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História SEXY FANTASY - Tudo Normal


Escrita por: LandaMS

Capítulo 7 - Tudo Normal


Tudo Normal
 

 

Draco olhou em volta da luxuosa sala de reuniões da agencia de publicidade Luxus e Associados, com sua decoração sóbria, onde predominava a imensa mesa de mogno encerado, com sua dúzia de cadeiras de espaldar alto e assento de couro verde, o mesmo usado no revestimento dos sofás e poltronas junto a parede texturizada em tom laranja-pastel, que davam ao ambiente um aspecto requintado e elegante. Os quadros na parede, com pinturas abstratas, eram todos de artistas norte-americanos contemporâneos e, notoriamente, famosos. Um imenso lustre em vidro e metal pendia do teto sobre a mesa. Draco não ficou nenhum pouco surpreso de  ver as ávidas expressões perplexas refletidas nas faces dos sócios da agencia, enquanto escutavam o que a diretora free lance do Departamento de Criação tinha a dizer referente a apresentação da Linha Cruzeiro Encantado.

 

Ele conteve um sorriso, conhecendo a inteligente e astúcia de Hermione. Com idéias sempre brilhantes e inovadoras, ela tinha um jeito único de inspirar uma espécie de admiração daqueles com quem trabalhava. E até mesmo do homem com qual se deitara na noite passada. Ele não só a admirava, mas a respeitava também. Pessoal e profissionalmente. E ela estava encantadora naquele dia, não só no seu tailleur preto, debruado com couro branco que combinava de modo esplendido com seus sapatos negros de salto altíssimos, como também pelo modo que prestava sua explanação aos homens ali presentes.

 

Draco tinha ido para casa dela na noite anterior com um objetivo ardente e proibido na cabeça, a fim de tê-la em seus braços fora do ambiente de trabalho. E, enquanto eles se abandonaram aos prazeres eróticos que saciara seu corpo físico, ele terminara suspirando por muito mais do que apenas sexo com ela. Era estranho, mas detestara deixá-la, depois da intimidade que eles compartilharam... e essa sensação lhe era pouco familiar, uma vez que, usualmente, nunca se permitia  ficar por muito tempo na cama de uma mulher depois do ato sexual. Com Hermione, quase permanecera por tempo indeterminado.

 

Todavia, como seu amante fantasma, ele fizera uma promessa de manter as coisas puramente num estado físico entre os dois, durante seus encontros amorosos secretos da meia-noite, o que significa nenhum abraço ou caricia depois do ato sexual. Coisa que estava se provando mais difícil do que ele havia previsto.

 

Todos os sinais de aviso indicavam que ele estava caindo de amores por ela, para não dizer apaixonado, termo que se recusava a aceitar.

 

A vontade de estar com Hermione fora forte, quase opressiva e incontrolável. Mais do que qualquer coisa, ele quisera puxá-la para dentro de seus braços e saborear as conseqüências de tão incrível experiência que balançara seu mundo alegre e despreocupado e ameaçara o controle emocional do qual ele tanto se orgulhava no que dizia respeito as mulheres e relacionamentos. Agora, Draco temia perder tal controle, especialmente depois de observar que seus dois melhores amigos tinham sido vitimas dos charmes persuasivos de uma mulher, somente para acabarem tornando-se cínicos e descrentes sobre amor e compromisso sério.

 

Na noite anterior, o corpo de Hermione fora seu por posse, tão quente, luxuriante e receptivo, mas houvera também uma suavidade e vulnerabilidade por parte dela, que contradizia  a mulher equilibrada que era. Era como se fossem  duas pessoas diferentes.

 

A executiva conservadora e recatada de um lado, como ali, à frente dele, e a mulher fogosa e sem reservas na cama. Draco achava as duas pessoas intrigantes, fascinantes, e, embora quisesse tomar a decisão de sondar a psique de Hermione e descobrir seus segredos mais profundos, sabia que tinha de pisar e descobrir cautelosamente no que dizia respeito à relação de trabalho deles, assim como à sua nova intimidade recém-desenvolvida, de tal maneira que não a ameaçasse emocionalmente. Deitado em sua própria cama na noite anterior, depois de visitar Hermione, ele analisara a situação, e o caso deles, tentando calcular um modo de usar ambos para sua vantagem em termos de cultivar um relacionamento exclusivo com Hermione fora do escritório. Sem sombra de dúvida, ela esperava que ele voltasse à noite para uma outra fantasia, e enquanto a luxuria do corpo de Draco prontamente concordasse com esse plano, ele decidiria que desejava gozar a antecipação dela, o desejo entre eles, e aumentar a excitação sexual em saber quando, onde e como. E isso significava deixá-la ficar imaginando sobre suas intenções, como, por exemplo, não aparecer por algumas noites, e deixá-la perguntando-se por que ele não fora, deixá-la esperando-o com ansiedade, e, conseqüentemente, aumentando o desejo de ambos. Enquanto seus próprios pensamentos vagavam, todos os olhos e orelhas na sala de reunião permaneciam fixos em Hermione, que ficou de pé com segurança em frente da sala, a voz forte e concisa enquanto continuava a fazer a apresentação do trabalho para a linha Cruzeiro Encantado aos sócios, antes do pacote final ser entregue ao cliente.

 

Durante a explanação de duas horas, ela manteve a atenção de todos voltada para os designs criativos, ao longo de sugestivos veículos para a mídia promover a campanha, colocação visual dos anúncios, websites e aplicações na internet, bem como pesquisa de mercado que revertia sua proposta em milhões de libras.

 

Draco a observara também, embora o olhar de Hermione nunca encontrasse o seu durante o curso da apresentação. A paixão que ela nutria pelo seu trabalho e layouts e designs originais era evidente em seu discurso, maneirismos e excitação nos olhos castanhos, enquanto ela vendia aos sócios suas idéias. Agora, Draco sabia que a vibrante paixão e energia estendiam-se para o quarto de dormir, e ele estava absolutamente fascinado por ela. Viciado por ela. Mais obcecado do que antes.

 

_Meu Deus, como ela é boa – sussurrou Slugorn, um sócio que aparentava seus setenta anos, sentado ao lado de Draco. – Ela é justamente o que precisamos para trazer sangue novo para firma. Nós a queremos em nossa equipe de Criação. Permanentemente.

 

Draco sabia bem como os sócios sentiam-se, porque ele a queria, também. E por mais do que apenas na base de um pequeno período que eles haviam concordado na noite anterior. Eu quero que você faça tudo que puder para mudar a opinião de Hermione, influenciá-la a aceitar nossa oferta para permanecer na Luxus depois que este contrato for assinado, encerrado e entregue – continuou Slugorn com sua perspicácia de homem de negócios.

 

O que aquele homem não percebia, e que Draco somente havia aprendido recentemente, era que Hermione tinha uma mente própria e sabia bem o que desejava para si mesma. Era teimosa, às vezes, independente e determinada nos seus pontos de vistas e decisões. Claro, ele conseguia convencê-la e induzi-la a pensar como ele na noite anterior, mas isso só aconteceu porque ambos queriam muito que acontecesse. Porem, Draco duvidava que Hermione seria tão facilmente influenciada a fazer algo que fosse contra seus objetivos futuros. Com Luxus... e com ele mesmo.

 

_Você sabe que ela está estabelecendo uma agência própria. Chama-se Consultoria & Criatividade  e já tem uma base de clientes, certo?

 

Draco sentiu-se compelido a lembrar ao homem idoso dos interesses de Hermione fora da agência.

 

_Ela pode trazer essa clientela consigo – disse Slugorn, obviamente querendo torcer a situação para sua vantagem. – O dinheiro fala alto, e estamos preparados a lhe fazer uma oferta que ela não poderá recusar, mas precisamos saber o que temos realmente contra nós, se você entende o quero dizer.

 

Draco entendeu perfeitamente. Os sócios queriam saber porque ela estava sendo tão resistente, e assim poderiam suprir a hesitação dela com uma promessa de segurança financeira e estabilidade no trabalho. Mas Draco honestamente se importava mais com o que Hermione desejava do que com os magnatas da Luxus queriam.

 

Então novamente, estava curioso por saber mais sobre a mulher debaixo do traje conservador e cabelos presos num coque austero. A mulher incrivelmente excitante que havia sido a fêmea fogosa que ele levara para a cama na noite anterior. E conduzi-la com um tipo de conversa mais pessoal era a oportunidade perfeita para entrar debaixo da superfície de sua pragmática fachada diurna.

 

_Verei o que posso fazer – murmurou ele para Slugorn, acalmando seu sócio, e, ao mesmo tempo, a si mesmo. Na verdade estava muito interessado em ouvir as razões dela em recusar as inúmeras ofertas deles, contudo, não poderia forçá-la a mudar de ideia. A apresentação terminou sob uma salva de palmas fortes e entusiasmada e elogios complementares. Havia algumas sugestões dadas no sentindo de melhorar a proposta, mas todas eram insignificantes no escopo incrível trabalho que Hermione realizara com o pacote inteiro.

 

Draco esperou pacientemente até que a sala esvaziasse antes de aproximar de Hermione, que estava organizando seus displays visuais.

 

_Você fez um trabalho excelente – comentou ele, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

 

Ela dirigiu-lhe um rápido olhar, não o bastante para que o permitisse observar

 

A expressão ou emoções que estava sentindo no momento.

 

Ela fora um livro fechado a manhã inteira: não que ele pudesse culpá-la.

 

_Espere que nosso cliente fique tão entusiasmado quanto os sócios dessa firma – replicou ela.

 

Draco resistiu ao impulso de colocar os dedos no queixo de Hermione, a fim de forçá-la a encará-lo pela primeira vez naquela manhã. Em vez disso, pegou um dos folhetos sobre a mesa e o colocou com cuidado no alto da pilha dos que não haviam sido distribuídos.

 

_Não tenho a menor dúvida de que o cliente ficará impressionado com sua apresentação.

 

_Obrigada. Você sabe que isso significa muito para mim – ela fechou sua vareta de metal usada para apresentar gráficos no quadro-negro e jogou-a dentro de sua pasta de arquivos. – E contanto que a apresentação resulte num contrato assinado e meu pagamento seja depositado, isso tudo é o que interessa.

 

Ele queria que ela se interessasse por muito mais, como por ele, por exemplo. Como por eles dois.

 

Sentia-se tão envolvido com aquela mulher! Tentou convencer-se de que era porque ela apresentou tal desafio com aquela sua atitude cautelosa e reservada durante horas de trabalho.

 

Mas esse sentimento possessivo que Hermione lhe causava ultrapassava o simples desejo de estabelecer um escore sexual com uma mulher. Se fosse esse o caso, a escapada desavergonhada da noite anterior o teria satisfeito...  e à sua libido... completamente.

 

O desejo de tocá-la, de estar com ela, dizia-lhe que Hermione não era uma de suas conquistas comuns. E mesmo depois de um fabuloso encontro sexual que deveria deixá-lo esgotado, e sua luxuria por ela completamente extinta, ele estava longe de tirá-la de sua mente ou de seus pensamentos.

 

Draco olhou para o relógio de pulso, observando a hora.

 

_Que tal almoçar comigo? – sugeriu.

 

Ela ficou tensa de imediato, e depois de um breve momento para recompor-se, abriu a boca para responder. Sabendo que uma recusa estava por vir, ele a interrompeu antes que ela recusasse.

 

_Não me diga que não está com fome, porque sei que você já estava preparada para esta apresentação desde as seis horas da manhã, e não saiu daqui desde então. Imagino que você provavelmente não tomou café, e é quase meio-dia. Com certeza está com fome.

 

Ela baixou a cabeça, mas não antes que Draco captasse um vislumbre de sorriso nos lábios dela.

 

_Sim, tenho de admitir – disse ela. -  Na verdade, estou faminta.

 

Ele riu.

 

_Está vendo, você precisa de sustância. Aliás, esse é um almoço de negócios. Há algo relacionado ao trabalho que preciso discutir com você.

 

A cabeça dela ergueu-se com espantosa surpresa.

 

_Há algo de errado – olhos castanhos ficaram cheios de curiosidade e preocupação. – Quero dizer... Está tudo bem?

 

Julgando pela repentina ansiedade que ele percebeu no tom de voz de Hermione, achou que ela estava pensando neles, e o maior medo dela era que o caso secreto dos dois estivesse prejudicando seu trabalho ou comissão, de algum jeito.

 

_Tudo está bem – ele assegurou, entregando-lhe o maço de folhetos, ela os tomou sem permitir que seus dedos se tocassem. -  Encontre-me em frente aos elevadores, digamos, em quinze minutos.

 

_Tudo bem – desta vez ela soou mais segura, menos preocupada. Aliviada, na verdade. -  Isto me dará algum tempo par me livrar de tudo isso.

 

_Ótimo. Está combinado, então.

 

Draco virou-se para ir embora, quando ela o interrompeu:

 

 _Draco?

 

Ele olhou para trás.

 

_Hum?

 

Havia muitas perguntas nos seus olhos, mas ela não as articulou. Em vez disso, observou-lhe as feições, e parecendo não encontrar o que estava procurando, meneou a cabeça.

 

_Esqueça. Encontro-me com você em alguns minutos.

 

_Traga seu apetite – brincou ele.

 

Então piscou para ela de modo sedutor e saiu da sala antes que ela pudesse fazer um comentário de sua observação.

 

 

 

Continua...


Notas Finais


Pessoal cap sem betar. Qualquer erro me avisem por favor.


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