A vida é nos trás muitas surpresas, as vezes amargar, as vezes doces. Quando desistimos de tudo e nos entregamos a escuridão. Surge uma voz doce e nos estende a mão... Seu nome é esperança..
Nathaniel
É engraçado pensar em como um momento feliz pode se transforma em uma tragédia em questão se segundos. É engraçado pensar que você sempre teve um porto seguro e o ver sendo arrancado de vez de forma bruta. E por alguns segundos você se pergunta... Deus realmente existe? Ele está nos olhando e mesmo assim nos deixa sofrer? Se ele é tão misericordioso assim. Porque continua parado enquanto só ver miséria e dor.... Acho que nunca vou saber.
-- NATHANEL SALVATORE -- me assusto olhando para estrada procurando o perigo e quase perdendo o controle do carro e encaro a figura loira ao meu lado.
-- PORRA ASHLEY! NÃO ME ASSUSTA ASSIM! -- encaro ela respirando fundo e voltando meu olhar atento para estrada observando cada carro. Sinto minhas mãos suadas, tiro uma das mãos do volante e a limpo na calça, e faço o mesmo com a outra.
-- Desculpa Nath -- diz ela me analisando. Enquanto meu mantenho meu olhar nas ruas. -- Eu estava falando com você. E parecia que estava no mundo da lua.
Aperto o volante enquanto olho o carro que está atrás de mim pelo retrovisor. Ela sabe que eu não gosto disso e mesmo assim insiste em me gritar enquanto dirijo. Respira fundo Nathan. Respira fundo. A pessoa agora não pode nem pensar em paz. Só o que me faltava.
Balanço a cabeça afastando os pensamentos. Tudo o que eu quero nesse exato momento é a minha casa. Piso no acelerador enquanto troco a macha.
-- Não me grita. Eu posso bater o carro merda! -- olho para ela que engole em seco e balança a cabeça concordando.
-- já pedi desculpa.
Como se ela fosse parar de me gritar. Reviro os olhos e escuto meu telefone tocar. Coloco a ligação no viva voz e logo escuto uma voz feminina porém muito familiar para mim. É a garota loira da minha sala. A Elizabeth.
-- Fala irmão! -- escuto a risada dele de fundo e o mesmo pergunta se a acompanhante quer algo que logo responde que não.
-- Avisa a Rosa que eu não vou chegar para almoçar ou jantar hoje não. Não quero preocupar ela. Então avise.
-- Quem é a loira que está com você? -- olho para ela e arqueio a sobrancelha. Pelo seu tom de voz ser de alguém que estava acusando ele de algo.
-- Elizabeth Müller da área de medicina. Mesma sala que o Nathan... Porque? -- pelo que conheço do meu irmão o mesmo deve está sorrindo do outro lado -- sem ciúmes flor de mel.
-- Pare de me chamar assim seu ridículo! -- rosnou ela -- vá se divertir a loira falsificada.
Escuto a risada do Ricardo pelo alto falante do carro e acabo rindo também. Acho que meu irmão está passando muito tempo comigo. O filho prodígio está se tornando a ovelha negra? Será será será? Vamos aguarda os próximos capítulos da novela..
-- Olhe que eu estou me divertindo. E posso alegar que ela é loira natural. Sabe eu observo muito bem as coisas.
-- Vá se Foder Ricardo!
-- Olha a língua Ashley Chase. Olhe a língua. Que coisa feia! Vou pedir a Rosa para lavar a sua boca com quiboa.
Se parar para pensar é capaz da Rosa fazer isso mesmo. Ela não gosta de ouvir xingamento ainda mais de nos. Seus "filhos".
-- Seu recado será dado com sucesso irmão. Se divirta e use camisinha pelo amor de qualquer coisa. Quero ser tio tão cedo não.
Abro um sorriso de lado e logo avisto o grande portão da casa dos Salvatore. Ou melhor como dizia a Hanna Mansão Salvatore.
-- Pode deixar. Eu tenho mais juízo que você.
-- Disso eu não duvido nada querido irmãozinho. Beijos
Desligo a ligação e abro o portão com o pequeno controle que fica no meu carro. Não gosto que abram para mim. Mesmo tento segurança para isso. Ainda acho essas coisas idiotice.
Estaciono o carro na garagem. Tiro a chave a guardando na pasta. Aperto a trava do cinto de segurança e saio do carro olhando para casa.
-- ROSAAAAAA, OH ROSAAAAA -- grito e dou risada pelo olhar que a Ashley me manda.
-- Vocês vão acabar matando minha mãe do coração com esses gritos. Você e seu irmão.
Quando iria abrir a boca para contestar ela. Escuto a voz da Rosa antes da mesma entrar em meu campo de visão.
Rosa não é nada mais. Nada menos. Que a nossa empregada. Mas é como se fosse da família. Ela criou eu e o meu irmão desde que o Ricardo tinha 7 e eu 5 anos de idade. Até hoje meus pais nunca param em casa. E eu e a minha mãe temos uma pequena desavença.
Mais esse ser baixinho. É como uma mãe para mim. No lugar da outra. Sempre cuidou de mim como se fosse seu filho. Amou, educou, brincou. Enfim ela me criou enquanto os queridos Luis e Andreia Salvatore estavam viajam. Olha que beleza!
Abro um sorriso ao abraçar ela apertado mesmo ouvindo a sua reclamação e por fim sua risada dizendo que eu estava de mais.
-- Um dia você ainda me mata do coração Nathan -- reclamou ela me batendo com o pano de prato. O que só me fez rir. -- vão tomar banho direitinho enquanto eu coloco a comida de vocês... Principalmente você Nathan.
Reviro os olhos olhando para ela que me bate outra vez com o pano de prato. Os anos podem passar mas a Rosa vai continuar achando que eu tenho 7 anos. Vai entender. Acho que ela ainda não percebeu que eu cresci e estou ficando cada vez mas gato.
-- Fui Nathan, pôs eu estou realmente com fome -- diz a loira indo para casa dela. Essa esfomeada.
Ashley e Rosa, moram nos fundos da minha casa. Minha mãe mandou fazer para ela a muito tempo atrás. É como se elas morassem e não morassem aqui, ok isso ficou confuso mas eu não vou explicar novamente.
Beijo a bochecha dela e sigo em rumo as escadas em direção ao meu quarto. Assim que passo pela porta, respiro fundo olhando cada pequeno detalhe. A cama de casal com os lençóis grosso e aquelas almofadas e travesseiros chiques, o sofá. A tv na parede. É dona Andreia é exagerada!
Entro no banheiro tirando a roupa e em meio ao banho penso na Sophia. Até ter os pensamentos invadido pelas imagines da Hanna. Fazendo o meu coração ficar apertado e logo as lágrimas quererem descer...
Eu não tenho a vida perfeita como pensam. Eu não sou totalmente feliz. E sim a uma escuridão em mim. Algo que me prende e me sufoca... Algo que cada vez me arrasta para o fundo do poço. A imagem dela naquele dia é como uma chave para as minhas lágrimas descerem e novamente eu estava no poço.
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