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História Summer Rains(she is my spirit) - Norminah - BLACKOUT


Escrita por: NorminaHamilsen

Capítulo 9 - BLACKOUT



 

               Santa Ana, Califórnia

                NORMANI   P.O.V.

 

 

   Minhas costas pousam sobre o colchão de minha cama com tanta exaustão e cansaço, que meus músculos se recusam a se retrair, para que,meu corpo,mude para uma posição confortável, ou ao menos decente. Meus olhos pesam a cada milésimo que se passa. Minhas pálpebras parecem pesar tanto quanto um filhote de baleia.
  Todas as partes de meu corpo já se preparavam para entrar em estado de sono profundo, quando dedos grandes e ágeis deslizaram por minha cintura e uma voz rouca e arrastada sussurrou algo contra minha nuca. Faço um movimento rápido para me sentar e tento enxergar algo em meio a escuridão que toma conta de meu quarto. Estreito meus olhos em uma tentativa falha de melhorar minha visão.
    Estico meu corpo para conseguir alcançar o interruptor de meu. Pressiono o pequeno botão e logo todo comodo está iluminado.

 

 

-Dinah ??? - pergunto confusa  - O que ...  - esfrego meus olhos rapidamente  - O que está fazendo aqui ? - A loira ri enquanto prende sua língua entre os dentes.

 

- Eu te perguntei primeiro. Falou em tom baixo enquanto se aproximava de mim - Responde a minha pergunta, que eu respondo a sua. - Não foi preciso que ela se aproximasse mais, para eu sentir o cheiro de álcool que vinha de sua boca.

 

-Dinah...- abaixo minha cabeça e a balanço negativamente - Você  ainda está bêbada ... vá para o seu quarto - Me afasto de seu corpo

 

-Que foi ? está com medo de mim ? - Se aproximou outra vez - Qual é o problema, Normani ?  - sorriu maliciosamente  e foi inevitável olhar  para seus lábios carnudos umedecidos por sua saliva

 

- O problema, é que eu estou tentando dormir, e tem uma bêbada tarada, que não me deixa em paz ! - a encarei  com um olhar raivoso - Agora, pode por favor, sair do meu quarto ?

 

- Você ainda não respondeu minha pergunta, Normani. - Levou sua mão esquerda até meus cabelos e colocou uma mexa solta atrás de minha orelha .

 

- Dá para parar com isso? -  seguro sua mão e a afasto de mim - Eu estou com muito sono para ficar aturando sua gracinhas, e outra, eu...

 

  Quando estava prestes a terminar minha frase  as luzes de meu quarto se apagaram fazendo com que minha fala fosse interrompida imediatamente. Olhei para os lados e nada conseguia enxergar. Nem mesmo a mulher que estava em minha frente estava visível, só tinha a certeza de que ela ainda estava ali por conta do forte cheiro de álcool que minhas narinas estavam inalando.
  Sinto um arrepio percorrer toda minha coluna. Arrumo minha postura e tendo enxergar alguma parte do corpo de Dinah.

 

-Eu acho que acabou a luz ... - A polinésia se pronunciou assim que toquei o que passei ser sua perna.

 

-É... acabou... - Travei meu maxilar  apreensiva.

 

  Não que eu tenha medo do escuro ou algo assim. Eu apenas não gosto da ideia de estar em um lugar e não conseguir enxergar nada que esteja a minha volta. E tem outra, toda vez que acaba a energia, coisas ruins acontecem com as pessoas. Eu definitivamente odeio ficar no escuro, e odeio mais ainda ficar no escuro com Dinah Jane .


 
-Não acredito... -ouvi sua risada ecoar pelo quarto - Você está com medo ? - me encolhi 

 

-Óbvio que não ! - Cruzei meus braços - Só não gosto de ficar no escuro.

 

-Eu não  gosto de ficar no escuro ... - me encolhi ainda mais quando senti o toque de Dinah no interior de minha coxa

 

-Eu vou ver como minha filha está... ela deve estar com medo.

 

 

  Me levanto correndo, para me livrar daquele contato e me arrependo de minha atitude assim que meu corpo se choca contra a parede do meu quarto . Me levanto, tendo a certeza de que Dinah não viu nada. saio de meu quarto e ando completamente desorientada pelo corredor . Tateio as paredes do corredor a procura do quarto de Anna, quando vejo uma luz surgir no meio a escuridão do corredor.Era minha mãe.

 

- Ainda bem  que vocês estão aqui .-Minha mãe me entregou uma lanterna que segurava - Fiquei preocupada quando não te achei em seu quarto, Dinah ! Achei que ainda estivessem na tal boate .- A mais velha respira aliviada

 

  Me viro bruscamente e encontro a Loira atrás de mim. -Como ela fez isso ? - Olho para a mulher que estava tentando ligar uma lanterna que minha mãe havia acabado de lhe entregar.

 

-Não, mãe. Nós chegamos há algum tempo.- peguei a lanterna das mãos da Dinah e a liguei - Na próxima vez tenta ligar apertando o botão, e não lente !  - Entrego o objeto a mulher bêbada ao meu lado.

 

-Eu vou lá embaixo avisar Milika vocês  chegaram. Sabem como ela é... Sem energia, sem você, ela não dorme.- A senhora andou até as escadas e sumiu gradativamente conforme descia os degraus

 

-Buuh ! - Dinah disse  colocando a luz da lanterna contra seu rosto -  Te assustei não é ? - Falou em um tom estupidamente idiota.

 

-Demais ... - falei sarcástica. Rolei meus olhos e entrei no queto de minha filha

 

-Ela está dormindo muito bem . Está melhor até do que nós ....…

 

-Eu sei... mas vou deixar isso aqui... - Coloquei minha lanterna sobre a mesa de cabeceira da cama - Caso ela acorde não ficará tão assustada. -Retornei para o corredor . - Você deveria ir para seu quarto .

 

-Eu deveria, mas eu quero ir para o seu... -riu divertida 

 

-Eu vou te ignorar porque você ainda está bêbada, e porque tenho certeza de que amanhã você não vai lembrar nem seu nome completo! Agora, some da minha frente antes que eu te faça ir voando para seu quarto.

 

-Você prefere ficar sozinha em seu quarto escuro  do que ficar comigo? -  Sua expressão ficou triste e a mesma abaixou sua cabeça -Tem tanto nojo de assim de mim ? -Perguntou tristonha fazendo que meu coração se apertasse

 

-Eu só queria dormir ... - Falei me sentindo culpada .Seu rosto se ergueu e pude ver um sorriso sacana e brincalhão em seus lábios -Eu não acredito que você fez isso !- Soltei um grunhido de raiva - Você é uma idiota. Eu achei que estivesse mal de verdade!

 

-Queria ver sua cara ... AO ! - Reclamou quando lhe dei um tapa em seu braço.

 

-Vou dormir, antes que eu faça uma loucura com você.- esfreguei minhas têmporas com as pontas de meus dedos e bufei.

 

-Quer dizer que você pensa em fazer loucuras comigo ? - Gargalhou alto e divertida

 

- BOA NOITE!!! -  Cruzo meus braços e ando a passos firmes até as escada

 

  Termino de descer os degraus da escada percebendo a presença de Dinah. Mesmo a contra gosto deixo que a loira se mantenha por perto. Mas só porque não é seguro ficar sozinha no escuro e ela tem uma lanterna, e eu, não.
  Andamos até a cozinha com pouco de dificuldade por conta da falta de iluminação. As mais velhas se encontravam no local conversando.

 


  Enquanto me servia de água observei Dinah,e ela não parecia está bêbada. Ela falava normalmente. Algumas vezes ela vacilava e agia como uma bêbada idiota, mas na maior parte do tempo, agia como uma puritana que nunca colocou uma única gota de álcool em sua linda e carnuda boca. Não que eu goste dessas coisas de lésbica de ficar reparando na boca de outras mulheres, mas a boca dela chama atenção.
  Seguro a garrafa de vidro que peguei na geladeira em minhas mãos e a levo até a mesma. Olhar para dentro de uma geladeira e não conseguir enxergar nada do que está lá dentro é verdadeiramente agoniante.
   Me inclino sobre o balcão da cozinha,me apoiando em meus braços  enquanto tento enxergar os rostos de mulheres que conversavam.  
Não tenho certeza, mas acho que a loira saiu da cozinha, porque meus ouvidos não estão mais escutando sua voz .
  Foco minha atenção nas mais velhas e acabo me distraindo com o assunto que tratavam. Elas ficavam tão atentas uma a outra,  se
olhavam de maneira carinhosa e uma nuca interrompia a fala da outra.
   Sou sugada de meus pensamento quando algo toca meu bumbum. Me levando do balcão aonde estava debruçada e olho para os lados com um certo desespero e medo. É por isso que eu odeio o escuro, isso não aconteceria se não tivesse acabado a luz. Enquanto penso, meus seios são pressionados com força. Meu primeiro pensamento é de que se trata de um fantasma mas fantasmas não apertam seios.  Obviamente só poderia ser uma pessoa. Entre as que estão na cozinha apenas uma faria isso, Dinah Jane. Sem sombra de duvidas ela estava fazendo isso, porque sabe que eu não poderia reclamar ou xinga -la . Pelo menos, não na frente de nossas mães.
   Me viro para outro lado para conseguir ver nem que seja um vulto daquela cretina.
   Seguro suas mãos assim que as sinto apertarem minha cintura e tento ver algum de seus traços polinésios.

 

-Para! - Sussurrei entredentes enquanto apertava seus pulsos 

 

 Esperei alguns segundos por uma resposta que não veio. Afasto suas mãos do meu corpo e as deixo cair no ar.
   Ela já havia feito muitas coisas que me tiraram do sério, mas isso já é abuso demais.
  Empurro seu corpo para trás, para ter espaço para sair dali. Suas mãos me seguram mas, logo entendem que não estou para brincadeiras e me liberam.

 

-Boa noite ! - Falo a todas antes de sair da cozinha.

 

 

    Não esperei nenhuma resposta vinda de quem quer que seja. Apenas subi, tropeçando em tudo que era possível e fui para meu quarto. Me joguei em minha cama e tentei relaxar, mesmo morrendo de medo daquela escuridão que se tornou o meu quarto .- Eu não consigo fazer isso. Eu admito! Sou medrosa -. Pulo de minha cama de uma vez só para não perder a coragem. Saio do meu quarto sentindo meu coração saltar de meu peito. Corro até o quarto de Anna. Entro como um foguete. Me enfio debaixo das cobertas da pequena e abraço o pequeno corpo da menina que acorda assustada.

 

-O que aconteceu, mamãe ? Pu (por) que está tudo esculo(escuro) ? -Perguntou manhosa enquanto se aconchegava em mim de olhos fechados.

 

-É só uma falta de energia, meu amor - Acaricio seu rosto - Não precisa ficar com medo, amorzinho ...eu vou ficar aqui com você.  - Beijo sua cabeça

 

-Eu não estou com medo, mamãe. Pode ir pala (para) seu quato (quarto), eu estou bem ! -Abriu seu olhos e me encarou serena.

 

-Tudo bem, filha, eu não me importo de ficar com você ! -Arrumo minha posição.

 

-Mamãe, pode ir, eu estou bem! -disse sorrindo -Eu já sou glande (grande) !

 

-Eu faço questão de ficar aqui ! -disse sem graça.

 

-Vai para o seu quarto,mamãe... - Praticamente me expulsou de seu quarto.

 

- Eu estou com medo, não quero ficar sozinha em meu quarto. Está assustador lá. Não me obriga a voltar para lá, por favor- uni minhas mãos e implorei.

 

-Tá bom...- Se levantou e beijou minha bochecha -Se está com medo do esculo (escuro),eu deixo você ficar aqui comigo. -Acariciou meu rosto- Eu te protege (protejo)

 

-obrigada,princesa... -Seus pequenos braços  me apertam. -Dorme pequena...

 

   Deito Anna em sua cama cuidadosamente. Coloco o cobertor sobre ela. Me deito ao seu lado. Envolvo a pequena em um abraço aconchegante.Afago seus cachos e beijo sua testa com delicadeza.
    Passados alguns minutos muito silenciosos resolvo checar se Anna já havia pegado no sono. Abaixo meu olha e me deparou com Anna dormindo em um sono tranquilo.
  Só depois de ter a certeza de que meu anjinho está dormindo sem preocupações eu me permito dormir.
  Antes de meus olhos se fecharem por completo tenho a embaçada visão da porta se abrindo. Meu corpo estava sonolento demais para reagir, então apenas acompanhei os movimentos da porta  sem nenhum tipo de protesto.
   Quando a porta se abre por inteiro tenho a visão, também embaçada, de Dinah. Ela andou até a cama, se sentou ao meu lado e se inclinou sobre meu corpo.

 

-Desculpa pelo que fiz na cozinha... -Coçou sua nuca -Acho que ainda estou bêbada. - Riu sozinha, como só uma louca faria - Posso ficar aqui com você? -fez uma careta- Antes de responder quero que saiba que não é seguro deixar uma pessoa bêbada sozinha, e que se algo  acontecer a mim a culpa será toda sua, se eu...

 

-Dá para você calar sua boca e deitar logo !? -falo interrompendo sua frase

 

   Acatando minhas ordens, Dinah se cala, levanta o cobertor e entra debaixo dele com agilidade. Seus braços rodeiam minha cintura e seu corpo toca o meu fazendo minhas costas se aquecerem. Acomodo meu corpo no seu por impulso, mas assim que me dou conta do que fiz empurrou o corpo da polinésia e me acomodo na cama.
   O único motivo pelo qual permiti que ela se deitasse, foi por não querer um peso em minha consciência, e por estar com muito sono para retrucar. Apenas queria dormir em paz. E eu faria isso. Faria, mesmo com Dinah insistindo em se agarrar a mim.
























 

   



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