Tradução do Capítulo: Olhos Abertos.
Los Angeles, Pacific Hing School.
ANGELINE BAIZEN
Hoje quando cheguei a escola Griffin veio falar comigo e me revelou ser primo de Dylan, também me falou que está de mudança para a Alemanha e me contou inúmeras encrencas em que se meteram juntos.
- Nesse dia ele me tirou de uma furada. Minha mãe iria arrancar meu coro. – murmurou risonho finalizando a equação. Ri baixinho desviando meus olhos pra Justin.
Eu o sentia me encarando desde o segundo horário e agora já estamos no terceiro. Sorri para ele que me fuzilou com seus olhos perfeitos. Ri fraco balançando negativamente minha cabeça e voltei minha atenção para Griffin.
- Então... você tem alguma coisa com o Bieber? Notei ele te olhando bastante durante esses dois horários.
- Ahm, não... só... não sei. – disse por fim ao me lembrar do que ele disse hoje quando chegou atrasado. – Mas mudando de assunto, eu tinha a impressão de já ter te visto antes. – comentei.
- Então se lembrou? – sorriu, franzi o cenho. – Na reunião de família há três anos. – explorei minha memória até que me lembrei.
- Deus. – arregalei minhas pupilas.
- Você foi minha primeira, e eu tinha quinze e você quatorze. – corou.
Ri fraquinho me lembrando do acontecido e para um virgem ele demonstrava ser experiente e faminto de mais.
- Nem parecia, você teve pegada e foi bem... enfim. – corei.
O sinal tocou e saímos da sala lado a lado conversando sobre assuntos aleatórios até que senti um puxão em meu braço, quando me viro dou de cara com Adam. Griffin nos olha confuso e eu apenas nego mandando que ele fosse.
- Adam me solta. – pedi colocando minha mão sobre a sua. – Adam você está me machucando. – murmurei.
- Por que estava com o Griffin, Angel? – pegou meu rosto com suas mãos fazendo-me olhar para ele. – Não pode ficar com ele.
- O que é isso agora? Eu estava conversando, Adam, eu hein e se eu quiser fico sim com ele, vai me dizer que eu não posso ficar com mais ninguém? – retruquei grossa.
- Não, claro que pode meu amor, mas não com ele e nem com os babacas dessa escola, eles não te merecem, nem um deles, cada um aqui só se importa com sexo, eu falo por que sou exatamente como eles. Caras como eu não merecem garotas como você. – soltou cada palavra como se sentisse nojo de si mesmo.
- Eu sei me cuidar, e nem todos os caras são como você. – indaguei.
- Somos farinha do mesmo saco, nós só usamos as garotas Angel, apenas isso. Não caia no papo de nem um deles, nunca, me promete? – a seriedade no olhar de Adam me fez ter calafrios, e se forem mesmo todos iguais?
- Prometo.
- Ótimo. – sorriu e beijou minha testa logo pegando em minha mão e me levando para a refeitório.
- Onde estavam? – Kathy perguntou assim que eu e meu irmão sentamos a mesa em que nossos amigos se encontravam.
- Estávamos conversando, papo de irmãos. – Adam deu de ombros e eu assenti em concordância.
- Onde encontrou o Vince? – perguntei para Kathy de repente atraindo a atenção de todos inclusive a de Justin.
- Na casa da Camilla ele estava bem, mas depois da quinta dose começou a chorar. – senti um leve incomodo com o olhar de Justin sobre mim enquanto falávamos do meu ex.
- E porque deixou que ele falasse comigo?
- Ele não escuta ninguém além de você, me desculpe, mas a situação estava quase perdida. – assenti e suspirei. – Em falar em situação perdida a Hanna bêbada é hilária, sério. – Kathy gargalhou e Hanna corou.
- Katherine De Britto, cala essa boca agora. – Hanna a fuzilou com seus olhos azuis que geralmente são calmos e claros que agora estavam irritados e um tom mais escuro.
- Não, não cala não, eu quero saber dessa história ae. – Adam interferiu e Hanna o olhou assustada.
- Eu recebi um lembrete dessa festa e meio que arrastei a Hanna para ir comigo, mas quando chegou lá o Kyle deu um Bloody Mary¹ para ela e depois ela começou a tomar um drink atrás do outro. – Hanna corou e eu e os garotos ouvíamos atentos. – E quando ela estava levemente alterada, começou a dançar em cima de uma mesa e quase fez um Strip Tease pro Jhone. Foi incrível. – cantarolou, não só eu como os meninos também estávamos bastante surpresos. É a Hanna. – E ela pensou que o Harry era o Zac Efron e fez uma declaração para ele.
- Wow. – Chaz murmurou antes de começar a rir.
- Que merda. – Adam soltou frustrado e Hanna se encolheu.
- Mas pelo menos você se divertiu né Hanna? – perguntei para aliviar aquela tensão.
- Foi bem interessante. – murmurou ajeitando seu óculos, sorri.
Na nossa mesa o silencio se tornou um tanto constrangedor a partir do momento em que Kathy percebeu ter falado bosta, Adam fuzilava Hanna, Justin me fuzilava e Chaz nos olhava confuso. Que maravilha.
Meu celular começou a tocar, e o nome “Bolinho Gostoso” brilhou na tela, era uma chamada por face time. Atendi.
- Oi Dylan. – sorri.
- “Oi Dylan”? Que grande melhor amiga você hein, babe. – reclamou.
- Eu também te amo bolinho. – o provoquei.
- É o gay do Hardy? – Kathy perguntou mesmo já sabendo a resposta, só para o irritar.
Dylan revirou seus olhos.
- É a vadia da De Britto? – retrucou.
- Vocês ainda vão casar, mas em fim esses são meus novos amigos. – indaguei girando a câmera para mostrar os rostos de Chaz, Justin e Hanna que se apresentaram para meu amigo.
- Sábado eu encontrei a Samantha na Blue Party e ela me perguntou do Henry. – murmurou.
- Que vagabunda desalmada, primeiro ela abandona o garoto e depois ainda tem a audácia? Porque você não virou a mão na cara daquela escrota? – ele me olhou como se não fosse obvio, e era ele iria preso.
- Vontade foi o que não me faltou, babe. – bufou.
- Você falou isso para o Brad? – perguntei.
- Fala, fala, eu falei, mas adiantar que adiantar não adiantou.
- Traduz. – pedi.
- Eles transaram. – sussurrou.
- Ele tem bosta na cabeça? Eu vou acabar com a raça da Samantha e vou dar uma porrada no Bradley. – respirei fundo. – Mas e Henry? Ele já sabe dela?
- Ela veio aqui ontem para conhece-lo, mas o moleque não gostou dela e começou a chamar por você enquanto chorava. – sorriu.
- Esse é meu garoto, até eu choraria com aquela cara toda remendada. – sorri provocativa.
- Em falar em remendo, ela fez outra plástica. – fez cara de nojo.
- Nariz?
- Isso.
- Ficou escroto?
- Pra caralho. – rimos de nossa maldade. – Babe você é cruel.
- Só eu bolinho? – perguntei sarcástica. – Reencontrei o Griffin. – murmurei.
- O meu primo Griffin, o little Dooley? – assenti e ele riu.
- Não tem graça. – uni minhas sobrancelhas.
-Tem sim, você des... – o interrompi antes que falasse merda.
- Eu tenho que desligar, depois eu te ligo, mas antes posso falar com o Henry?
- Ele está na escola, era para eu estar lá também, mas a ressaca foi forte e eu estou de suspenção. – deu de ombros.
- Então diga a ele que eu o amo muito, que não me esqueci dele e que logo irei visita-lo. – pedi e ele assentiu. – Te amo.
- Eu também te amo. – disse e desligou.
- Vocês ainda se tratam por esses apelidos ridículos? – Kathy perguntou.
- Quem é Samantha? – Adam emendou.
- Quem é Henry? – Hanna logo atrás.
- Porque little Dooley? Vou zuar ele para o resto da vida. – Chaz se encaixou.
- Quem é Brad? – Justin arqueou sua sobrancelha.
- Calem a boca, são muitas perguntas. Sim ainda usamos os apelidos e gostamos deles. Samantha é a mãe do Henry, Henry é o filho do Brad, little Dooley porque ele era muito quieto e parecia uma criança, Brad é o irmão mais velho de Dylan. Satisfeitos? – respondi de uma vez.
- E o que exatamente você tem a ver com essa história? – Adam franziu o cenho.
- Eu criei o Henry, quando ele nasceu a Samantha disse que não o queria e sumiu no mundo, então eu o registrei junto com Brad, e agora ela simplesmente volta querendo meu pequeno? Eu não permito. – eu deveria estar mais vermelha que um pimentão.
- Sinto muito. – Justin murmurou colocando a mão em minha coxa. Funguei e limpei as lagrimas que teimaram em cair.
- Brigada. – pousei minha mão em cima da sua fazendo carinho. – Minha próxima aula é matemática e a de vocês? – suspirei mudando de assunto.
- A minha também. – Hanna murmurou e o sinal tocou.
- Então vamos. – levantamos da mesa entrelacei meu braço com o de Hanna seguindo para a classe.
(...)
Los Angeles, Hotel Morgan.
- Esse é meu refúgio, meus pais se separaram então a casa ficou para minha mãe e o papai está com uma namorada em nossa outra casa então prefiro não atrapalhar. – Hanna indagou ao abri uma enorme porta branca com detalhes em ouro revelando uma suíte gigante.
- Céus deve ser maior que minha casa. – murmurei encantada.
- Isso aqui é realmente incrível, nem reparei em toda essa luxuosidade hoje de manhã. – Kathy disse ao olhar ao redor.
Joguei minha mochila num canto e me joguei no tapete felpudo do chão.
- Daqui a pouco alguém vem trazer comida. – Hanna mal terminou de falar e bateram à porta.
- Com licença, senhorita Morgan. Trouxe três ensopados de vitela à provençal acompanhados de batatas com alecrim e alho, a sobremesa será taça gourmand e para beber trouxe uma garrafa de Château d’Yquem 1811. Bom apetite. – o homem deixou o pequeno carrinho e se retirou.
Cada um pegou seu respectivo prato e se sentou para comer, não só eu como Hanna e Kathy estávamos famintas e comemos rápido. Quando já havíamos terminado a sobremesa eu abri a garrafa de vinho e nos servi.
- Hanna se importa se eu dormir aqui, de novo? Minha mãe não para mais em casa, só fica com o namorado. – Kathy revirou os olhos e Hanna negou tomando um gole de seu vinho.
- Fica à vontade, vou trocar de roupa. – ela disse e sumiu por uma porta e eu a segui com minha taça na mão.
Era seu closet, lotado de roupas, mas não roupas de adolescentes, roupas que eu acho que minha vó usaria. Quanto mal gosto.
- Hanna essas roupas são suas? – direcionei meu olhar a ela que estava com um moletom enorme e pantufas de urso.
- São... minha mãe comprou para mim. – murmurou passando a mão pelos terninhos, saias e flanelas.
- Quantos anos ela acha que você tem? Sério, nem minha mãe usa isso. – murmurei horrorizada.
- Pelo santo protetor da moda, que cafonice é essa? – Kathy disparou ao entrar no closet e Hanna corou.
- Eu não gosto dessas roupas, tanto que nem as uso, mas como foi presente da minha mãe eu não as jogo fora. – deu de ombros. – Mas eu iria mesmo pedir um favor para vocês em relação a isso.
- Que favor? – perguntei ao mesmo tempo em que Kathy.
- Eu queria mudar meu visual. – Hanna estava tão vermelha que parecia um tomate maduro.
- Eu topo. – sorri e tomei o resto do meu vinho.
- Eu também. – Kathy interpelou voltando para o quarto sendo seguida por mim e Hanna.
- Amanhã vamos faltar, e no final do dia você estará mais bonita do que já é, Hanna. – informei convicta.
- Exato, mas eu quero saber o porquê de ter decidido mudar de vez. – Kathy murmurou ao se jogar na enorme cama. E mais uma vez Hanna estava vermelha.
Abandonei minha taça e me sentei em um poltrona.
- Ahm... é que... Adam. – disse meio nervosa.
- SABIA. – Kathy gritou e começou a pular na cama. – Ele ficou todo nervosinho quando eu contei sobre a festa. Hanna eu vou te deixar a garota mais gostosa daquela escola, mas porque você não está surpresa Angel? – Kathy arqueou sua sobrancelha definida.
- Não acho que deveria mudar por um homem, se quer mudar, mude por si mesma. Eu sei que meu irmão é lindo e gentil, mas não é um Romeu² é um Don Juan³ e eu sei o tanto que ele pode se estragar. Então só toma cuidado, tudo bem? – Hanna engoliu seco assentiu receosa.
- Pesado essa clima, vamos mudar de assunto. Que tal: Justin e Chaz? – Kathy sugeriu.
- Por que o Justin? – perguntei logo me arrependendo.
- Não, mentira. Me diz que você não deu para ele. – Kathy começou a fazer seu básico drama.
- Eu não transei com o Justin, só estamos ou estávamos ficando. – revirei os olhos e elas continuaram me encarando. – O que foi? – perguntei.
- Justin seleciona garotas, ele não fica com qualquer uma. – Hanna soltou como se não fosse obvio.
- Errado, ele come a Stella. Seleção muito ruim. – murmurei com nojo.
- Ela é o sexo fácil. – Kathy explicou. – Quando ele precisa transar ela sempre abre as pernas. Ela é baixa se submete a esse cargo e ainda acha que é namorada dele. Ridícula. – negou com a cabeça.
- Mas isso não muda o fato dele ser um tremendo galinha, o mais galinha de Beverly Hills, ele usa e joga fora. – Hanna lembrou.
- Realmente, mas e como ele beija? Tem pegada mesmo? – Kathy disparou suas perguntas.
- Kathy. – Hanna a repreendeu e ela deu de ombros.
Agora que tocamos no bendito assunto os olhos mel e os lábios macios vieram em minha cabeça. Que merda. Seu cheiro inebriante e suas mãos espertas. Seu hálito gostoso e sua língua ágil.
“Não se apaixone, Angel, não seja burra a esse ponto”, meu subconsciente gritou.
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