sem entender.

- Você tem que cruzar os dedos mindinhos para jurar juradinho. – Sakura explicou e em seguida Sasuke fez o gesto com os filhos, porque aparentemente até Deisuke sabia o que aquilo significava.

- Juro juradinho. – Depois de mais alguns abraços, Sasuke entrou no carro, e deixou os três para trás, na porta do condomínio de Sakura.

Ela por sua vez, segurou firme suas lágrimas, tinha percebido o quão fraca andava sendo diante de todas as situações, seus últimos meses tinham sido recheados de emoções, seus pais infelizmente já tinham voltado para o Japão, enquanto sua cunhada tinha ficado no apartamento da frente, depois de tanta insistência por parte de Karin, o albino resolveu aceitar a mudança, porém teve que voltar com pais para resolver alguns tramites da transferência da empresa para os Estados Unidos.

Karin se ofereceu para ajudar Sakura no que pudesse com as crianças, e a rosada agradeceu por aquilo, afinal de contas, não falava com Ino por quase uma semana, e até estranhou aquilo, porém a loira explicou que estava com uma grande situação nas mãos e que explicaria ainda naquela semana

Era fim de domingo, e a chuva ameaçava cair em Nova York, as crianças estavam desanimadas, a ausência de Sasuke mesmo que por tão vpouco tempo já tinha tido um grande efeito nelas, a rosada começou a propor coisas para que eles fizessem juntos, mas acabou tendo cada uma das suas propostas recusadas. Naquela semana antes de pai de sua filha viajar, eles preparam e adaptaram o quarto da menina para receber o irmão, já que não havia outro quarto, e eles já se entendiam tão bem, apesar de que sua filha nos últimos dias começou a querer disputar muito da atenção do pai com o irmão.

- Eu vou pedir uma pizza, vocês querem? – Ela falou do balcão da cozinha, estava trocando mensagens com Hinata, pedindo dicas sobre como lidar com as duas crianças de uma vez, já que não tinha feito isso antes por muito tempo, o máximo que fazia eram nos dias de brincar de Sarada e Shikadai, que alternavam entre na casa dela, ou na casa dos Nara.

Mas aquilo era diferente, ela era responsável pelos dois, como uma mãe para os dois, e mesmo que não fosse a mãe biológica de um deles, sentia-se no dever de protege-lo e cuida-lo como se fosse.

- Eu quero mamãe. – Sarada falou rapidamente. – O de sempre. – Falou com convicção.

- E você Deisuke também quer algum sabor?

- Eu posso comer também? – Perguntou animado, e Sakura sorriu para ele, o que deixou o menino meio desnorteado, achava o sorriso da mãe de sua irmã muito lindo, e entendia muito bem quando seu pai falava que amava aquilo nela.

- Mas é claro que pode, só precisa escolher um sabor que você gosta. – Ela disse, ainda curiosa sobre a reação dele.

- Eu quero de calabresa. – Ele amava calabresa, se pudesse comia tudo com ela, pão, pizza, torta, torta salgada, pura.

- O mesmo que sua irmã então. – Sakura assentiu, e pegou o telefone para ligar para pizzaria, o lugar não ficava muito longe, então não demoravam para entregar no prédio deles, era comum o pedido delas, principalmente nas noites de domingo chuvosas.

- Eu vou fazer um brigadeiro para acompanhar, Sarada porque você e seu irmão não escolhem algum filme na Netflix para nós assistirmos, precisamos cumprir a nossa tradição. – Sakura pediu, e os pequenos saíram em direção ao sofá para escolherem o filme.

Sarada já acostumada puxou o sofá, pegou as cobertas e os travesseiros e preparou a cama deles para assistirem o filme, eles passaram uns bons quinze muitos discutindo qual filme seria melhor para aquela noite, nunca concordavam em alguma das opções, até que pararam em Zootopia, uma escolha que agradou os três, Sakura já estava tão acostumada com filmes de animação que ficava até animada com certos lançamentos e Zootopia tinha sido um deles, infelizmente não puderam ver no cinema, mas agora poderiam ver em casa.

A pizza não tardou a chegar, uma mistura de Calabresa e Frango com Catupiry, o sabor favorito da rosada, o brigadeiro tinha sido posto na geladeira, para que assim que acabassem de comer a pizza, pudessem comê-lo já geladinho.

O filme começou, as crianças estavam eufóricas e ficavam comentando os pequenos detalhes, era bonito de se ver como ambas interagiam tão bem, Sarada aos poucos se acostumava com a presença do irmão, ele que estava um pouco afastado das duas no sofá, acabou sendo puxado pela própria irmã para ficarem coladinhos.

- Não precisa ficar tão longe, Suke. – O apelido carinho dado pela menina, acabou virando mania, e agora ela só o chamava daquela maneira, e ele não pareceu se importar com aquilo. – Mamãe, abra mais as pernas para caber nós dois aqui. – Sarada pediu, e Sakura obedeceu prontamente.

Os pequenos se aconchegaram um no outro, e mesmo tímido, Deisuke demonstrava gostar do contato, Sakura acariciava os braços deles, e nem deu tempo do filme terminar o filme, ou de comer o brigadeiro, e ambos já tinham pego no sono ali mesmo no sofá, o rosada ficou maravilhada com cena, ela sempre quis ter um casal, mas com toda a situação de Sasuke, achou que aquilo não seria possível, já que não se imaginava tendo filhos com outra pessoa tão cedo, ou muito menos esperava que Sasuke voltasse para sua vida, e agora estava mais do que grata que o fez, pois olhava ali para aqueles dois pingos de gente, dormindo abraçados, como se um fosse o urso de pelúcia do outro.

Ela se levantou do sofá, ajeitou para eles pudessem dormir ali mesmo, e ela ficou do outro lado, não queira deixá-los sozinhos ali. E o móvel era grande o suficiente para que eles ficassem ali todos sem desconforto, mas antes precisava ligar para Sasuke, já tinham se passado horas, ele provavelmente já teria chegado em Quantido, a noite já era um breu até assustador, as luzes dos prédios quase todas desligadas, dando o contraste com as luzes das ruas, e dos prédios comercias que jamais dormiam, e que davam aquele ar maravilhoso que só Nova York tinha.

Pegou o telefone e discou o número de cabeça, afinal já o tinha decorado, o bipe tocou até cair na caixa postal, e ela ligou novamente, mesma resposta, deixou o celular no balcão esperando por uma resposta, aproveitou para limpar os pratos e a cozinha que deixou uma zona para poder assistir com as crianças. Rle não retornou, deixou algumas mensagens, e voltou para o sofá, de inicio não conseguiu dormir, o descontrole de olhar para o telefone a cada cinco minutos em espera de uma resposta já estava desesperador.

- Mas o que merda você pode estar fazendo para sequer me retornar. – Se ele ainda estivesse dirigindo, poderia simplesmente encostar o carro e atender o telefone, afinal de contas que mal tinha nisso, e ele não teria tido a audácia de colocar o telefone no silencioso, ele não era louco.

- É bom que você tenha uma boa desculpa para não estar atendendo o telefone, Sasuke.

EM QUANTICO.

- Boa Noite Cadetes. – Tobirama Senju era o líder da equipe de treinamento em Quantico, isso mesmo, o namorado da mãe de Sasuke seria seu chefe, ou melhor, ele seria seu carrasco.

Ele podia sentir o seu celular vibrando várias vezes em seu bolso, provavelmente seria Sakura, perguntando se ele chegou bem, mas naquele momento, os olhos de água do albino estavam fixos neles, como se o caçassem, então pegar o celular estava fora de cogitação.

- Nesta academia, vocês iriam aprender os princípios básicos de treinamento para agentes especiais, a lidar com armas, com pessoas, lutas físicas, estratégias psicológicas para derrotar os inimigos, técnicas de torturas físicas e mentais, bases de lei, regras de polícia. – Ele caminhava pelo salão onde todos se encontravam uma posição de guarda, como no exército, no pouco tempo que serviu no Japão.

- Alguns de vocês podem achar que tem algum privilégio aqui dentro, por serem filhos de alguém importante, por serem alguém importante lá fora, mas quero garantir, vocês são todos iguais, a base da cadeia alimentar, são cadetes, são nada, e estão aqui para me obedecer e aprender a serem os homens e mulheres que defendem diariamente o nosso país dentro de nossas fronteiras. – No começo dessa frase, ele olhava especificamente para Sasuke, como se lhe avisassem, só porque estou dormindo com sua mãe, não significa que vou pegar leve com você.

- Muitos de vocês não aguentarão a pressão, e os que ficarem ainda assim não serão escolhidos, por meio de testes físicos, de inteligência, rápida resposta, tortura mental vocês serão constantemente avaliados, e apenas os melhores ficarão. Aos reincidentes, façam melhor dessa vez, aos novatos, dêem seu melhor sempre. ISSO NÃO É O EXERCÍTO, NEM TODOS VOCÊS VÃO SER SOLDADOS. – Ele gritou bravamente, o que assustou alguns ali dentro, mas por sorte, de gritos, Sasuke entendia muito bem.

- Vocês podem conferir onde ficam seus dormitórios e quem são seus colegas de quarto e equipe neste painel, durmam bem, amanhãs as cinco de amanhã no campo de corrida, dispensados. – Ao fim da última palavra, todos puderam relaxar um pouco, Sasuke pode finalmente pegar o telefone, encontrou 7 ligações perdidas de Sakura, ela provavelmente estaria irada com ele, então não quis enfrentar a fera, gravou um áudio onde dizia estar bem, e que não pode atender o telefone, tentou ser bem sucinto, mas recebeu um ok, sequíssimo vindo dela, será que ela sabia que estava mentindo? Provavelmente, mas naquele momento não se importou, seguiu até o painel para procurar quem eram seus companheiros de equipe, e ali estavam duas listas, uma com os colegas de quarto, eram esse Kiba e Shishui, porém para equipe, tinha a adição de uma mulher chamada Tayuya.

 

 

 

O moreno seguiu para o dormitório, sabendo que daqui para frente teria uma estrada longa para trilhar.


Notas Finais


Gente, eu particularmente quero falar que amei essa parte do Inojin. Conheço bem, não pessoalmente, mas na família, essa experiência de ser adotado, então é algo que eu sempre quis abordar nas minhas fics, porque é uma semelhança pessoal. Então, mesmo que Sai e Ino tenham voltado recentemente, a decisão dela não foi baseada no relacionamento deles e sim em Inojin, o menino preciso de uma família, e mesmo sozinha Ino estava disposta a dar isso para ele. Espero que tenham gostado.

Sobre o treinamento de Sasuke, a parte dele como agente, vai ser algo bem explorado, vou explicar todas as cenas dentro de Quântico, e quem adivinharia que o seu chefe estaria pegando a mãe dele? Que contraste. Ainda teremos alguns destaques para esses personagens dentro do treinamento e para os novos vilões. Até o próximo capítulo, boa sexta, bom fim de semana. Aguardem Holly para quem lê, e semana que vem, tem novos.


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