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História Shattered - Bet


Escrita por: pallvin

Notas do Autor


heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey leitomores
curtam o capitulo <3

Capítulo 18 - Bet


Fanfic / Fanfiction Shattered - Bet

 

Capitulo 17 - Aposta

 

Olho para Justin procurando uma resposta para aquilo tudo. Justin não me olhou por um minuto, seu olhar estava preso em Cody em uma expressão de raiva com uma pitada de desgosto. Por fim, suspiro e me sento na cama deixando os três em pé se encarando. Cody e Christian logo voltam a atenção para mim. 

— Bom, pra começar: você e Justin como um casal, foi uma completa mentira. Tudo bem, não vamos ser tão indelicados. Vamos chamar de brincadeirinha, não é, meu amigo Justin? – Cody riu. – Vou tentar ser o mais claro, rápido e ir direto ao ponto… 

Ele respira fundo com um sorriso de orgulho no rosto. Orgulho de quê? Eu me perguntava. Cody parecia se preparar para um dos moments mais emocionantes em sua vida. 

— Era uma vez um garoto, que era um mal exemplo na vista de todos. Até para seus próprios pais. Em um belo dia, esse garoto faz uma aposta comigo em um racha, de volta para o colégio do feriado Pascoal. – Cody encarou Justin com um sorrisinho. – Ele tinha a certeza de que conseguiria levar sua meia irmã pra cama até o final desse ano, já eu, como considerava a garota uma menina direita, duvidei, é claro. E então, tivemos a brilhante ideia de fazer uma aposta. Uma aposta não, a aposta. Depois do ocorrido e de apostar sua gloriosa moto, o garoto começa a procurar mais a pobre menina. Ele tentava se aproximar cada dia mais da linda e carente garota, tendo sucesso. Porque apesar de meio irmãos e próximos, ela nunca quereria algo com ele mesmo ele sendo o mais-mais do colégio. E então, no meio de desentendimentos e entendimentos, surgiram os sentimentos. 

Cody riu marotamente. Meu coração estava acelerado e dolorido. Meus olhos levemente arregalados e mareados, ardiam pelo impacto da notícia. Era óbvio que ele estava citando eu e Justin em sua breve histórinha. Tentando absorver tudo o que Cody havia dito, minha ficha caía. Foi tudo armação.

— No final, a pobre garota acabou caindo no papinho desse cara como todas as outras. E se apaixonou por ele. Já o garoto, parecia ter uma pedra em vez do coração. Ele se dizia não sentir nada por ninguém, mas continuava a enganando e iludindo. E assim como qualquer outra coisa que já tocou, o garoto destruiu o coração da garota. E fim. História familiar, não é? 

Estava tudo muito claro para mim agora. Justin se aproximou estranhamente no começo do ano para transar comigo e ganhar um carro, que tanto queria desde que seu pai tirou o dele. Olhei para eles, perdida, Jackson observava tudo com uma expressão de triunfo. Até me olhar. 

— Eu sinto muito, Bie. Eu realmente sinto muito. – Jack suspirou. Eu queria saber o porquê do Jackson estar ali.

— Por que está aqui? – pergunto em um sopro de voz a Jackson, a dor que sentia não conseguiria colocar em palavras. – Por favor, não me diga que você tem a ver com isso. 

Sim, eu o implorei. Eu implorei aos céus. Minha expressão era dura, raiva e decepção consumiam meu corpo. Eu não sabia como agir. Eu não sabia o que pensar. Jackson hesitou antes de responder: 

— E-eu estava...Eu só... 

— Ele havia me contado que vocês dois já tinham transado e me pediu para explanar a verdade, como a aposta foi negociada. – Cody o interrompe. 

Justin parecia que explodiria a qualquer momento. Eu encarava o chão sem piscar, meus olhos ardiam e minha garganta apertava. Eu não queria chorar. Não queria ser essa garotinha frágil mais uma vez. Me esforçava para me manter dura, imparcial. Mas eu não conseguia.  

FRACA! 

Meu subconsciente gritava para mim. E eu abaixava a cabeça, como sempre. Ele estava certo. 

— Bie. Eu só queria que soubesse de toda a verd… – Jackson é interrompido mais uma vez. 

— CALA BOCA! – Justin grita, interrompendo Jackson. – Você não sente porra nenhuma! Você é tão sonso quanto esse daí, seu escroto fingido! 

— Isso está ficando tão interessante... – Cody murmurou. Pela sua voz, eu conseguia sentir seu sorriso. 

Minha boca estava entre aberta mas eu não conseguia fechá-la. Não conseguia falar nada, eu não tinha palavras. Eu estava em um transe emocional, meu chão havia sumido. Meus olhos ardiam em lágrimas com as palavras e a frieza que Cody conseguia me contar tudo isso. Respiro fundo e sinto meu nariz quente pelas lágrimas que queriam descer. Fecho os olhos com força para em seguida abri-los novamente. Desvio meu olhar do chão, para Justin. 

— Justin? – minha voz saiu em um fio. Ele conseguiu escutar, mas não falou nada, apenas me olhou. Eu queria ser o mais dura possível para não pagar ainda mais de idiota na frente de quem não dava uma merda por mim. – Isso é verdade, não é? 

Os olhos castanhos não demostravam qualquer emoção, ele não dava pistas do que sentia, como sempre. Eu teria que adivinhar, uma última vez?! Ele tinha apenas uma expressão vazia. Mesmo que eu me negasse a acreditar, agora eu realmente sei que ele é vazio. Eu nunca mais conseguiria acreditar em uma letra ou gesto feito por Justin. Eu nunca mais conseguiria olhar para ele como eu o olhava antes de saber disso. Eu ainda o amo, eu podia sentir o amor, porque ele estava me devastando, consumindo. Mas…eu não consigo gostar mais dele. Acho que, afinal, eu me apaixonei pela pessoa que eu achava que ele era. 

— Por favor, me diga que o que ele acabou de falar é uma mentira – minha voz estava embargada e bem baixa, o nó em minha garganta já estava insuportável. Eu me sentia humilhada mais uma vez. – Diga que tudo isso não passa de uma mentira, que nós não nascemos de uma mentira, que tudo vai dar certo no final…Eu não quero acreditar que você é esse cara que eles descreveram. Porque se for, minha fé em você vai se dissipar de vez. 

Justin ainda me olhava com os olhos castanhos perdidos, escutando tudo que eu falava por mais baixo que fosse. Então, observando eu ser destruída, ele apenas abaixou a cabeça. Ele olha para o chão e desvia seu olhar de mim. Eu sabia que Justin não reagiria, sabia que era verdade, porque nós nunca poderíamos ficar juntos. As coisas nunca foram fáceis assim pra nós, nunca vão ser. Este é o mundo real. 

— Por quê? – falo depois de um longo silêncio, tentando controlar minhas emoções e voz. – POR QUÊ COMIGO, PORRA?! Eu te conheço desde criança, droga! Sempre fiquei ao seu lado quando precisou, sempre estive lá! E o que você me dá em troca?!

Grito, tentando mandar pra fora do meu corpo esse sentimento angustiante em meu peito. Eu sabia que não adiantaria.

Lágrimas já escorriam pela minha bochecha e minha expressão já era uma careta de choro. Justin se mantinha do mesmo jeito. Eu queria que ele se importasse, que ele sofresse o que eu sofri. Mas ele não se importava. Nunca se importou. É um mentiroso. Eu não estava surpresa, apenas devastada. Justin ao menos gostou de mim.  

— Não fique assim, Barbie. Foi só uma brincadeirinha, não foi por mal. Oh, vamos lá, você se divertiu. Qual é, vocês dois se divertiram! Se sabem o que eu quero dizer... – Cody falou com uma ponta de ironia em sua voz. Sua cara era de surpresa com um sorrisinho nojento e irônico logo em seguida. – Não me diga que…Que você realmente se apaixonou por ele? 

Eles podiam falar qualquer merda ali, mas eu só conseguia encarar Justin e sentir as lágrimas rolarem naquele momento. Flashbacks e memórias me invadiam e destruíam por dentro. 

“— Não. Quero dar o meu primeiro “Feliz Natal” para ninguém além de você. – falou, me causando sensações estranhas e boas. 

— Vamos contar, então – levantei minha cabeça, para encará-lo nos olhos, quase esbarrando nossos narizes pela curta distância. 

Os dedos de Justin faizeram um carinho leve em minha bochecha. Ele continuou ali, me olhando nos olhos. E eu fazia o mesmo. O fato de nossos rostos estarem tão próximos, me fazia querer me aproximar ainda mais, alguma coisa em seus lábios atraiam os meus. Sua respiração batia em meu rosto me deixando ainda mais atordoada. Meus lábios se desgrudaram antes de eu me dar conta do que estava acontecendo. 

— Faltam dez segundos. – sussurrou centímetros contra minha boca, me fazendo sentir atordoada com seu hálito de menta misturado com cigarro. 

— 9, 8, 7, 6, 5, 4… – contávamos baixinho em uníssono, sem nos dar conta de que estávamos nos aproximando cada vez mais. – 3, 2, 1. Feliz Natal. 

Ouvimos o som alto dos fogos no céu, enquanto nossos lábios se tocavam levemente em um intenso selinho antes de Justin pedir passagem com a língua e virar um beijo provocante. Era a primeira vez que nos beijávamos, e a sensação era de morrer e renascer, insanidade e clareza, ir mas voltar. Era incrível o gosto do proibido em nossas bocas. Nunca havia sentido isso antes com alguém, e sei que nunca irei, somente com ele. 

Trocamos de posição, de modo que eu fiquei com as costas no gramado e ele sobre mim. Ele correu o nariz pelo meu queixo, pelo meu pescoço, pelo meu ombro e cobriu esse caminho de beijos na volta até meus lábios. Eu não parava de passar meus dedos por seu cabelo, tão suave que quase me fazia cócegas na palma das mãos. 

Estava tão maravilhoso, mas o toque irritante do celular de Justin nos interrompe, em um súbito susto para realidade. Saímos do beijo e ele pegou o celular, minha respiração estava pesada e descompassa. Meu coração parecia que pularia para fora do peito a qualquer momento. Minha mente girava em adoração, pedindo internamente para que voltássemos a nos beijar.” 

 

 

“Ele tirou a sua jaqueta amarrada na cintura, e pôs sobre meus ombros. 

— Obrigada. – agradeci, observando-o colocar sua jaqueta preta sobre meu corpo. Assim que terminou, me olhou nos olhos. Um choque elétrico percorreu meu corpo. 

Ficamos fazendo esse contato visual por uns segundos. Seu par de olhos castanhos me fazia sentir estranha. 

Chaz chegou dando uns tapinhas na nuca de Justin, desviando a atenção de Justin dos meus olhos azuis, para ele.” 

 

 

“— Aceita, Babi! – Lexi acompanhou Nolan, então começa a puxar a gritaria, batendo palminhas com as mãos. Os lacinhos em seu cabelo, do uniforme das líderes de torcida, balançavam com ela. – ACEITA! ACEITA! ACEITA! 

“ACEITA, ACEITA, ACEITA…” 

Logo, a arquibancada toda começa a gritar junto, fazendo um coro. Respiro fundo e então olho para Justin que sorri, olho para os adversários perto de alcançá-lo e para a arquibancada. Puta merda! Eu não tenho mesmo escolha. Coro de raiva e vergonha por Justin chamar tanta atenção somente pra mim e pra ele. 

Os ogros estavam se aproximando, meu tempo esgotando, e o povo gritando. Se eu não aceitasse, todos nesse maldito colégio iriam me odiar. Eu só tinha uma opção, mesmo. 

Justin Bieber ainda me paga. 

— TÁ, EU ACEITO! – bufo, sem paciência. – Agora corre, Justin! 

Justin piscou para mim antes de atravessar o campo, correr para trave e marcar mais um ponto, fazendo com que o nosso colégio ganhasse esse campeonato, mais uma vez. Fazendo com que vibrassem seu nome, mais uma vez. Me fazendo perceber que eu não tinha saída, mais uma vez. 

E então as animadoras de torcida, exceto eu, correm para o abraçar e abraçar os outros jogadores pelo jogo ganho, mas Mandy sai como uma desesperada, passando por todos na base do empurrão. E é claro que eu fico parada observando tudo isso, me divertindo com a cena, enquanto as pessoas passavam por mim. Logo, Mandy agarra Justin, dando um beijão nele. Quando eles param de se beijar e todos se aproximam, ele olha pra mim e manda um beijo de longe, antes de dar um sorrisinho de canto. Reviro os olhos mas em seguida solto uma risadinha enquanto ele continuava me olhando, sem disfarçar. 

— Parabéns. – balbucio para ele, sem sair nenhum som da minha boca. Sorrio sem mostras os dentes. 

E então ele alarga o sorriso, ainda olhando para mim. Acho que em agradecimento. 

Eu não consigo ficar com raiva dele de verdade.” 

 

.

 

"— Barb… – me chamou, rouco. Subi meu olhar para ele. 

Encarei seus olhos e fitei cada detalhe do seu rosto, estávamos a centímetros um do outro. Nossos narizes se tocavam levemente e sua respiração se chocava contra a minha refrescando minha face. E, em um movimento súbito, sinto seus lábios abrasadores encontrarem os meus em um impacto gostoso e estremeci. Seus lábios pressionavam ansiosamente os meus, enquanto seus dedos se enroscavam em meus cabelos. Quando abri minha boca para protestar, sua língua se projetou para dentro, sugando a minha. 

Por um momento, meu corpo traidor apreciou as sensações pulando dentro de mim, entrando em sintonia com o beijo. Enrosquei seu cabelo macio nos meus dedos, e então a lembrança de nosso primeiro beijo no natal passado me vem. Em seguida, sinto seus lábios descendo e fazendo caminho pelo meu pescoço até o decote do meu vestido, me fazendo arrepiar e arfar. Deus, eu não conseguiria resistir. 

Logo, seus lábios já estavam nos meus novamente, e então eu soube. Nós nunca conseguiríamos realmente nos afastar, sempre acharíamos um caminho de volta. De algum jeito. Eu estava entrando em uma furada, mas eu acho que eu não queria mais sair. Nunca mais. Agora, eu só sentia vontade de beijá-lo para sempre. Puxo sua nuca para mais perto, e o aperto mais contra o meu corpo, se isso era possível." 

“ É que… – Ele limpa a garganta. – Minha tia Grace ligou por causa da minha mãe. Ela disse que minha mãe não queria me preocupar no meio das aulas e das provas, e se recusou a contar o que realmente estava acontecendo. 

— O que aconteceu com Pattie? – questionei. 

Via seu peito subir e descer, com a respiração difícil. Eu estava preocupada. 

— Depois de estar em remissão por três anos, o câncer de minha mãe voltou. Minha tia Grace disse… – falou e contorceu seu rosto em agonia. – Ela disse que não há nada que eles possam fazer dessa vez. Não há mais tratamento. Ela está tomando alguns medicamentos para ficar mais confortável para seus últimos…poucos meses. 

— Justin, eu… – arfei em surpresa, procurando palavras. – Eu sinto muito. Muito mesmo. – Coloquei minhas mãos nas suas e as apertei. Sua expressão era de pura angústia e devastação. Lágrimas molharam seus atormentados olhos castanhos. – Lembre-se que você pode contar comigo pra tudo, sempre. Voltamos a ser amigos agora, não é? 

Sorri fraco. 

— Eu sei o quanto você era apegado a Pattie. – disse e suspirei. 

— Eu fui o mundo dela. Ela é tudo pra mim. Não consigo nem pensar… – suas palavras saíram engasgadas pela emoção e ele começou a chorar. Era um choro duro, seu corpo estremecia com os soluços. 

Franzi as sobrancelhas em tristeza e passei meus braços em volta do seu pescoço. Puxando o pra mim, ele mergulhou seu rosto em meu pescoço, arfando e tremendo. Eu acariciei seu cabelo e beijei sua testa. 

— Vai ficar tudo bem. – murmurei contra sua testa. Senti ele fechar seus olhos.” 

 
 
 

“— Você sentiu falta? – eu perguntei depois do silêncio, curiosa, me virando na cama para olhá-lo. Justin encarava o teto. 

— Falta do quê? – ele perguntou, apesar de já saber a resposta. 

Sorri triste, cansada de tentar manter meus olhos abertos e de outras coisas. Me aproximo de Justin apenas o suficiente para lhe dar outro selinho. 

— Nada. 

Quando eu vi em seus olhos que ele pensou que eu passaria daquilo, doida de vontade de realizar tudo o que ele havia sugerido, eu apenas me deitei novamente. E fechei os olhos. 

— Boa noite, Justin. – sussurrei. 

Ele suspirou, rindo um pouco ao fechar os olhos também. O silêncio pairado no ar me fazia pensar de que ele já havia adormecido, mas estava enganada. 

— Barbara – depois de um tempo, me chamou. 

— Hum? – fiz um barulho com a garganta. 

— Sim, eu senti sua falta. – sussurrou de repente, me surpreendendo. 

Sorri silenciosamente com a confissão. O encarei uns minutos depois, que já estava com a respiração calma e regulada. Já havia adormecido. Senti meu sorriso alargar observando sua face, mas também senti meu sorriso desmanchar aos poucos em seguida, me puxando para realidade. Suspirei e deitei novamente com a cabeça em seu peito. 

— Eu também senti sua falta. – sussurrei.” 

“Me estiquei sobre o banco do carro, e agarrei sua mão livre com a minha, a entrelaçando. Ele me olhou de soslasio por um segundo então desviou o olhar para a estrada. 

— Eu estou aqui com você, ouviu bem? – ele engoliu em seco e parecia negar as emoções. – Estou segurando sua mão e não vou deixá-la escapar. 

Depois de longos minutos sem falar nada, ele resolveu quebrar o silêncio. 

— Eu destruo as coisas que mais me fazem bem. Eu destruo tudo que eu toco.– um murmuro quase imperceptível escapou de seus lábios. Neguei com a cabeça e quando abri a boca para falar algo, ele me interrompe. – Não. É apenas a verdade, tudo de bom que entra em minha vida não permanece por muito tempo, e você vai me largar muito antes do que pensa. Acredite, Barb, eu sou ruim. Muito ruim para você. 

Franzi as sobrancelhas confusa, então senti ele levar minha mão cuidadosamente para seus lábios, dando um pequeno beijo ali, senti o ar faltar em meus pulmões e meu coração apertar, as lágrimas em meus olhos. O lugar em que seus lábios roçaram parecia queimar até os meus ossos.Estava doendo, porque eu sabia que de uma forma aquilo era verdade. Apesar de eu não querer afastar ele da minha vida, o destino fará isso de um jeito ou de outro, porque as vezes o destino une as pessoas, somente para depois separá-las. Suspirei e voltei para o meu lugar no banco, afastando nossas mãos e encarando a janela novamente.” 

“— Seu maior desejo é ficar comigo? Para sempre? 

Ele tinha um sorriso na ponta dos lábios. 

— Não se iluda, Bieber. Foi o único jeito que encontrei de explicar isso de forma rápida e direta. – digo em tom de brincadeira. 

Ele sorri ainda mais, fazendo a covinha em sua bochecha afundar.” 

“— Além de já ter tido claustrofobia a alguns anos atrás, como você sabe, hoje eu tenho outro grande medo. – falava sério. – Eu tenho medo de perder quem ainda realmente se importa comigo mesmo me conhecendo o bastante para se sentir horrorizado e eu posso dizer que não são muitas pessoas. – ele força um riso. – Como minha mãe. Ou você. 

Parei no mesmo momento em que ouvi isso. Pisquei algumas vezes, relaxando minha expressão. Eu não sabia como reagir, não estou acostumada ainda com pequenas “declarações” como essas assim, principalmente vindas dele. 

— Justin... 

—Você já deveria saber que eu nunca deixaria que nada acontecesse com você naquele brinquedo, Barb. Nem lá, e nem em qualquer outro lugar. – envolveu seu braço forte em meus ombros. 

Meus pelos eriçaram, mas eu ignorei isso. ” 

“E quando penso que tudo está perfeito, ele me vira novamente para ele e me beija, fazendo com que tudo fique ainda mais que perfeito. Eu o abraço e ficamos assim, abraçados o resto do passeio. Eu com a minha cabeça encostada de lado em seu peito, observando o céu e a paisagem se fundirem em uma linha no horizonte e ele com as mãos ao redor de mim, me prendendo a ele, me protegendo daquilo que graças a ele já não temo mais. Desejei que esse momento nunca acabasse, não queria voltar para como as coisas realmente eram. 

— Eu amo você. – falo para ele, em pensamento é claro, sem coragem suficiente para dizer em voz alta.” 

 

Eu o amo. Isso era um fato. Mas aquilo era o fim de tudo. Isso era outro fato. O amor dói, estar apaixonada é como saltar em um eterno abismo. Estar apaixonada e não ser correspondida é como soltar em um abismo que terá fim. Espero que Pattie me perdoe algum dia, pois eu não aguentaria essa humilhação. E só Deus sabe quantas “segundas chances” eu já havia dado a Justin. 

— …Barbie, Barbie, eram pra vocês dois se divertirem mas acabou virando isso, não é mesmo? As pessoas já deviam estar carecas de saber que sexo sem compromisso repetidas vezes com a mesma pessoa sempre acaba em um desastre. Pelo amor de Deus, né?! 

Acordei dos meus pensamentos sobre abismo com a voz de Cody. Suas palavras me atingiram com a realidade. Sem paciência para dizer ou sentir mais nada além de raiva, andei com passos pesados e rápidos até a minha porta, a abrindo bruscamente. 

— Saiam daqui, todos vocês. Agora. – mandei agressivamente, mas ainda com a voz falha. 

— Barbara, eu preciso… – Justin tentou falar mas eu o cortei com um grito. 

— AGORA! 

— Eu sinto muito. – Justin murmurou, em um som quase imperceptível enquanto passava por mim para sair do meu quarto. 

Eles passaram por mim e eu os encarava com desgosto, quando finalmente saíram do meu dormitório eu fechei a porta bruscamente e com total força fazendo um estrondo. Assim que já tinha certeza que haviam ido embora, escorreguei meu corpo pela porta chorando duramente, sentindo minha dor. Doía tanto que eu mal conseguia respirar, tentei respirar fundo mas quando expirei soluços duros saíram de minha garganta. Era como se Justin tivesse tido arrancado uma parte de mim, a metade de mim, e levado em suas mãos meu coração. E ele o esmagava sem piedade alguma. Eu havia mais uma vez perdido Justin, e dessa vez era para sempre. 

Agora eu sabia que não tinha mais ninguém. 

Não existia Barb e Justin, não existia Jarbara, não existia nós. Mentiras são mentiras, nada que eu tive com ele foi verdadeiro ou ao menos existiu. Nada que ele disse significou alguma coisa. Agora eu tenho que acordar para o que existe, a verdade, e a minha verdade é que, nós nunca existimos. Aquele era definitivamente o fim da nossa história. Acordando para o mundo real, me fazendo encarar que agora existe somente Barbarbara e eu, sem Justin, sem o J, sem ele.

 


Notas Finais


:(
comentem o que acharam, amores <3
amo vcs mais do q a babi ama o justin


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