História •Shadow Empire• - Mistério da Noite

Tayrumi estava deitada na cama observando um fecho de luz no chão... O luar deixava os azulejos do aposento em um tom prata-azulado, o que em um momento a fazia se sentir como se estivesse congelada. Ela não temia a noite, embora as horas escuras não a confortasse. Era apenas o momento em que ela dormia, o momento em que as vezes saía parar caçar e matar, o momento em que as estrelas na noite escura ganhava destaque com sua beleza reluzente e a faziam Tayrumi se sentir maravilhosamente pequena e insignificante.

Tayrumi franziu a testa. Era meia-noite e, embora ela já soubesse que o dia seguinte seria mais uma jornada, ela não conseguia dormir. Tayrumi era uma amante dos livros, ela amava ler, e se pudesse e tivesse mais tempo, passaria horas e horas lendo, mas seus olhos estavam cansados para ler naquele momento.

A jovem percorreu com os olhos o facho de luz até onde ele sumia, sobre a parede... Tayrumi se virou para o lado e teria caído no sono com satisfação se não fosse por um ar frio e gelado que passara por ela e derrubara algo de seu criado. Ela saltou da cama e se atirou contra a parede com tanta força que seu ombro fez um ruído forte de estalo.

Ariene que estava dormindo na outra cama, logo acordou por causa do barulho – Eiii, pra que tanto barulho? – perguntou ela sonolenta.

– Não é nada não, pode voltar a dormir... – falou Tayrumi não tenho certeza daquilo.

– Tá né... Só não me acorde de novo – Ariene virou para o lado e voltou a dormir.

Apensar da dor que sentia em seu ombro, ela correu até a janela e a fechou bem. O que quer que fosse aquilo que teria passado por ela naquele quarto, ela desejou que fosse apenas um vento vindo da janela. Tayrumi colocou lenha na lareira e rapidamente se deitou agarrada com uma adaga. Depois de puxar a coberta até a altura do queixo, ela fechou os olhos bem apertado e esperou que o sono viesse ou que algum ser maligno a puxasse da cama.

A brisa fantasmagórica fluía para dentro do quarto... Levou um bom tempo até que Tayrumi caísse em um sono perturbado.

[...]

Tayrumi acordou e viu que suas janelas estava escancaradas, algo a abriu e ela não tinha percebido. – Acho que a Ariene deve ter abrido... – disse Tayrumi consigo mesma. – Olhou para o lado e vira que a cama de Ariene já estava arrumada.

Tayrumi não tomou café da manhã e foi até o salão de treinamento para ver se encontrava a irmã. Chegando à porta do salão, já avistou sua irmã treinando, e seus outros amigos também.

Nihage girou a espada e resmungou quando Cristina defendeu o golpe facilmente e rebateu. Os músculos de Nihage doíam devido às semanas sem treino, e o fôlego dele se detinha na garganta conforme golpeava repetidas vezes.

– Nihage, isso é o resultado de um comportamento tão insignificante, tão fútil e tolo... – gargalhou Tayrumi cruzando os braços se aproximando.

– Cale-se, Tayrumi. – grunhiu Nihage, e bateu a espada mais forte contra a de Cristina.

– Calma aí...Nihage. Parece o comentário da Tay te deixou nervosinho – disse Cristina rindo.

Nihage parou a luta com Cristina e desafiou Tayrumi para um duelo.

Tayrumi pegou uma das espadas que estavam na prateleira e se aproximou de Nihage.

Nihage veio com um golpe para cima de Tayrumi. Tayrumi apenas desviou para o lado para que Nihage tropeçasse para a frente.

– Ande, vamos! Me mostre do que é capaz! – disse Tayrumi.

– Hoje não irei discutir com você TayTay, pois minha vitória nesta luta já bastará! – Nihage atacou com a espada em um gesto amplo, e Tayrumi defendeu. – Suor pingava da testa dele.

Cristina aproveitou para tomar água enquanto assistia a luta.

Nihage resmungou quando Tayrumi passou para a posição ofensiva e recebeu os golpes, um após o outro, com os braços doendo.

Tayrumi dava seus golpse fortes com precisão, que Nihage precisava admirar.

Nihage fintou Tayrumi, mas ela não caiu no chão. Em vez disso ela golpeou com força o bastante para que Nihage cambaleasse um passo atrás, lutando para se manter em pé. – Está bem, foi um golpe baixo – admitiu Nihage, e ergueu a espada para desviar de outro golpe de Tayrumi. – mas eu ainda estou guardando o meu melhor para o final.

– Que patético Nihage, se for assim em todas suas batalhas, você acabará morrendo – falou Tayrumi rindo, usando sua agilidade com a espada com bastante precisão.

Arranjar tempo para lutar com Nihage enquanto algo de estranho estava no quarto de Tayrumi na noite anterior, era um sacrifício não parar de pensar...

Após outro golpe, Nihage parou de repente e se endireitou.

– Basta – falou Nihage, recuperando o fôlego. Tayrumi fez o mesmo.

Nihage saiu da sala de treino em silêncio.

– Volte aqui Nihage. Você não disse que sua vitória nesta luta bastará? – gritou Tayrumi, enquanto Nihage sumia do caminho.

– Isso pareceu que ele aceitou a derrota numa boa – falou Cristina sentada em um banco.

– Acho que sim, ele supera *risos* – disse Tayrumi colocando a espada no lugar de antes enquanto observava a irmã e Daniel treinarem também.

Daniel atirava flechas nos alvos com seu arco repentinas vezes juntamente com Ariene com sua besta. Eram tiros na certa. Ariene mirou no alvo e disparou... A flecha chegou a atravessar o alvo.

Daniel olhou com olhar de aprovação – com essa mira assim, daqui uns dias nem adversários você terá mais. *Risos*

– Eu sei que estou boa, mas vou treinar mais. – disse Ariene continuando a atirar com sua besta.

– Vou treinar mais meu combo e rajada dupla. – disse Daniel, preparando sua mira.

Ariene percebendo que algo estava incomodando Tayrumi, pois a conhecia muito bem, ela estava inquieta e seu olhar pavoroso. Ariene para com o treino e vai até ela.

– Aconteceu algo contigo? – aproximando com a besta na mão, perguntou Ariene.

– Aconteceu algo ontem de muito estranho em nosso quarto, mas eu disse pra você que não era nada até eu começar a sentir calafrios e cheiro de rosas... Então eu deixei para te contar hoje cedo, mas você não estava no quarto, então desci até aqui imediatamente por que as chances de te encontrar aqui eram maiores – respondeu Tayrumi limpando o suor.

– Então? O que aconteceu de estranho?

– Vamos caminhando até o jardim. Te explicarei lá. Aqui dentro está muito abafado.

– Daniel, Cristina! Eu vou até ali com a Tayrumi, Ok? – Os dois acentiram.

Tayrumi e Ariene passando entre margaridas do jardim, sentaram-se em um banco de baixo de uma árvore.

– Na noite anterior, passou um vento frio e gelado por mim, cheguei a arrepiar. E em seguida fez com que alguma coisa do meu criado caísse. Foi nessa hora quw você acordou pensando que era eu... – explicou Tayrumi.

– Sua janela estava aberta? Pode ter sido apenas o vento – falou Ariene.

– Sim, mas eu também achei que fosse o vento vindo da janela. Isso pode parecer coisa da minha cabeça, mas eu acho que é alguma coisa sobrenatural ou algo do tipo. O nosso quarto ficou com cheiro de rosas... Foi sinistro – com as mãos sobre a cabeça, falou Tayrumi fitando algo em sua frente.

– Credo, que estranho. Eu não senti nenhum cheiro do tipo, acho que é por que eu estava dormindo. Mas seria possível algum ser maligno, ou criatura estar no castelo? – Ariene perguntou.

– Teremos que investigar isso hoje à noite. O que quer que seja essa coisa, está aqui no castelo e ela sai a noite. Noites passadas eu havia sentido um cheiro estranho de rosas, mas na noite anterior no nosso quarto esse cheiro ficou mais forte.

– Esse castelo é antigo e enorme, deve haver alguma passagem secreta por aqui. Quem sabe até algum lugar de onde essa coisa poderia ter vindo... – disse Ariene com as mãos sobre os cabelos castanhos escuros – Devemos falar disso para Erza?

– Melhor não, nem temos certeza disso. Vamos procurar por alguma passagem secreta por dentro do castelo e investigar. – falou Tayrumi pensativa. – sua barriga começa a roncar... – Melhor eu ir comer algo, estou com o estômago vazio. Vem comigo?

– Sim, vamos... – Ariene seguiu Tayrumi.– eu observei algumas vezes você lutando com Nihage. Deixou ele furioso, em?! *Risos*

– Parece que sim. *Risos*