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História Shadow - Supernatural Fanfic - O que são homens comparados a rochas e montanhas?


Escrita por: nameiswhite

Notas do Autor


Olá Hunters.
Bom, demorei um pouco mais não tanto quanto da última vez (isso já é uma vitória)
Espero que gostem do novo capítulo.
Boa leitura ♥

Capítulo 12 - O que são homens comparados a rochas e montanhas?


Lebanon, Kansas

Era um frio começo de tarde no Kansas e depois de duas semanas desde a última caçada, Dani já não aguentava mais ficar confinada no bunker.
          Sam havia mandado Dean e ela - pela quarta vez - as compras naquela semana. Era um grande desperdício de cartão de crédito ilegal com pornô e contribuições cardíacas, além da grande quantidade de álcool.
           Ela passara a cozinhar, submetendo os irmãos aos mais extremos da comida. Havia feito uma receita ao molho branco que fez Sammy se trancar no banheiro por três dias, mas o churrasco do Texas - que era o suficiente para alimentar uma família inteira - era o preferido dos Winchester. Haviam as saladas de Sam e o excesso de gordura de Dean. E ela se orgulhava quando eles comiam e ficavam satisfeitos. Era uma das poucas coisas que ficavam gostosas, mas estava melhorando.

Viu Dean ir até o pornô e colocar duas revistas na cesta. Ele sorriu para um garotinho que o observava e deu uma delas à ele, falando algo que a distância a impediu de ouvir.
           Dani gargalhou, fazendo Dean se virar para ela e piscar.

Era muito verdade que estavam mais próximos e isso a tranquilizava. Ele passou a vista-la toda noite em seu quarto, conversavam por um tempo e depois ele ia dormir. Certa noite, Dani até entrou furtivamente no quarto de Dean e o gravou roncando, na intenção de provar a ele que não adiantava negar. Sam e ela o torturaram com o assunto durante dias. Algumas vezes, ele só levava o fone e o celular até ela e os dois ouviam música até enjoarem.
           Era estranho se sentir bem ao lado de Dean Winchester, mas também era bom e Dani não tinha a intenção de se repreender por isso.

Ela foi até a sessão de enlatados e colocou alguns no carrinho. Dean estava no mesmo corredor.

Ele a observou por alguns minutos, mas logo pegou algumas salsichas e ervilhas. Caminhou até ela, pois sua cesta já estava cheia.
           Na parede de trás havia um quadro que  prendeu sua atenção.

_ Hã... Dani... - Dean chamou sem tirar os olhos do aviso.

Danielle caminhou até ele e não soube o que sentia quando viu do que se tratava. Era raiva, com certeza, mas uma decepção também a tomava.
          Se tratava de um folheto com os 10 mais procurados da Dakota do Sul. Parece que o Estado havia presenciado tantos crimes que as cidades vizinhas se solidarizaram com causa e estavam ajudando nas buscas.
           Era oficial, estava sendo acusada pela morte de Brian.

Dean a encarou durante todo o tempo em que ela estudava o papel sem dizer nenhuma palavra. Quando Dani se pôs a falar, ele já se preparou para consolá-la.

_ Nem para colocarem uma foto melhor! - ela usou do bom humor para esconder seu desgosto, isso fez com que Dean se sentisse aliviado.

Dani arrancou o folheto, rasgando-o em pedaços e jogando o resto em sua bolsa.
           Dean ergueu o canto dos lábios com a atitude dela, admirando a força com que encarava aquilo.

_ Vamos pagar e dar o fora daqui. - ele disse, pegando a cesta de sua mão e o levando até o caixa.

Danielle achou melhor esperar do lado de fora enquanto Dean pagava pelas compras.
          Estava muito orgulhosa de si mesmo por ter reagido daquela forma e ver que estava encarando o fato de modo firme e descontraído até diminuiu sua tristeza interna.

Dean saiu com as compras. Eram poucas, por isso Dani não se ofereceu para ajudar.

Enquanto caminhavam para o Impala, ela percebeu os olhares duvidosos do Winchester. Era um pouco óbvio que ele havia se traumatizado com o dia em que ela chorou em seus braços. Era como se Dean sempre fosse esperar a hora que Danielle iria fraquejar.

_ Quer comer alguma coisa? - ele, enfim, falou algo.

_ Pode ser.

Os dois entraram em um restaurante mexicano e ambos estudaram as paredes ao redor em busca de algum anúncio de procurados, o que não havia, fazendo Dani se sentir aliviada.
           Fizeram seus pedidos e ficaram se encarando durante minutos sem pronunciarem uma palavra sequer.
           A certo ponto, os dois há estavam batendo "serinho" e ninguém cedeu até o olho de Danielle começar a lacrimejar. 

_ Fraca. - Dean se recostou na cadeira, se sentindo vitorioso.

_ Idiota. - Danielle remexeu o saleiro entre os dedos.

O Winchester observou seus movimentos e ponderou por um tempo o que iria falar.

_ Sinto muito pelo anúncio.

_ Não é nada. - deu de ombros. - Isso é o de menos no meio dessa história.

Ele concordou, voltando a observá-la.

_ Posso te perguntar uma coisa?

_ Além do que você acabou de perguntar? - ela sorriu, vendo Dean fechar a cara com a sua brincadeira.

_ Qual é seu parentesco com o Diabo? - ele rebateu, fazendo-a alargar mais o sorriso.

_ Você quem era a casca do irmão de Lúcifer... - disse, vendo-o erguer os cantos da boca com o comentário. - Se tem alguém que tem ligação com o Diabo aqui, é você.

_ Filha da ... - ele começou a falar em um tom descontraído, mas não terminou.

  O garçom entregou seus pedidos, interrompendo a conversa por um tempo. 

Depois de desfrutarem um pouco de seus tacos, Dani voltou a falar:

_ Mas sério, o que ia me perguntar?

Dean mastigou antes de falar. Danielle não o avisou, mas sua boca estava coberta de molho.

_ Qual era a sua com o engomadinho de Sioux Falls?

_ Brian? - ela riu com o apelido. - Éramos amigos.

_ Ele sabia disso? - uniu as sobrancelhas.

_ Tudo bem... - ela cedeu. - Estávamos nos conhecendo... E eu o via como um refúgio. Um dos meus maiores sentimentos é o de vingança pela morte dele. Era muito fácil ser a coitada quando a maldição só atingia a mim, mas... Veja só o que aconteceu, ele só desejou o meu bem e agora está morto.

Dean sabia que ela se culpava pela morte do pseudo namorado. Em seus pesadelos, os quais se intensificavam a cada noite, ela gritava o nome dele.
           Era forte o bastante para não demonstrar, mas a pungimento e o sentimento de perda a corroíam.

Ele tinha uma pergunta profunda demais para fazer e pensou mil vezes antes de falar, mas precisava saber até onde Danielle podia chegar.

_ Você o amava? - perguntou, fazendo-a levantar o olhar para ele.

Para Dean amar era sinônimo de fraqueza. Não era do tipo que se censurava a esse sentimento, mas sabia quais eram os limites.
           O fato é que ele tinha a tendência de ultrapassa-los. Todavia, nessa vida de caçador, é preciso ter consciência de que o amor e a morte andam lado a lado.
           De todas as pessoas que ele amou, seja qual for as variações desse sentimento, só restou Sam e Castiel ao seu lado.
           Ao se dizer a palavra família, ele instantaneamente se lembrava de saudade.

A cada dia que passava ao lado de Danielle percebia que sua força e fraqueza eram duas linhas muito próximas e instáveis. Ela era forte, mas também possuía um grande coração. Entretanto, amar é um sentimento muito profundo e, para pessoas como ela, se permitir dessa forma era uma tarefa muito difícil. Afinal, para amar é necessário confiança e Danielle era um escudo humano mais eficaz que qualquer metal.

_ Te respondo se você também responder.

_ Como assim?

Ela comprimiu os lábios, mostrando que era delicado.

_ Lisa... - sua voz saiu quase como um sussurro.

_ Sam realmente te deixou a par de tudo. - involuntariamente a raiva que sentia de Dani havia voltado, mas apenas para aquela orgulhosa parte do seu corpo que não queria falar sobre o assunto.

Ele odiava a curiosidade de Shaw, pois sabia que depois de uma pergunta respondida, surgiria dezenas de dúvidas mais. Ela era uma metralhadora invasora que destruía o psicológico de qualquer um.
           Porém, naquele momento, ele era como ela. Precisava saciar aquela dúvida para que Danielle fizesse o mesmo com a dele. Dean necessitava daquela resposta.

_ Você não precisa responder... - ela já ia se recolhendo, sabendo que havia despertado algo que não agradava Dean Winchester.

_ O que você quer saber sobre ela? - ele foi direto.

Dani o estudou durante segundos, ponderando se era uma boa idéia o abordar daquela maneira.
          Todavia, o que mais a assustava, era perceber que tinha medo da resposta.

_ Você a amava?

_ Sim.

_ Então por que fazê-la esquecer?

Dean respirou fundo, já irritado em ter que responder mais de uma perguntava.

_ Pensei que você entendia... - falou. - Não é justo trazer inocentes para essa vida. Aposto que ela e Ben são mais felizes sem saber de nada.

_ Mas você não é feliz... - ela sussurrou, mas Dean a escutou.

Eles se encararam e tentaram estudar o que havia dentro de cada um. Dean queria entender o que a fazia pensar daquela forma. Danielle, por sua vez, se deteriorava ao pensar que Lisa era única. Isso a devastava aos poucos e não havia nada pior do que se sentir daquela maneira.

_ Você está enganada, eu sou feliz.

_ Não precisa mentir.

_ Não estou mentindo. - ele apoiou os cotovelos sobre a mesa. - Saber que ela está a salvo me deixa satisfeito para seguir minha vida.

_ Saber abrir mão da própria felicidade para ver o outro bem é a forma mais pura de amor.

Os olhos de Danielle estavam o perfurando em busca de sua fraqueza, mas ele podia garantir que não tinha nenhuma.

_ Eu não sei o que é amor há muito tempo.

Dean e Sam estavam na biblioteca do bunker pesquisando mais sobre o caso de Danielle.
           Ambos sabiam que se não encontrarem um ponto de partida, teriam que apelar para o plano dos desesperados.

Dean deu um gole em sua cerveja e folheou os livros online que o irmão havia separado. Nunca se sentiu tão inútil quanto naquele caso. Mas de uma coisa tinha certeza, não conseguiam nada porque quem  - ou o que - quer que fosse o ativador dessa história, estava esperando o momento certo para agir. Ele já havia percebido que Danielle era o alvo principal, por isso, no momento em que ela fosse encontrada, eles viriam. Entretanto, não considerava nem um pouco a hipótese de fazê-la como isca.

Se despediu do irmão falando que ia dormir. Sam deu-lhe boa noite e voltou para suas pesquisas. Ele mal dormia desde que haviam voltado, estava empenhado demais em ver Dani bem.
          Dean travou uma briga interna enquanto escovava os dentes. Podia jurar que Sam gostava da garota, mas não queria ser inferior por isso. Ele queria ser o herói da história. E, quando percebeu o porquê, reprimiu seus pensamentos rapidamente.
           Mas eles voltaram assim que deitou em sua cama e fechou os olhos.

Queria ser o herói para ela.

Abriu os olhos rapidamente e se virou na cama com raiva, como se a inquietude o impedisse de pensar daquela forma.

_ Não! - escutou o grito de Dani assim que fechou os olhos novamente. - Não, Brian, não! 

Dean levantou correndo ao ouvir um som de algo quebrando. Escancarou a porta do quarto da garota e viu que ela se debatia com tanta severidade que havia derrubado o abajur da cabeceira.

Ela chorava com o lençol todo arrancado. Estava tendo outro pesadelo.

_ Por favor! - gritou contra o travesseiro.

Dean correu para cama, a segurando entre os braços.

_ Calma! Esta tudo bem. - sussurrou. - Abra os olhos, é só mais um pesadelo.

Ela ainda soluçava contra a camisa dele e seu corpo estava rígido, como se tivesse lutando na direção de algo.

_ Vá embora, Dean! Eu não posso perder você também!

Ele a encarou com ternura, vendo que ela ainda estava alheia a sua presença.
           Deitou-a novamente sobre a cama, sacudindo seu corpo e segurando seu rosto.

_ Você não vai me perder. - disse. - É só mais um pesadelo.

Ela se acalmou, respirando com mais calma.

Dean enxugou suas lágrimas e as mãos de Dani subiram até as dele, a segurando com força.
           Ela abriu os olhos e um alívio vivido percorreu o seu corpo. Nunca se sentiu tão grata quanto naquele momento.

_ Por favor, não me deixe sozinha. - ela sussurrou.

_ Só irei quando você dizer que não precisa mais de mim. - ele respondeu com o mesmo tom de voz.

Dean se deitou ao lado dela, a cobrindo com a bagunça que era o lençol e passando o braço por debaixo do corpo de Dani. Ela analisou a situação por uns segundos, mas estava frágil demais para recusar aquele gesto.
          Ela sabia que não teve pesadelos na noite do telescópio porque Dean estava ao seu lado e se sentia protegida. Ela não assumia, mas sabia. 

O perfume de Dani o atingiu em cheio quando ela se deitou com a cabeça apoiada em seu ombro. Ele a abraçou com mais força, ansiando de forma absurda que aquele momento durasse uma eternidade.

_ Dani... - chamou.

_Sim...?

_ Você não me respondeu. - a voz saia abafada por conta do cabelo perto de sua boca. - Você o amava?

Um silêncio mortal pairou entre os dois e Dean contava os segundos esperando uma resposta.

_ Nunca estive apaixonada por ninguém.

(...)

Dean passava uma flanela sob o capô do Impala e devia estar repetindo esse ato há horas.
           A imagem da noite anterior o atormentava. Ele não estava cansado, muito pelo contrário. Dormir ao lado de Dani o fez se sentir tão bem e revigorado que o fazia ansiar por acontecer novamente. Nunca havia se sentido assim só por estar ao lado de alguém.
          Ele se lembrava de como ela havia pedido para ele ficar, como o sono voltou rápido quando ela estava em seus braços, como foi tranquilo passar a noite vendo-a dormir.
           Dean se recordava até do cheiro e - principalmente - do abajur que havia terminado de quebrar quando percebeu que havia deixado de odiá-la. 

Na verdade, nunca odiou.
          Não havia nada que desejasse mais do que saber como seria prosseguir, mas era um ato errôneo. Danielle era uma zona proibida e nem o tempo fez sua opinião ser alterada.
           O problema, é que Dean nunca havia imaginado que aquele tipo de proibido seria tão bom.
            Logo ele.

_ Dean! - Sammy chamou pela segunda vez, vendo bater no carro ao sair de um transe levando um susto. - Estava pensando no que? Asiáticas peitudas?

Sam foi até o campo de visão do irmão, que soltou a flanela e se recuperou do susto.

_ O que você quer?

Ele passou a mão no rosto.

_ Dean, nós não temos opção.

O mais velho sabia do que se tratava.

_ Não, não vou envolve-lo nisso. Não podemos confiar. - ele começou a caminhar, fechando as portas do carro e mostrando que não concordava com aquilo. - Ou você se esqueceu que também havia demônios atrás dela?

_ Demônios de terceiro escalão, Crowley pode estar sob uma rebelião. - Sam mostrou as opções. - E você sabe que paranormais e bruxos podem controlar demônios, se for o caso, ele será aliado.

_ Desde quando você, logo você, vê Crowley como um aliado?

_ Dean... - Sam abaixou o tom de voz quando percebeu que o irmão se alterava. - A cada dia que passa a situação da Dani piora. Estamos longe demais de uma resposta.

_ Não! - Dean gritou, fechando o porta-malas. - Se ela está aqui é para ser protegida e não vou me aliar ao rei do inferno que pode nos ferrar a qualquer momento. Nós vamos encontrar outra solução.

Ele deu as costas para Sam, caminhando em passos pesados em direção a saída da garagem.

Quando alcançou o último degrau, Dani surgiu na porta, mostrando que havia escutado a conversa.

Dean suspirou, sabendo que sua teimosia a faria concordar com Sam. Além do desespero por se ver livre dessa situação.

_ Nem pense... - começou a dizer, mas ela se mostrou decidida.

_ É nossa única opção, Dean. - falou, passando por ele e subindo as escadas até Sam. - Como o invocamos?

_ Não precisamos... - o mais novo riu. - Dean tem o número.

_ Você tem o número do rei do inferno? - ele gargalhou, achando que era brincadeira. - Espera... Não sei o que dizer. É muito estranho o rei do inferno ter um celular e mais estranho ainda o "senhor-não-quero-me-aliar-a-ele" ter o número.

_ Ele é muito peculiar. - Dean jogou o celular para o irmão. - Se vão realmente fazer isso, você liga. 

_ Você não vai conosco? - Danielle perguntou.

_ Eu disse que não concordo com isso.

_ Dean, você sabe que não temos outra solução. - Sam insistiu.

_ E Sammy já me disse que Crowley foi útil muitas vezes.

Dean riu, nervoso e incrédulo sobre o que os dois estavam prestes a fazer.

_ Ele também te disse sobre vezes que nos ferramos por causa dele?

_ Sim, mas...

_ Eu não vou... - ele caminhou até a saída. - Crowley sabe ser o inimigo quando lhe convém.

Dani olhou para Sam, angustiada por saber que não tinham o apoio de Dean.
           Ela sabia que precisava dele.

Dean caminhou de forma despreocupada até a biblioteca, vendo que Sammy era o único que ali estava.
           Deu uma olhada rápida no lugar a procura de terceiros.

_ Você precisa cortar esse cabelo, quase pensei que era a Dani.

Sam levou o olhar do livro para ele, soltando um sorriso falso. 

_ Ela é loira e seu QI não é tão baixo para não entender a diferença.

  Os Winchester tinham essa troca de farpas as vezes, principalmente quando as opiniões se convergiam. Sam era o que guardava mais ressentimento, pois antigamente a ordem de Dean nunca era descumprida. 
              Com o passar do tempo ele aprendeu que o irmão era um alicerce. Entretanto, embora fizessem tudo juntos, algumas decisões também deviam partir dele.
                Àquela altura, não era mais Dean que protegia Sam, mas sim os irmãos que protegiam a família e fariam o que quer que fosse por isso. 

_ Falando nisso, onde ela está?

_ Saiu. - Sam respondeu naturalmente, ainda lendo seu livro.  

Dean quase engasgou.

_ Saiu? - seu tom de voz se elevou. - Como assim saiu?

_ Não é justo fazê-la ficar confinada nesse bunker. - Sam deixou o que fazia de lado para dar atenção a histeria do irmão. - Mas fica tranquilo, Cass está com ela.

Dean se sentou, procurando manter a calma.

_ Aonde foram?

_ Não sei, talvez no centro. - o mais novo deu de ombros. - Apenas sair.

Ele se sentia mais tranquilo em saber que Cass estava com ela, mas ainda não aprovava a idéia. Era muito perigoso.

_ Quanto ao Crowley?

Sam encarou o irmão por um tempo antes de responder. 

_ Vai nos encontrar em alguma cidade vizinha amanhã. Achei que seria mais seguro ficar a uma certa distância de Labanon para caso de alguém nos seguir.

_ Bem pensado. - ele deu o último gole em sua cerveja, se levantando. -  Só espero que vocês ainda tenham dignidade ou alma quando voltarem. 

Ele saiu da biblioteca, deixando o irmão sem chance de responder. Havia algo peculiar na resistência de Dean que nem mesmo ele entendia.
          Ninguém confiava em Crowley,  nem mesmo Sam, mas todos sabiam que ele seria muito útil. Todavia, Dean, ao pensar que estaria expondo Danielle ao perigo, se sentia acovardado.
          Queria ajuda-la, mas ter o poder de trancá-la dentro do bunker enquanto fazia isso.
          Faria qualquer coisa, mas saber que ela também estava lutando diminuía sua vantagem. O fazia temer pelo o que aconteceria se falhasse, se houvesse um descuido.
          O que mais o assustava era que queria que ela fosse livre, mas apenas dentro daquilo que ele acreditava que era o suficiente.

Entrou dentro do quarto e se deparou com um embrulho mal feito em cima de sua cama. Era o papel que vinha com a garrafa de vinho barata que havia comprado há algum tempo. Se lembrava de ter deixado o papel de embrulho sobre a roupa suja de Sam perto das máquinas de lavar.

Sorriu ao ver que havia uma carta sobre ele:

Não julgue pelo embrulho, apenas abra. Estava escrito no envelope.

Rasgou o papel e sorriu ainda mais ao encontrar a capa surrada de "Orgulho e Preconceito".

Era uma presente especial não por ser aquele livro, mas por ser dela para ele.

Leu a pequena carta:

Essa é uma pequena demonstração de agradecimento pelo o que tem feito. Você vai encontrar minhas partes preferidas sublinhadas e algumas anotações, mas quero que tire suas próprias conclusões sobre ele.
Tentei acreditar que não ia querer lê-lo na íntegra, mas o maravilhoso Sr. Darcy é cheio de surpresas e eu não teria te comparado a ele se não o considerasse verdadeiramente a altura.
Guarde as frases, são profundas e significativas. Aqui vai uma para começar:

" O que são homens comparados a rochas e montanhas? "

Leia o livro e descubra a resposta para essa pergunta.

Você é um nobre homem dentro do corpo de um corpo prepotente e rabugento. Nunca duvide do seu valor.

Espero que goste do presente,
Danielle.

PS.: Não vou me sentir protegida se você não estiver lá. Por favor, reconsidere.


Notas Finais


Me avisem sobre qualquer erro e ficaria muito feliz em saber o que estão achando da história.
Até a próxima haha
Beijos ♥


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