Nos Estados Unidos.
Sakura estava ansiosa, essa seria a primeira consulta para saber como seu bebê estava, Ino insistiu em vir com a amiga, não queria deixa-la sozinha em um momento tão crucial. Apesar de a loira não era exatamente a pessoa que Sakura queria ao seu lado nesse momento.
Desde pequena Sakura sonhava com a gravidez, e em como seu marido estaria ao seu lado para tudo, que a mimaria de uma maneira única, e que quando a criança nascesse teriam ali o melhor momento de suas vidas, mas nada sairia como planejado, teria que enfrentar a gravidez sozinha, teria que enfrentar tudo sozinha. Ainda faltavam cerca de 4 pessoas para que ela fosse chamada, pensou em ligar para mãe, mas ainda continuava a adiar essa briga. Então foi surpreendida por uma ligação inesperada: Naruto.
Tinha esquecido completamente do amigo, não dera explicação nenhuma a ninguém, e agora ele devia estar preocupado com ela, atendeu rapidamente e já estava preparada para pedir milhões de desculpas para ele, mas novamente o loiro a surpreendeu.
— Eu sinto muito. – Ele falou do outro lado, com uma voz carente. — Já sei tudo, e sinto muito, o teme é um idiota Sakura, mas ele ama você, não se esqueça disso. – Terminou, e Sakura queria sentir raiva daquelas palavras, mas sabia que Naruto entendia Sasuke melhor do que ninguém, e que sem pensar duas vezes em qualquer briga que eles tinham, Naruto ficara do lado de Sakura, contrariando o melhor amigo, e a defendendo.
— Eu só gostaria que você não tivesse sumido sem dar nenhuma explicação, ou muito menos me avisar, eu poderia ter ajudado. – Continuou, enquanto ela apenas escutava atentamente querendo chorar. – Eu sempre vou estar do seu lado em tudo, e agora não seria diferente. Desculpa por tudo que o Sasuke te fez. – Ela encarou o celular, Naruto era de longe o melhor amigo que qualquer um poderia que desejar.
— Você não pode e muito menos deve me pedir desculpas por ele, quem fez a burrada foi o Sasuke, não se ponha no lugar dele. Mas agora sou eu que estou pedindo perdão, eu estava desesperada, o pai de Sasuke me ameaçou, e praticamente me expulsou do Japão, mas quem iria acreditar em mim? – Sakura sentiu uma vontade enorme de partilhar com o loiro a maior das novidades, ele seria tio. – Eu precisava escapar de toda a dor, vim para Nova York, estou morando com a Ino. – Explicou.
— Ino? Yamanaka? Nossa, eu não falo com ela desde o ensino médio. – Disse nostálgico. – Espera aí, o Fugaku te ameaçou, Sakura por que não me disse, aquele homem pode ser o pai do meu melhor amigo, mas eu o detesto, ele nunca foi pai, parte dessa personalidade sádica do Sasuke é culpa dele, o menino só não foi completamente estragado por culpa de Mikoto. – Ela mais uma vez emocionou-se.
— Você não podia fazer nada, ia bater nele? Causar um escândalo? Você é sócio de uma grande firma agora, precisa manter a postura. – Praguejou sorrindo em meios as lagrimas tímidas que insistiam em surgir.
— Sakura, eu não me importo, prometi a você quando nos conhecemos no ensino fundamental que seria sempre minha princesinha, e que iria te proteger de tudo, sabe que eu amo você, é minha irmã. – Sempre galante, Hinata teve sorte ao ser namorada dele, sempre se condenou por não conseguir se apaixonar por ele, e escolher o canalha do Sasuke.
— Eu amo você também. Sinto muito que as coisas tenham sido assim. – Ela retrucou emocionada.
— Eu tenho uma coisa para te contar, são grandes novidades. – Ele falou, e o tom alegre voltou a acompanhar sua voz.
— Aconteceu alguma coisa além do meu fato? - Perguntou a rosada curiosa enxugando as lágrimas do rosto.
— Eu vou ser pai. – Sakura arregalou os olhos em desespero, sabia que ele e Hinata tinha terminado faz algum tempo, então logo pensou que Naruto engravidou qualquer uma.
— Como é? Naruto! Eu devia estar aí, para te socar nesse momento. Como você ousa fazer com a Hinata? Eu sei que você não a traiu, mas engravidar outra depois do término é ridículo, seu canalha!– Ela gritou pelo telefone, assustando todas na sala da recepção e recebendo uma bronca da atendente que disse a ela que estavam em um hospital e que ela deveria ter mais maneira.
— O que? Não, não. É a Hinata que está gravida. – Ele tentou falar para acalmar a rosada, o que aconteceu rapidamente.
— Ah menos mal, então vocês voltaram? Ela te perdoou, finalmente. Eu já disse a ela que o aconteceu com você provavelmente foi armação, mas ela é cabeça dura, vai ser uma boa jornalista.
— Não voltamos, ela não quer saber de mim, e disse que se eu insistir, vai tirar o meu filho de mim, daí nos brigamos, e eu disse que não tinha juiz naquele pais que daria a guarda da criança a ela e não a mim. – Sakura levou a mão na cabeça, entendeu no segundo que ele terminou de contar a situação, a burrada que o amigo tinha feita, Hinata era orgulhosa e teimosa, deve ter aceitado aquilo da pior maneira possível, e agora Naruto estava em maus lençóis.
— Você fez a maior burrada da sua vida em dizer isso para Hinata, e agora você vai ter o maior trabalho do mundo para conserta-la, mas como bom cupido que sou, eu vou te ajudar. Ela te disse de quantos meses está? – Questionou, enquanto sua mente trabalhava arduamente em um plano para salvar o relacionamento dos dois.
— Não, mas se for contar da última vez que dormirmos juntos faz dois meses e seis dias. – A garota ficou surpresa com a exatidão dada por ele.
— Uau, que preciso. – Ela retrucou irônica.
— É o tempo que eu tenho sem fazer sexo, não é exatamente agradável. – Cada dia que passava Sakura se convencia que toda a situação que culminou com o fim do relacionamento dos dois não passava de uma armação, mas nunca conseguia evidencias o suficiente para provar, principalmente porque o padrinho de Naruto, Iruka era meio insano.
— Então é provável que ela tenha algum médico marcado para essa semana, ligue para Tenten, aquela dali é uma boca solta, e pergunte a ela sobre isso, diz que é uma surpresa, vá até o médico com ela, não tem nada para uma garota que passe mais segurança que isso, você vai provar para ela que vai ficar do lado dela, e não contra. E durante toda a gravidez vai ser assim. – Sakura foi explicando, no fundo sabendo que isso era o que ela queria, que Sasuke fizesse tudo isso, então foi depositando suas esperanças frustradas em Naruto.
— Obrigada Sakura, vou fazer tudo isso, e depois te passo tudo, eu preciso reconquista-la, é o amor da minha vida. – Sakura sorriu, e foi interrompida em seus devaneios quando Ino a avisou que seria a próxima. – Até a próxima ligação, quando puder, eu vou te visitar prometo, e vou levar meu filho para você conhecer. – Ele disse, mal sabendo que também conheceria o filho dela
— Mal posso esperar, bom, eu tenho que ir. Mas Naruto? – Ela chamou antes que ele desligasse.
— Oi. – Respondeu singelo.
— Como ele está? – Sakura não devia se importar, não deveria querer saber dele, mas era inevitável.
— Quer mesmo saber? – Ele suspirou ao responder.
— Por favor. – Pediu em uma última suplica.
— Mal, mal como eu nunca vi antes, nem mesmo quando o Itachi morreu. Ele está destruído. – Desejou tanto sorrir ao ouvir aquilo, mas seu coração teve a reação contraria, ficou pequeno e desejou muito poder estar ao lado dele, e ajuda-lo, mas foi ele que causou isso em si mesmo, mas por que ele tinha ficado assim? Será que ele realmente a amava?
— Obrigada, depois quero detalhes, adeus Naruto. – Ela se despediu e desligou o telefone, enxugou as lágrimas e entrou na sala do médico.
Ficou um pouco chocado ao ver o homem quer iria cuidar dela, ele era impecavelmente lindo, um ruivo, quase no tom de rosa, mas longe da cor do cabelo dela, com os olhos castanhos beirando ao violeta, Sakura ficou encantada, ele era alto, bem mais alto que ela, mas ainda assim, não era da altura do pai do seu bebê.
— Bom Dia, me chamo Sasori. – Ele proferiu, e Sakura ficou boquiaberta, sua voz era sexy também, que golpe baixo.
— Haruno Sakura. – Ela falou esquecendo que não estava mais no Japão e que não precisava usar os costumes tradicionais na fala ali. – Perdão, Sakura Haruno. – Ela se corrigiu arrancando um sorriso disfarçado do médico, que fez com que ela suspirasse.
— Entendo, também foi difícil me acostumar. – Ele também era japonês, que mundo pequeno, pensou a rosada. – Você pode deitar aí, já sabe de quantos meses está? – Sakura deitou no lugar orientado por ele, enquanto o ruivo se ajeitava em um banco giratório, ele pegou alguns instrumentos, coisas que a garota nunca tinha visto na vida, pegou um gel, pediu para que ela levantasse a blusa.
Ela fez tudo que ele pediu, o toque do gel em seu corpo fez com que ela arfasse devido ao arrepio. E ele simplesmente esperou para que ela se acalmasse, pegou o instrumento e começou o ultrassom, a garota não entedia nada, via apenas coisas embaçadas no instrumento, até que pode ouvir claramente, uma pequena batida, simples e forte. – Então Sakura, esse pedacinho aqui já é o seu bebê, está bem grande, eu diria que entre a decima sexta ou décima sétima semana, vou precisar de um exame mais apurado para confirmar de certeza, vou pedir uma bateria, e se você puder voltar aqui em uma semana, eu posso te recomendar como prosseguir. Quer saber o sexo? – Sasori olhava para tela e não percebeu que a rosada se desmanchava em lagrimas.
— Desculpa, desculpa, eu sou meio boba mesmo. – Ela falou, mas o ruivo apenas parou o exame, pegou um lenço e enxugou as lágrimas da garota que agradeceu sutilmente.
— Eu não sei se as lágrimas são de tristeza ou de felicidade, mas espero que sejam da última opção, porque o que está acontecendo com você é um milagre Sakura, e você precisa aproveitar cada segundo. – Ele explicou, enquanto entregava outro lenço para ela.
— É um pouco dos dois, é que eu queria que o pai estivesse aqui. – Suspirou decepcionada.
— Pode me explicar o motivo da ausência? – Ele falou, mas Sakura recuou, não achou necessário partilhar seus dramas com o médico, pelo menos não agora.
— Digamos que ele não vai fazer parte de tudo isso. – Disse por fim, e ele entendeu que ela não queria falar mais. – Mas pode me dizer o sexo? Já? – Ela estava extremamente curiosa e afoita para saber.
— Sim, está vendo aqui esse detalhezinho. Parabéns, você vai ter uma menina. – Ela abriu a boca e arregalou os olhos, querendo gritar, sempre quis ter uma menina, e ela estava ali, crescendo dentro dela.
— Obrigada. – Sakura estava emocionada e tão feliz, teria uma linda menininha para mimar, internamente imaginou como ela seria, e sem querer desejou que ela fosse parecida com ele.
— Então, eu vou te passar umas vitaminas, e alguns remédios para controlar a sua pressão que está um pouco alta, então tente não se estressar, passou por algum episódio recente de muito estresse? – Ele perguntou enquanto fazia algum tipo de ficha.
— Podemos dizer que sim. – Ela respondeu rindo.
— Bom, o evite. – Ele foi frio, pela primeira vez durante toda a consulta, e ela resolveu que não iria reagir inadequadamente.
— Não se preocupe, ele está do outro lado do mundo. – Respondeu, pegou o papel, se despediram com um aperto rápido de mão.
Sakura encontrou um Ino impaciente sentada na sala de espera, sorriu para amiga, e mostrou o ultrassom. – Vamos ter uma menina. – Ela falou tímida, mas arrancou um grito enorme da loira, que a abraçou forte, quase espremendo a rosada.
Enquanto isso no Japão.
Naruto teve que praticamente subornar Tenten para ela conta onde a cunhada iria para fazer a consulta, por sorte, já tinham se passado dois dias desde a briga, e a consulta de Hinata estava marcada para a segunda mesmo.
Ele pegou o carro, avisou na empresa que chegaria atrasada, e ao chegar na clínica obstétrica, encontrou a mãe do seu filho quase entrando na sala, e pode ouvir a pergunta singela do médico – O pai não irá comparecer? – Hinata já estava pronta para dizer que não, mas sentiu o braço dele ao redor de sua cintura, e o cheio do loiro, inebriante e familiar invadir seus sentidos.
— Desculpa a demora. – Ele falou, e ela sussurrou pelos lábios: O que está fazendo aqui?
— Disse que vou fazer parte de tudo, eu realmente quis dizer tudo. – Hinata queria esconder que estava feliz com a atitude dele, mas não conseguia, apenas retribuiu o gesto de carinho que sua mão fazia na barriga dela.
— Bom, vamos entrando. – O médico abriu a porta e deu passagem, eles entraram, o exame foi rápido, a mulher entregou os resultados da última bateria de exames que fez ao descobrir que estava grávida.
— Então Hinata, você está ciente do seu problema de hipertensão, e da sua deficiência gravíssima de ferro? – Ele perguntou, em um tom que assustou os dois.
Hinata engoliu o seco, não fazia ideia do que ele estava falando. – Não. – Naruto percebeu o susto que ela tomou, pois ele também sentiu o impacto das suas palavras, ele gentilmente passou a mão no braço dela, como viu que não houve repulsa, desceu até chegar a mão da garota, e gentilmente entrelaçou os dedos, e ficou fazendo carinho com o polegar.
— Vai ficar tudo bem. – Ele disse. – Não vai? – Dessa vez olhando para o médico.
— Sua gravidez vai ser de alto risco, e como são gêmeos, o problema é dobrado. – Ele falou em uma tranquilidade, mas os pais de primeira viagem arregalarem os olhos em desespero. – E pela cara de vocês o outro médico não deve ter dito, pois bem, parabéns, você está carregando gêmeos. – Hinata respirava descompassadamente, e o coração acelerou, e percebeu que o ar começou a faltar.
Naruto não largou sua mão, e se colocou à sua frente abaixado, encarou os olhos perolados da garota e começou a imitar a respiração dela; - Meu amor, calma, está tudo bem, nós vamos ficar bem, os bebês ficarão bem, tudo vai dar certo. – Falou pausadamente em conjunto com a técnica de respiração que fazia Hinata se acalmar, ela estava tendo um dos seus corriqueiros ataques de pânico, coisa que o loiro tinha se acostumado a lidar como ninguém.
— Obrigada. – Ele levantou, e deu um beijo na sua testa, ela se recostou na cadeira, agora mais tranquila, e o médico olhou incrédulo para toda aquela situação.
— Não posso te dar exatamente boas noticias, se tiver um trabalho estressante Hinata, você vai ter que pedir afastamento, recomendo que não fique sozinha por muito, essas crises não podem acontecer com você sozinha. Então, 24h por dia. – Eles se entreolharam, e Hinata sabia que aquilo iria gerar um discursão que não estava interessada em participar.
- Tudo bem, algo a mais. – Foi Naruto que se dirigiu ao médico.
— Essa é uma lista de medicamentos que ela vai precisar tomar para regular o ferro no sangue, e controlar a hipertensão, mas preciso ressaltar novamente. A Srta Hyuuga não pode de maneira alguma se estressar. – Ele passou algumas recomendações a mais, e se despediu do casal.
— Naruto, o que vamos fazer? – Eles estavam caminhando até a saída da clinica e seguindo para o estacionamento, ainda em silêncio até que ela quebrou.
— Eu não quero ficar longe de você e dos nossos filhos, mas eu tenho medo de propor algo para você e te estressar, mas você pode pelo menos me escutar? – Ele pediu gentilmente.
— Tudo bem, eu vou te escutar. – Ela assentiu.
— Nos próximos sete meses eu não vou tentar nada com você, nem tentar fazer com que você me perdoe ou volte para mim, mas preciso de você ao meu lado, para que eu cuide da nossa família ok? Então, se mude para minha casa, pelo menos até eles nascerem, e depois nos decidimos como vamos agir. Mas pelo amor de Deus, Hinata eu não quero ter que acampar na porta do seu apartamento me preocupando com você dia e noite. Me dê uma chance de fazer certo por você e nossos filhos. – Ela escutou atentamente, e pensou em recusar na hora, mas involuntariamente respondeu
— Sim, eu vou morar com você. – Seu orgulho foi amassado pela preocupação com seus filhos, não queria nem pensar na possibilidade de algo acontecer a eles. Sabia que Naruto quando prometia alguma coisa, cumpria, e ele era o único que conseguia acalma-la rapidamente no meio das suas crises de pânico.
— Sério? Sério mesmo? – Ele não acreditava no que tinha ouvido.
— Mas, prometa-me que não vai tentar nada comigo? Estamos juntos por nossos filhos e apenas por isso. – Ela afirmou fria e séria para ele, que tirou o sorriso no rosto, segurou a mão dela em um aperto de amigos, como se selasse algum tipo de contrato.
— Eu prometo.
1 mês depois... - Japão.
Sasuke e Konan se detestavam e viviam em pé de guerra em casa, nunca chegaram a consumar o casamento, pois possuíam repulsa um do outro, mas um dia depois de muita bebedeira e raiva, acabaram transando de uma maneira muito peculiar e raivoso.
Depois de um mês Konan estava sentando no sofá da mansão Uchiha, depois do casamento, não fazia muita coisa, vivia como uma verdadeira socialite. Sasuke tinha acabado de acordar com uma ressaca gigantesca, desde que Sakura foi embora e ele fora forçado a se casar com Konan, todas as noites eram assim, ele enchia a cara e desmaiava bêbado, nesse dia, entrou no banheiro com uma vontade terrível de vomitar, mas ao encarar a lixeira do banheiro, teve o maior susto da sua vida ao encontrar um teste de gravidez com a faixinha de positivo.
Saiu furioso em direção a sala, ele tinha usado camisinha e Konan estava na pílula, aquela criança não podia ser sua, Sakura nunca o perdoaria se ele tivesse um filho com outra mulher. – Konan, que merda é essa? Por que tem um teste de gravidez na pia do banheiro?
— Ai não grita, não é seu. – Ela falou tão calma, o que tirou ainda mais do sério.
— Que não é meu, eu sei. Só pode ser seu né, querida. – Ele falou irônico.
— Não o teste, a criança, não é sua. – Ela falou como se aquilo não fosse de grande importância, como algo corriqueiro, avisar ao cara com quem está casada que o filho que espera, não é dele.
- Como assim não é meu Konan? E de quem merda seria? – Sasuke estava confuso sem saber se ficava feliz ou com raiva da situação toda.
— Itachi. – Em uma única palavra, Sasuke sabia que a discursão tinha acabado, sabia do envolvimento do irmão com a esposa, sabia de tudo, ela fez questão de lhe contar tudo antes do casamento para que ele não fosse pego de surpresa.
— Tudo bem, mas quem vai assumir sou eu, então.
— Certo, e eu presumo que você não queira falar sobre isso. – E assim, acabou-se a discussão, ele saiu da sala, e a deixou, se arrumou e foi ao trabalho, aliviado, mas ainda assim preocupado, o que Sakura pensaria ao saber disso, afinal ele não poderia se explicar para ela, ou muito menos deveria. Sasuke sabia que perdeu qualquer direito em relação a Sakura, mas já fazia um mês e ela era a única coisa constante em sua mente.
6 meses depois - Estados Unidos.
Sakura fazia constante visitas a Sasori, tinha medo de qualquer dorzinha, ou sangramento estranho, e sempre procurava apoio no ruivo, que ouvia atentamente a todas as preocupações da rosada, passou até o telefone particular dele para caso acontecesse alguma coisa, ele pudesse ajuda-la mais rapidamente.
Sakura já tinha arranjando um emprego como assistente do procurador geral do estado, suas referências eram ótimas e não foi difícil para que ela conseguisse um emprego, mas logo teria que tirar a licença maternidade. Tinha se mudado para um apartamento com Ino, já que a loira decidira largar a faculdade de artes e entrar em arquitetura, com a desculpa que faria arte com prédios agora de qualquer maneira. Agora ela que arcava com as contas do apartamento, não queria mais ser sustentada pelos pais, apesar de ainda receber uma ajudinha, a parte triste para a loira foi se mudar para longe do agora assumido namorado Gaara, ele ficou louco quando soube que a amiga colorida não queria mais nada com ele, e que iria procurar um relacionamento sério com Sai, um colega da faculdade. Duas semanas depois ele a propôs em namoro, e até em quase casamento, tamanho foi o desespero.
Sasori e Sakura desenvolveram uma relação maior que médico e paciente, e saíram juntos algumas vezes, mas o ruivo não parecia querer nada sério com ela, pois nunca assumia nada sério. Aos poucos, a ferida que Sasuke deixou na rosada ia cicatrizando, mas sempre estava ali, e volta meia, ela se pagava chorando sem motivo, mas sempre teve o consolo de seus amigos.
Shikamaru e Temari iam se casar no final de semana, e Sakura ousou ao convidar Sasori como seu acompanhante, o que o homem gentilmente aceitou.
— Sasori, eu estou preocupada. – Ela falou séria.
— Alguma coisa com o bebê? – Ele falou depositando a mão na barriga dela em sinal de preocupação.
— Não, nada com a minha filha, e sim a com a gente. Já estou cansada dessa enrolação sua, quando é que você finalmente vai fazer alguma coisa comigo? Já se passaram seis meses. – Sasori não pode controlar a risada, e se desmanchou na frente dela, que parecia ainda mais irritada. – Não tem graça.
— Sabe a quanto tempo eu quero te beijar? Desde que eu te vi pela primeira vez, mas eu não posso me envolver com pacientes, então eu estou esperando para que essa princesinha saia dai, para que eu finalmente possa beijar a mãe dela. – Ele falou gentilmente, arrancando um suspiro apaixonado de Sakura. – Não sabia quanto tempo devia esperar para você superar seu ex, saímos como amigos todas as vezes, mas eu sempre quis algo mais, porém tinha medo de demonstrar e te afastar de mim, e fazer até com que eu perdesse a paciente que tanto prezo. – Ele explicou, enquanto pegava uma mexa do cabelo dela e colocava para trás, depositando um beijo lento em seus lábios, mas a reação da garota não foi a que ele esperava, pois ela recuou com um olhar assustado.
— O que houve? Fiz algo errado. – Ele perguntou preocupado com a feição instalada no rosto de Sakura.
— Minha bolsa rompeu. – Disse aterrorizada.
7 meses depois - Japão
Hinata já estava subindo pelas paredes, Naruto não a deixava sair de casa sozinha, mas ela estava louca por um pedaço de Kinoko no Yama*, e não tinha ninguém na casa. Ela pensou em ligar para o loiro, mas sabia que o mesmo estava em reunião, e que só iria atrapalhar.
Nos últimos meses, ele tinha sido o melhor pai do mundo, fazia todas as vontades de Hinata, já saiu de casa no meio da noite atrás de um pedaço de queijo gorgonzola, só porque ela teve um desejo, esteve com ela durante os pesadelos que tinha constantemente sobre perder os bebês, ao lado também durante o susto no sexto mês quando um sangramento proveniente do deslocamento de placenta fez com que a azulada quase enfartasse de pânico. Mas ele ficou lá, e nunca pediu nada em troca, não tentou se aproximar dela, o máximo de contato que tinham eram simples abraços ou toques de mão, e vê-lo todos os dias despertou em Hinata sentimentos que ela já tinha posto para dormir, sentimentos de amor, lembrou de como o amara, e como era loucamente apaixonada por ele. Pegou o telefone e ligou para ele, estava completamente agoniada, suando até com desejo, ele atendeu no primeiro toque, sempre a atendia.
— Aconteceu alguma coisa? Já estamos lá? Não né? Ainda falta uma semana, Hinata, está tudo bem? - Sempre cheio de perguntas e afobado.
— Não aconteceu nada, é só que... – Ela ficou com vergonha de falar.
— Qual o desejo dessa vez? – Surpreendendo mais uma vez.
— Kinoko. – Ela respondeu corada e com vergonha, se ele estivesse na sua frente provavelmente iria rir da situação. – Desculpa.
— Não precisa se desculpar meu amor, eu já vou levar. – Ele respondeu, e desligou, Hinata já estava acostumada com os pronomes que ele usava para chama-la, querida, meu amor, anjo. Porém ela sempre o respondia com Naruto, moleque, e sempre gritava com ele, que pelo contrário, sempre ficava quieta e aceitava tudo.
Alguns minutos depois ele chegou na porta com o doce, a entregou, e quando estava pronto para sair, Hinata segurou seu pulso. – Não vai comer comigo? – Sempre que ela tinha um desejo, era como um ritual, mas sempre dividiam o que quer que fosse o desejo dela, mesmo que Naruto não gostasse, o que era difícil, já que ele gostava de praticamente tudo.
— Desculpa, não posso ficar dessa vez, eu estava no meio de uma reunião com os acionistas, e disse que não ia demorar muito. – Ele se aproximou, e depositou um beijo na testa, e saiu correndo.
Hinata ficou parada encarando o vazio que ele deixou, e percebeu finalmente que estava novamente apaixonada por ele, e que o castigo dele já fora longo demais, que mesmo que ele tivesse a traído, estava dedicando tudo de si para que ela o perdoasse, e ela não tinha feito esse esforço, sentou-se no sofá, e começou a comer os doces, deixando apenas dois na caixa para que dividissem quando ele chegasse em casa, decidiu tomar um banho e ver algum filme na Netflix depois.
Ao sair do banho ela passou pelo armário de Naruto e viu que o mesmo tinha uma brecha, como se tivesse uma porta escondida, dentro não tinha muitas coisas, apenas alguns livros e um pen drive, Hinata com a alma curiosa de jornalista, pegou o computador e plugou a peça. Ficou chocado ao ver um arquivo com o nome Perdão de Hinata, abriu o vídeo com curiosidade à flor da pele, mas no segundo que abriu se arrependeu, viu a cena que fez com que seu namoro de dois anos fosse ao chão, seu namorado na cama com uma prostituta, nua ao seu lado, o vídeo mostrava a briga deles quando ela viu a cena, e tinha uma parte que a azulada não tinha visto antes, Naruto voltou para o quarto chorando e saiu e a mulher ficou, ligou para um número e falou. — Sr Uchiha, o plano deu certo, a otária saiu daqui em prantos, e loiro está no mesmo estado e eu só precisei tirar a roupa e me deitar por cima dele. – Disse ela
Hinata arregalou os olhos, então, ele não estava mentindo, e ele sabia disso, e não mostrou o vídeo a ela: Porque? Tudo seria tão mais fácil, pensava ela, a garota fechou o notebook, e guardou o pen drive onde achou. Voltou a cozinha e preparou a refeição favorita de Naruto, Lámen, deixou a mesa pronta, iria voltar com ele, iria pedir perdão por tudo que tinha feito, queria uma explicação dele, mas também o queria de volta, queria seus lábios nos dela, o corpo dele atracado ao dela, desejava-o tempo todo, e durante o quinto mês de gestação fora praticamente impossível resistir a ele, queria agarra-lo, beija-lo e transar com ele em qualquer lugar, mas ele tinha prometido que não iria tentar nada, então evitava qualquer contato para que ela não se arrependesse. — Hinata sua idiota, gritou consigo mesma.
Ela se sentou na mesa, e ficou esperando ele chegar, porém ele não apareceu, deixando-o a preocupada, deixou as coisas na mesa e a comida no micro-ondas, e foi ao sofá, e quando pensou em ligar para ele, viu que ele tinha mandando uma mensagem dizendo que ia demorar, a reunião ia longe. Ela bufou irritada, ele não sabia o que o esperava quando chegasse em casa, mas queria que ele chegasse logo mesmo sem saber, ela ligou a TV e começou a ver o filme Para sempre Cinderella, e acabou adormecendo no sofá, acordou nos braços dele, enquanto o homem a carregava de volta para o quarto.
— Não, não, está errado. Me solta. – Ela pediu gentilmente, mas ele não obedeceu, provavelmente não ouvindo – Naruto, me solta. – Ela pediu alto dessa vez, fazendo com que ele se assustasse, mas não a largasse.
— Calma, eu só vou te colocar na cama. – Ele disse, e ela pestanejou, chegou no quarto, ele a depositou gentilmente sobre os lençóis.
— Eu estou muito pesada. – Disse arqueando-se sobre a cama para ficar sentada.
— Não está nada, continua linda como sempre. – Sabias palavras, pensou ela. Ele já se dirigia para fora do quarto, mas teve o pulso agarrado por ela, que o puxou para a cama junto com ele, e o beijou. Um beijo leve, porém, carregado de sentimento, Naruto não sabia como reagir, queria corresponder, mas tinha medo que fosse a fase do quinto mês de novo, e que ela se chateasse. Então se afastou. – Hinata, por favor. – Ele implorou.
— Me perdoa por não ter acredito em você meses atrás. – As palavras surgiram com um efeito poderoso em Naruto.
— O que quer dizer com isso? – Ele perguntou curioso.
— Que eu sei que você não me traiu, e que eu amo você, me perdoa por ter sido essa megera com você, agora só me beija, porque eu senti muito a sua falta. – Naruto não se controlou dessa vez, agarrou a mulher, e beijou-a com paixão e ferocidade, atracou suas mãos as dela, e deitou na cama.
— Ah Hinata, eu amo tanto você. – Ele disse, arrancando um gemido da mulher ao descer os lábios pelo pescoço. – Você está tão linda, e eu quero amar você a noite toda hoje. – Ele falou voltando-se aos lábios dela, e os devorando, enquanto Hinata só conseguia corresponder.
— Como você pode estar atraído por mim assim desse jeito? Eu estou enorme.
— Tenho tesão por você em qualquer momento. – Ele respondeu e começou a massagear o corpo de Hinata, mas a garota sentiu uma pontada diferente, e sorriu, teria que interromper o momento tão desejado pois outro mais importante já havia começado
— Aposto que posso acabar com esse tesão em três palavras. – Ela disse irônica.
— Eu duvido. – Ele a encarou estranhando uma umidade.
— Minha bolsa rompeu.
5 anos depois.
- Sakura, está na hora de fundirmos nossas empresas. – Ele retrucou do outro lado da linha.
- Não poderia concordar mais. - Proferiu Sakura
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