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História Seven's Casinos - Two Pair


Escrita por: chiibis

Capítulo 4 - Two Pair


Fanfic / Fanfiction Seven's Casinos - Two Pair

“Vai explicar como você conhece o meu instrutor?” Nari perguntou sarcasticamente.

“Vai me contar como foi na aula?”

Jinyoung manteve os olhos no trânsito, não querendo tocar naquele assunto e ele realmente esperava que a irmã entendesse e não fizesse mais perguntas, afinal ele ainda estava tentando esquecer o que havia acontecido entre ele e Mark naquela noite e o encontro coincidente na academia não ajudou nos planos de Jinyoung.

“Você acha que é perigoso e nós devíamos mudar de academia?” Nari soava preocupada, mas quando Jinyoung tirou os olhos do trânsito da avenida e olhou para a irmã, ele percebeu que ela havia de fato gostado do lugar.

“Não, ele parece ser inofensivo.” Jinyoung não acreditava naquilo completamente, mas Nari não precisava saber sobre suas próprias desconfianças.

 

//

 

“Eu deveria procurar por um novo colega de apartamento.” Mark abriu a porta e não precisou nem olhar em direção ao sofá para saber que Jaebum estava fodendo outra garota aleatória, já que os gemidos dos dois podiam ser ouvido da entrada da casa.

“Minha bunda é muito linda pra ficar escondida, seu futuro não-existente-colega-de-apartamento com certeza não vai ter uma bunda tão linda.” Jaebum respondeu sarcasticamente, subindo sua calça e dando uma peça de roupa que estava no chão para a garota se cobrir.

“Quem disse que eu quero ver a sua bunda ou a dele?” Mark jogou a sua bolsa no sofá desocupado e seguiu em direção a área da cozinha em busca de algo para beber.

“Mark, você é a única pessoa no universo que não quer ver minha bunda? Não é mesmo?” Jaebum perguntou para a garota no sofá e tudo que ela pode fazer foi concordar com a cabeça, já que a vergonha de estar pelada na frente de alguém desconhecido estava a consumindo viva. Embora, ela e Jaebum também fossem desconhecidos.

“Eu não estou com humor pra discutir sobre ver sua bunda. Termine seu trabalho no quarto e ligue o som. Não estou a fim de ouvir gemidos enquanto trabalho.” Mark respondeu, agarrando a mochila de cima do sofá e ignorando totalmente o casal semi nu no outro.

 

//

 

Mark já havia decorado aqueles arquivos e informações e tirando coisas banais como: A comida favorita de Jinyoung, ou seu cantor favorito, os arquivos não ajudavam em nada.

A linha do tempo se quebrava durante a estadia dele na China, algo que definitivamente intrigava Mark, pois nenhum dos agentes conseguiram traços das atividades que ele realizou durante os três meses em que morou lá. Era como se no momento em que ele pisou em solo Chinês, Park Jinyoung tivesse deixado de existir.

“O que você fez nesses três meses Park Jinyoung?” Mark perguntou para si mesmo em voz alta.

Mark alcançou seu celular, procurou por um nome em sua lista de contatos e clicou no botão de chamar.

“Se você quisesse ficar invisível em um outro país. Como você faria?” A pergunta era direta e sem contexto, afinal algumas vezes os agentes podiam ser influenciados pelas informações já conhecidas.

Arrumaria alguém para falsificar uma nova identidade. Ficaria em um hotel barato e sem documentação, de preferência um hotel que só aceitasse dinheiro. Não usaria cartão de forma alguma e definitivamente tentaria não chamar atenção indo em lugares conhecidos.” A pessoa do outro lado da linha respondeu.

“Mas como você faria isso sem conhecer ninguém ou pesquisar na internet??” Mark elaborou mais. Afinal, Youngjae havia tentado de todas as formas encontrar informações ou rastros do rapaz durante sua estadia na China, mas nem mesmo ele havia conseguido encontrar algo.

“Eu definitivamente teria algum contato, não é tão fácil conseguir uma identidade falsa em outro país. Você precisa de duas coisas: muito dinheiro e bons contatos. Do contrário, você é pego na primeira esquina.”

“Obrigado Wonho, você definitivamente me deu uma nova perspectiva.” Mark agradeceu enquanto anotava algo no rodapé do arquivo praticamente vazio de Jinyoung na China.

Você quer o número da minha conta?”

“Conta?” Mark parou suas anotações, confuso com o comentário do rapaz.

Você achou que a informação foi de graça??” Mark conseguia ouvir a risada do outro, se dando conta de que era uma piada.

“Cresça Wonho.”

“Se eu crescer mais, eu fico mais alto que o Shownu e ele me mata se isso acontecer.”

“Mata só se for de tanto te foder, né? Porque ele não é capaz de machucar uma mosca, muito menos você.” Shownu e Wonho faziam parte do mesmo departamento que Mark, Youngjae e Yugyeom trabalhavam, os dois estavam casados faziam anos e todos no departamento achavam o relacionamento dos dois invejável.

Você tem razão, embora eu não me importaria se ele me fodesse a esse extremo.”

“Wonho, eu vou voltar a trabalhar. Faça o mesmo.” Mark ignorou o comentário do amigo, tentando não imaginar ele e Shownu transando

Sempre agindo como um frígido, mas no fundo eu sei que você deve ser uma fera na cama. Os quietos são sempre os piores e pervertidos.”

“Tchau Wonho.” Antes que o rapaz pudesse dizer mais alguma coisa indecente, Mark desligou a ligação e riu das besteiras que ele estava falando.

“Quer dizer que existe alguém que te ajudou enquanto esteve na China…” Mark concluiu após a ajuda de Wonho, se dando conta de que Jinyoung teve contato com alguém importante o bastante para conseguir uma identidade falsa.

“Como eu vou descobrir quem é essa pessoa? Se você não usa internet como pessoas normais? Ou faz ligações como a maioria dos vilões e bandidos?” Mark encostou as costas na cadeira giratória, encarando o teto e tentando pensar em alguma forma de descobrir quem foi a pessoa que ajudou Jinyoung.

“Talvez você tivesse um outro número...”

Após alguns segundos pensando com a mente sendo preenchida com vazios, a frustração de Mark foi interrompida pelo som da notificação do celular.

“Eu ganhei a semi final. Embora você não tenha perguntado quando chegou irritadinho.”

Era uma mensagem de Jaebum, contando que havia ganhado a semi final da NASCAR.

Jaebum trabalhava como piloto de corrida profissional, seu trabalho se baseava em correr e ganhar, e quando isso não acontecia, ele passava horas junto com os mecânicos, tentando encontrar uma forma de melhorar o desempenho do seu carro.

A vida de Jaebum era vivida para ser invejada, afinal ele tinha boa aparência, dinheiro, charme, corpo, vitórias e boa lábia. Mas Mark sabia que existia mais do que aquilo, ele sabia que Jaebum corria ilegalmente quando se sentia frustrado e ansioso, pois a adrenalina tomava conta de toda sua mente e Jaebum, assim como Mark, adorava sentir a adrenalina da insegurança de ganhar ou perder.

A diferença entre as corridas profissionais e as de rua, era que as de rua tinham sempre fatores à mais, o que deixava tudo mais excitante e desafiador.

“Parabéns?!?”

Mark respondeu simples, não querendo lidar com os dramas do amigo, mas logo seu celular vibrou novamente.

“Se eu ganhar o campeonato, nós vamos dar uma festa.”

Mark de repente teve uma ideia.

“Quando é a final?”
“Em duas semanas.”
“Ok.”
“Sem brigas?”
“Sem brigas.”

Jaebum achou melhor não perguntar mais, sabendo que Mark poderia mudar de ideia a qualquer momento, afinal todas as vezes que eles davam festas, Mark e ele sempre discutiam.

Mark decidiu que seria naquela festa que ele iria tirar informações de Jinyoung, agora era só questão de fazê-lo aceitar ir na festa.

 

//

 

A chuva estava tão forte que Jaebum se perguntou quem seria louco o bastante para tentar ir na farmácia comprar um remédio caso precisasse.

Quando o carro virou na entrada da garagem, Jaebum viu um guarda-chuva encostado na parede, escondendo o que parecia ser uma pessoa e quando ele conseguiu enxergar entre as gotas largas da chuva forte, percebeu que havia uma bola de pêlos branco ao lado da criatura maluca que estava no meio daquela chuva apenas para proteger o que quer que fosse aquilo no chão.

Quando Jaebum colocou o carro dentro da garagem e estava prestes a fechar o grande portão automático, sua consciência pesou e ele cogitou deixar a pessoa dentro da garagem até a chuva passar.

'Mas e se ele destruir meu carro?’ Jaebum olhou para trás, observando seu carro.

Antes que sua consciência o fizesse se arrepender, Jaebum alcançou o seu guarda-chuva no banco de trás do carro e seguiu em direção a calçada onde a pessoa estava.

“Hey quer ficar na garagem até a chuva... passar…” Jaebum não esperava que quem quer que fosse maluco o suficiente para ficar no meio daquela chuva, fosse na verdade o garoto estranho amigo de Mark. O recepcionista.

“Ela tava sozinha e chorando no meio da chuva. E o Mark não estava em casa, eu não pude deixar ela aqui e eu não podia voltar para casa porque eu precisava falar com o Mark, e--” O garoto não fazia o menor sentido e cada palavra que saia da sua boca, era interrompida por um bater de dentes devido ao frio e gelo das roupas molhadas que ele usava.

“Vem” Jaebum segurou no ombro do garoto, uma das suas mãos segurando o guarda-chuva e a outra tentando manter o garoto em pé.

“E ela?” Youngjae olhou para a cadelinha encolhida no chão, quase na mesma posição que ele estava antes, e então seus olhos encontraram os de Jaebum, ambos tentando se esconder da chuva.

O olhar de Youngjae fez com que Jaebum sentisse seu estômago revirar e seu coração acelerar de repente.

O contato visual quebrou quando Youngjae espirrou e Jaebum se deu conta de que eles ainda estavam parados no meio da chuva e que se o garoto continuasse ali, ele iria ficar doente.

“Pega ela e vamos pra dentro.” Jaebum ordenou, esperando Youngjae agarrar a cadelinha e acompanhá-lo para dentro do apartamento.

 

//

 

“Você!” Ele apontou para Youngjae.

“Banho quente. Agora.”

A cadelinha estava em um dos cantos do apartamento, tremendo de frio e Youngjae acariciando ela, tentando fazer de alguma forma o seu corpo esquentar.

“Eu vou pegar uma toalha e enrolar nela enquanto você toma banho.” Jaebum explicou, indo em direção a um dos armários embutidos que havia em uma das paredes e que dava a impressão de ser um novo quarto.

“Tem toalha limpa pra você no banheiro e assim que eu agasalhar ela, eu te levo uma peça de roupa.”

“Mas eu não tenho roupa aqui.” Youngjae informou, como se Jaebum já não soubesse daquilo.

“Minha, garoto. Minhas roupas.” Jaebum explicou frustrado, o garoto era lerdo e ele se perguntou qual seu trabalho, afinal o trabalho real de Mark exigia um alto QI, e se ele trabalhava com Mark, ele no mínimo precisava ser inteligente.

“Ah. Ok.” Youngjae se virou para a cadelinha. “Você fica aqui quietinha e obedece o tio Jaebum, ok?” Ele fez bem mais alguns carinhos no pêlo molhado e se levantou para ir para o banheiro.

'Tio Jaebum? Agora eu virei tio de cachorro?’ Jaebum se perguntou mentalmente, enquanto agasalhava a cadela.

 

//

 

Quando Youngjae saiu do box do chuveiro, uma peça de roupa estava o esperando em cima de uma das pequenas prateleiras que havia no banheiro. As peças eram maiores do que ele por dois tamanhos no máximo, mas Youngjae não se importava em usar roupas grandes, na verdade ele achava bem confortável e quando vestiu o moletom sobre a camiseta branca, o cheiro forte de outra pessoa que o usava atingiu seu nariz, o fazendo puxar o tecido pra mais perto do seu rosto e inalar mais daquele odor. Youngjae se pegou gostando do cheiro diferente que aquela peça tinha e sem nem perceber, um sorriso se formou no seu rosto.

Quando o garoto saiu do banheiro, o cheiro de chocolate e canela preenchia o apartamento e considerando o tamanho do imóvel, Youngjae pensou que devia ter muito chocolate e canela em qualquer que fosse o alimento ou bebida que Jaebum estava preparando.

“Obrigado pelas roupas.” O garoto agradeceu, seguindo em direção ao lugar onde a cadelinha estava, mas não havia nada no lugar e por um segundo ele entrou em pânico, pensando que talvez Jaebum tivesse jogado ela fora no meio da chuva novamente.

“Ela está aqui, próximo do fogão. Provavelmente deve ser mais quente aqui, do que ai.” Jaebum respondeu apontando para o lugar onde Youngjae estava.

Youngjae foi em direção ao lugar onde eles estavam e sentou ao lado da cadelinha, ignorando a presença de Jaebum e trazendo o animal no seu colo enrolada na toalha.

Youngjae observou dois potes pequenos ao lado dela, um com água e outro com leite, e seu coração acelerou de repente, pensando que Jaebum talvez não fosse tão ruim, afinal ele pensou na cadelinha e no seu bem estar, não só no de Youngjae.

“Nós não temos ração aqui, então eu coloquei leite e água pra ela.” Jaebum explicou e entregou uma xícara com vapor saindo da boca para Youngjae, que ainda estava sentado no chão com a cadela no colo.

O cheiro da bebida quente tomou conta do ambiente em volta do garoto, se misturando com o cheiro do moletom que ele vestia e Youngjae esperava não recordar daquele cheiro, mas ele tinha certeza de que a partir daquele momento, chocolate, canela, chuva e colônia masculina, iria lembrá-lo de Jaebum.

“Obrigado por cuidar dela enquanto estava no banho.” Youngjae finalmente respondeu algo e mais uma vez foi um agradecimento.

“Pare de agradecer por tudo, me faz sentir desconfortável.”

“Desculpa.” Youngjae pediu sorrindo e Jaebum sentiu uma guerra interna iniciar, onde ele queria quebrar a cara do garoto por ser tão delicado, e também acariciá-lo por ser tão inocente.

Jaebum decidiu que seria melhor ignorar o sorriso largo do garoto sentado no chão e fingir que nada estava acontecendo dentro da sua mente e coração.

“Senta no sofá, o chão está gelado.”

“Ela pareceu gostar daqui, é melhor continuar até ela ficar quentinha.”

Jaebum fechou o pulso, tentando controlar suas ações na frente do garoto, pois quando ele falava daquela forma, tão cheia de cuidado e carinho, Jaebum queria cuidar dele da mesma forma que ele estava cuidando do animal nos seus braços. Jaebum se sentiu doente de repente, pensando no garoto como um animal, mas tudo que ele pensava naquele momento era em como ele queria poder abraçá-lo.

Jaebum sentou no chão junto do garoto, tomando seu chocolate quente e assim que ele estava próximo, Youngjae pode sentir o mesmo cheiro que seu moletom guardava. Ou talvez fosse ainda seu moletom, Youngjae não sabia e ele não gostava de coisas confusas que ele não conseguia explicar.

“Qual vai ser o nome dela?” Youngjae parou a confusão mental por um momento, se dando conta de que o rapaz tinha razão, a cadelinha tinha que ter um nome.

“Não sei ainda. Alguma sugestão?”

Jaebum negou com a cabeça e Youngjae deixou de lado a bagunça mental e começou a pensar em possíveis nomes enquanto encarava a xícara de chocolate quente na sua mão.

“Eu gosto de coco…” Jaebum apontou para a xícara, “No chocolate quente, mas acabou.”

Youngjae encarou a xícara e então seus olhos viajaram até encontrar os de Jaebum, os dois começaram a se encarar como se estivessem conhecendo cada história por trás dos olhos um do outro.

“Coco.” Youngjae disse, não quebrando o contato visual entre eles e deixando um pequeno sorriso se formar nos seus lábios. Jaebum soube que ele estava sorrindo, por que Youngjae não só sorria com os lábios mas também com os olhos.

Jaebum apertou a xícara com mais força, sua mente pedindo para ele deixar de encarar os olhos do garoto, mas seu coração o mandando continuar.

“Hã?”

“O nome dela, vai ser Coco.” Youngjae finalmente deixou de encará-lo, voltando sua atenção para o animal e começou a acariciá-la, repetindo seu novo nome várias vezes.

Jaebum sentiu seu coração doer de forma estranha e o calor da xícara quente fez sua mão suar mais do que já eatava suada, ou talvez tenha sido a ansiedade de olhar nos olhos do garoto, ele não sabia exatamente.

“Eu preciso sair. O Mark volta pra casa as 8, espere por ele aqui, sinta-se em casa.” Jaebum precisava ficar longe do garoto, antes que ele fizesse algo que iria se arrepender.

O rapaz levantou e deixou sua xícara de chocolate quente ainda pela metade na pia.

“Mas você acabou de chegar.” Youngjae estava confuso, mas Jaebum decidiu não responder. Ele alcançou a chave do carro e uma jaqueta que estava jogada no sofá e fechou a porta deixando que ela batesse forte e assustasse Youngjae e a cadelinha.

“O que deu nele?” Youngjae perguntou para Coco, como se ela fosse capaz de responder.

 

//

 

Duas semanas era tudo que Mark tinha para convencer Jinyoung a comparecer a festa, isso se Jaebum ganhasse o campeonato, o que era a chave principal para que seu plano desse certo.

“E se ele não ganhar?” Youngjae perguntou após saber dos planos de Mark.

“Ele vai. Ele tem ganhado nos últimos três anos e esse vai ser sua quarta vitória consecutiva.” Mark explicou enquanto olhava algo no seu celular.

“Ele é assim tão bom?” Yugyeom perguntou exatamente o que Youngjae queria perguntar.

“Aparentemente sim.” Mark não se importava nem um pouco com os campeonatos do amigo, assim como Jaebum não se importava com o seu trabalho de agente secreto, era como se Mark realmente fosse só um professor de academia.

“Ele tem o pior histórico de pornô que eu já vi. É como se ele só fizesse isso na internet, ver pornô e procurar por receitas de comida.” Youngjae comentou, não se dando conta de que havia entregado um pedaço de informação que não deveria.

Yugyeom e Mark o encararam e Youngjae não entendeu a razão.

“O que?”

“Você investigou o Jaebum?!?” O tom de Mark indicava o quão chocado ele estava.

“Não chamaria de investigação, eu diria checado informações.” Youngjae assumiu, não se dando conta do que (talvez) havia feito de errado.

“Por que você fez isso?” Yugyeom parecia tão chocado quanto Mark.

“Não faço a menor idéia, só sei que depois de ver o histórico dele eu cheguei a conclusão de que as escolhas de pornô de vocês dois é ridícula comparado com a dele.” Youngjae falava como se ter investigado o colega de apartamento de Mark fosse a coisa mais normal do mundo.

Yugyeom e Mark se entreolharam e Mark fez sinal para Yugyeom deixar o assunto morrer.

“Voltando ao plano,” Mark começou, “Você tem certeza que vai funcionar?” ele perguntou para Youngjae.

“Se o celular dele estiver com o wifi ligado sim. Se não, você vai ter que ligar manualmente para eu poder entrar.” Youngjae explicou.

“Manualmente você diz ligar o wifi manualmente? Como eu faço no meu?” Mark não entendia de tecnologia como Youngjae.

“Claro. Existe outro jeito de ligar wifi manualmente?” A pergunta parecia rude, mas Mark conhecia Youngjae bem o suficiente para entender que aquela era uma pergunta real, como se ele não soubesse sobre o novo método, tudo que Mark fez foi rir da expressão confusa do garoto e balançou a cabeça respondendo sua pergunta.

“E eu?” Yugyeom perguntou.

“Você vai ficar livre pra vadiar durante a festa.” Mark contou rindo, sabendo que o garoto não via o menor problema em passar o tempo flertando com o máximo de garotas na festa.

“Melhor trabalho.”

“Então agora nós dependemos do seu amigo para ganhar o campeonato, certo?” Youngjae perguntou e Mark conhecia aquele olhar. Aquele era o olhar de criança traquina pronta para aprontar algo.

“Você não precisa fazer nada sobre isso Jae. Ele consegue vencer sozinho, ele é muito orgulhoso pra perder.” Mark avisou.

“Quem disse que eu ia fazer algo?”

“Se a gente não conhecesse bem, nós podíamos até acreditar.” Yugyeom comentou.

“Os únicos mentirosos profissionais aqui somos eu e o Yug, Jae.”

“Hey…” A expressão de Yugyeom era uma encenação de que estava chateado pela ofensa.

“É sério Jae, não precisa fazer nada.” Mark pediu sério, sabendo que Youngjae tinha habilidades suficiente para hackiar o sistema do campeonato e fazer Jaebum ganhar sobre trapaça.

“Ok” O garoto concordou, olhando nos olhos de Mark o deixando ver que ele estava sendo sincero.

 

//

 

As duas semanas passaram com intervalos de emoções e negações, todas as vezes que Jinyoung decidia buscar a irmã na academia, Mark o convidava para um café, ou cinema, ou qualquer lugar que fizesse com que os dois se aproximassem, mas tudo que ele conseguia era 'Não’, 'Estou ocupado’, 'Tenho compromisso’.

Após o quinto fora, Mark desistiu de convidá-lo, mas logo percebeu que Jinyoung chegava cada dia mais cedo para buscar a irmã, algo que fazia Mark manter as esperanças.

Mark olhou no relógio e marcava 17:30, Jinyoung estava meia hora adiantado e Mark só tinha 3 dias antes da final do campeonato e consequentemente a festa.

“Meia hora adiantado. Isso tudo é saudades minha?” Mark perguntou assim que Jinyoung sentou em um dos degraus da arquibancada onde Mark assistia o alongamento final dos alunos.

Jinyoung tentou ignora-lo e sentar um pouco afastado, porém ainda capaz de ouvir caso Mark falasse com ele.

“Ainda bravo por causa daquele dia?” Mark perguntou tentando tirar alguma resposta do outro, já que ele havia ignorado seu primeiro comentário.

“Não faço ideia do que você está falando.” Jinyoung sentava com as pernas cruzadas e Mark não pode deixar de encarar os músculos da sua coxa proeminente no tecido da calça.

“Garotos, continuem com os movimentos e qualquer dúvida pergunte para o Jimin ali, ele não é professor mas é um dos nossos melhores alunos, eu já volto.” Mark avisou os garotos no tatame e agarrou a mão de Jinyoung, o puxando para fora da grande sala e ignorando totalmente seus protestos.

Mark abriu uma das portas e colocou Jinyoung dentro, fechando a tranca por dentro. Jinyoung percebeu que aquela era uma das salas que guardavam os colchões e sacos de box novos.

“Me deixa ir. Não estou com humor para brincadeiras.”

“Você nunca está com humor para brincadeiras.” Mark respondeu, se afastando da porta e dando passos em direção ao rapaz.

“Você chegou meia hora antes, e eu sei que foi para me ver. Confessa” Mark blefou com confiança, não fazendo ideia se o outro rapaz havia chegado antes por sua causa ou por pura coincidência.

Jinyoung sentia seu corpo quente e a palma das suas mãos suadas. Mark ficava cada vez mais próximo, ao ponto de que agora ambos conseguiam sentir suas respirações tocando o rosto do outro.

“Confessa que você quer me beijar de novo.” Mark sussurrou e Jinyoung sentia que ele iria ceder a qualquer momento.

“Confessa que você não consegue esquecer o quão gostoso o sexo comigo foi.” As mãos de Mark que antes estavam soltas, começaram a alisar as coxas de Jinyoung, deixando que uma delas segurasse seu quadril e o trouxesse para ainda mais perto.

A respiração de Jinyoung estava mais ofegante e Mark sabia que logo ele cederia e tomaria a iniciativa.

“Confessa que quando eu te toco aqui” Mark deslizou a mão que alisava as coxas até a virilha de Jinyoung, alisando e massageando seu pênis por cima da calça justa.

“Você quer poder gemer alto. Confessa.” Os lábios de Mark estavam tocando a orelha do outro e aquilo bastou para Jinyoung empurrá-lo para a porta atrás das costas de Mark, liberando um barulho que assustaria qualquer pessoa que estivesse passando pelo corredor naquele momento.

Jinyoung beijava Mark de forma agressiva, como os dois haviam feito da primeira vez, seus dentes confusos sobre chupar os lábios um do outro, ou mordê-los.

As mãos de Mark agora agarradas nas nádegas de Jinyoung, empurrando seu quadril para ainda mais próximo do seu, fazendo com que seus membros pudessem se tocar e serem pressionados um contra o outro.

Os beijos eram substituídos por mordidas no pescoço, Jinyoung era definitivamente mais agressivo que Mark e ele sabia que quando saísse dali, seu pescoço provavelmente estaria cheio de marcas, mas ele não queria pensar naquilo agora, ele só queria aproveitar o tesão que Jinyoung estava lhe proporcionando. Não que ele também não tenha deixado marcas no pescoço do outro, afinal cada vez que suas presas tocavam a pele de Jinyoung com mais pressão, o rapaz deixava um suspiro alto sair, quase que um gemido e Mark adorava aquele som.

Jinyoung conseguia sentir o gosto amargo de suor no pescoço de Mark, mas seu tesão o impedia de parar ou se importar, ele só queria continuar fazendo Mark gemer ao ser afetado pelos seus toques e beijos.

“Chega!” Jinyoung empurrou Mark, como se fosse ele quem estivesse fazendo Jinyoung fazer tudo aquilo, quando na verdade Mark só estava deixando ele usar seu corpo.

Mark riu, encarando as mãos de Jinyoung segurando seu peitoral, enquanto o rapaz tentava recuperar o fôlego.

“Eu me rendo.” Mark levantou as próprias mãos para o alto, como se Jinyoung fosse um policial pedindo rendição, mas ele só queria fazer uma piada com as acusações vazias do outro.

“Ridículo.” Jinyoung usou uma das mãos no peito de Mark para lhe estapear.

“Não bate que eu gosto.” Mark continuou.

“A Nari está me esperando, me deixa sair.” Jinyoung pediu sério, encarando os olhos de Mark, porém sendo distraído pelos seus lábios.

“Qual a senha?” Mark perguntou ainda rindo, brincar com a paciência de Jinyoung era mais divertido do que ele imaginava.

“Quantos anos você tem? Sério!”

Jinyoung tentou alcançar o batente da porta atrás de Mark, mas seu corpo foi pressionado contra o do outro, e se aquilo já não o deixava irritado o suficiente por não conseguir controlar seu próprio corpo, Mark sussurrou próximo do seu ouvido.

“A senha é 'Mark me beija’ e então eu te deixo sair.”

Jinyoung afastou o rosto, mas não o corpo, sua mão ainda tentando alcançar o batente da porta.

“Você não está falando sério, está?”

“Eu pareço estar brincando?” Mark ficou sério de repente e Jinyoung queria poder estapear o rosto perfeito dele.

“Mark me deixa sair.” Jinyoung pediu.

“Senha errada.”

Jinyoung tentou ignorar Mark novamente, mas o corpo do garoto só ficou ainda mais na frente do batente.

“Mark! Me deixa sair por favor” Jinyoung pensou que talvez sendo educado, Mark o deixaria sair.

“Senha errada.”

Jinyoung encarou a expressão de Mark e seus lábios ainda o convidava, embora sua mente estivesse lhe dizendo que ao submeter aos prazeres do seu corpo iria lhe trazer problemas.

“Mark me beija.” Jinyoung finalmente pediu e Mark não esperou outro segundo para agarrar o pescoço do outro e lhe beijar intensamente. O beijo não era agressivo como os que eles haviam dado minutos atrás, aquele era o tipo de beijo que Jinyoung esperava receber quando realmente gostasse de alguém e esperava ser correspondido, mas Mark não era esse alguém, definitivamente não era.

Os dois se beijaram por mais um tempo, até finalmente precisar respirar e Mark permitir que o rapaz deixasse o quarto dos colchões.

Nari estava sentada em um dos bancos do corredor, esperando Jinyoung com uma expressão suspeita e quando o irmão deixou a sala e logo em seguida seu instrutor saiu da mesma sala, com os cabelos bagunçados e o pescoço vermelho, ela apenas riu da expressão de Jinyoung.

“Calada ou eu te faço ir embora de ônibus.” Jinyoung não olhou para trás, ele sabia que Mark estava rindo da situação e observando os dois irmãos se afastarem.

“Eu não disse nada ainda.” Nari se defendeu, mas não conseguia parar de rir da situação de Jinyoung.



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