História Shape Of You - Part. 18

Chris estava no elevador um tanto preocupado com Robert. Não tinha falado com o moreno a tarde toda e não sabia se ele estava bem.

Assim que as portas se abriram o loiro viu a escuridão que se fazia na sala. Nenhuma luz estava acesa, nenhum aparelho ligado. Sim, estava começando a entrar em desespero.

-Robert! Robert! – Gritou.

Então o loiro escutou o barulho de algo quebrando e, logo depois um gemido abafado. Evans correu em direção a cozinha e lá encontrou Robert sentado no chão, com uma garrafa de whisky de um lado e uma garrafa quebrada do outro.

-Rob, o que você fez? –Falou em voz baixa.

-E-eu enchi a cara ue. – Riu.

-Não é engraçado, Robert! Eu sei que você teve uma semana difícil, mas não deveria se entregar à bebida assim. –Falou, levantando o moreno.

-Você não é meu pai! Não tem que cuidar de mim, me solta! – Falou se sacudindo.

-Não, mas sou seu namorado. – Falou sério. – Você tá parecendo um adolescente, para com isso! – Respirou fundo. – Deixa eu te ajudar, por favor.

Por um momento os olhos do moreno se encheram de lagrimas, mas logo ele se livrou delas.

-Tá, tá bom.

Chris segurou na cintura de Robert após levanta-lo e aproximou o corpo do mesmo.

-Eu também achava que ser forte era sinônimo de lutar sozinho, mas querido, está muito longe disso. –Fala calmamente, beijando o moreno em seguida.

Quando o beijo é finalizado, Chris guia Robert até o banheiro e começa a despir o moreno em seguida.

-Eu não quero tomar banho agora.

-Você acha que vai deitar na cama cheirando a álcool? Claro que não. Tem que ficar cheiroso para mim. – Brinca.

-Temos que ficar cheirosos juntos. – Fala olhando-o com malicia.

-Então nós vamos.

Poucos segundos depois ambos então nus dentro no box. Um ensaboa o outro com um carinho um tanto elevado, mas isso não poderia faltar.

-Nem bêbado você perde uma oportunidade. –Fala jogando água no rosto do moreno.

-Eu bebi, não fiquei burro. –Diz apertando a bunda de Evans.

As caricias e brincadeiras continuam, mas não duram por muito tempo, ambos estavam cansados e precisavam dormir e logo foram se deitar.

[...]

Evans acordou gradativamente, sentindo a luz do sol atravessar suas pálpebras e chama-lo. O loiro abriu os olhos e virou para o moreno, que ainda dormia ao seu lado.

Era como observar o mais belo pôr-do-sol, ou o mais intenso horizonte. Eram para ele várias cores e várias formas em uma só pessoa.

Chris guiou uma de suas mãos até a bochecha do moreno e acariciou-a. Aproximou seu rosto do dele e deu um leve beijo nos lábios do menor.

-É um ótimo jeito para acordar alguém. – Falou Robert, sem abrir os olhos.

-Eu não queria te acordar, desculpe.

-Tudo bem, assim eu tenho mais tempo para ficar com você. Amanhã começa tudo de novo. –Resmungou.

O loiro deu um pulo da cama, assustando o moreno.

-Eu tenho que trabalhar, donzela. Pare de reclamar, você gosta de ter sempre um pão na mesa. –Brincou

-Depois eu que sou infantil. –Suspirou. – Vamos à batalha de um dia de domingo. Quais são os planos para hoje?

-Bom, apenas curtir você. Podemos chamar alguns amigos e tomar algumas cervejas. Talvez assistir um jogo, se estiver passando algum.

-Beber? Nossa Evans, estou surpreso.

-Ah, querido Robert. – Riu. – A bebida não está liberada para você.

-Nem tudo é perfeito, né?! – Falou, levantando da cama em seguida. –Vou tomar banho. Você pode preparar o café?

-Posso sim. Vai lá ficar cheiro.

Chris passou pelo moreno, dando um leve tapa na bunda do mesmo, seguindo para a cozinha em seguida.

O loiro deixou o celular sobre o balcão, pegou alguns ovos na geladeira e ligou a cafeteira. Quebrou os ovos e os jogou na frigideira. Quando ficaram prontos colocou-os em um prato e pôs na mesa, junto com os pães e o café.

Evans ouviu o barulho do celular na bancada. Sam estava ligando para ele. O loiro pegou o aparelho e atendeu.

-Oi Sam!

-Evans, tudo bem por aí?

-Tudo sim. E a lua de mel?

-Foi ótima, de verdade.

-Que bom!

-Evans, amanhã eu chego na cidade. Falo com você no trabalho.

-Certo! Até amanhã.

Chris colocou o aparelho novamente no balcão e se virou, encontrando Robert na porta.

-Quem era?

-Aquele amigo do trabalho que estava de féria. O dono do lugar, na verdade.

-Entendi. Ele está voltando?

-Sim, está.

-Bom, mal posso esperar para conhece-lo. –Falou, sentando-se à mesa. – Senta aí, estou morrendo de fome.

-Isso é culpa da ressaca, vem acompanhada de sede.

-Tá, tá. Podemos comer?

O loiro rui.

-Sim, podemos.

[...]

Os companheiros estavam sentados no sofá, abraçados, sendo o aconchego um do outro.

-Vamos chamar nossos amigos ou não?

-Tá tão gostoso assim. Precisamos mesmo de mais? –Olhou para o loiro. – Assim, amo meus amigos, mas não quero dividir sua atenção hoje.

-Tudo bem então. – Acariciou as madeixas morenas de Robert. – Só nós então.

-Perfeito.

XXX

Ruffalo estava assistindo televisão quando a campainha tocou. O moreno andou lentamente até a porta, abrindo-a.

E lá estava ele. Um loiro alto, forte e de olho azuis. No momento os mesmo se encontravam vermelhos, seus cabelos bagunçados, assim como sua vida.

-O que faz aqui?

-E-eu precisava te ver, Mark. – Fungou. – E-eu ainda preciso de você.

-Eu não quero mais nada com você, Chris! Vai embora, por favor. Me deixa seguir em frente.

-Então olha nos meus olhos e diz que não sente mais nada. S-se fizer isso eu vou e não volto mais.

Mark olhou nos olhos do loiro. Era como olhar para uma piscina no meio de um rio vermelho. Era como uma droga para ele. Ele olhava, mas não conseguia falar, só sentia tudo se perdendo novamente.

Também sentiu mais uma vez as mãos do loiro em sua cintura, sentiu a respiração quente do maior em seu rosto. Sentiu também o calor dos lábios do maior junto aos seus. Estava mais uma vez permitindo que começasse tudo de novo, mas não estava ligando para isso no momento.

Chris empurrou lentamente o corpo de Mark para dentro, fechando a porta com uma das mãos, guiando o moreno até o sofá. Deitando-se sobre ele em seguida.

-Eu amo você.

-Eu também amo você.