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História She Is - A Aposta


Escrita por: grayscn

Notas do Autor


Esse site precisa de mais fanfics do NU'EST, então aqui estou eu com uma do príncipe chamado Minhyun. Essa fic é especial pra minha portuga linda maravilhosa divonica a maior Minhyun biased que eu conheço, isso mesmo é a Danny.

Capítulo 1 - A Aposta


Fanfic / Fanfiction She Is - A Aposta

ooh ooh baby
eu não consigo controlar o desejo de me aproximar
baby, você me deixa doido
apenas me diga o que você quer de mim

- what u need?, lay

Meu pai costumava dizer que os amigos que fazemos ao longo da vida são reflexos da nossa verdadeira personalidade. Eu discordo disso, já que olhando bem para os meus atuais companheiros não consigo identificar nem um pouco de mim neles. Vai ver meu pai já estava louco quando disse isso.

A verdade é que os amigos são como um karma, frutos de alguma coisa que fizemos no passado que agora irá nos perseguir pelo resto da vida. E acredite, eu devo ter pintado a cruz de Jesus de rosa para merecer os meus ditos amigos.

Eu sei que devia estar agradecido, já que nunca fui uma pessoa muito sociável no colégio, e isso não mudou nem um pouco quando comecei a faculdade de música. Mas se eu pudesse juro que trocaria a presença de Aron e Baekho por qualquer coisa, até mesmo um CD autografado dos Beatles. E tenho certeza de que o Jonghyun pensa o mesmo que eu.

Você deve estar se perguntando porque estou reclamando tanto do meu triste destino, certo? Pois fique sabendo que se eu tivesse escolhido melhor minhas amizades no primeiro período provavelmente não estaria com a corda no pescoço agora. E com toda a certeza do mundo nunca teria me metido nessa maldita aposta.

Por isso nunca, em hipótese alguma, faça amizade com dois fanfarrões feito Kwak Aron e Kang Dongho.

• • •

— Vamos, Minhyun, cerveja não mata. — Aron praticamente gritou nos meus ouvidos, arrastando-me para o bar mais próximo de nossa faculdade enquanto eu me debatia mais que um animal indo pro abate.

Eu já devia estar acostumado com isso, já que essa mesma cena se repete todos os dias há quase dois anos, mas não consigo de jeito algum entender como que ir para um bar horrível, cheio de gente fedendo a álcool, pode ser considerado como diversão. É sério, isso não faz sentido. Sem contar que cerveja tem um gosto horrível.

— Até o Jonghyun vai nos acompanhar hoje, por que você não vem também? Qual foi, Min, vai ser legal, eu juro. — percebendo que o mais velho do grupo não estava conseguindo me arrastar sozinho, graças à sua força quase nula, Baekho também começou a me puxar, praticamente arrancando o meu braço do corpo.

Olhei para Jonghyun com minha melhor expressão de traído, sem acreditar que logo ele, o mais sensato dos meus amigos, havia concordado em matar aula para ficar bebendo. Mas ele apenas deu de ombros e sorriu, seguindo os dois idiotas que me puxavam.

No final acabei sendo vencido pela dor em meu ombro, já que Baekho acaba esquecendo de que ele é bem mais forte do que parece. Apenas coloquei as mãos nos bolsos e atravessei a rua, seguindo meus amigos até o bar que ficava em frente à nossa faculdade.

O lugar estava lotado e, como já era de se esperar, fedia a cerveja velha e suor. Minha vontade era sair correndo dali, mas infelizmente Dongho estava logo atrás de mim e não me deixaria ir a lugar algum com sua força sobre-humana. Só me restou acompanhar os três até uma mesa vazia longe da pista de dança.

— Aqui tem refrigerante? — foi a única pergunta que fiz quando eles começaram a olhar o que seria o cardápio do bar.

— Minhyun, você realmente acha que alguém vem aqui para beber refrigerante? — Aron me encarou por alguns segundos, o suficiente para me ver revirar os olhos com a sua resposta. — Você vai beber com a gente, querendo ou não.

Pode até parecer que sou uma criança irritante, um grande nerd, mas eu realmente não entendo qual parte de sair para beber é considerado divertido. Ainda mais durante a aula. Nesse momento nós deveríamos estar na sala aprendendo sobre afinação e ritmo, matéria que o Aron mais precisa de nota. Aposto que no final do semestre o senhor "Beber é mais legal" vai implorar pela minha ajuda. 

O Baekho viver matando aula eu até entendo, ele tem uma sorte tão grande que, mesmo só tendo ido em duas aulas, vai conseguir tirar a nota máxima da sala. Kang Dongho com certeza nasceu com a bunda virada para a lua, só pode. Além de ser o melhor nas aulas de canto, ele é um ótimo dançarino, o mais forte entre nós quatro e, acredite se quiser, o único que tem uma namorada. 

Depois de algum tempo os nossos pedidos finalmente chegaram. E para a minha surpresa aquele bar também tinha coisas comestíveis além de cerveja. Um cara com os braços lotados de tatuagens deixou algumas bandejas sobre a nossa mesa, junto com uma garrafa de algo que parecia ser vodca e latas de cerveja.

— Vamos lá, Minhyun vai ser o primeiro a virar. — Baekho mal terminou de falar e eu já estava com os olhos arregalados, sem conseguir acreditar no que ele havia dito.

— Yah! Você enlouqueceu?

— Ei, não faça essa cara. É nosso ritual alguém começar a noite virando a primeira lata. E, como você finalmente aceitou sair com a gente, nada mais justo do que fazer as honras, não acha? — ele deu um sorriso, empurrando uma das latas de veneno para mim.

— Por que logo eu? O Jonghyun também não sai com vocês sempre, e ele gosta mais de cerveja do que eu. — tentei argumentar, praticamente implorando para o Jonghyun me ajudar, só que parecia que todos queriam me ferrar.

— Pelo amor de Deus, Minhyun. Seja homem pelo menos uma vez e tome esta maldita cerveja. — Aron revirou os olhos, cruzando os braços.

Minha vontade foi de socar a cara desse idiota, mas nem em um sonho conseguiria ganhar uma briga. Apenas bufei e revirei os olhos, pegando a latinha que estava na minha frente. Fiz uma careta quando abri o lacre da lata, já me preparando para o gosto nojento que aquela bebida inventada pelo diabo tinha. Olhei para os três idiotas uma última vez, respirei fundo e virei o líquido na boca de uma vez só.

Não tem quando nós somos crianças e temos que tomar um remédio muito, mas muito ruim, e nossa mãe diz que se prendermos a respiração não vamos sentir o gosto? Então, isso é mentira, porque mesmo fazendo isso eu ainda consegui sentir aquele gosto horrível de cevada. Minha vontade era cuspir tudo na cara do Aron, mas isso ia chamar a atenção dos outros que estavam no bar.

Eu devo ter feito a careta mais feia do mundo, porque assim que eu coloquei a lata vazia em cima da mesa os idiotas começaram a rir.

— Você é foda, Minhyun, cai na pilha deles muito fácil. — Jonghyun abriu uma das latinhas enquanto ria de mim, dando um longo gole em seguida.

  • • •

Não sei quanto tempo já havia se passado, mas tudo parecia estar rodando e o barulho daquele bar com certeza estava mil vezes mais alto. Eu já devia ter ido embora, mas depois da milésima tentativa acabei desistindo e fiquei conversando com eles.

Baekho contava uma história engraçada de quando ele e a namorada haviam viajado para Busan. Não sei se aquilo realmente era engraçado ou se eu estava tão bêbado que comecei a rir do nada. A história me fez lembrar da Yura, a namorada do Baekho, e percebi que ainda não havia visto ela naquela semana.

— Cadê a Yura? — perguntei sem perceber. Fiquei com medo de ganhar um fora como resposta, mas meu amigo apenas riu.

— Aula de desenho, Sunhye prendeu ela na sala. Daqui a pouco as duas vão vir pra cá.

E com isso ele voltou a contar a história de como eles quebraram a cama do hotel brincando de luta, mas meu cérebro ignorou tudo o que aconteceu depois que ouvi o nome da melhor amiga da Yura.

Kwon Sunhye é, sem sombra de dúvidas, a garota mais incrível que alguém pode conhecer um dia. Ela é maravilhosa em todos os sentidos possíveis e talvez até impossíveis. Sunhye é linda, extremamente talentosa e tem uma personalidade tão interessante que eu poderia passar o resto de minha vida conhecendo ela.

É impossível não se apaixonar por essa garota, digo por experiência própria. Eu realmente tentei ignorar o frio na barriga que sinto sempre que ela olha na minha direção, cansei de dizer que era apenas uma bobeirinha, algo que logo ia passar. Mas logo vai fazer três anos que Baekho é Yura namoram, três anos que nos conhecemos e três anos que eu sou apaixonado pela Sunhye.

— Ei, Minhyun, Terra chamando. — Jonghyun estalou os dedos na minha frente, quase me matando de susto. Eu nem tinha percebido que estava viajando pensando na Sunhye.

— Cara, chega de cerveja pra você. Tu é muito fraco, não quero ter que carregar viadinho bêbado até em casa. — Aron riu, o que fez com que eu revirasse os olhos. Aposto que no final ele que vai ser carregado.

— Vai se fuder. — encarei ele como se eu pudesse mata-lo apenas com o olhar, mas desisti depois de um tempo e resolvi que comer umas batatinhas era melhor.

— Espera, eu ouvi certo? O Minhyun acabou de xingar?  — Yura apareceu do nada, sentando no colo do Dongho e me encarando incrédula. — Sério, o que vocês deram pra essa criança?

Os meus três magníficos amigos começaram a rir do que ela tinha falado, enquanto eu continuei sério e com uma tremenda vontade de fazer eles engolirem aquela mesa inteira. Só não fiquei bravo com a Yura, é impossível ficar com raiva dela por mais de dois segundos.

— Onde tá a Sunhye? Achei que iam vir juntas. — a pergunta do Baekho fez com que eu automaticamente começasse a procurar a garota pelo bar, mas infelizmente eu não a encontrei. Suspirei frustado, apoiando meus braços na mesa e deitando sobre eles.

— Ela tá falando com o pessoal ali na porta, daqui a pouco entra. — a mais nova deu de ombros, pegando uma das batatinhas. Apenas fiquei observando ela e o Baekho por um tempo, o suficiente para ver eles darem um selinho. — Vou buscar ela, já volto.

— Eu nunca beijei antes, parece ser bom. — não sei porque, mas acabei dizendo assim que a Yura saiu do bar. Minha boca apenas ganhou vida própria e soltou a primeira coisa que passou na minha cabeça. E o pior foi a cara que os caras fizeram.

Quando eles começaram a rir a minha vontade era de sair correndo dali e chorar em posição fetal até minha próxima vida, mas sabia que isso só ia aumentar meu sofrimento quando eles me encontrassem. Apenas me encolhi e tentei esconder meu rosto, que estava mais vermelho que um tomate naquela hora.

— Espera, é sério isso Minhyun? Você nunca beijou na sua vida? — Jonghyun não sabia se ria ou falava. Ele praticamente engasgou com as palavras, isso que da me zoar.

Eles continuaram rindo feito idiotas, e eu só sentia meu rosto ficar mais e mais quente. Na mesma hora em que Yura voltou para o bar, acompanhada da mulher mais incrível do mundo, Aron deu um sorriso que deixou ele mais parecido ainda com um demônio.

— Se quiser que a gente guarde esse seu segredinho do resto da turma, vai ter que dar um jeito de ficar com a Sunhye até o final do semestre. — achei que meus olhos fossem saltar pra fora do meu crânio quando ouvi o que Aron disse. Meu Deus, esse homem só pode ter enlouquecido. — Isso é uma aposta, Minhyun. Se você conseguir, o que eu acho bem improvável, vai ganhar o meu respeito e ninguém da turma vai saber que você era BV até os vinte anos. Se o semestre acabar e não ter rolado nem um selinho entre vocês, pode apostar que a faculdade inteira vai ficar sabendo disso.

Eu não devia ter aceitado isso, sei que era loucura e ninguém acreditaria no que o doido do Aron falasse, mas a cerveja já estava controlando meu cérebro e, sem nem perceber, eu já havia assinado minha sentença de morte.

— Eu topo.

Alguém por favor me interna no manicômio junto com meu pai. 


Notas Finais


@AnimeFanLove amo você muito, viu? Espero que tu goste da fic <3333


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