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História Shape Of You - Capitulo 12


Escrita por: maria_reeis

Notas do Autor


AAAAAAAAAA ME DESCULPEM PELA DEMORA PARA ATUALIZAR, EU SEI QUE NADA JUSTIFICA MINHA DEMORA, MAS EU ESPERO QUE VOCÊS ME PERDOEM! Amo vocês, boa leitura.

Capítulo 12 - Capitulo 12


 - Sabe o problema não é você, sou eu. Você é um cara incrível, e tudo mais, mas não dá. - Ele suspirou, me sentia mal por estar terminado tudo assim. Tudo bem que passamos apenas algumas semanas juntos, mas eu sempre fujo dos meus relacionamentos. 

 - Porque você não tenta? Podemos continuar assim, sem nada sério. - Ele insistiu. 

 - Olha, me desculpa, o problema é realmente comigo. - Não esperei resposta  dele, sai dali antes mesmo que ele pensasse em responder. Ele era uma pessoa legal, mas o problema é comigo, não com ele, sempre é comigo. Eu sempre afasto todos que gostam de mim, eu sempre opto por isso. 

 - Maria? - A voz de Shawn me trouxe fazendo com que eu o encarasse. 

 - Desculpa, o que estava dizendo? - Perguntei abanando com minha cabeça. 

 - Nada, 

 - Estou brincando. - Murmurei vendo o mesmo murchar. - Eu te ouvi. Ouvi cada palavra. - O pensamento do meu último termino invadiu minha mente assim que Shawn terminou sua fala. - Sabe, nos primeiros dias eu achei que você iria desistir de mim, que iria me trocar por alguém melhor ou coisa parecida. Nutri isso durante todo tempo até aqui. Mas pela primeira vez alguém me fez acreditar que eu realmente posso construir algo com alguém. Eu te achei no lugar mais improvável que eu poderia pensar, te amei mesmo sem perceber que já estava te amando. Achei em você tudo o que precisava. Um amigo, um amor, um namorado e sim, um futuro marido. - Sorri. - Então eu acho que isso responde sua pergunta. Eu aceito sim. - Shawn sorriu largamente enquanto se inclinava para me abraçar.  

 - Você me deu um susto do caramba. - Ele disse contra meu pescoço. 

 - Desculpa, mas eu precisava fazer um drama. - Dei os ombros. 

 - Você quis me matar isso sim. - Ele riu. 

 - Nunca, isso não. - Ele tirou a cabeça da curva do meu pescoço e me encarou. - O que foi?

 - Sabe que eu te amo né? - Ele baixou a voz. - E que eu faria tudo por você? 

 - Sim, porque tá dizendo isso? - Sorri. 

 - Só pra você ter certeza. - Ele colocou uma mexa de cabelo meu atras da orelha. - Eu sei porque você ainda se pergunta porque você, mas sabe aquela esperança de encontrar a pessoa certa pra sua vida? Eu sempre tive, sempre tive a esperança de lhe encontrar, e quando eu ti vi, foi algo inacreditável, pois você foi da maneira que eu sempre quis. Uma menina encantadora, simples, com um sorriso extraordinário. Seu jeitinho que me encantou completamente. - Ele acariciava meu cabelo enquanto olhava todos os detalhes do meu rosto. - Sabe, qual forma, que você fica mais linda ainda? Quando coloca a mão sobre o queixo, e fica simplesmente parada me olhando, e não consegue segurar o riso, pois eu fico simplesmente parado te olhando, e você sorri e pergunta: O que foi? E eu simplesmente sorrio e digo pra mim mesmo: Que mulher maravilhosa eu tenho. - Sorri com o sorriso dele. - Mas de fato, a melhor coisa é acordar com uma simples mensagem sua. Seu jeitinho simples, sempre me encantou, sempre me deixou a te desejar, ou melhor, a te querer mais e mais e mais. E o que eu sempre quis, era sussurrar no seu ouvido e dizer: Segura na minha mão e não solta. Vou cuidar de você em todas situações. - Ele beijou minha testa e senti as lágrimas molharem meu rosto. 

 - Você tá todo romântico hoje. - Sussurrei enquanto brinca seu pescoço. 

 - Hoje é uma data especial. - Ele deu os ombros. - Hoje é nosso aniversário de amizade e a partir de hoje, minha namorada. 

 - Eu te amo. - Sussurrei. Ele não demorou para colar nossas bocas. Sua mão acariciava meu cabelo gentilmente enquanto eu acariciava sua nuca. Sabe aquele tipo de beijo do qual a gente acaba se viciando e tarde da noite se vê pensando nele?! Shawn tem esse tipo de beijo. 

Vocês devem pensar que isso é só papo de apaixonada, talvez seja, mas quantas vezes eu me peguei pensando nos beijos trocados no corredor, no quarto, na cozinha, e de como sempre parecia ser algo novo. De como aquele arrepio sempre estava presente e eu tentei ignorar por tanto tempo. 

Mas agora eu não preciso mais ignorar isso, agora posso abraçar todo esse sentimento, me jogar na toca do coelho sem medo de me machucar. Afinal, amor é isso. Você jura que nunca mais vai se apaixonar novamente. E de repente aparece essa pessoa. Que a conversa é tão fácil. E é essa pessoa que te vira do avesso, te tira aquele sorriso bobo, risadas e mais risadas daquelas únicas sabe? Que dão uma dorzinha boa na bochecha. E essa pessoa tem esse jeito tão encantador que te faz pensar nela todo o dia. Muda sua vida, sua rotina e você se pega usando aqueles apelidos melosos que só os apaixonados entendem. Cada minuto passado com ela se torna algo único e você é capaz de tudo pra fazê-la sorrir. E de repente você se pega sorrindo, lembrando de cada momento que passa com ela… e então você esquece dos momentos ruins que passou antes dela e passa amar de novo, a sonhar de novo.

A verdade é que, se tratando de amor, a gente sempre de surpreende, nunca sabemos por quem vamos nos apaixonar, e muitas vezes nos magoamos muito, mas tem os momentos bons que fazem valer a pena. Quando aparecer a pessoa que vai fazer você pirar você vai saber, e vai se surpreender em como tanta coisa pode acontecer. 

Você nunca fica no controle, o amor, o sentimento, sempre vai controlar. 

Tá, hoje eu deixo minha parte romântica falar mais alto. 

Eu tô tão Shawn, nem sabia que eu podia ser tão romântica assim. Mas nessa noite eu disse para ele o quanto eu o amava, e não fui mão de vaca ao despejar elogios à ele como ele sempre faz comigo.

 - Quando eu era criança, diziam que quando você conta estrelas nasce uma verruga em você. - Sussurrei enquanto encarava o céu estrelado.

 - Quem disse disso? - Shawn perguntou rindo. 

 - Meus avós, eles sempre diziam isso, por isso nunca contei estrelas. - Dei os ombros. - Tinha medo de ficar com verrugas. 

 - Aposto que seria linda com verrugas. - Shawn riu e eu apenas empurrei seu braço. 

 - Mas isso não impediu de que eu amasse o céu estrelado. - Astronomia é minha segunda paixão. Só não fiz astronomia porque infelizmente não me dou bem com números. 

 - Temos uma pequena Newton aqui?! - Não conseguir conter a risada.

 - Copérnico. - O corrigi. - Ele é pai da astronomia. 

 - Você é uma nerd mesmo não é?! 

 - Não preciso me esforçar. - Dei os ombros. - Tá vendo aquele conjunto de três estrelas ali?! - Perguntei apontando para o céu. 

 - Perto da nuvem em forma de dinossauro? 

 - O quê? - Perguntei rindo. 

 - A nuvem tem formato de dinossauro, e sim, eu estou vendo. - Ele deu os ombros. 

 - Aquelas são as Três Marias. E você está drogado. - Ele riu. 

 - Vai me dizer que não tá vendo o dinossauro? - Ele perguntou com um tom sério na voz. 

 - Eu não estou vendo o dinossauro Shawn. - Disse rindo. 

 - Eu acho que é um t-rex. - Ele me ignorou. - E ele está comendo uma cabra. 

 - Meu namorado está drogado?! - Indaguei, e ele se virou para me encarar.

 - Você disse. 

 - Sim. - Dei os ombros. 

 - Você me chamou de namorado pela primeira vez. - Ele disse com um sorriso lindo nos lábios. 

 - Sim, eu chamei. - Ele se inclinou para perto e beijou meus lábios. 

Não ligava se estávamos deitados na grama, tarde da noite, no total escuro, pra mim, apenas estando com ele, em qualquer lugar que fosse, era perfeito. Ele tinha isso, conseguia fazer qualquer lugar ser perfeito. 

 - Acho que devemos ir. - Ele sussurrou. - Está tarde e frio. 

 - Você está certo. - Suspirei, a última coisa que Shawn deveria pegar era um resfriado. 

Ele me ajudou a levantar e eu fico e bico. 

 - O que foi? 

 - Me leva no colo? - Perguntei, ele me encarou como se, se perguntasse se era sério. Eu apenas assenti. - Tô cansada. 

 - Você não tem jeito né?! - Ele balançou a cabeça negativamente enquanto me puxava pro colo dele. Por incrível que pareça, não estávamos longe do hotel. Nessas horas, eu acho que Nova Iorque é um ovo. As ruas também estavam desertas e o que facilitou para que ele me carregasse no colo, ele me colocou no chão apenas quando estávamos chegando na rua do hotel, essa que era super movimentada. 

 - Ei senhora, sabe esse menina? Ela é minha namorada. - Shawn disse enquanto  parava uma senhora que passeava com o cachorro.

 - Bonita. - Ela sorriu bondosa. 

 - Sim, eu sou o homem mais sortudo do mundo. - Shawn beijou a bochecha da senhora e continuou andando até à frente do hotel. Eu fiquei no mesmo lugar, estática. A senhora já estava longe, mas Shawn parou antes de que ele pudesse entrar dentro do hotel. - Tá fazendo o que aí? 

 - Porque fez isso? - Perguntei saindo do meu transe. 

 - Porque não faria? - Ele deu os ombros sorrindo. 

 - Não sei, mas isso não é normal. - Dei os ombros. 

 - Nada na nossa vida é normal Maria. - Ele sorria como se tivesse acabado de ganhar na loteria. 

 - Devo concordar com você. - Dei os ombros novamente. 

 - Mas, eu fiz porque eu tenho uma namorada linda e eu preciso dizer isso pra todas as pessoas. - Ele passou o braço envolta da minha cintura. 

 - E porque é louco. - Sorri. 

 - Talvez. - Ele balançou a cabeça e beijou minha testa. - Vem, vamos dormir. 

 

Eu tenho certeza que eu lembro o caminho. 

É incrível como esses estádios tem muitas portas e todas elas são iguais, mas eu sei que eu estou perto. 

Passei por um conjunto de portas duplas e encontrei mais um corredor. Dessa vez tinha gente. 

Suspirei aliviada e andei em direção a porta onde Shawn se encontrava com o restante da banda, lugar onde eu já deveria estar a muito tempo. 

Assim que eu abri a porta os olhares se voltaram para mim. 

 - Oi gente. - Sorri acenando. Os meninos acenaram para mim e eu pude perceber duas novas pessoas ali. Charlie e Camila. 

As duas pessoas que eu mais amo nesse mundo. 

 - Se perdeu? - Shawn perguntou sorrindo. 

 - Mais ou menos. - Dei os ombros indo me sentar ao lado dele. 

 - Mas conseguiu chegar. - Ele disse me apertando contra ele. - Ah, tenho um comunicado a fazer. - Droga. - Eu e a Maria estamos namorando. - Os meninos gritaram, mas a cara de Charlie e Camila foi impagável. 

 - Parabéns, tava me perguntando quando você iria fazer isso. - Dave disse batendo na cabeça de Shawn. 

 - E como foi? Rolou flores? - Brian perguntou. 

 - Na verdade ele me raptou, me levou pro mato, fez uma senhora de refém disse que se eu não aceitasse namorar com ele, ele mataria a senhora. - Dei os ombros ouvindo a gargalhada do pessoal. - Mas foi bonito, contamos estrelas e observamos um t-rex comer uma cabra. 

 - Agora assume que era um dinossauro! - Shawn gritou se levantando. 

 - Não tô assumindo nada, apenas tô dizendo o que aconteceu. - Dei os ombros. 

 - Um o que? 

 - Ele cismou que a nuvem parecia um dinossauro comendo uma cabra. - Fiz uma careta. 

 - Mas Shawn, e a menina por quem você estava apaixonado? - Charlie perguntou sorrindo. 

 - Eu tô apaixonado pela Maria. - Ele disse como se fosse uma coisa óbvia. Não acredito que Charlie vai fazer isso. 

 - Mas, ela é... você sabe. - Nesse momento todos já tinham os olhares concentrados em nós. Revezando entre mim, Charlie e Shawn. 

 - Ela é o que? - Shawn perguntou dando um passo pra frente, mas antes que ele pudesse dar mais um, eu coloquei minha perna na frente dele. 

 - Uma prostituta. - Ele disse como se fosse uma coisa normal. Eu vi o rosto de Shawn ficar vermelho. O silêncio e a tensão se fundia deixando o ar pesado. 

 - Shawn. - O chamei, mas eu sabia que ele não ouvia. Seu olhar estava centrado em Charlie. Eu não seria capaz de evitar o que viria a seguir. Eu não poderia. Shawn é muito maior do que eu, muito mais forte. - Eu estou grávida. - Sussurrei para que somente ele pudesse ouvir, o mesmo me encarou confuso. 

 - O-o que 

 - Vem comigo. - Não esperei resposta dele. Apenas o puxei para que viesse comigo sala a fora. 

Andamos até chegar numa daquelas salas vazias. Ele bateu a porta com força. 

 - Que história é essa? - Ele perguntou se virando para mim. Seu rosto não estava mais vermelho.

 - Era a única forma que eu achei para atrair a atenção. - Seu rosto suavizou e ele me encarou. 

 - Então você não está grávida? - Neguei. Ele parecia aliviado, não fiquei com raiva, gravidez pra mim, nesse momento, não seria uma benção. - Então eu posso voltar e quebrar a cara do Charlie? 

 - Não. - Bati o pé. - Ele é seu amigo! 

 - Ele te chamou de prostituta! - Shawn gritou. - Você não se senti nem um pouco incomodada com isso? 

 - Não. - Gritei de volta. - E se eu não sinto, você não tem que se sentir. 

 - Aí mesmo que eu devo sentir Maria Clara. - Era a primeira vez que ele me chama assim. - Você tem que parar com isso, com essa coisa de achar que nada te afeta! Eu sei que incomoda, e sei que você não vai fazer nada e é meu  dever como seu melhor amigo e namorado te defender. 

 - Eu não vou fazer nada, sabe porque? Porque não vale a pena! Passei metade da minha vida pensando no que eles iriam achar de mim, se eu estava agradando as pessoas, sem me importar comigo mesmo! Tomei punhados de remédios para que isso parasse, e parou, taquei o foda-se para esse tipo de gente! Parei de mim importar com cada passo que eu dava, eles não me incomodam mais. - Joguei as mãos para o ar, Shawn me encarava enquanto eu respirava com dificuldade. - Eu não me importo se sua amiga disse que eu sou uma prostituta e seu amigo acreditou. A única pessoa que eu me importo com o que ela pensa de mim, está bem na minha frente. Então, você me acha uma prostituta? 

 - Claro que não. - Ele disse com a voz baixa. 

 - Então eu não me importo. - Dei os ombros. - Eu não sou, e você sabe disso. Todos sabem. E não vão ser eles que vão mudar isso.

 - Mas 

 - Mas nada. Esqueça isso, quer me defender?! Defenda, mas não precisamos de mais violência no mundo. - Ele apenas abaixou a cabeça, sabia que eu estava certa. Nunca deixaria que Shawn batesse em Charlie por minha causa, nem mesmo brigar. Os dois são amigos, não vale a pena brigar. Mas também não posso evitar que ele não vá bater boca com ele, mais uma vez Shawn está tomando minhas dores, mais uma vez. Alguma coisa me diz que essa não vai ser a última vez, tudo bem que eu não vou mudar quem ele é, eu o amo mesmo com esse jeito psicótico que ele tem pra me defender. 

 - Desculpa. - Ele sussurrou com os olhos no chão. 

 - Esqueça isso, e eu esqueço também. - Dei os ombros. Ele não me respondeu, apenas me puxou para perto, passando seus braços em volta da minha cintura.

Sua respiração quente estava batendo contra meu pescoço. Por Shawn ser maior do que eu, ele sempre precisa se curvar para poder me abraçar. 

 - Me conta essa história direito. - Ele pediu com a voz baixa. Deixei que um suspiro de reprovação escapasse dos meus lábios. 

 - Foi ontem, quando ele me levou. Estávamos indo em direção ao quarto, e eu perguntei porque ele estava me levando pra lá, aí ele disse que a Camila falou que eu sou a prostituta que estava te acompanhando. - Ele me soltou para poder me encarar. Sua cara não era das melhores, mas eu percebi que ele estava fazendo um esforço. 

 - Eu não acredito que ela achou isso. - Ele balançou a cabeça negativamente. - Camila é ciumenta mas não sabia que era tanto assim. 

 - Bom, agora já foi. - Suspirei. Ele me abraçou de novo, dessa vez me apertando ainda mais.

 - Desculpa por isso. - Ele sussurrou. 

 - Está tudo bem. - Dei os ombros. Ele me puxou para poder sentar em um sofá que havia ali. Aquele lugar era apenas um dos vários camarotes que havia no estádio. Ele mandou uma mensagem a Geoff dizendo onde estava, da onde a gente tava sentado, dava pra ver perfeitamente o estádio e as mil pessoas que ali estavam. 

 - Eu sei que eu nem sempre vou estar por perto pra te proteger, e que nem sempre você vai gostar de como as coisas funcionam quando está comigo. - Ele disse enquanto acariciava meu braço. - Mas, eu sempre vou tentar, sempre vou fazer o possível e o impossível para te proteger. Mesmo as vezes você sendo cabeça dura e tudo mais, não aceitando as coisas, nós estamos juntos agora, tudo o que é meu, é seu. 

 - Eu sei, agora eu vou querer a senha do seu cartão de crédito. - Brinquei. O mesmo riu e beijou minha bochecha. Shawn é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci, além de ser a mais atenciosa também. 

 - Quem vai cuidar do financeiro da casa vai ser eu. - Ele disse apertando meu nariz. 

 - Nada disso, as finanças vão ser minhas. - O encarei. 

 - Vem morar comigo. - E de novo. 

 - Eu já disse 

 - Sim, você disse. - Ele suspirou. - Mas pensa na Mari, ela vai precisar de espaço agora, seu quarto tem o tamanho ideal para um quarto de bebê, e eu deixo você dividir as contas comigo. 

 - Mas ainda tem o fato de que eles vão viver de aluguel. - Balancei a cabeça negativamente. 

 - Eu já disse, 

 - Você não vai comprar a casa. - Se eu tivesse em pé, eu já teria batido o pé, mas não fiz. Apenas lancei a ele meu olhar intimidador e deixei que ele tirasse suas próprias conclusões.  

 - Eu sei, você piraria se eu comprasse a casa. - Ele fez cara de tacho. 

 - Ainda bem que você sabe. - Resmunguei. 

 - Mas enfim, vai ser só você em casa, vai às contas não vão ser tão altas, e deve sobrar um dinheiro para você ajudar ela. - Ele deu os ombros. - Por favor, se você não vier morar comigo, eu compro a casa. 

 - O que? 

 - É, se você não vier morar comigo eu compro a casa. 

 - Afinal porque você quer que eu more com você mesmo? - Perguntei. 

 - Porque eu quero você comigo, nossas coisas misturadas, tudo bonitinho. - Ele deu os ombros rindo. - Um casal normal.

 - Que de normal não tem nada. - Dei os ombros. 

 - Claro que temos, então Hanôver, qual é sua resposta? - Olhei bem no fundo dos olhos dele, qual é o tamanho do risco que eu tô correndo aceitando ficar ir morar com ele?! Apesar de querer morar com ele, eu não posso deixar de contar os riscos. E se a gente terminar depois que eu for morar com ele? E se ele não me quiser mais? Tem tudo isso que eu tenho que levar em conta, mas eu quero, seria bom isso. 

 - Tá, eu moro com você. - Deixei que meu corpo caísse no tronco dele. 

 - Ufa, achei que ia ter que abrir um contrato pra comprar a casa. - Ele disse com um alívio fingido. 

 - Idiota, sabe que eu posso te processar por chantagem?! - Ele balançou a cabeça negativamente. 

 - Você não faria isso, sou seu namorado. - Encarei ele com meu olhar de tipo, você duvida?! Ficamos mais um tempo ali até que Geoff viesse avisar que teríamos que ir, o mesmo entregou o violão para Shawn e andamos lado a lado até o backstage. - Meu beijo de boa sorte. 

 - Sabe que não precisa disso. - Respondi sorrindo. 

 - Claro que eu preciso. - Ele disse como se fosse óbvio. - Só vou subir quando você me der o beijo. 

 - Você é ridículo. - Fiquei na ponta dos pés para poder beija-lo, sua livre envolveu minha cintura enquanto me puxava para perto. - Vai lá e arrasa. - Ele sorriu largamente e virou de costas para mim subindo os degraus que o levaria para o palco. 

Observei ele sumir e os gritos ficarem mais alto, as mãos de Tom seguraram meu ombro e ele me puxou até meu lugar. Atras da minha cadeira havia o nome "família" escrito, ficava bem perto do palco, eu tinha a visão privilegiada de Shawn. 

Era maravilhosa a forma que eles me tratavam, apesar de ninguém ali ter a obrigação de me tratar bem, eles sempre me perguntavam se eu queria alguma coisa, ou se estava bem, e não foi só porque eles acabaram de descobrir que eu era a namorada de Shawn, mas desde de que eu os conheci eles vem sendo muito atenciosos, me chamando para qualquer coisa, me incluindo em grupos de WhatsApp e tudo mais, talvez eu seja mesmo da família. 

Eu nem preciso dizer que ele estava arrasando né? A forma de como cantava cada nota, fazia meus pelos se arrepiarem. Vez ou outra eu conseguia ver algumas olhadelas da parte dele na minha direção, não me preocupei em saber onde Charlie e Camila haviam se enfiado, eles não são problema meu, por mim que eles se explodam juntos. 

Quando a última música acabou, eu já estava de pé. Batendo palmas e gritando feito uma louca. Acho que já posso me considerar fã dele. 

 - Se continuar gritando desse jeito, vai acabar ficando sem voz. - Tom disse rindo. 

 - Não me importo. - Dei os ombros. Minha voz já estava rouca e irritada, mas continuei gritando, aplaudindo, porque ele é maravilhoso no que faz, e pessoas assim merecem ser reconhecidas e eu não podia estar mais feliz por existir na mesma época que ele e ter acabado conhecendo ele. 

A vida é uma porra de uma caixa de surpresas. 

 

 - Texas? Eu nunca estive no Texas. - Disse enquanto embarcava no que eu denominei "expresso Mendes". 

 - Bom, estamos indo pra lá. - Ele disse com as mãos na minha cintura. - Você vai gostar, faz calor tipo o Brasil.  

 - Eu não gosto de calor. - Fiz uma careta. 

 - E como sobreviveu esse tempo todo lá? - Ele perguntou enquanto sentava no sofá. 

 - Não sei, não costumava sair muito de casa. - Dei os ombros. - O pessoal da rua falava que eu era uma vampira.  

 - Posso até imaginar uma Maria emo, usando roupas de gótica e crucifixos que não comia alho. - Brian disse enquanto passava por nós. 

 - Nunca fui amo, e não gosto de crucifixos e como alho. - Dei os ombros. 

 - O que acontece se a gente te colocar no sol? Você brilha? Vira pó? Começa a queimar? - Tom perguntou se sentado na minha frente. 

 - Podemos dizer que eu queimo. - Ri me lembrando de todas as vezes que minha família inventou de ir para praia e eu acabei me queimando por conta disso. - Minha pele fica toda vermelha, isso se eu permanecer um bom tempo debaixo do sol, sem nenhuma proteção. 

 - Vai dizer que não gosta de praia também?! - Assenti. Eu odeio praia. Sempre é muita gente, gritando, falando alto, rindo alto, sol, calor, a maresia salgando meus cabelos, a areia grudando na minha pele, é tudo horrível. Prefiro piscina.

 - Eu odeio praia. - Sorri. 

 - Você é uma brasileira inversa. - Geoff disse aparecendo de uma das cabines, na verdade apenas sua cabeça apareceu, o resto do seu corpo ainda estava coberto pela cortina preta. 

 - Sabe sambar? - Tiffany perguntou e eu neguei. 

 - Meu Deus! Você é genérica. - Tom disse batendo a mão na perna. 

 - Sabe fazer aquele doce lá, o briga alguma coisa. - Pode parecer absurdo, mas eu não se fazer brigadeiro. Sempre arranjo um jeito de queimar. 

 - Não, eu sempre queimo o brigadeiro. - Dei os ombros. 

 - Shawn, enquanto você observa o corpo dela, você já se deparou com alguma tatuagem dizendo que ela foi fabricada na China? - Geoff perguntou num tom sério. - Se bem que ela tem uns olhos meio puxado. 

 - Bom, ela tem uma coisa escrita nas costas. - Ele deu os ombros. 

 - É uma tatuagem. - Dei os ombros. - E está escrito em francês. 

 - Então traduza ue. - Tom disse rindo. 

 - Pour voir le monde, face aux dangers, pour voir au-delà des murs, pour se rapprocher de trouver et sentir, c'est le but de la vie. - Recitei as palavras que marcaram minha vida. - Para ver o mundo, enfrentar os perigos, para ver além das paredes, para chegar mais perto, para achar um ao outro e para sentir, esse é o propósito da vida. - Todos os olhares estavam voltados para mim. - O que foi? 

 - Isso é muito bonito. - Tom disse pensativo. 

 - Eu sei, é minha frase favorita. - Dei os ombros. 

 - Onde você achou ela? - Shawn pergunto enquanto brincava com meu cabelo. 

 - Num filme, A Vida Secreta de Walter Mitty.  

 - É bem bonita. - E era mesmo. Eu nunca havia visto um filme e me identificado tanto, como eu me identifiquei vendo esse filme. A Vida Secreta de Walter Mitty se tornou uns dos meus filmes favoritos e eu não podia deixar de tatuar a frase, se eu não fosse eu, eu queria levá-la ao pé da letra, tudo bem que eu demorei muito para me achar, como dizia minha terapeuta, todos nós estamos perdidos no limbo, então não tem problema estarmos perdidos. Eu sei que um dia eu ainda vou fazer tudo o que eu quero. Vou terminar minha faculdade, colocar uma mochila nas costas e viajar pelo mundo. Eu não sei o dia de amanhã, eu posso morrer, posso terminar com Shawn, um meteoro pode cair na terra, não sei, como já dizia minha vó, o futuro só a Deus pertence, nós como meros mortais devemos esperar o que nos aguarda a cada virada de esquina, sendo mau ou bom. 

A vida é assim. Igual a aquelas caixinhas que você gira a manivela e espera, na maior ansiedade, pra no momento em que você menos esperar, tomar um susto e depois cair gargalhando no chão até pequenas lágrimas brotarem dos seus olhos. A vida também é igual uma playlist no aleatório, você não sabe qual música vai vir, há dias tristes e dias bons, mas também a aqueles dias maravilhosos onde nem o sol escaldante te incomoda. Acredite ou não, eu só fui pensar assim a alguns anos atrás. Jovens da minha idade hoje em dia, sempre fala que a vida é depressiva, que não há nada de bom nesse mundo, mas talvez eles só estejam olhando da forma errada. Tenta olhar de um ângulo diferente aquilo que você sempre viu, se precisar fique até de cabeça pra baixo, essa coisa ou o que seja, fica mais interessante, e a partir daí você começa a achar tudo mais interessante, começar a ver com outros olhos, começar a enxergar os pequenos detalhes que antes você não via. É sempre bom inovar, fazer escolhas diferentes, pegar um caminho pra casa diferente do que você está acostumada. Confia em mim, você vai sair da monotonia.

Fiquei mais um tempo contando o porque dei ter feito a tatuagem, os meninos acharam fascinante o fato de eu ter feito com apenas 16 anos. Fazer tatuagem sempre foi um sonho, e quando minha mãe me deixou fazer a primeira, eu soube que não ia parar tão cedo. Em minha cabeça eu já tenho outros planos de tatuagem. 

 - Você e o Shawn devia fazer uma juntos. - Brian disse rindo. 

 - Ah claro, porque isso da super certo. - Revirei os olhos.  

 - Vocês não precisam escrever o nome um do outro, mas apenas uma coisa que faça vocês se lembrarem de um momento. - Geoff disse entediado. 

 - Tipo um frase. - Tiffany disse tão entusiasmada como se tivesse tido uma ideia milionária. - Seria tão lindo. 

 - Então, a gente pensa nisso depois. - Shawn riu. - A gente podia sair quando chegássemos no Texas. 

  - Ir pra onde? - Tom perguntou entrando na conversa. 

 - Uma balada. - Ele deu os ombros. 

 - Vamos dançar country. - Geoff gargalhou. 

 - Deve ter uma boate onde toca outros tipos de música. - Tiffany deu os ombros. - Se não tiver a gente faz uma festa na piscina do hotel mesmo. 

 - Vocês são muito baladeiros. - Resmunguei enquanto me aconchegava nos braços de Shawn. 

 - Como você conheceu o Shawn mesmo?! Ah é, num pub. - Tom ironizou e eu lhe mostrei o dedo do meio. 

 - Pra sua informação, aquela foi a primeira vez que eu sai pra encher a cara sozinha. 

 - Você tava muito ruim naquele dia. - Tom gargalhou. 

 - Já me disseram isso. - Dei os ombros. 

 - Achamos que ia cair. - Geoff comentou. 

 - Também já me disseram isso. - Suspirei rindo. 

 - Bom, então quando chegarmos vamos numa balada. - Shawn disse batendo os pés. Permanecemos nessa conversa por mais alguns minutos até cada um ir se ocupar com seu dever.

Eu permaneci sentada no sofá ao lado de Shawn que tocava violão e murmurava letras de música. Shawn todo concentradinho é a coisa mais bonitinha de se vir. Seus lábios formam um biquinho lindo, e sua testa fica enrugada ou franzida, depende do contexto de sua concentração. Mas ele é lindo de qualquer jeito né?! 

Cara, vocês devem tá achando um saco esse negócio de ficar revendo meu passado e blá blá blá, mas eu sou assim, gosto de relembrar as coisas, apesar de quem vive de passado é museu. Também gosto de museus, okay, perdi um pouco o fio da meada. 

Enfim, me lembrem de agradecer ao Gary por ter criado o bar. 

 - Ah Maria, eu tenho que te pedir uma coisa. - Shawn disse sério. 

 - Ah, de novo não. - Murmurei pra mim mesma.  - E o que seria? - Perguntei me endireitando no sofá. 

 - Sabe, eu sei que a gente tá junto e tal, e você vai morar comigo e tudo mais e que você tem sua família, e tá passando todo esse tempo comigo 

 - Shawn, vai direto ao ponto. - Revirei os olhos. 

 - Quer passar o natal lá em casa? - Eu quis rir da carinha fofa que ele fez e por ter se embolado todo para dizer isso. 

 - Eu adoraria. - Sorri pra ele. 

 - Minha mãe vai ficar tão animada. - Ele sorriu largamente. - Tudo bem que a ideia de te convidar foi da Aaliyah, mas ela já queria. 

 - A Aali que quis me convidar?! - Perguntei sorrindo. - Que fofa. 

 - Ela gosta de você. - Ele deu os ombros. - Ei, não tem aquela sua amiga a Carol? 

 - Sim, o que tem ela? - Perguntei o encarando. 

 - Ela vai vir pro casamento da Mari né? - Assenti. Eu e Carol seríamos as madrinhas da Marina. - Você bem que podia dar uma de cupido né? 

 - Ah é? Vou juntar ela e quem? - Perguntei rindo. 

 - O Tom. - Ele disse baixo. - Podemos marcar algo quando estivermos lá. 

 - Vamos ver se o Thomas merece minha amiga. - Mostrei a língua a Shawn que não perdeu tempo e me roubou um selinho. - Agora eu posso te pedir uma coisa? 

 - Até duas se quiser. - Ele riu. 

 - Bobo. - Apertei seu nariz. - No próximo show, você pode cantar uma música? 

 - Claro, qual? 

 - Never Be Alone. - Eu disse que um dia eu ia aprender todas as musicas dele. Never Be Alone é simplesmente minha música favorita, depois de There's Nothing Holdin' Me Back é claro. 

 - Sério? - Ele perguntou surpreso. 

 - Sim, eu nunca ouvi você cantar ela e bom, você está ocupado agora 

 - Maria, entenda. Eu nunca vou estar ocupado para você. - Com a mão livre ele acariciou meu rosto. Um simples toque que fez com que meus olhos se fechassem e eu ronronasse feito um gatinho. - E eu canto quantas musicas você quiser. 

 - Por enquanto eu só quero essa. - Mordi meu lábio inferior. Ele fez carinho antes de levar a mão até o violão. Seus dedos dedilhou as notas iniciais de Never Be Alone e eu já estava praticamente em prantos, talvez eu seja uma manteiga derretida mesmo. 

 - I promise that one day I'll be around I keep you safe I'll keep you sound, right now it's pretty crazy and I don't know how to stop or slow it down. - A voz dele era suave e calma, por alguns segundos eu pensei que só havia nós dois ali. - Hey I know there are some things we need to talk about and I can't stay, just let me hold you for a little longer now. - Eu não sei ao certo o porque dessa música ter virado minha favorita. Talvez algo na fala sobre estar longe mas nunca sozinha, me lembra o futuro que eu possa ter com Shawn. - Take a piece of my heart and make it all your own, so when we are apart you'll never be alone. - Mesmo com ele longe, eu nunca estaria sozinha. - When you miss me close your eyes I may be far but never gone, when you fall asleep at night just remember that we lay under the same stars and hey I know there are some things we need to talk about and I can't stay, so let me hold you for a little longer now, and take a piece of my heart and make it all your own so when we are apart. - Ele sabe disso. Nós dois sabemos disso. Não vou poder acompanhar ele em todas as suas turnês, nem vou poder ir em todos os seus shows, e mesmo morando juntos, quase não nos veríamos. - You'll never be alone, and take a piece of my heart and make it all your own so when we are apart you'll never be alone, - Talvez seja por isso que eu goste dessa música. Não importa nada disso. Quando eu aceitei entrar na toca do coelho, eu já sabia os ricos que eu teria que enfrentar, sim, essa música descreve perfeitamente nossa situação. - you'll never be alone.

 - Ja disse que você canta maravilhosamente bem e que eu poderia te ouvir pelo resto da minha vida? - Sussurrei enquanto passava os braços em volta do pescoço dele. 

 - Você diz isso todos os dias de manhã. - Ele riu enquanto colocava o violão do lado do sofá. 

 - Então nem preciso repetir mais né? - Perguntei sorrindo. 

 - Ah, sempre é bom ouvir isso. - Ele deu os ombros com um sorriso cafajeste no rosto. Juntei nossos lábios num beijo rápido, ele sorriu em meio ao beijo, as mãos envolvendo minha cintura enquanto me puxava para mais perto. 

O caminho até o Texas era grande, mas eu não me importo de estar dentro do ônibus, afinal passar esse tempo com Shawn e os outros, é um tempo maravilhoso e eu adoro.  

Quando estamos assim, passamos a maior parte do tempo conversando, brincando e fazendo resenhas, o que é incrível. Pra mim, a melhor parte é quando vamos dormir, é engraçado, já que cada um tem sua cabine e eu sou a intrusa e eles têm que tirar ímpar ou par pra vê quem vai me ceder o lugar, mas isso nunca acontece, eu acabo sempre sendo espremida por Shawn. Meu porte pequeno me faz ocupar um lugar menor e o grande dele me faz ficar escondida e quentinha. 

 - Ah, desculpa interromper o momento fofo de vocês, mas eu tenho que entregar isso. - Tom disse enquanto se aproximava com um envelope na mão. - Chegou ontem, e eu esqueci de entregar. 

 - Ah, obrigada. - Shawn sorriu enquanto pegava o envelope. 

 - Disponha. - Tom fez uma reverência ridícula e saiu. 

 - O que é? - Perguntei tentando espiar o envelope. 

 - Um convite de casamento. - Shawn murmurou com os olhos pregados no envelope. - Um convite de casamento, da Marina e do Okita.


Notas Finais


Então né gente, mil desculpas por ter demorado todo esse tempo pra atualizar, mas eu acabei entrando num período de seca criativa e eu não queria escrever qualquer coisa, então me desculpem! A partir de agora eu vou fazer o possível para postar todos os dias. Espero que tenham gostado do capitulo, não deixem de comentar o que estão achando!


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