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História Sexercise (HIATUS) - Missão E.F.V


Escrita por: SKRabbit

Notas do Autor


Onde tem um buraco pra eu me esconder? ToT

ME PERDOEM PELA ENORME DEMORA A POSTAR!!! SÉRIO, TOU MUITO TRISTE MESMO POR ISSO TER ACONTECIDO!
Aconteceram muitas coisas, muitas mesmo nestes últimos tempos que fiquei sem postar. Eu tinha a fic toda prontinha numa pen, mas daí o que aconteceu? Pois é, ela simplesmente deixou de funcionar. Nem mesmo o meu pai que percebe muito sobre isso conseguiu restaurá-la. Foi um momento muito doloroso. Eu tinha algumas coisitas no computador, alguns rascunhos, mas ele funcionava bastante mal, então era difícil aceder.
Acabei ficando lotada demais com trabalhos do fim do período, eram várias apresentações, provas, ter de organizar eventos, enfim, mil e uma coisas para fazer ao mesmo tempo. Eu estava também desanimada por não ter a fic comigo, o que resultou num desânimo para escrever. Eu apenas me mantive ativa no site pelo celular, lendo fics, nada mais.

MAS, contudo, porém, todavia, estou aqui! Reuni forças do além para voltar a escrever tudo o que perdi, acrescentando um detalhe ao outro ao que antes tinha planeado. Espero que me possam continuar a acompanhar <3 Vou tentar atualizar semanalmente, ou o mais brevemente que conseguir, pois a partir deste ponto do capítulo desenvolver as coisas é bem mais fácil.

E MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE VOCÊS! VOS AMO MUITO TOT
Obrigada pelos favoritos e pelos comentários que me deixaram muito feliz e motivada a não desistir de tudo! Vou fazer o que estiver ao meu alcança para não desiludir ninguém <3
E pronto, vou deixar-vos ler o capítulo. Nos vemos nas notas finais!

Capítulo 3 - Missão E.F.V


Yoongi, fechado em seu quarto, com a luz fraca vindo da lâmpada barata que pusera no candeeiro, quase arrancava os seus cabelos esbranquiçados. Há dois dias e duas noites que não dormia, praticamente colado à cadeira de assento duro, em frente à escrivaninha de madeira falsa.

Fazia já algum tempo que não passava por uma crise de inspiração tão grande. Não conseguia sequer pensar em algum tema para uma nova música e as palavras insistiam em não vir à sua mente, isto é, palavras decentes! Porque "droga", "merda", "que raiva" rondavam a sua cabeça com bastante frequência.

Batucava com a caneta num dos cantos da folha de linhas que usava para escrever, estava quase perfurando o papel de tanto pontinho no mesmo lugar. A verdade era que Min Yoongi ainda não se habituara à tecnologia no que tocava a escrever músicas, preferia ainda o velho amigo papel que podia levar no bolso onde quer que fosse. Até porque os notebooks eram demasiado caros para aquilo que ganhava – tostões, diga-se de passagem. Já foi uma fortuna arranjar um teclado musical, teve de passar dias sem comer para poupar aquele dinheiro. E no entanto não se sentia como se fosse um pobre. Gostava da música mais do que da comida, mais do que do calor dos cobertores, mais do que da sua própria vida. Música era a razão da sua existência.

Respirou fundo e pousou o objeto fino sobre a mesa. Levantou-se de rompante em busca do casaco de couro falsificado. À saída pegou nas chaves, celular e carteira e saiu de casa. A cada dia começava a fazer ainda mais frio, as bochechas branquinhas do jovem tornavam-se instantaneamente vermelhas quando expostas ao vento gélido, o nariz se assemelhando à uma rena natalícia.

Caminhou menos de cinco minutos até chegar à onde pretendia: um bar numa esquina pouco frequentada. Não que gostasse de beber, muito menos tinha dinheiro para tal, o que de facto apreciava naquele sítio era a calmaria e a música clássica que sempre se fazia presente no ambiente.

Entrou para dentro do estabelecimento, o sininho pendurado acima da porta anunciando a sua chegada. Olhou em em volta, avistando o barman limpando um copo enquanto lhe acenava de leve com a cabeça, um sorriso pequeno em seu rosto. Yoongi já era praticamente de casa. Vinha lá sempre que precisava pensar em algo ou buscar a sua inspiração.

Poucas pessoas estavam no local, apenas alguns homens mais velhos sentados em uma mesa bebendo algumas cervejas e conversando animados. O platinado foi até um dos sofás bem ao fundo do bar, sentando-se no estofado macio. Ao seus olhos, tudo era bonito ali dentro: as fotografias polaroid penduradas por prendedores de roupa, aquelas luzinhas de natal de várias cores decorando o espaço durante o ano inteiro, a música num volume confortável, a luz fraca, as conversas mantidas em tom baixo, como se contassem algum segredo. Era tudo recheado de pacificidade, um lugar onde não havia problemas.

– Aqui – um rapaz alto falou, o barman – A água é por conta da casa.

Yoongi sorriu pequeno e agradeceu, deixando-se voltar aos seus pensamentos. Bebeu um gole de água e retirou de um dos bolsos um papel já meio amassado e uma caneta de porte pequeno. Jamais saía de casa sem estes dois utensílios, eram já quase que parte do seu corpo.

Tentou relaxar e ser-se dominado pela música jazz que atingia seus ouvidos. Fechou os olhos e inspirou fundo, pensando em tudo o que poderia escrever. Sobre amor, sobre amizade, sobre a dor, sobre algum problemas...nada parecia ser o certo.

Desligou-se de tal forma do mundo real que nem percebera que um rosto familiar entrara dentro do bar. Só quando abriu os olhos e avistou aquele ser peculiar sentado numa das cadeiras altas em frente à mesa do bar, com um dos braços sobre o balcão e outro segurando firmemente uma jarra de cerveja fresca, é que levantou num pulo do assento e indo em passos firmes e um sorriso travesso até ao garoto, sentando ao seu lado, virado para si.

De repente, quando avistara aquela figura ali, o mundo real pareceu mais interessante que qualquer ideia que rondasse a sua mente.

– E depois sou eu quem anda a perseguí-lo? – inquiriu num tom provocador, deliciando-se com a carranca que se formara no rosto do moreno.

– Meu deus, e eu a pensar que finalmente teria alguma paz vindo aqui... – murmurou mais para si que para o outro.

– Ei, quem está comigo está sempre em paz, sim? – levou as mãos ao ar, num sinal de falsa inocência – Parece muito tenso Hoseok, eu posso relaxá-lo se quiser... – afirmou cheio de segundas intenções, com a voz levemente lasciva, ainda que brincando só para ver as expressões que o jovem faria.

– Primeiro, não me chame pelo nome. Segundo, acha mesmo que aguentaria comigo? – agora era a vez de Hoseok ser maldoso, sorrindo sarcástico para o platinado enquanto mantinha uma sobrancelha erguida. Sexy.

Jung, ainda que jovem, tinha já um corpo bastante definido, os músculos dos braços e pernas minuciosamente treinados, sem grandes excessos, dando um ar saudável e sensual ao rapaz. Já Min Yoongi, por ser muito magro e estar até mesmo abaixo do peso recomendando para uma boa saúde, aparentava alguém frágil e que caía com um leve sopro do vento. Sua pele pálida só reforçava a ideia da vulnerabilidade.

– Só experimentando para se saber, não é mesmo? – contrapôs, mordendo um dos cantos do lábio inferior .

Hoseok suspirou e parou de encarar o platinado, voltado a beber com gula a cerveja fria. Também não era do seu feitio beber, muito menos estar com tão mau humor, mas as coisas não andavam muito bem em sua vida e sentia-se cansado, precisava de esfriar a sua cabeça de algum modo. Havia encontrado o bar por mero acaso, fugindo de uma chuva forte. E ficou de tal forma encantado com o ambiente calmo e relaxante que passou a frequentá-lo de vez em quando, isto é, em momentos demasiado difíceis para se aguentarem no seu quarto. Numa dessas visitas ao bar, esbarrou no irritante ser sentado ao seu lado, devorando-o com o olhar.

Min Yoongi limitava-se a observar o perfil do moreno, calado na sua cadeira. Na primeira vez que se encontraram também agiram como cão e gato, o mais velho não tinha por hábito agir assim, sequer gostava de trocar palavras além do necessário com os outros. Mas Hoseok foi uma excessão inesperada. Naquele dia frio, o magrelo trazia consigo uma carteira recheada de notas, que obviamente não era sua. Havia sido um favor que fizera ao Taehyung, guardando-lhe o seu dinheiro.

O bar comemorava algo na altura,então as mesas estavam todas cheias e os papéis de Yoongi ocupavam dois lugares do sofá. Hoseok, até então desconhecido para Yoongi, aproximou-se do Min e começou a pedir algo que não conseguia ouvir por estar de fones. Ao retirá-los, escutou os resmungos que o garoto dava, pedindo que retirasse aquela papelada toda que ocupava metade do sofá. Via-se que o moreno estava levemente alterado, talvez pelo álcool anteriormente consumido, então embolava-se em algumas palavras. Yoongi, irritado, começou também a argumentar, dizendo que não iria retirar nada e que achasse algum outro lugar. E ao ver a carteira, Hoseok, debochado, atacou-o com palavras do tipo "dinheiro pode tudo" e "ruiquinhos são mimados desse jeito", comentando muitas vezes coisas sem sentido, fazendo finalmente Yoongi rir de toda a situação. No final das contas, Jung retirou-se dali, ainda lhe xingando enquanto caminhava até à saída.

Depois desse incidente, que era para ter acabado por aí, quando o jovem Min acompanhou Jimin à academia, ficou levemente surpreso por esbarrar de novo no moreno, tendo a oportunidade de o olhar com outros olhos – e que bela visão. Yoongi sentia apenas ganas de provocar Hoseok, nada mais que isso, afinal as expressões feitas por ele eram hilárias ao seu ver. Ainda na academia, trocaram algumas provocações e o platinado não se deu ao trabalho de explicar o que quer que fosse, deixando-o pensar que era de facto um riquinho mimado. Era melhor assim do que ter pena dele por viver num apartamento barato e bastante desgasto.

– Vai perfurar a minha cara se continuar a olhar para mim dessa maneira... – comentou o moreno, ainda sem o encarar.

Yoongi nada respondeu, apenas continuou com o que fazia, tinha a plena certeza que isso o irritaria. O que de facto pareceu resultar, já que em questão de segundos ele se virou e num tom bravo contestou:

– Aish! Não tem nenhuns amiginhos riquinhos com quem ir brincar, não?! Sério, eu n--

A sua voz fala foi totalmente cortada quando ouviu o toque estridente do celular do outro. Deu um riso desacreditado por perceber que até o toque do celular que usavam era o mesmo. Lembrete mental: mudá-lo assim que voltasse à casa.

O Min não demorou a atender, mas assim que pôs o aparelho bem perto do ouvido, arrependeu-se amargamente de o ter feito:

– URGÊNCIA! MIN YOONGI, PRECISO DE VOCÊ URGENTEMENTE! TIPO AGORA, PARA ONTEM! VENHA À MINHA CASA.

E desligou.

– Aish, este Park Jimin...! Fala sério! – gritou ainda encarando o telemóvel.

Levantou-se rapidamente do lugar e foi até ao sofá onde anteriormente estava sentado, pegando os seus pertences e voltando a correr, agora até a saída. No processo, ainda falou um “Continuámos a conversa noutro dia, Seokkie!”, divertindo-se com o rosto irritado e os palavrões que captou antes de sair porta a fora.

– Seokkie a minha bu--... – soltou um longo suspiro – Acalme-se Hoseok, é só um imbecil testando os limites da sua paciência. Lembre-se, você está um nível acima do dele. Lembre-se... Merda!

Deu mais um gole na sua cerveja, terminando com o líquido de vez. Pagou a conta e quando já estava preste a ir embora, abaixo-se para pegar um papelinho caído no chão, bem dobrado por sinal. E sua curiosidade falou mais alto, afinal, a probabilidade de este pertencer ao platinado era grande, imagine se era alguma coisa vergonhosa ali? Seria perfeito para o provocar numa próxima ocasião.

Desdobrou o papel e leu o que havia ali rabiscado, com uma letra quase que indecifrável, numa estrutura de versos:

Siga o seu sonho como um destruidor

Mesmo se desmoronar, vai superar

Nunca corra para trás, nunca

E o coração de Hoseok apertou. Não por descobrir algo com que pudesse provocar o outro, não por o achar um génio da escrita, nada disso. Apenas, porque isso lhe trazia lembranças. Ah, aquelas lembranças, o auge da sua adolescência e depois o... depois disso o...

Suspirou novamente, melancólico, dando um sorriso amargo ao recordar tudo aquilo. Guardou o papelinho no bolso de trás e saiu do bar.

(...)

Jimin roía freneticamente a unha do seu polegar à medida andava de um lado para o outro na sala de estar. Sentia que seu coração ia pular para fora de tanta ansiedade. Passava pouco mais de dez minutos desde que havia feito a ligação ao seu melhor amigo. E agora, enquanto tentava formular diálogos e mais diálogos na sua cabeça, esperava que este visse ao seu encontro, para a sua casa.

Ouviu a campainha tocar e correu até à entrada, abrindo à aquele que chamara, vendo então o seu hyung entrar para dentro do seu apartamento e fechar a porta atrás de si.

– Passa-se alguma coisa? Você se magoou? O que aconteceu? – a preocupação era evidente pelo tom de voz usado e a quantidade de perguntas proferidas em menos de um segundo. Qualidades de um antigo rapper sub-urbano.

O ruivo então pousou as mãos sobre os ombros do mais alto, encostando a testa ao seu peito enquanto lhe respondia com a voz tristonha e enrolada intencionalmente.

– Hyung... eu não sei o que hei de falar amanhã quando o vir...

Yoongi refletiu por uns segundos sobre o que ele estaria a falar, para logo então deixar-se ser possuído por uma fúria que não cabia em si. Por outro lado, Jimin corria para bem longe, gargalhando alto e curvado protegendo a sua cabeça dos tapas que viriam em segundos.

– EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ME FEZ CORRER FEITO LOUCO PARA AQUI SÓ PARA ISSO, SEU MOLEQUE!

Pois é, os tapas fortes não demoraram a ser sentidos por poda a extensão das costas do ruivo, graça a deus que estava a usar uma camisola de malha bem grossa, caso contrário o impacto seria estonteante.

– Ai, assim me machuca hyung! – gargalhava, continuando a desviar do ataque do mais velho.

– Devia mesmo! – proferiu, já parando com aquilo, as mãos na cintura num gesto de reprovação e irritação, a respiração irregular – Sério, podia ter dito que o assunto era isso ainda pelo celular, evitava fazer-me vir a correr para aqui!

– E do que adiantaria? Você não viria até aqui e não! – um pequeno bico brincava em seus lábios – Essa foi a única maneira que arranjei para o arrastar até aqui, porque já sabia que se não fosse por isso, você me trocaria pelos seus papelinhos!

– Não são papelinhos, primeiro! E segundo, eu troquei uma companhia muito interessante só para ter de vir aturar as suas lamentações e dramazinhos teatrais aqui! Vou embora!

Fez menção de realmente sair dali, mas o ruivo foi rápido em o pegar pelo braço e o atirar para o sofá, sentando ao seu lado.

– Quem era essa sua companhia? Alguém que eu conheça? É bonito?

Yoongi deu um peteleco na testa do garoto e, convencido, falou:

– Não é alguém que conheça, em primeiro lugar. Segundo, sim, é bonitinho. – não queria de facto admitir que Hoseok era um pedaço de perdição, não por enquanto, não para si mesmo e muito menos para Jimin – E terceiro, vá, desembuche, o que estava a pensar antes de me ligar?

E aí, Jimin, suspirou pelo nariz. Era quinta feira, e amanhã seria o dia em que o seu treinador pessoal viria à sua casa para tratarem sobre os detalhes da dieta, iniciando pelo regime de alimentação. Não sabia como deveria agir perante o garoto, o que devia ou não dizer. E com a mente cheia, a única solução que encontrou para resolver isso, foi chamar o melhor amigo para desabafar.

– Ele vem cá amanha, o que eu faço?

– Nossa, sério que você me está perguntando isso? Quer o quê? Que eu lhe ensine como se fala, como se abre a porta e como se convida para entrar, é isso?

– Hyuuuung! – protestou, com a voz arrastada. Seu amigo irónico parecia não querer cooperar consigo – Você sabe que me refiro ao que ele vai me perguntar, sobre a minha alimentação e assim...

– Vá lá Jimin, que mais quer que eu lhe diga? Apenas aja como sempre. Se ele fizer essas perguntas, responda sem hesitar. Sobre o que come ou como se exercita, seja sincero. Não vale a pena esconder nada agora, se não for honesto com ele, nunca irá conseguir emagrecer. Primeiro você tem de admitir que está gordo. Diga isso, Jimin. Diga em voz alta.

Um bolo se formou no meio da garganta do Park. Internamente, ele sabia que estava acima do peso, e como sabia! Mas pronunciar isso com todas as letras, para que os seus próprios ouvidos ouvissem era doloroso, as palavras teimavam em não sair.

– Jimin, estou a falar a sério.

E após mais uns segundos em silêncio, um murmúrio se ouviu.

– Eu estou gordo...

– Não ouvi nada, você ouvi algo? – falou, pondo a mão na orelha para dar ênfase ao que dissera.

– Eu disse que estou gordo. – agora, proferido mais alto.

– Eu disse alto Jimin!

– EU ESTOU GORDO, BOLAS! EU SOU GORDO! PRONTO! FALEI!

E aí, as lágrimas rolaram livremente pelo rostinho rechonchudo. Yoongi sorriu, feliz por enfim o seu amigo ter dito aquilo, admitido para si mesmo o estado em que estava. Se ele não desse esse passo, ele jamais iria conseguir avançar com aquela dieta em frente. Era uma situação igual à quando se comete um erro: antes de o corrigir, é preciso admitir que esse erro foi cometido.

– Pronto, já passou, você já disse o mais importante. – reconfortou, abraçando o garoto desolado.

– Obrigado...

Uns minutinhos mais tarde, o ruivo se recompôs e voltou a sorrir, sentindo-se leve por finalmente ter dito aquilo em tom alto e firme, era como se um peso tivesse saído de cima dos seus ombros. De facto, não havia ninguém naquele mundo que o compreende-se melhor que o seu amigo de humor peculiar.

Após o ocorrido, conversaram por mais algumas horas, contando sobre como tinha sido a semana e o Jimin revelando alguns momentos cómicos que aconteceram nas suas aulas de dança, até que o sol começava a dar indícios de se estar a esconder.

Como Yoongi havia vindo a correr desde o bar até à casa do avermelhado – esquecendo até do seu bebé velho –, agora teria de voltar a pé para o seu próprio lar. E o apartamento não era de todo por perto, uns 30 minutos a caminhar até lá – isto, pois o garoto sempre caminhava despreocupadamente, demorando mais que o normal a chegar a algum lado.

Despediram-se rapidamente, e Jimin andou até ao seu quarto, pronto para dormir, agora com uma consciência bem mais clara e uma ansiedade apaziguada. Não demorou muito até apagar, sonhando com algo que muito provavelmente não se lembraria na manhã a seguir.

(...)

Já de pé e de banho tomado, o ruivo escolhia uma roupa para usar. Estava indeciso entre algo confortável ou algo mais formal. E após minutos de reflexão, resolveu que usaria uma calça moletom cinza da Puma, sua marca preferida, acompanhada de uma camisola de manga longa, toda ela às riscas.

Olhou para o relógio digital que repousava na sua mesinha de cabeceira e viu que faltavam apenas dez minutos para as nove da manhã, a hora que haviam combinado.

Deu uma última olhada pela casa, checando se estava tudo apresentável para uma vista. Seria a primeira vez que alguém exceto Yoongi viria ao seu novo apartamento, queria que o lar desse uma boa primeira impressão.

Lembrou-se de pôr ainda um pouco de perfume, algo leve e que não chamasse tanto à atenção, mas que o fizesse se sentir cheiroso. Correu até ao quarto e pegou um dos que menos usava, um bastante suave de pêssegos. Alguns podiam achar enjoativo demais, mas para Jimin era um cheiro atraente.

Ouviu então a campainha soar por todos os cômodas da casa. Eram exatamente nove horas, sem tirar nem pôr. Sorriu pela pontualidade do seu treinador. Apressou-se até à entrada, vendo o garoto de cabelo negro encará-lo simpático, os lábios curvados para cima.

– Bom dia. Sempre assim tão pontual? – comentou, entre risos, parado ao lado da batente da porta.

– Bom dia. Tem de ser, preciso de conquistar a confiança daqueles com quem vou trabalhar, não é mesmo? – sorriu abertamente, expondo os dentes branquinhos e pouco desalinhados – Pronto para a “Missão E.F.V”, Park Jimin?

– Missão E.F.V? – inquiriu, confuso.

– Isso mesmo. Missão E.F.V: Emagrecer, Fortalecer, Viver. Eu vou fazer com que você emagreça, fortaleça os músculos e possa viver feliz. Preparado para uma nova etapa da sua vida?

O ruivo, levemente tocado pelas palavras, abriu ainda mais o sorriso que brincava em seu rosto, respondendo-lhe com confiança enquanto o deixava passar para dentro do seu apartamento, e ainda sem saber, para a sua vida.

– Mais do que preparado.


Notas Finais


Pois é, Jimin parece mesmo querer mudar, não é mesmo?
Tive até um aperto ao escrever tudo isso, todo este capítulo, é um dos mais importantes para mim por causa do passo que Jimin deu.
E sobre esse Hoseok todo misterioso com o passado, que acham que o nosso garotinho tem a esconder?
Espero pelos vossos comentários, responderei com muito amor e carinho <3

Mil beijos e até ao próximo capítulo! ><


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