1. Spirit Fanfics >
  2. She Is >
  3. Bebida, conversa e briga

História She Is - Bebida, conversa e briga


Escrita por: grayscn

Notas do Autor


MEU DEUS ME PERDOEM! Desculpa mesmo por ter ficado 4 meses sem atualizar a fic, sério, não foi por mal. Não sei porque mas eu dei uma desanimada com She Is e Chained Up, e levei um bom tempo pra escrever esse capítulo. Sério, toda vez que eu abria o rascunho não conseguia escrever nada descente e isso me irritava e eu desistia minutos depois. Mas eu não vou desistir da fic, relaxem. As atualizações podem levar éons pra acontecer, mas eu n vou abandonar She Is tão cedo. É isso aí, espero que gostem do capítulo, e vou tentar não demorar tanto com o próximo capítulo.

Capítulo 3 - Bebida, conversa e briga


Fanfic / Fanfiction She Is - Bebida, conversa e briga

numa noite quente
eu não consigo dormir
pensando sobre isso e aquilo
eu finalmente ligo pra você

- a midsummer night's sweetness, raina & san e

 

Por um mês inteiro a única coisa que consegui foi pelo menos conversar com Sunhye sem me sentir um completo idiota. Claro, eu ainda ficava extremamente tímido e um pouco nervoso perto dela, mas pelo menos conseguia puxar um assunto que não envolvesse o cabelo vermelho ou insetos e cactos.

Isso pra mim já era um grande feito, mas parecia que meus queridíssimos amigos pensavam que isso era bobeira, porque insistiam em pegar no meu pé todos os dias possíveis.

— Pelo amor de Deus, Minhyun, quando você finalmente vai chegar nela? — era o que Aron me perguntava todos os dias, às vezes até mesmo em todas as horas que me via. E essas palavras sempre vinham acompanhadas de um tapa na minha cabeça, dado por ele, ou um soco no braço dele, dado por Baekho para que o desgraçado finalmente calasse aquela boca irritante.

Nem na faculdade essa praga me deixava em paz!

Devo admitir que só não havia me aproximado mais de Sunhye por vergonha. E medo, claro. Só de pensar em ter esse pouquinho de uma talvez amizade com ela sendo arruinado por uma grande friendzone eu já ficava nervoso. Não podia arriscar e simplesmente chegar e falar que gosto dela, ou como Jonghyun me disse, que eu estava afim dela. Kwon Sunhye é uma mulher espetacular, mas ao mesmo tempo é incrivelmente imprevisível. Não da pra saber como ela vai reagir com uma declaração tão aleatória assim.

Então nesse mês eu só fiquei rezando pra que nossas conversas fossem normais, e pra que Aron morresse engasgado com a própria língua. Mas infelizmente meu segundo desejo não se concretizou.

• • •

Quando o final de semana após as primeiras provas do semestre finalmente chegou eu me sentia estranho sem motivo nenhum.

Não sei explicar direito, mas meu estômago estava dando voltas e mais voltas, como se um monstro morasse dentro dele. E tinha algo me incomodando, mas eu não tinha a mínima ideia do que era.

Havia passado a tarde de sábado toda trancado no meu quarto colocando as séries em dia, e entre um episódio e outro de Gotham sempre dava um jeito de ficar encarando minha conversa com Sunhye. E isso fazia todas as coisas estranhas que eu estava sentindo piorarem numa escala gigantesca.

Seriam borboletas no estômago? Talvez. E ainda tinha o fato de que nossa última conversa tinha sido há dois dias.

Eu nem havia percebido que Baekho estava parado na porta do meu quarto de tão perdido que eu fiquei quando vi que ela tinha mudado a foto de perfil. Meu Deus, como alguém consegue ser tão perfeita assim? E por que eu tenho que ficar tão bobo olhando pra uma simples foto com filtro de gatinho?

— Ei, tava combinando de ir a uma boate com o pessoal. Quer ir? — ele se escorou na porta, cruzando os braços em frente ao peito enquanto esperava por uma resposta.

— Ah, eu ainda tenho alguns episódios pra ver... — bloqueei meu celular o mais rápido possível, voltando minha atenção pra televisão e tentando disfarçar meu estado de completamente apaixonado.

— Porra, Minhyun, larga de ser chato. Sai desse buraco que você chama de quarto e chama a Sunhye pra ir com a gente, vai ser uma ótima chance pra você tentar alguma coisa. — meu amigo ficou me encarando, prestes a me socar até eu aceitar a proposta. Como não estava nem um pouco animado pra apanhar dele, dei um longo suspiro e desliguei a televisão.

— Tudo bem, eu vou mandar uma mensagem pra ela. — já estava desbloqueando o celular novamente, olhando mais uma vez para aquela foto maravilhosa. Tive que me controlar muito pra não sorrir feito um idiota.

— Tá doido, é? Liga pra ela, tenho certeza que vai ser melhor do que mandar uma mensagem qualquer. Seja homem, Hwang Minhyun! — Baekho praticamente gritou comigo, como se eu fosse uma criança que tinha falado o maior absurdo do mundo.

Fiquei encarando o celular, com o que Baekho havia dito ecoando na minha cabeça. Ele devia estar certo, mas eu sou tímido demais pra ligar pra alguém. Sem contar que sempre gaguejo muito quando fico nervoso. Depois de ficar debatendo isso por uns bons minutos, dei um longo suspiro e finalmente tomei coragem de ligar pra ela.

Cada toque que aquele aparelho dava era como se meu coração perdesse um batimento. Só então parei pra pensar que, talvez, Sunhye já tivesse planos melhores naquela noite. E ela com certeza não gostaria de ser interrompida por uma ligação minha. Isso se ela me atendesse, não é?

— Alô? — quando ouvi a voz dela do outro lado da linha senti minha alma praticamente sair do meu corpo. Meu deus, o que eu faço agora?

— Sunhye? É o Minhyun e... — engoli em seco, tentando escolher bem as palavras que eu iria usar. — Queria saber se você está muito ocupada hoje. — misericórdia, o que raios eu havia dito? Olhei pra porta do quarto e encontrei Baekho me olhando como se fosse me matar. Eu agradeceria se ele realmente fizesse isso.

— Agora? Ah, não, estou totalmente livre! — ela havia ficado animada, muito animada, e isso ajudou a me deixar um pouco mais confiante. Era um bom sinal, certo? — O que está pensando em fazer?

— Baekho acabou de me chamar pra ir a uma boate, e resolvi te chamar. — eu com certeza estava sorrindo feito bobo, o que fez Baekho rir da minha cara, acompanhado de Jonghyun que havia acabado de chegar ali. — Os outros caras e a Yura também vão, então queria você lá também. O que acha?

— Claro que eu vou! Vai ser bom relaxar um pouco depois dessa semana louca. — Sunhye riu do outro lado do telefone, e foi como se eu estivesse escutado a melhor música do mundo. — Nos vemos lá mais tarde então, ok? Eu vou de carona com a Yura.

Respondi algo que nem eu mesmo entendi, ainda afetado por ela ter aceito a minha proposta. Eu consegui chamar uma garota pra sair! E não havia levado um pé na bunda! Ah, mas meu pai estaria tão orgulhoso, pena que ele virou um louco.

— Ei, Romeu, melhor começar a se arrumar, hein. Não desaponte a donzela. — Jonghyun piscou para mim, caindo na gargalhada junto com Baekho enquanto os dois saíam do meu quarto.

Agora preciso escolher a minha melhor roupa e me preparar psicologicamente para aguentar meus amigos rindo da minha cara o tempo todo.

• • •

— Onde já se viu duas damas precisarem de um táxi pra vir na balada? — Jonghyun sacudiu a cabeça quando viu Yura e Sunhye descendo do carro na frente da boate onde nós estávamos. — Vocês dois precisam aprender a dirigir logo, viu? Cansei de ser motorista. — ele deu um soco no braço de Baekho, olhando feio pra nós dois.

Eu nem liguei pro que Jonghyun havia dito, estava muito mais ocupado tentando me controlar pra não começar a babar ali na frente de todo mundo. Como a Sunhye conseguia ser tão linda? Eu já estava ficando louco! Não conseguia tirar os olhos dela, levando um susto quando percebi que ela já estava na minha frente.

— Uou, você está linda! — disse baixo sem nem perceber, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas quando notei o sorriso no rosto de Sunhye.

— Obrigada, Minhyun. Você também está um homão, hein. — ela piscou pra mim, rindo em seguida, e eu senti minhas pernas ficando bambas.

Ri junto com ela, tentando disfarçar o efeito que seu sorriso estava causando em mim. Do canto do olho eu consegui notar Aron rindo da minha cara, mas estava ocupado demais ouvindo Sunhye falar dos elogios que ela havia recebido do professor de desenho. Os olhos dela brilhavam enquanto falava sobre as técnicas novas que ele havia ensinado, e eu só ficava cada vez mais encantado com aquela mulher.

Depois de enfrentarmos a fila para entrar na boate tudo parecia acontecer muito mais rápido e embolado. Aron se perdeu lá dentro, Baekho e Yura estavam na pista de dança e eu, Jonghyun e Sunhye ficamos em uma mesa bebendo um pouco e tentando conversar.

Não sei quanto tempo ficamos ali dentro, mas deu tempo de conversar e dançar. Só que a música era tão alta que eu já estava ficando incomodado. E, pelo que notei, Sunhye também estava. Eu já estava com vontade de sair daquela boate, mas não sabia se ela ia querer fazer o mesmo. Mas foi só Mommae começar a tocar que tivemos um pretexto pra sair dali juntos.

— Não sei porque os homens sempre acham que podem assediar as mulheres quando Jay Park começa a tocar. Esse comportamento é nojento, assim como as músicas desse cara. — Sunhye revirou os olhos, andando ao meu lado até uma praça que tinha perto da boate.

— Eu não entendo é como conseguem gostar desse tipo de música. Quer dizer, isso nem é considerado música! A batida é legal, tudo bem, mas a letra é ridícula. — sem nem perceber comecei a falar como o meu professor. Tive que calar a boca antes de começar a dar uma aula de sobre como aquilo não é considerado música de verdade, senão ia acabar deixando a Sunhye entediada com todos os termos técnicos e meu papo de nerd.

Ela só riu do que eu tinha dito antes, concordando. E isso fez um sorriso surgir no meu rosto. Pelo menos consegui animá-la. Chegando na pracinha nós dois sentamos em um banco perto de algumas flores. Ficamos um tempo ali, conversando sobre um milhão de coisas. Eu até tentei contar algumas piadas, mesmo que todas tenham sido ridiculamente sem graça. Já eram quase quatro da manhã quando decidimos voltar pra boate, só que acabamos dando de cara com Baekho e Yura.

E, bem, os dois estavam brigando.

Dava pra ver as lágrimas escorrendo pelo rosto da Yura, e cada soluço que ela dava era um grito do Dongho. Não sei porque os dois estavam brigando, não conseguia entender direito o que eles falavam, mas tive que segurar Sunhye senão ela ia acabar entrando no meio daquela briga. E a última coisa que eu quero é que o Dongho perca o controle e machuque as duas.

Eu já estava me preparando psicologicamente pros socos e chutes que ia levar ao me intrometer naquilo quando o Aron e o Jonghyun também saíram da boate. Pelo menos agora íamos conseguir segurar o Dongho.

Enquanto tentávamos afastar ele da Yura, a Sunhye foi até a melhor amiga pra tirar ela de lá. As duas entraram no primeiro táxi que passou na rua.

— Ei cara, você tá doido, é? Isso lá é jeito de tratar a Yura? — Aron empurrou Dongho, gritando com ele.

Eu fiquei parado sem saber o que fazer e tentando entender o que tinha acontecido ali. Era raro os dois brigarem, e meu amigo já tinha aprendido a controlar o seu lado agressivo há um bom tempo. Devo admitir que estou com medo de descobrir o que fez Kang Dongho ficar tão irritado a ponto de gritar com a Yura na frente de todo mundo.

Depois disso acabamos indo pra casa. Sunhye me mandou uma mensagem dizendo que elas já estavam em casa e que amanhã ela iria passar no nosso apartamento.

Eu só espero que ela não fica com raiva de mim por causa do meu amigo. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...