1. Spirit Fanfics >
  2. SEXY FANTASY >
  3. Triste Despedida - Parte 2

História SEXY FANTASY - Triste Despedida - Parte 2


Escrita por: LandaMS

Capítulo 15 - Triste Despedida - Parte 2


Triste Despedida – Parte 2

 

Ir ao trabalho na sexta-feira de manhã para empacotar seu material de trabalho, foi uma das coisas mais difíceis que Hermione teve de fazer. Especialmente difícil, uma vez que isso significava encarar Draco e a maneira covarde que ela fugira da casa dele na noite anterior.

 

Todavia, permanecer lá depois que a fantasia terminara, passar a noite inteira com ele, significava confrontar seus maiores medos e inseguranças, envolver-se emocionalmente com um homem e deixar suas emoções interferirem com os objetivos que estabelecera para si mesma e para sua agência de publicidade. Draco apresentava um conflito para ambas, e ela aceitara as regras do mundo de fantasias por uma razão, de modo que aquilo tornaria o afastamento mais fácil, sem a necessidade de explicações ou promessas.

 

Ela gostaria de ser uma daquelas mulheres sofisticadas que podiam ter um caso, apreciar e aproveitar o aspecto físico do relacionamento, de prazeres eróticos, e deixar seu coração livre.

 

Obviamente, não era esse tipo de mulher.

 

_Sem lamentações... – murmurou  para si mesma, enquanto colocava sua caneca de porcelana na pequena caixa de papelão. Ela dissera aquelas duas palavrinhas centenas de vezes, desde que partira para sua sua própria cama noite passada, lutando com um ataque violento de emoções e lágrimas.

 

Lamentar não era bom para nada , e ela nunca fora do tipo que ficava se lamentando pelos cantos. Não era agora que começaria a ser.

 

Uma batida soou à porta de seu escritório... Ou o que fora, temporariamente, o seu escritório na Luxus.

 

Então Hermione viu entrar o homem que consumira seus pensamentos nas últimas doze horas.

 

Ele parecia sexy e maravilhoso numa camisa muito bem passada de linho branco, uma calça social preta e aqueles cabelos platinados sedosos e desalinhados. Ela ficou satisfeita de ver que não havia nenhum vislumbre de acusação nos olhos dele, devido ao modo que o deixara na noite anterior.

 

_Eu tenho algo para você – murmurou Draco, parando do outro lado da mesa dela.

 

O coração de Hermione disparou, esperançoso demais para seu gosto, até que ela percebeu que ele estava lhe entregando um envelope, e pode ver seu próprio nome impresso no cheque da companhia.

 

O dinheiro do bônus, é claro.

 

_Obrigada.

 

Pegando o envelope, ela sacou o cheque que representava uma inestimável ajuda financeira para sua própria agência, ao longo do final de seu emprego de free lance com a Luxux e do seu relacionamento com Draco.

 

Pondo as mãos nos bolsos frontais da calça, ele falou, sorrindo de uma maneira charmosa e travessa:

 

_Você tem certeza de que  não pode mudar de ideia sobre ficar?

 

O duplo significado da pergunta foi astuto e inequívoco, combinando a oferta da Luxus para permanecer na agência, e os próprios desejos de Draco para estender o caso de ambos. Enquanto ela reconhecia a pergunta dúbia¹, ele não cruzou nenhuma daquelas fronteiras, onde eles haviam concordado em não trazer o caso amoroso para o trabalho. Manter negócios e prazer separados. A menos que ela escolhesse fazer o contrário.

 

Hermione afastou os olhos dos dele, que poderiam compeli-la a enfraquecer sua resolução, e enfiou o envelope dentro da bolsa.

 

_Eu sinto muito – disse ela, agrupando ambas as perguntas.

 

Não ia mudar de ideia sobre nenhuma das proposições.

 

As feições de Draco mostraram desapontamento, mas ele assentiu com um leve movimento de cabeça, demonstrando compreensão, e perguntou, antes de virar-se para ir embora:

 

_Você gostaria de sair algum dia?

 

Espantada com a pergunta, ela gaguejou:

 

_Em um encontro amoroso?

 

_Parece haver química entre nós – respondeu ele, falando como se eles nunca houvessem descoberto que tal química era poderosa. Como se aquelas duas últimas semanas de incrível prazer não tivessem existido. – Portanto, pensei que um encontro seria um bom lugar para começar. Nós podíamos sair para jantar e nos conhecer melhor.

 

Um encontro amoroso casual. A maneira de Draco deixar bem claro que pretendia prosseguir no relacionamento deles... Fora do quarto de dormir.

 

Ela meneou a cabeça e tentou falar, apesar do nó de medo que apertava sua garganta:

 

_Sinto muito, mas não.

 

Hermione aprendera mais sobre ele, sua vida e família do que pretendia. Um pouco mais, e poderia não ser capaz de afastar-se.

 

Ele aceitou a resposta graciosamente e murmurou:

 

_Suponho que a verei na festa de comemoração  para a linha do Cruzeiro Encantado, no próximo sábado, certo?

 

Ela debatera consigo mesma sobre recusar o convite da Luxus para dar as boas-vindas aos novos clientes, mas, no final, não houve jeito de dizer não. Tivera de aceitar. Afinal queria deixar a companhia em boa situação e, uma vez que fora uma grande parte da companhia e fizera a apresentação, também sabia que os sócios do Cruzeiro Encantado esperavam que ela comparecesse.

 

_Estarei lá – respondeu ela, mesmo sabendo que seria uma tortura estar na mesma sala com ele por aquelas poucas horas, observando-o atirar-lhe aquele seu sorriso sexy que a perturbava de uma maneira gostosa.

 

_Ótimo, eu a verei lá.

 

E então ele se foi, deixando-a com o coração ferido para acabar de empacotar suas coisas.

 

 

 

(***)

 

 

 

_Por que está tão deprimido amigão? – Perguntou Harry, percebendo o estado de espirito de Draco através da grande mesa de cavalete na casa dos pais do loiro, onde se reuniam para um churrasco de domingo. – Eu acho que nunca vi você, que está sempre de bem com a vida, tão ausente e distraído entes.

 

Rony olhou para Draco, de maneira especulativa também, enquanto abria a tampa de sua segunda lata de cerveja.

 

_Tenho que concordar. Até sua mãe mencionou que você está estranhamente quieto hoje. E ela está preocupada com você.

 

Draco teve vontade de dizer aos amigos que o deixassem em paz e cuidassem de suas próprias vidas, porém, sabia que isso os deixaria ainda mais determinados a descobrir a causa de seu estado de espírito.

 

Rony, sendo um detetive particular, adorava analisar o mínimo enigma, até que finalmente descobrisse a fonte do problema, e Harry era abelhudo demais e não precisava de muitas desculpas para cutucar qualquer um.

 

_Não há nada que alguém precise se preocupar – ele pegou um punhado de torresmo que sua mãe pusera na mesa, a fim de que beliscassem, enquanto o pai de Draco grelhava a carne na churrasqueira. – São só coisas da minha cabeça.

 

Um sorriso malicioso aflorou na boca Ronald.

 

_É aquela mulher que o deixou perturbado  na noite em que jogamos tênis? – sabendo que havia adivinhado devidamente, ele meneou a cabeça com desgosto. – Nenhuma mulher vale a pena toda essa dor que esta sentindo.

 

Sim, era ela. E Draco provou isso com suas próprias palavras:

 

_O nome dela é Hermione Jane Granger.

 

Ronald ergueu as sobrancelhas, surpreso.

 

_Uau! Temos um nome?

 

Harry engasgou com a cerveja que estava tomando e tossiu para limpar a garganta.

 

_Infernos! – exclamou ele tão logo se recuperou. – Nós nunca tivemos um nome! Este caso deve ser realmente muito sério.

 

_Cuidado com o que diz, Harry – gritou Lúcio, de sua posição junto à churrasqueira. – Você sabe que não é permitido praguejar em minha casa. Narcisa não iria gostar de ouvi-lo dizendo essas coisas.

 

Harry estremeceu por ser pego praguejando, mas pareceu grato que sua madrinha não estivesse no local e sim na cozinha preparando uma salada.

 

_Desculpe-me padrinho. Foi sem querer.

 

Ronald deu um sorriso e Draco conteve uma gargalhada.

 

Mesmo que eles fossem todos homens adultos, o fato de, às vezes, serem desbocados, era algo que a mãe de Draco não tolerava. Pelo menos não na presença dela. Harry fora afortunado por somente o padrinho ouvi-lo, ou então, Narcisa Malfoy estaria dando-lhe uma conferência durante o almoço sobre como nenhuma mulher respeitável gostava de um homem que praguejava o tempo todo. Não que Ronald ou mesmo Harry estivessem no mercado para mulheres respeitáveis.

 

Quanto a Draco, finalmente encontrara uma mulher que respeitava, intelectualmente e fisicamente, somente para ser dispensado como um caso descartado. Quando ele dera a Hermione o cheque na tarde de sexta-feira, tentara dar continuidade ao relacionamento deles, mas seu convite fora rejeitado. Ele calculava que Hermione estivesse ainda em contradição consigo mesma. Ainda presa a medos e inseguranças do passado. E esperava que aquilo fosse apenas uma questão de tempo antes que ela confiasse no que eles haviam compartilhado juntos e decidisse dar a si mesma uma chance de ser feliz.

 

Então, outra vez, o tempo era seu maior inimigo, ele sabia disso. Quanto mais passassem, mais fácil seria para a distância emocional entre eles crescer, até que o caso que tinham vivido, não fosse mais do que uma memória distante. Infelizmente, ele não sabia mais o que fazer para que Hermione mudasse de ideia.

 

_Céus, Draco, se não tomar cuidado da próxima vez, você a estará trazendo para conhecer seus pais e o resto da família. Eu mesmo estou muito curioso para conhecê-la.

 

Ele bem que gostaria de levar Hermione pra casa, apresentar aos pais, e compartilhar sua grande família com ela.

 

_Vocês todos gostariam dela, tenho certeza.

 

_Gostariam? – enfatizou Harry. – Não entendi porque você colocou o verbo no passado?

 

Draco tentou dar de ombros de modo casual e imediatamente soube que fracassou.

 

_A escolha é dela, e não minha.

 

_Ela rejeitou você? – perguntou Ronald, incrédulo – E agora você esta pranteando a perda?

 

Draco franziu o cenho diante do tom cínico do amigo.

 

_A separação foi formidável, e não estou pranteando nada. Eu apenas gostaria de ter visto onde o relacionamento poderia ter ido. Eu gostaria de ter tentado.

 

_Caramba! O sexo deve ter sido realmente selvagem para deixá-lo tão choroso – comentou Ronald, brindando Draco com sua cerveja antes de tomá-la.

 

Draco não estava disposto a compartilhar os detalhes das fantasias particulares e eróticas que ele e Hermione haviam vivenciado. Além do mais, o caso deles ultrapassara o estado físico, era  a intimidade que tinham estabelecido depois de seus encontros que permaneceu tão vívida na sua mente.

 

_Acredite ou não, é mais do que ótimo sexo que me fisgou – admitiu ele com sinceridade. – Ela é esperta, inteligente, divertida e belíssima, e gosto de verdade de estar com Hermione. Pela primeira vez na vida, sinto como se estivesse conhecido uma mulher que é idêntica a mim.

 

Ronald balançou as pernas da cadeira que estava sentado e colocou a mão, de modo dramático, sobre o lado esquerdo do peito.

 

_Oh, aquiete-se, meu coração. Que tocante! Quanta sensibilidade!

 

Harry fez uma carranca, e, por baixo da mesa cheia de copos, chutou a cadeira de Ronald, que quase fez o amigo perder o equilíbrio.

 

_Eu gostaria de pensar que, pelo menos um de nós, pudesse ter sorte no amor e ser feliz com uma mulher. Só porque dois de nós fomos machucados e não temos interesse num relacionamento permanente, não significa que Draco tenha que seguir o mesmo caminho e não possa dar certo com uma mulher que goste.

 

_Sim, bem, um relacionamento precisa de dois – disse Draco friamente.

 

_É verdade – concordou Harry. – E, pelo que sei e até mesmo admiro, você sempre lutou por tudo que quis, amigo.

 

E isso era exatamente o que ele fizera duas semanas atrás, quando propusera a Hermione uma coisa satisfatória para ambos. Ele a quisera, lutara e fora atrás dela. Certo, tinha de admitir que não se declarara abertamente, contando-lhe que estava apaixonado, porém, fora bem claro que pretendia dar continuidade ao relacionamento de ambos.

 

Dando um suspiro profundo, ele distraidamente passou os dedos através dos cabelos platinados, observando quando sua mãe saiu da casa e caminhou em direção ao pai a fim de lhe dar uma travessa limpa para os bifes. Os dois conversavam, e a mãe riu de alguma coisa que o pai falou. Não havia engano na afeição do olhar dela ou do amor e respeito entre os dois.

 

Os relacionamentos amorosos dos amigos podiam ter fracassado por qualquer razão, contudo,  seus pais eram um exemplo perfeito de tudo o que era bom e certo num relacionamento. E eram a prova concreta de que o amor poderia vencer e uma relação poderia dar certo.

 

Compromisso. Confiança. Honestidade. Serem parceiros iguais em todas as coisas, e ter a boa vontade de se comprometer através dos bons e dos maus momentos. Ele queria aquilo com Hermione. Mas como podia esperar que ela pusesse o coração e as emoções na linha quando ele não fizera isso por ela? Devia isso a Hermione e a si mesmo. Dizer-lhe como se sentia a respeito dela. Abertamente. Deixá-la saber que era especial e única, uma mulher que completava de todas as maneiras, e que ele precisava dela na sua vida.

 

Ele fora agressivo na sua perseguição inicial a Hermione e obtivera exatamente o que desejava. Desta vez, não seria diferente.

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


N/A: Bom gente mais um cap, e, esse é infelizmente o penúltimo. Espero que gostem


E que me deixem muitos comentários. Já comecei a escrever o último e posto em breve.


Agradescendo desde já a todos que leram e que curtiram o cap passado e desejando que curtam e se divirtam lendo esse aqui. Obrigado a todos vocês que perderam seus preciosos minutos deixando um incentivo em forma de comentário. E já adiantando que o final do cap terá muitas surpresas boas, que ficará voltada exclusivamente para o nosso casal preferido.


Bjos, bjos, bjossss. Fuuiii...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...