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História Shades of Desire. - O sexólogo de Copacabana.


Escrita por: Mercedita

Notas do Autor


Beatriz Bittencourt. - Eliane Giardini.
Rodrigo Mestriner. - Werner Schünemann.

Capítulo 1 - O sexólogo de Copacabana.


Fanfic / Fanfiction Shades of Desire. - O sexólogo de Copacabana.


Narrado por Beatriz Bittencourt.

           Abri a janela da sala dos professores, para que a fumaça que exalava do meu cigarro saísse, sem incomodar ninguém que entrasse no ambiente. Do lado de fora caía uma chuva fina, logo senti uma brisa fria em meu rosto, sorri encostando minha cabeça na janela.
-Beatriz? -ouvi a voz da Brenda, desviei meu olhar para ela instantaneamente. -O que faz aqui tão cedo? -ela caminhou pela sala até ficar mais próxima de mim. -Não sabia que dava aula hoje.
-Estou esperando alguns alunos, marquei uma reunião com eles. -respondi voltando a minha atenção para a chuva, ouvi sua risada nada contida. -O que foi? -indaguei curiosa, ela me olhou divertida e roubou o cigarro da minha mão direita.
-Hoje após o termino das aulas, os professores vão se reunir num barzinho aqui perto, e nós vamos. -falou e colocou o cigarro em sua boca.
-Eu não vou! – exclamei friamente, ela me olhou reprovativa.
-O que está acontecendo Bea? – perguntou soltando a fumaça do cigarro para cima.
-Tenho uma prova para elaborar, estamos no meio do semestre e até agora só apliquei uma avaliação. -ela suspirou dramaticamente como se eu tivesse dito um absurdo.
-Vai ser legal, vamos amiga, para distrair um pouco, sair da rotina. -Brenda tentou me animar.
-Não estou com ânimo para esse tipo de distração, conversas fúteis,  chopp quente e lugar com música horrível. -ela ficou me observando. -Prefiro ficar no meu apartamento, elaborando a minha prova, assim adianto meu trabalho, e ganho muito mais conhecimento.
-Chata! -disse fazendo careta.
-Também te amo. -joguei um beijo no ar para ela, que fez o mesmo para mim.
-Mas não é de hoje que você anda estranha. -movi os ombros para cima, mostrando meu descaso em relação a sua fala. -A quanto tempo você não se relaciona com um homem? -a olhei boquiaberta, não esperava que ela pudesse perguntar isso, não tem nada haver com o nosso assunto. -Sou sua melhor amiga. -sorri concordando com ela. -Então, quanto tempo? Uma semana? -sem querer sorri um pouco alto.
-Está sendo modesta. -ela me olhou incrédula.
-Como assim? Beatriz a  quanto tempo que você não transa? -olhei para mesa que estava repleta de livros. -É tanto tempo assim que você precisa calcular? -sorri divertida.
-Uns dois anos. -seus olhos estavam estatelados.
-Diz que está brincando com a minha cara! -neguei. -Como que você sobrevive sem sexo? -revirei os olhos, ela terminou de fumar o cigarro.
-A vida não se resume a sexo. -Brenda esboçou uma careta.
-Mulher realizada na cama, tem suas auto estima elevada, seu humor renovado e sem contar que gozar é a oitava maravilha do mundo.
-Brenda por favor contenha-se. -falei controlando-me para não rir.
-Mais eu lembro que a algumas semanas você saiu com um  reitor da faculdade. -cobri o rosto com ambas as minhas mãos. -Duvido que não tenha rolado nada entre vocês.
-Trocamos algumas carícias, beijos e quando chegamos ao que realmente interessava ele simplesmente não conseguiu. -eu não tive coragem de continuar a falar.
-Impossível! -disse sem acreditar.  -Qual o problema dele? Você é muito gostosa é praticamente impossível um homem broxar contigo.
-Parece que não é mais tão impossível assim. -lamentei. -Ele também não foi o primeiro, ao longo da minha vida, namoricos nunca foi o meu forte, sou um completo desastre nesse quesito. -ela bufou indignada.
-Está parecendo uma garota mimada de treze anos que acabou de ser dispensada pelo primeiro namoradinho e começa a agir  como se a vida amorosa tivesse terminado.
-Minha vida amorosa é fadada ao fracasso. -respirei profundamente. -O normal seria eu já ter me casado,  gerado filhos e estar só a espera dos netos. -ela tocou em meu queixo e inclinou meu rosto para cima fazendo-me olhar para ela.
-Bela, recatada e do lar. -falou irônica me afastei dela e segui até a mesa. -Você está enfrentando aquela famosa crise dos quarenta. -tentei não sorrir e folheei algumas páginas do livro de geometria.
-Eu não sei nem por quê estou falando sobre isso com você. – disse para que ela entendesse que eu não queria mais falar sobre esse assunto.
-Eu tenho a solução para o seu problema. – falou se aproximando de mim toda faceira.
-Que problema? Falta de sexo não é problema para mim, estou muito bem assim. -Brenda balançou a cabeça nem se importando com o que eu acabo de dizer, voltei a minha atenção ao livro.
-A algum tempo eu fui a um sexólogo. – parei de olhar o livro, quando escutei a palavra sexólogo.
-Nunca me contou que foi a um sexólogo. -falei realmente surpresa.
-Foi na época que eu era casada, nós não éramos tão próximas. -assenti concordando. -Enfim eu nunca esqueci dele. -a olhei estranhando sua reação, ela estava mordendo o lábio inferior. -Tenho certeza que esse sexólogo vai te ajudar.
-Eu posso saber o que te levou a ir ao sexólogo? -questionei curiosa.
-Na época meu casamento estava uma merda, nós já não transavamos, eu estava enlouquecida, não sabia o que fazer e para tentar salvar o meu casamento resolvi ir pedir concelhos ao sexólogo. – ouvi atentamente e sorri no final. -Porque pensava que o meu marido não sentia mais tesão por mim.
-Então posso concluir que esse homem não é um bom conselheiro, afinal hoje você se encontra divorciada. -Brenda sorriu sem graça.
-Isso não quer dizer que ele não me ajudou, meu casamento não deu certo porque já não existia mais amor entre nós. – sentei na cadeira, esta conversa já está me incomodando. -Esse sexólogo é incrível. -arqueei a sobrancelha direita a olhando, notando todo seu assanhamento. – Eu seria capaz de ter um orgasmo só ouvindo ele falar no meu ouvido.
-Brenda! – a repreendi.
-Vou te mandar o número do consultório dele. -ela pegou o celular dela e foi direto na agenda, logo o meu celular tocou, estava dentro da minha bolsa, nem me  esforcei para pega-lo.
-Eu não vou ligar, já mais irei à um sexólogo, olha bem para mim. – ela me olhou. – Tenho quarenta anos, já passei da idade de procurar conselhos sexuais. – minha amiga apenas lamentou minha decisão, quando iria argumentar fomos interrompidos pelos meus alunos entrando na sala.
-Estamos interrompendo professora? – Lara uma das alunas me indagou.
-Claro que não querida. – sorri sendo simpática.
-Vou para minha sala está quase na hora da minha aula começar. -olhei pra Brenda a mesma se levantou assim que terminou de falar. -Até mais amiga. – ela me deu um beijo  na bochecha.
-Até amanhã. -afirmei para ela que entendeu que estava querendo dizer que não iria sair com os colegas de trabalho, ela assentiu concordando e saiu da sala me deixando a sós com cinco alunos. -Podem se sentar. -eles sorriram alguns falaram obrigado e se sentaram ao redor da grande mesa dos professores.
      Duas horas se passaram a mesa estava repleta de papéis com inúmeros cálculos, os alunos estavam fazendo exercícios, só assim para aprenderem, essa reunião foi marcada por eles, hoje não dou aula aqui na faculdade. Então com todo prazer que decidi dar essa pequena aula para reforçar o conteúdo que eles não estavam compreendendo.
-Obrigada por disponibilizar um pouco do seu tempo para nos ajudar professora. -Arthur gentilmente falou.
-É mesmo professora, agora finalmente estou entendendo o conteúdo. -Lara disse agradecida.
-Sempre que eu puder e vocês precisarem eu vou ajudar. -eles começaram a guardar os materiais.
-Quando será a prova professora? -Bento perguntou.
-Na próxima aula eu vou informar a data para vocês. -eles concordaram. -Bom meus queridos por hoje é só, eu preciso ir para casa agora. -aos poucos eles foram se despedindo de mim e juntos saíram da sala me deixando sozinha.
      Comecei a fechar os livros que trouxe arrumei minha bolsa, colocando alguns objetos dentro, logo em seguida fechei a mesma. Levantei peguei a bolsa e os livros quando olho para a porta me deparo com a Brenda me olhando.
-Como eu sei que você não vai ligar mesmo, tomei a liberdade e eu mesma liguei. -a olhei séria, não estava gostando nada dessa história. -Sua consulta com o sexólogo já está marcada. -não posso acreditar que ela fez isso, que raiva!
-Por que fez isso? -perguntei irritada, ela se aproximou de mim e me entregou um papel, peguei o mesmo e enquanto lia ela voltou para perto da portar, era o endereço do consultório. -Eu não vou e por favor, nunca mais faça isso. -ela esboçou um meio sorriso.

-Consulta marcada para amanhã  no período da tarde, mais precisamente as dezesseis horas e  quinze minutos. -a olhei pasma. -Chegue um pouquinho antes da hora marcada o sexólogo detesta atrasos. -revirei os olhos. –O nome do doutor é Rodrigo Mestriner. -suspirei completamente enfurecida. -Um dia  você vai me agradecer por isso. – ela piscou apenas um olho para mim e saiu caminhando não faço a menor ideia pra onde.
          Olhei novamente para o papel, então o consultório do sexólogo fica em Copacabana, pelo que conheço esse local fica praticamente na beira da praia, só atravessar a rua já está no calçadão. Guardei o papel no bolso da calça e segui rumo ao estacionamento da faculdade.
           Não demorei muito para sair do estacionamento da faculdade, em poucos instantes já estava na avenida em direção do meu apartamento. O trânsito esta razoável, o que facilitou muito para que eu conseguisse chegar rápido, em relação aos dias de engarrafamento, que demoro muito tempo para chegar ao meu apartamento.
           Assim que estacionei o carro na garagem do meu prédio, subi pelo elevador e logo em seguida cheguei ao meu andar. Respirei aliviada por chegar bem em casa, deixei minha bolsa e os livros sobre a mesa da sala de jantar, em seguida fui para o meu quarto, tirei minha blusa ficando apenas de sutiã, caminhei até o closet escolhi uma camisola branca, segui para o banheiro tirei o resto da minha roupa e tomei um banho  bem relaxante.
         Minutos depois que sai do banho passei um creme pelo meu corpo todo, vesti a camisola. E resolvi fazer um lanche na cozinha, peguei algumas coisas da geladeira e coloquei entre duas fatias de pães, formando um sanduíche light, fiz um suco de abacaxi com hortelã. Assim que terminei de comer limpei a pequena bagunça que fiz na cozinha.
           Aproveitei  o início de noite para começar a elaborar minha prova, tenho algumas questões em mente, mais preciso pensar melhor e colocar em prática, peguei meu notebook sentei na sala de jantar e comecei a pesquisar algumas questões nos livros e outras eu mesmo vou criar.
          Perdi a noção do tempo, adoro o meu trabalho, quando estou focada nele me sinto tão bem, tudo parece fluir maravilhosamente bem, a prova esta pronta, só falta marcar a data com os alunos. Segui para o meu quarto logo depois que desliguei o notebook, deitei na cama estou exausta mentalmente, nem percebi o instante que acabei adormecendo.
            No outro dia acordei tarde, despertei porque ouvi o barulho do aspirador de pó, passei a mão direita no meu cabelo, esqueci que hoje é dia da empregada vir realizar a limpeza no  apartamento. Márcia trabalha para mim a anos, é de minha total confiança tanto que possui uma cópia da chave do apartamento.
           Criei coragem para levantar, assim que consegui, fui direto para o banheiro fiz minha higiene pessoal, arrumei meu cabelo. Sai do meu quarto andei atrás da Márcia, ela já é uma senhora, falta pouco para se aposentar.
-Bom dia Márcia. -ela desligou o aspirador e me olhou.
-Bom dia, desculpe acordar a senhora. – sorri indo para cozinha. -Fiz um cafezinho. -olhei pra a térmica no balcão.
-Obrigada querida. -servi um pouco de café em uma xícara. – Adoro o seu café. -ela sorriu .
-A senhora vai almoçar hoje aqui? -assenti concordando. -Bom vou terminar de aspirar a sala e venho fazer o almoço para nós.
-Não tem pressa. – falei e logo em seguida bebi um gole do café.
-A senhora não vai para a faculdade? -perguntou Márcia.
-Não, hoje não. -ela assentiu e voltou para sala, terminei de tomar o café e voltei para o meu quarto.
    Resolvi deitar mais um pouco, aproveitar essa manhã livre, não tenho nada para fazer mesmo. Acabei pegando no sono novamente, desta vez não por muito tempo, acabei sendo despertada pelo som do meu celular, olhei irritada ao meu redor, peguei o celular que estava ao meu lado na cama, olhei para a tela do aparelho e o número era desconhecido.
-Alô? -minha voz soou sonolenta.
-Senhora Beatriz Bittencourt? -estranhei aquela voz.
-Sim. -respondi temerosa.
-Sou Lívia, secretaria do doutor Rodrigo Mestriner, a senhora marcou uma consulta ontem, estou ligando para confirmar a sua presença. A senhora virá  a consulta? -sentei na cama assustada, não podia creer que isso esta realmente acontecendo.  -Senhora? -e agora o que respondo? Vou ou não? Oh céus.
-Eu vou. -falei no impulso, passei a mão esquerda em meus lábios pasma comigo mesma.
-A consulta está marcada para as dezesseis horas e quinze minutos, obrigada pela atenção e desculpe o incômodo. -Lívia.
-Não tem problema. -disse gentil.
-Tenha um bom dia. -falou a secretária e desligou a ligação.
      Fiquei alguns segundos ainda sem acreditar que falei que iria a consulta, mas pensando bem, o que tem de tão ruim ir ao sexólogo? Ele é um completo desconhecido para mim, e se eu não gostar do que for dito simplesmente não irei mais.
        Levantei e peguei meu notebook lá na sala, voltei para o meu quarto, a Márcia estava fazendo o almoço. Sentei na cama liguei o notebook, abri o navegador da internet e digitei o nome do sexólogo. Não encontrei nenhuma foto, porém vários elogios a ele e recomendações, pelo menos é bem quisto.
         Algumas horas se passaram,  almocei, Márcia voltou a limpeza e eu vim para o quarto, tentei me distrair com algum filme na televisão, optei por um de suspense, mas nada me distraia, não conseguia parar de pensar na tal consulta com o doutor. O que eu vou falar para ele? Como vou agir? O que vou vestir? São muitos questionamentos.
          Logo que o filme terminou, não prestei muita atenção mesmo, olhei para relógio, o mesmo estava marcando quinze horas e vinte e cinco minutos, corri para o banheiro tomei um banho, assim que sai do boxe do banheiro me sequei vesti o roupão e andei até closet, observei atenciosamente minhas peças de roupa, minutos depois optei por uma calça social preta, uma blusa branca e um blazer preto e sandália de salto fino também preto.
         Lingerie discreta sutiã tomara que caia de coloração nude e calcinha também da mesma cor. Terminei de me vestir, coloquei um par de brincos discretos, para não dizer que sai sem maquiagem, passei apenas um batom de cor neutra na boca. Ajeitei meu cabelos com a mão mesmo os cachos estão comportados.
         Peguei minha bolsa, o celular, chave do carro e o papel que dizia o endereço no bolso da calça que estava usando ontem. Despedi-me da Márcia, pois certamente quando eu voltar ela não estará mais aqui, segui para o estacionamento do prédio. Minutos se passaram eu já estava estacionando o meu carro perto do calçadão, segui o restante do caminho andando mesmo. Olhei a fachada do consultório é realmente de muito bom gosto, entrei no consultório, tudo muito limpo decoração belíssima o cheiro era agradável, rapidamente encontrei uma mulher que tudo indica ser a secretária.
-Senhora Beatriz Bittencourt? -a mesma falou comigo assim que me viu, li a plaquinha que dizia seu nome.
-Sim, Lívia. -ela sorriu.
-Pode se sentar se desejar, eu vou avisar o doutor que a senhora chegou. -assenti concordando e sentei em uma das poltronas que há aqui. A secretária se levantou e bateu fraco na porta, logo em seguida entrou na sala, me deixando sozinha, fiquei aflita, senti um frio na barriga, um súbito arrependimento me envolveu pensei em ir embora, quando decidi  me levantar a secretária apareceu. -O doutor vai atende-la agora. -sorri de nervosismo, agora teria que entrar, caminhei enquanto a Lívia sorria para mim.
-Obrigada. -falei quando fiquei de frente para ela, a mesma apenas assentiu,  passei por ela e entrei na sala. Ela fechou a porta, o meu nervosismo só aumentou, olhei aquela sala enorme, com um divã vermelho maravilhoso ao lado de uma mesa rústica de muito bom gosto. Quando olhei para a poltrona a mesma virou me dando a visão privilegiada do homem mais charmoso que já vi pessoalmente.
-Senhora Beatriz Bittencourt? – indagou com uma voz extremamente envolvente, ele segurava uma ficha na mão direita.
-Senhorita. -respondi a primeira coisa que me veio na cabeça, ele me analisou discretamente dos pés à cabeça, mais esse detalhe não passou despercebido por mim.
-Senhorita Bittencourt. -ele falou e escreveu algo na ficha, não me movi. -Está nervosa? – desviou seu olhar do papel e me olhou nos olhos pela primeira vez. -É a primeira vez que a senhorita vem ao consultório de um sexólogo? -ele esboçou um pequeno sorriso no canto da boca, o deixando extremamente sexy.
-Como sabe? -perguntei o olhando admirada com tanta beleza.
-Seu corpo está  expressando sua inexperiência com esse ambiente. -o doutor se levantou, então notei que ele além de lindo se vesti muito bem. Ele trajava uma calça social cinza escura com um cinto escuto, a calça ficava apertada em suas pernas realçando suas coxas, uma camisa também social de coloração clara, que evidenciava seu peitoral que por incrível que pareça é farto e definido o que estranhamente me deixou hipnotizada. -Sou Rodrigo Mestriner. -se apresentou me estendendo sua mão como um perfeito cavalheiro de outros tempos, delicadamente segurei em sua mão, ele ergueu minha mão até seus lábios e depositou um beijo na mesma. -Vamos conversar Beatriz? -assenti com a cabeça em sinal de confirmação,, ele não largou minha mão. -Uma conversa casual. – explicou me acalmando, aos poucos ele me puxou e nos aproximamos do divã. -Sinta-se a vontade. -ele soltou minha mão e caminhou até sua poltrona, sentei no divã, logo em seguida estiquei minha perna deixei minha bolsa do meu lado. -Conte-me um pouco de você para que eu possa te conhecer melhor. -seu olhar era caloroso, sua voz realmente muito envolvente.
-Bom. -sorri novamente nervosa. -Sou professora concursada, dou aulas de geometria, na Universidade Federal aqui do Rio de Janeiro, no curso de arquitetura e urbanismo, tenho quarenta anos. -porque eu falei minha idade? Que idiota. -Adoro meu trabalho, gosto de ler sobre assuntos que vão me proporciona algum tipo de ensinamento. -ele me ouvia atentamente. -Sou uma pessoa caseira, sou muito ansiosa.
-O que costuma fazer nas horas livres? -fiquei pensativa.
-Gosto de ler, ver filme. -ele me interrompeu.
-Não tem hábitos noturnos? Sair com amigos a noite para conversar sobre assuntos diversos? -suspirei.
-Raramente. – ele me olhou pensativo, ficamos em silêncio.
-É casada? Solteira? Ou está em um envolvimento não formal? -Rodrigo.
-Solteira. -respondi timidamente.
-Inacreditável! – o olhei constrangida. -Como todo respeito, é uma bela mulher, não é possível que esteja solteira. -sorri de lado sem graça. -É por isso que está aqui está tarde?  -senti minhas bochechas corarem fortemente.
-Foi minha amiga. -disparei totalmente envergonhada. -Ela ligou ontem, marcou. -novamente ele me interrompeu, arrastou sua cadeira para bem perto de mim.
-Você está aqui agora. -suspirei, encostei minha cabeça no divã. -Confie em mim, posso ajudar você.
-Eu.. é- gaguejei, oh céus estou agindo como uma adolescente que está indo ao ginecologista pela primeira vez.
-Por algum motivo você veio aqui hoje, foi mera curiosidade? Ou veio em busca de uma solução? -o fitava, enquanto estou  tentando me tranquilizar  para desabafar com ele.
-Acha que tem a solução para o meu problema doutor? -perguntei baixinho ele sorria tentando ser agradável.
-Me conta o que você está sentindo, que vou te ajudar. -sua voz soou serena e amiga, me senti bem pela primeira vez aqui em seu consultório.
-Eu não tenho relação sexual a dois anos. -abaixei minha cabeça, senti seus dedos tocarem em minha bochecha fazendo assim nossos olhos se encontrarem novamente.
-Não tenha vergonha de mim, não me esconda nada, fique tranquila nada do que você me disser sairá daqui. -assenti concordando.
-Sempre fui determinada a ser independente financeiramente, passei anos e anos estudando para ser professora, ter mestrado e doutorado. Passei muito tempo da minha vida me especializando e acabei abdicando da minha vida fora de uma sala de aula. Agora  percebo  que a minha vida amorosa naufragou.
-Você não teve nenhum tipo de relacionamento  durante esses dois anos? -respirei buscando forças para continuar a falar, nunca pensei que desabafar fosse tão difícil.
-Tive, alguns, mas eram só beijos, nunca passavam disso as carícias, o último com quem me relacionei no momento em que decidimos avançar no relacionamento ele não conseguiu. -os meus olho lagrimejaram. -Um outro mais antigo durante o período que estava comigo descobriu que era homossexual. -me segurei para não me emocionar mais. – O que tem de errado comigo doutor? Sou feia? Não sou atraente? Eu sinceramente não sei mais o que fazer, me sinto diminuída perto das outras mulheres. Eu me pergunto todos os dias onde eu errei, o que devo melhorar, mas não vejo saída.
-Você não têm absolutamente nada de errado, apenas está passando pela famosa crise dos quarenta.
-São dois anos sem sexo, apesar de tudo, sou humana sinto falta. Não vejo solução para o meu problema. -um sorriso descontraído surgiu em sua face. -Eu busco um relacionamento sério, com um homem maduro, porém hoje em dia os homens da minha idade só querem mulheres novas, os homens mais jovens raramente possuem maturidade e não me agrada me envolver com um homem mais novo, já até tentei mais não deu certo.
-Eu tenho como solucionar o seu problema. -afirmou confiante. -Basta você querer. -sorri cheia de esperança.
-É claro que eu quero. -respondi feliz.
-Vou precisar que marque outra consulta, pode ser amanhã? -pensei nos meus horários da faculdade. -Algumas clientes eu atendo a noite.
-Amanhã para mim é melhor no período matutino, porque a tarde dou aula. -ele assentiu concordando. -Quando a consultar terminar, você marca com a minha secretária um novo horário -Rodrigo.
-Está bem. -respondi, notei que o doutor observava meu corpo desta vez sem disfarçar.
-Você está usando uma lingerie nude não é mesmo? -o olhei surpresa, como ele sabe?
-Estou. -disse baixinho. -Como adivinhou?
-Pelo tipo de roupa que está vestindo, e as características que você falou que a definem. -ele explicou.
-O que isso tem haver com o tipo de lingerie que uso? – ele sorriu um pouco.
-Seu jeito de ser que dita o estilo de roupa que está vestindo e a lingerie também. -Rodrigo.
-Hum. -murmurei.
-Alguns hábitos seus vão sofrer pequenas modificações. -ele falou e inclinou seu corpo para frente ficando mais perto de mim.
-Pode citar um exemplo? -sua expressão facial era pensativa.
-O estilo de roupa. -você é sexólogo ou consultor de moda feminina? -Procure vestir-se misteriosamente, provocante, sensual.  Como você gosta de roupas mais sérias não tem problema basta achar a peça ideal que valorize seu corpo e acima de tudo você precisa se achar atraente com a roupa.
-Está dizendo que me visto mal é isso? -ele sorriu divertido.
-Você está usando essa roupa hoje por exemplo, por que ela te deixa bonita ou porque você tem uma imagem a zelar e esse estilo te deixa uma pessoa mais seria? -fiquei pensativa. -Eu e você sabemos a resposta.
-Na minha profissão se faz necessário que me vista adequadamente. -ele colocou seu dedo indicador direito em meus lábios me calando.
-Pare de pensar nos outros, em primeiro lugar, você, segundo você e depois os outros. -respirei profundamente. -Vista-se da forma que você quer e não como a sociedade quer indiretamente te impor. -concordei. -Eu particularmente penso que vermelho é um tom que combina com seu tom de pele.
-Vermelho é o clássico da vulgaridade. -afirmei seria.
-Seu comportamento não condiz com vulgaridade, logo sua roupa não ditará seu caráter. -ele se aproximou perigosamente de mim. -Tenho absoluta certeza que a senhorita sabe escolher o look correto para mexer com a minha imaginação. -falou quase sussurrando, me deixando completamente hipnotizada pelo movimento que seus lábios faziam enquanto ele falava, o que está acontecendo comigo? Fechei os olhos com um pouco de força na tentativa de evitar pensar saliência com esse homem ele é apenas um sexólogo que está tentando me ajudar.
-Com a sua imaginação? -questionei olhando descaradamente para os seus lábios, ele apenas sorriu discretamente e desconversou.
-Vista cores vivas, vai te valorizar. -nossos rostos estavam perigosamente muito perto um do outro. -Mais saiba vermelho é minha cor favorita. -senti seu polegar da mão direita tocar meu queixo.
-Eu vou me lembrar. -me segurei para não suspirar, sua boca estava quase colada a minha.
- Vou aflorar  sensações que você desconhece.  -meu coração estava gradativamente acelerando. -Farei seu corpo esbanjar  luxúria. – senti seus dentes mordiscarem meu lábio inferior delicadamente o puxando para si. - A enlouquecerei  de prazer. -fechei meus olhos, sua mão que segurava meu queixo agora descia calmamente pelo meu pescoço. -Como pagamento eu só exijo uma coisa. – seus lábios mordiscaram agora a minha orelha, me causando um arrepio descomunal.
-O que? -sussurrei quase gemendo, quando senti sua barba roçar pela minha bochecha até chegar ao meu pescoço.
-Você só não pode se apaixonar por mim. – ele afirmou sério e beijou meu pescoço, um sorriso discreto e malicioso surgiu em meus lábios.
-Não sou de me apaixonar doutor. -falei em seu ouvido e senti seu sorriso em meu pescoço, sorri também é senti seus dedos tocarem meu seio, só então percebi que ele havia abaixado minha blusa e sua mão já  me tocava intimamente. 
-Renda e nude definitivamente não combinam. -afirmou quando tocou em meu sutiã tomara que caia. -quando criei coragem para responde-lo, fomos interrompidos pela sua secretária batendo discretamente na porta.
-Doutor? -Lívia falou com uma voz sensual, até a secretaria? Ele sentou corretamente na poltrona, eu arrumei minha blusa e ajeitei o blazer.
-Ponde entrar.  -ele ordenou.
-Sua próxima cliente já chegou, está  sua espera. -falou sorrindo. 
-Diga para esperar um pouco, eu vou encerrar a consulta com a senhorita Bittencourt e assim que terminar eu mesmo a chamo. – ele falou dando ênfase no “eu”, a secretária se retirou e fechou a porta.
-Bom eu já vou. – falei assim que me levantei.
-Marque a próxima consulta com a secretária. -sua voz soou como uma ordem. -Nos vemos amanhã. -enquanto ele falava arrumei  minha bolsa no ombro.
-Até mais doutor. -falei e caminhei na direção da porta, quando segurei na maçaneta, senti suas mãos segurarem firmemente ambos meus braços, ele me puxou e nossos corpos colaram, mas eu ainda estava de costa para ele.
-A consulta ainda não terminou. – disse no meu ouvido com uma voz rouca, me fazendo delirar. -Não posso deixa-la partir sem antes deixar minha marca na senhorita. -apoiei minha cabeça em seu ombro, sentia sua ereção, pois seu membro estava roçando em minha bunda, só pelo volume, posso dizer que aparenta ser grande.
-O que pretende fazer doutor?- perguntei totalmente manhosa, seus lábios não perderam tempo, já estavam tecendo beijo pelo meu pescoço, me fazer arrepiar novamente. Aos poucos ele começou a tirar o blazer, delicadamente mordeu meu ombro direito, mordi meu lábio inferior.
-Farei você delirar. -afirmou sério, em um movimento rápido senti meu corpo sendo prensado contra a porta.
-Ah! -exclamei surpresa, não vi onde ele jogou o blazer. Sua mão segurou firme minhas bochechas.
-Se controle a partir de agora. -senti sua mão passar em minha intimidade por cima da calça sem pudor nenhum, apesar do atrevimento eu gostei da sensação de ser tocada dessa maneira. A mão que antes segurava meu rosto agora massageava meus seios, me fazendo arrepiar novamente, ele abaixou ficando de joelhos em minha frente.
-Hurum. -murmurei, quando menos esperei suas mãos estavam abrindo o botão da minha calça. Minha intimidade já está toda molhada, que homem é esse? Ele existe mesmo? Está me enlouquecendo, mexi minha pernas contraindo assim minha intimidade quando senti que ela ficou exposta para ele.
-Não use mais nude. -afirmou sério. Ele abaixou mais minha calça junto com a calcinha afastou um pouco minhas pernas, oh céus, não acredito que ele fará isso comigo, encostei minha cabeça na porta me controlando para não fazer nenhum tipo de barulho.
-Doutor. -sussurrei, tentando pegar em seus cabelos, mas ele foi mais rápido, segurou meus pulsos e os pressionou contra aporta, ficando em pé novamente.
-Controle-se. -ordenou, -assenti concordando. Ele abaixou minha blusa, que para minha sorte era folgada,  analisou meus seios. -Preciso sentir você. – falou com um tom desesperado e retirou minha blusa, o ajudei, fiquei apenas de sutiã. Seu olhar era faminto, senti meu rosto arder de vergonha, tentei cobrir meu seios mais ele me impediu. -Vou te dominar. -falou malicioso e retirou meu sutiã deixando meus seios completamente exposto para ele, isso não está certo.
-É melhor pararmos. -quando estava preste a terminar a minha frase senti sua boca abocanhar ferozmente meu seio direito, sentia sua língua contornar o bico do seio, fechei meus olhos não conseguindo mais raciocinar entre o certo e o errado, a sensação da sua boca habilidosa brincando com meu seio está me enlouquecendo. -Aaah. -gemi quando sua mão encontrou minha intimidade, ele não parou de sugar meu seio, realizou dois movimentos ao mesmo tempo, sua massagem no meu sexo está lenta e gradativamente ele aumenta o ritmo, mordi o lábio inferior quando ele me penetrou com um dedo apenas, contrai minhas pernas.
-Não faz barulho. -disse me olhando nos olhos, sua boca estava avermelhada. Em um movimento rápido ele me pegou no colo, em seguida senti minha costas sendo prensada contra o divã. Melhor assim, mais confortável para mim, eu só posso estar louca, vou me entregar a um total desconhecido, minha mente diz não, porém meu corpo implora por seus toques e que mulher recusa um homem desses? O olhei, o mesmo retirou minha calça e a calcinha, fiquei completamente nua, pronta para ele fazer o que quiser comigo, correndo o risco de sua secretária entrar na sala e nos flagrar. -Como você é linda Beatriz. -seu elogio me levou ao delírio, suas mãos afastaram minhas pernas e em poucos instantes senti seus lábios beijarem a parte interna da minha coxa esquerda, apertei o divã na tentativa de controlar o gemido.
-Doutor. -o chamei baixinho, ele não se importou muito, quase cheguei ao extasie quando sua língua deslizou em toda a extensão do meu sexo, lentamente ele iniciou um movimento com a língua em minha intimidade, me deixando enlouquecida. Precisava de mais minha respiração estava ofegante, meus seios subiam e desciam em um ritmo acelerado, eu tentei olhar para ele, mais ele me penetrou com a língua foi nesse instante que perdi o controle sobre mim. -Gostoso. -sussurrei com voz maliciosa, sua boca habilidosa me chupava em um ritmo frenético ao ponto de me fazer sentir o desejo pulsar em minhas veias. -Me beija. -ele negou ainda me sugando. -Ooh. -bati minha mão no divã protestando, sentia um no meu estômago, contraia muito o sexo ele, parou o movimento e apenas passou a língua no meu clitóris. -Continua. -ordenei, o mesmo parou e me olhou, deitou sobre mim sem me deixar sentir seu peso.
-Implora. – disse totalmente sexy e passou a língua no bico do meu seio que estava rígido por causa da minha excitação. -Eu quero ouvir você implorando. -segurei seus cabelos com um pouco de força, estava muito ofegante.
-Me beija. -ele negou novamente e para me provocar mordiscou meu pescoço. -Hum, como isso é gostoso. -afirmei enquanto ele beijava minha garganta.
-Não vai pedir? -questionou e mordiscou o bico do seio e o puxou levemente para si.
-Quero sentir sua. – comecei a falar ele sorria e dava leve chupadas em meu seio, me impedindo de raciocinar direito. -Quero sua boca me devastando. -disse puxando os fios do seu cabelo, ele foi se afastando, até que voltou ao meu ponto fraco. Seus dedos tocaram-me com delicadeza, aos poucos foram abrindo meu sexo da maneira que dava, em poucos segundos sua boca me chupava com maestria, sentia as vezes sua barba roçar na lateral, me fazia rir de prazer, a vontade que eu tinha neste momento era de gritar, porém preciso ser contida, mais esta sendo difícil me controlar cada segundo sua língua parece que me penetra mais fundo. E ao mesmo tempo que me sugava suas mãos percorriam meu corpo, massageando meus seios, me apertando e me fazendo sugar as pontas de seus dedos que acariciava meus lábios. -Ooh, sim! – gemi contidamente, meu corpo já estava suando inclinava-me para cima, ele segurou ambas as minhas coxas.
-Rebola para mim. -ordenou e logo voltou a me sugar com uma intensidade fora do normal, minhas mãos capturaram alguns fios do seu cabelo,  massageando e puxando aos poucos minhas caricias obtiveram resposta, pois ele intensificou o ritmo, esse homem é perfeito, voltei a inclinar meu corpo para cima e do jeito que deu movi o quadril, foi então que o nó que sentia instante antes no estômago estava prestes a explodir, uma mistura de sensação me envolvia tentava segurar o divã, meu corpo respondia a cada investida da sua língua em mim, não estou mais aguentando, parece que vou explodir de tanto prazer.
-Aaah. -não me contive quando senti o nó no estômago explodir, acabei gritando literalmente de prazer, sem me preocupar com o que poderia acontecer o doutor não parou apenas continuou me deixando mais ensandecida por ele. -Mais... -gemi ofegante. -Eu quero mais. – gemia me contorcendo de prazer, nem me importava com o mundo ao meu redor, eu estava sendo explorada gloriosamente.


Notas Finais


Essa fanfic ela será curta, serão apenas cinco capítulos. Vou postar semanalmente ( todos os capítulos serão grandes), caso vocês gostem da história faço uma continuação dela.
Desde já obrigada por ler💚
Deixe seu comentário, por favor😜


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