História She Is Mine (Camren) - Burial

Dinah P.O.V

Ligação On

- Quem é? -  Normani

- Normani? -

- Dinah? Quanto tempo, aconteceu algo? - que saudades dessa voz, mas não era momento pra isso.

- Sim, Lauren, ela está em coma e o pequeno Théo... Você entra em algum site, já deve estar em tudo -

- Okay - Normani

- Eu sei que já faz um tempo, mas você poderia voltar? A Camila está arrasada, todas nós estamos, sua presença aqui seria bom pra ela -

- Cala boca, Thomas! - Ouço uns barulhos - Eu vou ver o que posso fazer, Dinah, manda um beijo pra Mila - Normani

- Pode deixar -

Ligação Off

Volto até Camila e me sento ao lado dela.

- Pra quem você ligou? - Camila

- Normani, ela falou "Cala boca, Thomas!" não era só boatos, ela está saindo mesmo com aquele jogador de futebol -

- Sinto muito, DJ, mas você vacilou, né? - Camila

- Sim, sim, enfim, não é momento pra gente falar disso - falo e ela assente. Camz põem sua cabeça no meu ombro e eu junto nossas mãos, vamos passar por isso, eu sei que vamos.

MANHÃ SEGUINTE

Normani P.O.V

Estava no meu jatinho e ele já tinha decolado. Estava com uma dor de cabeça horrível, falei uma, duas, três vezes! Mas Thomas estava interessado demais na partida de futebol. Então tiro o cinto e me levanto indo até a caixinha que estava com os remédios, tomo ele com um copo de água e volto a me sentar na poltrona. Entro num bom site de fofocas e vejo as últimas notícias. Quando leio aquilo sinto um aperto no peito, justo Théo, eu vi aquele garoto nascer, seus primeiros meses de vida, logo depois eu fui embora, embora há quase 9 anos atrás, Dinah me magoou muito e eu consegui contrato em Amsterdã. Ainda não acredito no que li, por isso Dinah estava daquele jeito, sua voz fraca, percebi que ela estava acabada, ela era completamente apaixonada por Théo. Soube também que Lern estava em coma, meu Deus, Camila devia estar sem chão, perder Théo e não ter a esposa do lado, me coloquei em seu lugar. Olho pro lado e Thomas ria de alguma coisa.

- Dá pra você ter o minimo de respeito? -

- Desculpa, morena - Thomas

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Vou direto pro hospital e tinha alguns paparazes, então entramos pelos fundos. Pedi informação para uma enfermeira e ela me orientou até o quarto de Lauren, vejo Dinah e Camila dormindo sentadas em cadeiras que estavam na frente da porta do quarto.

- Vou no banheiro, morena - Thomas

- Ok - falo e ele sai, vou até elas e me agacho. - Meninas - falo baixinho e Mila desperta.

- Oi, Mani, que horas são? - Camila

- 10:47 - falo e ela esfrega as mãos nos olhos.

- Fico feliz que veio - Camila fala e nos abraçamos.

- Você é minha amiga, é meu dever estar aqui - falo sorrindo e olho pra Dinah.

- Senti sua falta, mas não foi só eu, Ally, Lauren e principalmente Dinah, ela ficou muito mal durante anos - Camila

- Não duvido, mas vim pra saber de Lauren e você, só de vocês duas, até porque eu preciso voltar, eu queria poder ficar aqui contigo, mas eu só posso ficar duas semanas, tenho entrevistas, shows, poderia desmarcar, mas Thomas tem a final de um jogo contra Real Madrid, prometi que veria -

- Claro, ficaria mal se você desmarcasse as coisas por mim e por Lauren, enfim, duas semanas pra mim já é ótimo - Camila

- A dorminhoca vai acordar não? - pergunto rindo e Camila cutuca Dinah.

- DJ, acorda - ela se mexe e abre os olhos ainda sonolenta.

- Normani? Tô sonhando? - Dinah pergunta e rimos.

- Não, boba, eu estou aqui - falo e Thomas volta.

- Morena, Michael disse que tá aqui perto, faz tempo que não vejo ele, ele falou se eu queria ir tomar café com ele, eu aceitei, você não ia se importar, ia?! - Thomas

- Não, pode ir, Thomzi - falo e ele assente saindo sem nem olhar para as duas. - Desculpa, ele é assim sempre -

- Tudo bem - Camila fala se levantando. 

- E o velório? - 

- Seu Alejandro e Mike estão cuidando disso, vai começar hoje de tarde - Dinah 

- Err, vou procurar o doutor - assentimos e Camila sai.

- Como está? - Dinah

- Mal pra caralho e você? -

- Agora? Me sinto horrivel, mas não pior que Camila - Dinah

- Lauren ficará bem, né? - 

- O doutor disse que ela está até que bem, vamos rezar para que ela acorde - Dinah

- Sim - falo me sentando ao seu lado e aí ficou um silêncio constrangedor.

Camila P.O.V

- O Dr.Malik por favor? -

- Ele saiu, mas me diga, o que a senhora deseja? - enfermeira.

- Queria saber se posso ver minha esposa, Laure- ela me corta.

- Jauregui, sim, eu as conheço, amava 5H - ela fala e eu sorrio.

- Que bom, mas enfim, eu posso visitá-la? - pergunto.

- Claro, pode sim - enfermeira

- Posso entrar com Mani e Dinah? -

- Vou abrir uma exceção - ela fala dando um sorriso amigável.

- Obrigada - falo e volto até elas. - Vamos entrar? -

- Não, achamos melhor você entrar sozinha - Dinah

- É - Mani

- Okay - falo e entro, fecho a porta e me viro. Lauren estava com um aparelho respiratório, vou até a cadeira que estava no lado da cama e me sento. Olho pra Lauren e seguro o choro. - Meu amor, perdemos o Théo, é como se tivessem arrancado uma parte de mim, agora... você aí, eu não posso perder você também, eu não vou aguentar, você sabe, né? Então, por favor, seja forte por mim, por nossos filhos, eles precisam de você, de nós e eu não sei se vou ter estruturas pra cuidar deles sem você - falo e pego em sua mão. - Volta pra mim, Lauren, eu te imploro, sem você eu não vou conseguir - falo já chorando e coloco minha cabeça em sua barriga. - Eu te amo, Lolo, eu te amo mais que tudo e vou fazer o possível e o impossível pra te ter de volta - falo e beijo sua mão e sua testa.

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Dinah P.O.V

Passamos a tarde, a noite, a madrugada no velório, Camila não saía de perto do caixão, estava cheia de olheiras, imagino que todos estavam assim. Mike se aproximou de mim e falou que estava tudo certo pro enterro, então eu assenti e me aproximei de Mila.

- Camila, está na hora, vai ficar tudo bem, amor - falo e ela me abraça, então a abraço o mais forte que podia. - Vamos passar por isso juntas, vem - levei ela pro carro, não queria que ela visse eles fechando o caixão e o levando. 

O caminho até o cemitério foi um tremendo silêncio, só ouvia-se o som de Camila chorando em meus braços. Chegando lá, fomos até a campa dos Jauregui, cheio de paparazes em volta, inconvenientes. Antes de guardarem o caixão lá dentro, os funcionários do cemitério perguntaram se alguém queria dizer algo, ninguém se pronunciou, então eu levantei a mão.

- Eu quero... bem, Théo era um garoto risonho, muito elétrico e ele tinha um grande coração. Eu vi esse pestinha nascer, crescer e muitos também viram, sei que cada um vai se lembrar dele com lembranças felizes, mesmo ele tendo quebrado com certeza algo de cada um, inclusive vasos meus - sorrio como a maioria e continuo. - Théo se foi e com ele se foi uma parte de cada um de nós, mas ele sempre estará vivo nas nossas memórias - volto até Camila e ela segura minha mão.

- Obrigada - ela sussura no meu ouvido e eu beijo sua mão.

- De nada, baby girl -