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História Seu Pecado - II. Depois do Pecado vem a culpa.


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Oi gente, quase 50 favoritos, em 48 horas de fic <3 MEU DEUS OBRIGADA MESMO, MENINAS DO FACE PELO INCENTIVO E TUDO MAIS.

Capítulo 2 - II. Depois do Pecado vem a culpa.


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - II. Depois do Pecado vem a culpa.

 

— Eu estou grávida e o filho é seu — A garota se olhou no espelho e repetiu para si mesma várias vezes — Eu estou grávida e o filho é seu.

Não que ela quisesse saber do ex, longe disso, mas pensou que ele tinha pelo menos o direito de saber da existência do filho que fizera nela. O fim abrupto, e o relacionamento conturbado dos dois, nunca foi a idealização de ninguém. Começaram a namorar com um casal qualquer, cheios de paixão, fogo e ardência; querendo transar sempre que podiam e quando queriam, dentro de quatro paredes, ou até ao ar livre. Eles eram quase monstros insaciáveis, só que a pequena garota com os olhos destacantes nunca se imaginou envolvendo com alguém tão feroz e sagaz, e o pior, nunca se imaginou completamente e perdidamente apaixonada por ele.

Mas tudo veio a baixo, como se o relacionamento deles não passasse de um castelo de cartas, e bastou apenas que alguém viesse soprar, para que tudo desmoronasse. 

Hinata relutou um pouco ao sair de casa, já tinha ligado para Naruto e avisado que tinha algo de extrema importância para discutir com ele. O garoto, por sinal, ficou eufórico, achando que essa era sua chance de voltar com o amor de sua vida. Tinham terminado por um deslize do loiro em um jantar da empresa, onde seu padrinho Jiraya trouxera uma acompanhante de luxo, já que ninguém sabia da existência de uma mulher em sua vida. Por insistência dela, ele manteve o segredo, pois, ela dizia que não queria ser conhecida no Japão, apenas como a namorada de Naruto Uzumaki-Senju. Queria fazer um nome para si mesma, como uma profissional de jornalismo reconhecida, e não apenas como a companheira de alguém poderoso.

 Hinata, que por sua vez era uma garota tímida, antes de entrar na faculdade, descobriu-se como uma jornalista, e teve uma mudança espetacular de personalidade, tornando-se autoconfiante e decidida, principalmente ao relacionamento de longa data com o loiro. E esse foi um dos motivos, por não ter aceitado de bom grado ao encontrar seu namorado, ao lado de uma mulher, completamente nua em sua cama, logo pela manhã.

Mesmo jurando sobre todos os deuses que nada tinha acontecido, Hinata viu ali uma maneira de espairecer daquele relacionamento. Precisava de um tempo para repensar se realmente queria continuar daquele jeito. Ainda não se via sossegando com um cara só, casada e com filhos, mas vida decidiu pregá-la uma peça, a dando de presente, uma criança, no momento mais errado de sua vida. Porém, ela quis seguir em frente, mas não sabia como Naruto reagiria. Tinha medo dele obrigá-la a ficar ao seu lado, ou que tomasse a criança dela, e temeu pelo pontinho que crescia dentro de si.

Ao chegar na firma, ela subiu sem ser anunciada, e viu Sakura sair atordoada pelo outro elevador, seguida discretamente de Fugaku, pensou em seguí-la, mas achou mais prudente esperar. Pela parte da tarde, iria até seu apartamento e descobriria o que aconteceu, ou então poderia perguntar a Sasuke, mas naquele momento seu foco deveria ser contar a Naruto a novidade.

Entrou na sala do loiro, que estava sentando na mesa de reunião, da sala ao lado. Como as divisões eram de vidro, era possível ver tudo claramente. Sempre se encantou com a personalidade carismática e brincalhona do seu ex, e de como ele mudava da água para o vinho, quando o assunto eram os negócios da família. Naruto sentia muito orgulho em seguir os passos de todos os homens de casa.

Ao avistar a ex-namorada, o rapaz saiu da sala, encerrou a pequena reunião e se dirigiu a ela. Entrando no cômodo ao lado. Ele seguiu para perto dela, depositou um beijou cálido e suave nos lábios, mas recuou imediatamente ao perceber o susto dela.

— Desculpe, Hinata. Força do hábito, me perdoe — Ele pediu temeroso, mas a garota não parecer desgostar, pelo contrário, sorria feito boba, surpresa ainda.

— Tudo bem Naruto — Disse, encarando os olhos azuis do ex-namorado, olhos esses que foram por muitas noites, a razão da sua perdição — Eu tenho algo importante para te contar.

— Imagino que ainda não me perdoou, ou muito menos acredita em mim — Ele falou suspirando decepcionado, sentando na mesa ao perceber o tom que a garota usou, como se soubesse que as notícias não seriam exatamente boas.

— Perdoar você? Por ter me traído com uma prostituta? Definitivamente não — Falou convicta de razão, fazendo com que Naruto bufasse de raiva, revirando os olhos e levantando-se.

— Quantas vezes eu vou ter que te dizer, que não te trai? Porra Hinata, eu não tenho razões para mentir para você — Disse, ainda tentando não gritar.

— A não ser para se proteger — Proferiu a garota já aumentando o tom. Ela não queria brigar agora, não deveria.

— Proteger de que? Você já me deixou mesmo — Ele se virou, e Hinata pareceu arrependida por uma fração de segundo, mas passou ao lembrar do real motivo da visita.

— Eu... — Droga Hinata não gagueja, pensou a garota — Eu... Droga! — Ela respirou fundo.

— Você...? — Ele tornou novamente a encará-la com aqueles olhos viciantes, e que agora pareciam marejados.

— Eu estou grávida — Falou na maior velocidade do mundo, não dando margem para que o loiro entendesse completamente.

— Não entendi, repete — Ele pediu gentilmente e se aproximou dela, como se sentisse que entendeu da primeira vez, mas queria ouvir de novo para poder acreditar.

— Grávida... Estou... E o filho é seu — Ela gesticulou por fim, agora tremendo enquanto pronunciava, atrapalhando a ordem das palavras.

Ele arregalou os olhos, e fitou Hinata impetuosamente, subiu e desceu o olhar da barriga para o rosto da garota, aproximou-se dela ainda mais. Sua mão alcançou o ventre, fazendo com que a garota se arrepiasse com o toque dele, mesmo que por cima do tecido do vestido.

— Ok. Isso é sensacional. Mas... O que vamos fazer daqui para frente? Você aparentemente não vai voltar para mim — Pronunciou triste, se abaixando e beijando a barriga dela — Eu quero ser parte da vida dessa criança, Hinata. Não vai me negar isso... Vai?

— Claro que não vou, mas precisamos decidir como isso vai funcionar.

— Isso seria tão mais fácil, se você acreditasse em mim — Ele levantou e começou a caminhar pelo escritório.

— Mas eu não acredito, e isso não muda o fato de que tem uma criança a caminho, e que ela vai precisar de todo o nosso amor.

— Amor pela metade — Disse irônico.

— Você não parece estar levando isso muito a sério. Eu sabia que isso era uma péssima ideia. Quer saber? Eu vou embora, para longe de você — Naruto sentiu um medo como nunca tinha sentido antes. Para onde esse “embora” dela era? Hinata não podia sumir com seu filho.

— Embora? Hinata, se você ousar sumir com essa criança, eu vou te caçar e vou requerer guarda, me ouviu? Você nem mesmo queria crianças, e não tem um juiz nesse país que irá me negar um pedido — Ele a ameaçou, mas se arrependeu no mesmo instante, ao perceber o olhar desacreditado dela, em relação as suas palavras

— Eu não vou sumir seu idiota! Eu só vou para casa. E se eu quiser fugir com essa criança, nem você e o melhor exército de advogados no mundo vão me achar — Hinata praguejou, e saiu furiosa da sala. Como ele poderia ter dito aquilo para ela?

— Merda, merda, merda! — Naruto disse enquanto chutava sua mesa, furioso consigo mesmo por ter falo aquelas coisas para ela, só estava dificultando a situação para os dois.

Naruto não estava mais com cabeça para o escritório, pensou em falar com Sasuke sobre tudo isso, mas sabia que ele não iria entender. Pensou em ir até a mãe, mas Kushina tinha viajado ontem para Londres, no intuito de resolver uma pendência de sua empresa de decoração de interiores.

Ficou rodando pela cidade de carro, quando o relógio bateu meio dia, lembrou de quem seria a melhor pessoa para lhe dar conselhos nessa hora desesperadora; Sakura. Seguiu em direção ao apartamento da namorada do melhor amigo, e sua melhor amiga.

— Ei Satoru, a Sakura está em casa? Estou subindo — Disse avisando ao porteiro. Ele murmurou alguma coisa, mas Naruto decidiu que era melhor ignorar. Subiu as escadas mesmo assim. O prédio possuía apenas três andares, e a residência de Sakura ficava no segundo, porém, ele apenas encontrou vários homens removendo caixas da casa da amiga e as levando para um caminhão que estava parado na frente do prédio. Ficou sem entender a situação, e perguntou a um dos homens, que explicou a dona estava de mudança para o Estados Unidos. O loiro arregalou os olhos. Sakura não faria isso sem avisá-lo, ou a Sasuke. Afinal de contas, a casa pertencia aos dois, devia haver algum engano.

Pegou o telefone, e efetuou a ligação, a moça não atendeu. Ele ficou muito preocupado, desceu as escadarias e perguntou ao porteiro se ele sabia de mais alguma coisa, mas este negou. Naruto tomou ainda mais um susto ao ver a notícia que passava na televisão, o noivado do seu melhor amigo com Konan da Akatsuki, e ele só começou a imaginar as piores coisas possíveis sobre Sakura, decidiu tirar satisfação com Sasuke.

Dirigiu novamente a firma, e entrou enfurecido no escritório do amigo, e não o encontrou. A secretária disse que ele tinha ido para casa dos pais, não estava se sentindo bem, então Naruto seguiu caminho na mesma direção. Não demorou muito para que ele chegasse na mansão dos Uchiha. Boas lembranças ele tinha daquela casa, mas a nostalgia não ia livrar Sasuke da bronca.

Ele saiu invadindo, a empregada que já o reconhecia, disse que o patrão estava no antigo escritório do pai. Ele chegou praticamente derrubando a porta, mas isso não pareceu surtir nenhum efeito em Sasuke, pelo contrário, o homem ficou parado no mesmo lugar que estava, no chão, encostado na parede com uma garrafa de uísque praticamente vazia, ao lado de outra já esvaziada, e com o terno amassado e desabotoado.  

O moreno ouvia alguma coisa bem melancólica no som, estava com os olhos inchados, a cara de choro, e algumas lágrimas ainda escorrendo pelo rosto. Nunca tinha visto o Uchiha em um estado tão deplorável, nem mesmo com a morte do irmão, o qual Sasuke adorava, e por um segundo pensou estar entendendo toda a situação. Sakura havia largado Sasuke para ir aos Estados Unidos, afinal, era o sonho dela, e ele tinha ficado naquele estado deplorável, mas o noivado com Konan ainda não fazia sentido.

Naruto sabia que gritar com ele naquele momento não ia ajudar em nada, apenas sentou ao seu lado, pegou um copo de uísque no armário, e serviu-se e ficou ali por não sei quanto tempo, apenas ouvindo os soluços do amigo em silêncio. Ele chorava e não pronunciava nenhuma palavra, encostou no ombro dele, e desabou completamente.

— Eu estraguei tudo Naruto, eu a perdi, perdi a mulher da minha vida — Disse ele finalmente soltando alguma coisa. Sua voz estava esganiçada e completamente alterada. Ele falou tão alto que provavelmente não deveria estar ouvindo a si mesmo.

— O que você fez com a Sakura? — Perguntou curioso encarando o estado derrotado e depressivo dele.

— Eu a larguei, da maneira mais covarde possível. Meu pai está me obrigando a casar com a Konan, no lugar do Itachi, e ameaçou contar a Sakura sobre Amsterdam — Naruto gelou. Sabia que a história que rondava aquela cidade devia ser guardada a sete chaves, principalmente, porque o envolvia e entendia, em parte, os motivos do amigo.

— Mas Sasuke, se você a ama, devia ter tentado fazer alguma coisa. Fugir com ela por exemplo — Disse o loiro, irritando assim o amigo.

— E você acha que eu não tentei? Tentei fazer de tudo, mas meu irmão morreu Naruto. Aquele desgraçado morreu, e deixou tudo nas costas. Eu sabia que eventualmente as coisas iam sobrar para mim, mas não imaginava que teria que largar a Sakura para isso. Você devia ter visto a cara dela, quando disse que não a amava mais. Nunca menti tão descaradamente na minha vida — Disse ele tentando forçar um sorriso no meio de toda aquela tristeza que o assolava.

— Ela foi embora, Sasuke — Retrucou o loiro.

— Eu sei. Ela saiu da empresa logo cedo... — Respondeu, sem entender realmente a fala do amigo.

— Não Sasuke. Sakura foi embora do Japão. Eu passei no apartamento de vocês, queria contar algo importante para ela, e os caras da mudança estavam lá. Eles me contaram que ela saiu às 11 da manhã para o aeroporto.

— O que!? — Ele parecia genuinamente surpreso. Não fazia ideia de que ela faria isso tão de repente, nem sabia que ela tinha onde ficar, ou que tinha algum plano para ir aos EUA tão cedo. Sasuke viu seu mundo desmoronar mais uma vez.

— Sinto muito — Murmurou uma última vez, e envolveu Sasuke em um abraço novamente, o fazendo desatar em lágrimas. Ele sabia que o amigo precisava daquele consolo naquele momento, do mesmo jeito que ele estivera lá por Naruto, quando Hinata o deixou, não de uma forma tão traumática, mas ainda assim.

Enquanto isso nos Estados Unidos:

Sakura chegou logo no fim da madrugada. Ela estava cansada. O voo fora mais longo do que imaginou, e só veio a aterrissar em Nova York às 5 da manhã do dia seguinte ao que viajou. Por um segundo nem acreditou que realmente estava nos Estados Unidos. Depois de tantos sonhos quando era pequena, de tantos planos frustrados pela falta de dinheiro para viajar, finalmente estava ali nas cidades dos seus sonhos, mesmo que no meio de um terrível pesadelo.

Ela realmente queria estar feliz, e se esforçou ao máximo, mas naquele momento só queria chorar, e gritar com Sasuke por destruir a sua primeira memória de Nova York. Saiu em direção ao portão de desembarque, pegou sua bagagem e logo encontrou Ino acenando loucamente do outro lado a espera dela. Do lado da amiga estava um ruivo emburrado e com uma cara de sono gigantesca, mas ainda assim sorrindo levemente para a mulher.

— Sakura! Ai meu deus! Você está linda! Olha para esses cabelos gigantes! Eu sempre disse que você ficaria muito mais bonita assim, mas você me escutava? Claro que não! — Mesmo sendo as cinco da madrugada, Ino estava bastante eufórica em ver a amiga depois de tanto tempo, se abraçaram longamente, enquanto sorriam uma para outra.

— Aí, perdão amiga. Esse é Gaara, meu vizinho. Meu carro está na oficina, então tive que pedir para que ele viesse me trazer aqui — Sakura imaginou que o cara fosse namorado da amiga, pois ainda trajava calças de moletom e um chinelo parecendo que tinha acabado de sair da cama, do mesmo jeito que Ino.

— Gaara no Sabuku — Ele se apresentou formalmente. Então ele também era japonês, conheceu pelo sobrenome, mas ainda assim teve curiosidade de perguntar.

— Veio do Japão também? — Perguntou inquieta.

— Meus pais são de lá, e meus irmãos nasceram lá. Eu nasci e cresci aqui nos Estados Unidos — Explicou o ruivo simplesmente, satisfazendo a curiosidade de Sakura. Em seguida, ele pegou a mala dela como se não pesasse nada, colocou no porta-malas do carro, e seguiram caminho.

A casa de Ino ficava um pouco distante, cerca de uma hora, mas como o horário era tranquilo, fizeram o percurso em quarenta minutos, com Gaara colocando o pé no acelerador na maioria das vezes, aventurando-se na madrugada da cidade que nunca dorme. Sakura espiava pela janela o mar de prédio, e toda a beleza daquela cidade que até aquele momento só conhecia por fotos.

— É incrível, não é? — Ino sabia que ela gostava, então aos poucos foi dando um tour pelos locais “conhecidos” pelos quais passaram — Aquele ali é o MoMA Sakura, é incrível, a cada dois meses, eles trazem exposições incríveis. Você deveria vir comigo em alguma delas — Ino cursava artes em Columbia há dois anos, sempre foi apaixonada por tudo isso.

— Ah Ino, acho que arte é mais um hobby seu, mas se quiser me mostrar onde fica o tribunal, me fará feliz — Sakura era apaixonada pelo curso que fazia, e sabia que precisaria arrumar um emprego urgentemente na área. O dinheiro que Fugaku lhe deu não era muito, mas o suficiente para uns dois anos com a criança. Depois disso, prometeu a si mesma que pagaria cada centavo de volta a aquele homem, pois, não queria saber mais de nada daquela família. Pensou em família e se desesperou, como contaria para seus pais que do nada se mudara para Nova York, e ainda mais grávida, seu pai iria querer matar seu ex-namorado e pai da criança, e por um Sakura se pegou desejando isso

— Tudo bem. Amanhã eu vou pedir para o Shikamaru te levar lá. Você lembra do Shikamaru, não é? O preguiçoso — Disse Ino, arrancando uma gargalhada da amiga.

— Ele já tinha essa fama desde o ensino médio? — Perguntou Gaara.

— Ele tem essa fama desde que nasceu. Boatos de que nasceu dormindo de tanta preguiça que teve — Sakura comentou rindo — Como o conhece?

— Ele e minha irmã tem um filho, e estão noivos. — Explicou o ruivo, então era assim que Ino realmente conhecia o ruivo, afinal, a amiga não teria um envolvimento tão sério com o vizinho.

— Aqui as coisas são diferentes. No Japão seria um ultraje uma mulher grávida não ser casada com o pai da criança — Disse Ino se esquecendo da situação da amiga, mas assim que lembrou remediou — Aqui você vai ser bem aceita, e ninguém vai se importar com o seu estado civil, amiga. Nós todos vamos mimar muito esse bebezinho — Ino se retorceu no banco da frente, o suficiente para acariciar a barriga da rosada, que sorriu gentilmente com o gesto.

— E como você conhece a Ino, Gaara? — Sakura estava curiosa. Percebeu a troca de olhares ardentes que eles trocavam de vez ou outra. Ela percebeu o ruivo engolir o seco e encarar a loira de olhos azuis sentada ao seu lado.

— Somos vizinhos — Respondeu gélido — E dormimos juntos as vezes — Gaara apenas sentiu o tapa alcançar seu braço direito, segundos após pronunciar isso — O que foi? Não é como se ela não tivesse percebido que tem algo estranho.

— Mas não precisava falar assim, como se não significasse nada — Ela retrucou, brigando com ele.

— Já conversamos sobre isso  — Ele tentou remediar, enquanto Sakura ria de toda a situação.

— Já sei, já sei... Você é muito ocupado, e não pode se dar ao trabalho de ter um relacionamento sério agora —  Ino retrucou tentando imitar a voz séria do companheiro. — Ele é policial, Sakura — A loira finalizou com desdém.

— Sou detetive — Ele consertou e parou o carro, dando sinal de que haviam chegado. Desceram do carro, e ele seguiu para dentro do estacionamento gigantesco do prédio para alocar o carro. Ino morava em um condomínio de luxo em Manhattan, as custas dos pais, claro. O curso de artes nunca pagaria um lugar como aquele, e a pressão da família dela crescia a cada dia mais, para que a loira criasse juízo, e fizesse um curso que desse dinheiro.

— Vamos entrar. O Gaara sobe já com a sua mala. Não se preocupe, ele sabe onde é o apartamento — Murmurou a loira com um sorriso safado nos lábios.

— Eu interrompi alguma coisa entre vocês, me perdoa amiga. Já estou abusando demais da sua hospitalidade. Mas daí, interromper sexo, eu sei que é golpe baixo — Sakura se desculpava enquanto a loira ria da sua cara.

— Amiga, ele estava dormindo feito uma pedra. Fizemos sexo bem mais cedo — Proferiu arrancando um suspiro de alívio — Eu só estava terminado uns formulários de aplicação da faculdade, quando o telefone tocou e eu vi que era você. Tive que acordá-lo,  já que ele não me deixa dirigir aquele possante dele, e o meu está na oficina.

— Vocês parecem um casal — Disse a rosada.

— Seríamos um casal, se ele não colocasse tantos “poréns” e ficasse dificultando tudo para nós. Sabe Sakura, uma hora eu vou cansar, e ele vai ter que correr atrás de mim. — Sakura meio que involuntariamente lembrou, que tinha feito algo parecido com Sasuke, para que ele finalmente percebesse o quanto a queria.

— Talvez funcione. Comigo deu certo. Bem... Não tão certo. — Pronunciou tristemente. Não queria lembrar dele, mas o mundo conspirava contra.

— Desculpa Sakura. Eu aqui falando dos meus problemas, e você já tem muitos para se preocupar — Elas entraram no apartamento, e logo então Gaara chegou. Sakura estava maravilhada com todo o lugar, mas o cansaço venceu. Ino disse que a levaria para conhecer os amigos no outro dia, e que na segunda a levaria para uma clínica onde ela daria entrada no pré-natal.

Sakura caiu em um sono profundo na cama no quarto de hospedes, enquanto sua amiga e o vizinho se dirigiram a suíte principal. Ela dormiu por pouco tempo e acordou assustada. Esquecera-se de onde estava, e o procurou impulsivamente pela cama. Seu coração apertou, quando lembrou de tudo que estava vivendo naquele momento, pois, há menos de 24 horas atrás, estava fazendo amor com o homem que julgara ser o único em sua vida, mas tudo sido sacudido e revirado, e nada mais fazia sentido.

 Ela sentou na cama, aquela com o cheiro completamente novo, e sem nenhum resquício dele em lugar nenhum. Sakura chorou mais uma vez, sentindo-se fraca por ainda ser tão dependente dele. Abriu a mala e pegou sua camisa favorita, o moletom da Tokio University que antes pertencia ao moreno. Volte e meia ela pedia para que ele o usasse só que o pedaço de tecido pegasse seu cheiro. Involuntariamente, Sakura se agarrou naquilo como se ele pudesse estar ali abraçando a de volta. Queria sentir seu abraço, o corpo másculo dele atrás do seu, queria simplesmente ele, deixaria todo o seu orgulho dele se ele apenas pedisse outra chance.

Adormeceu mais uma vez ao som de uma música que fazia todo o sentido para ela naquele momento.

Sakura só acordou no fim da tarde do outro dia. Levantou-se envergonhada por ter feito tal desfeita com a amiga, mas ao sair pela casa não encontrou ninguém. Chamou por Ino ou Gaara, e nada. Até que encontrou um bilhete na geladeira, dizendo que a mesma tinha ido buscar os amigos, e que voltaria para um jantar às 6, para ela se arrumar, pois, iriam no restaurante favorito da loira.  

 


Notas Finais


Então gente, o que estão achando? No próximo capitulo ainda rola um pedaço do antes, mas eu vou fazer a grande transição dele também, é provável que ele só saia semana que vem, sinto. Mas eu ainda vou envolver mais gente nessa história, não se preocupem, e o que estão achando dos plot dos outros casais? A fic é sim focada em SasuSaku, mas o mundo não é só deles, então a gente vai dando pequenos espaços.


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