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História She Is The One - Jackson


Escrita por: MisiMidnight

Notas do Autor


Desculpem a demora, mas estou de volta, finalmente, com mais um capítulo fresquinho.

Boa leitura!

Capítulo 53 - Jackson


 

 

 

 

 

Na manhã seguinte acordei sem a mínima vontade de me levantar e começar o dia e eu estava pretendendo passar todo o meu dia na cama, mas então lembrei que eu não estava em casa e sim na casa dos pais de Benjamin. Resumindo: nada de dormir até tarde.

- Merda... – sussurro meio irritada, me sento na cama e olho para a janela, vendo o sol morno da manhã iluminando o chão a frente de minha cama.

Passei minhas mãos em meu rosto tentando espantar o sono e depois em meu cabelo o prendendo desajeitadamente.

HORA DE ACORDAR!

Me levantei e segui para o banheiro do quarto, onde encontrei minha nécessaire em um cantinho em cima do balcão da pia. Peguei minha escova de dentes e o creme dental, o espalhei pelas cerdas, molhei minha boca e comecei a escovar.

Depois fiz minhas necessidades biológicas e por fim tomei uma boa chuveirada para tirar todo o suor e maquiagem da noite anterior, tá eu sei que eu deveria usar um demaquilante, mas eu estava com preguiça de gastar meu precioso tempo com coisas supérfluas.

Voltei ao quarto e coloco um vestido confortável, juntamente de um pulôver, uma calça ³/8 clara e um adorável e nunca deixado de lado, Ugg Boots.

Fiz o que mais tinha para fazer, como passar perfume, pentear meu cabelo e dar um tapa na minha cara de zumbi e sai do quarto, dando de cara com o enorme corredor.

Tranquilamente caminhei até a escada, mas assim que chego na metade do caminho uma porta atrás de mim se abre, fazendo meu sangue gelar com o pensamento de que possa ser o Jackson. Eu não queria que fosse ele, ainda estava indignada e ultrajada com o que ele havia me dito.

- Ei Lily! – mas me acalmo ao ouvir a voz de uma das irmãs de Bem.

- Ah... Oi... – me viro para ela e encontro Margot e seu namorado que acabava de sair do quarto – Bom dia!

- Maravilhoso dia! – David lança um sorriso amigável enquanto oferece seu braço a sua namorada.

- Espetacular na verdade – Margot engancha seu braço no de David – meu bom Lord havia esquecido como é boa a calmaria, em Washington você não tem essa paz pela manhã, é tudo muito agitado e cheio de movimento.

- Concordo – David assente com a cabeça – vamos nos mudar para cá quando tivermos nosso primeiro filho.

- Vocês moram em Washington? – arquei uma sobrancelha curiosa.

- Sim, eu estudo e David trabalha para o governo – dito essa ultima palavra eu percebi que tinha coisa ali, ela disse “governo” de um jeito estranho.

- Deixa eu adivinha – cruzo meus braços – S.H.I.E.L.D?

- Parece que os Stark sabem de tudo – David sorriu de lado para mim.

- Não é isso – sorrio me divertindo – é que eu também trabalho para a S.H.I.E.L.D – dou de ombros – se você é da base de Washington provavelmente não sabe disso mesmo.

- Eu conheço o Gavião Arqueiro e a Viúva Negra, assim como já ouvi falar da Raio – eles se aproximam mais de mim, parando a menos de um metro de distância.

- Me pegou – ergo minhas mãos em rendição – mas na S.H.I.E.L.D eu sou conhecida como Agente 09.

- Agente 09? – ele ficou surpreso – Você tem noção de que é a arma mais poderosa da S.H.I.E.L.D? Não tem quem não tenha ouvido falar das proezas do Agente 09.

- Eu sei – encolho meus ombros – mas estou aposentando meus dias de arma apocalíptica por um bom tempo.

- Um bebê muda muito a vida de uma pessoa, tem de ser uma decisão bem feita – Margot apóia a cabeça no ombro de David.

- Eu acredito que filhos não devem ser programados, prefiro deixar a natureza trabalhar – ele dá seu ponto de vista tranquilamente – o que você diz sobre isso Lily?

- Eu sempre planejei ter filhos depois dos vinte e quatro, isso é, se eu tivesse filhos – ergo um dedo em haste - mas o destino escolheu ser mais cedo e cá estou eu – apoio minhas mãos em minha barriga.

- A natureza quis isso – sério mesmo que ele trabalhava para a S.H.I.E.L.D? Onde estava todo o estresse sofrido pelos agentes? – a natureza é perfeita.

 - Concordo – sorrio um pouco.

- E eu ainda quero vir morar aqui na Irlanda quando tivermos nosso primeiro filho – David encerrou nossa conversa ali mesmo.

Descemos a escada e eles me guiaram até a sala de jantar, onde estaria acontecendo o desjejum da família e dos hóspedes. Ao chegarmos, comprovei  minha teoria e até me surpreendi ao ver o mais novo casal da família Doherty junto de todos. Imaginei que eles já tinham ido viajar, mas parece que me enganei.

- Bom dia! – Margot cumprimenta a todos, indo se sentar ao lado de seu irmão mais novo, William.

- Dia! – todos responderam animados.

Eu olhei para toda a mesa, vendo só um lugar disponível e mesmo contra minha vontade tive de me sentar ao lado de Jackson e isso me irritou profundamente.

- Bom dia – digo me dirigindo até seu lado.

- Bom dia! – todos disseram outra vez.

Me sentei com um pouco de dificuldade por causa da minha barriga que já aparecia um pouco e que naquele dia parecia mais pesada do que em qualquer outro dia e me servi em silêncio, evitando a qualquer custo olhar para o lado de Jack. Eu queria que ele percebesse o quão furiosa com ele eu estava.

- Ei Ben, agora que está casado tem de tomar hidromel toda manhã durante um mês! – John que estava a minha frente comenta brincalhão.

- Pai, eu vou ter mesmo de tomar hidromel toda manhã durante um mês inteiro? – o moreno olhou para o pai, parecendo desesperado com a ideia, como uma criança não querendo comer seus legumes – Eu odeio hidromel!

- Não é obrigatório filho, mas é o que diz a tradição - seu pai que estava na cabeceira da mesa responde dando de ombros – eu não tomei, mas meu casamento está durando a quase trinta anos.

- Desculpe a intromissão – começo meio hesitante – mas que tradição é essa?

- Você não conhece a tradição na Lua de Mel? – Lauren, mãe de Ben me olha surpresa.

- Infelizmente não... Americana – encolho meus ombros como se ser americana fosse anti natural.

E de certa forma, na Europa era.

- A tradição diz que durante a Lua de Mel do casal recém casado, os dois devem beber todas as manhãs hidromel, para dar sorte e o casamento durar – Andrew me explica calmamente – mas aparentemente isso não é real.

- Se fosse real não estaria casada com Mathieu por quatro anos papai – Cath rola seus olhos.

- Nem eu a cinco com Francis – Anne suspira - isso é só uma bobagem e uma desculpa para ficar bêbado toda manhã.

Do jeito que ela falou foi muito engraçado e fez a todos presentes rirmos com sua resposta.

- Quando eu me casar eu vou tomar – John infla o peito, orgulhoso de sua ação.

- Se casar né Johnny – William ao seu lado ri e leva um soco no braço do irmão – AI!

- Cala a boca baixinho – Joh n o repreende.

- Ele tá certo – Phoebe do seu outro lado concorda.

- O que é isso agora? Um complô contra a minha pessoa? – diz indignado.

- É sim – Margot assente sorrindo.

E isso desencadeou uma discussão entre os sete irmãos e depois o assunto mudou e os meus amigos entraram na roda, iniciando uma conversa animada entre todos na mesa, menos entre Jack e eu. Eu porque preferia só rir deles e continuar comendo e Jack... Bem, eu não estava interessada em saber, mas ele não estava disposto a me ajudar, já que algum tempo depois eu senti ele me cutucar levemente.

Eu quis ignorar, mas optei por ouvir seja lá o que ele quisesse me dizer então olho para ele, mantendo minha expressão séria no rosto.

- Posso falar com você? – aproxima seu rosto do meu para eu ouvir.

- Já está – respondo seca.

- Não – ele suspira cansado – digo... Podemos ir lá fora?

Abro minha boca para responder que não, mas meu lado bom estava querendo voltar a agir. Olho para as outras pessoas, nenhum deles parecia prestar atenção em nós, então voltei meu olhar a ele e assenti com a cabeça.

De forma discreta ele se levanta e segue para a saída, eu faço o mesmo e o sigo, encontrando-o novamente do lado de fora da sala de jantar.

- E então? – cruzo meus braços o olhando.

- Aqui não – olha para o corredor atrás de mim, se vira e sai andando.

Bufo irritada e o sigo, mantendo um pouco de distância.

Alguns minutos mais tarde nos encontramos parados em frente ao lago da família, eu esperando ele dizer alguma coisa e ele planejando o que dizer para não me tirar ainda mais do sério.

- Me desculpe – é tudo o que ele diz.

- O que? – eu fiquei indignada – Você me chamou aqui fora só para me pedir desculpas.

- Não, mas eu tenho de começar de algum lugar – coloca suas mãos dentro dos bolsos de seu moletom – então custa muito me ouvir?

Rolo os olhos e mantenho minha boca calada enquanto fixo meu olhar na água, imaginando de quantas maneiras poderia matar ele naquele lago.

- Olha... Eu sei que agi feito um idiota ontem, mas não era minha intenção – Eu estava nervoso e cansado de discutir, eu só queria extravasar aquele sentimento de raiva dentro de mim.

- E tinha de descontar em mim? Tinha ter de me chamar de vadia? – arqueio a sobrancelha ainda me controlando para não esganá-lo.

- Me desculpa – ele diz desesperado – foi no calor do momento! Eu fiquei magoado ok.

- Magoado? Magoado com o que? – o indago.

- Nós namoramos por um tempo e você nunca quis transar comigo, eu respeitei, pensei que fosse por ainda não estar preparada para dar esse passo na nossa relação, mas não consegui ficar de boa quando soube que estava grávida de um cara que nem conhece direito Violet, isso havia só três meses que havia terminado comigo. Como esperava que eu me sentisse?

- Desculpe se te magoei, mas o que eu faço da minha vida parou de ser da sua conta a partir do momento em que rompi nosso compromisso.

- Eu sei, mas não é só porque não estamos mais juntos que vou parar de me importar com você... Eu era seu melhor amigo antes disse se não lembra.

- Eu lembro e hoje acredito que talvez tivesse sido melhor se tivéssemos continuado assim – digo me alterando.

No momento em que terminei minha frase o silêncio constrangedor se instalou entre nós, não fazia ideia do que se passava na cabeça dele, mas eu estava tranquila comigo mesma, na verdade ter aquela conversa estava sendo uma das melhores coisas que já havia feito na vida nos últimos tempos... Além do meu bebê é claro!

- Você se arrependeu? – sua feição era de pura incredulidade.

- Um pouco na verdade, isso complicou um pouco minha vida – cruza seus braços sendo verdadeira – mas por outro lado, se não fosse por nosso namoro eu não teria ido a Asgard e engravidado...

Isso e Steve ter me dado um pé na bunda, se ele tivesse me aceitado eu não teria ido para Asgard com Thor.

- Como pode dizer algo assim? Você não tem alma Violet? – ele praticamente gritou a última parte.

- Ah eu tenho e como tenho! Você me acha insensível, mas não passou por tudo o que passei. Desde que me entendo por gente, não teve um dia em que não sofri e nos últimos meses eu descobri coisas que eu garanto, nenhuma outra pessoa já passou. Eu... Eu não sou normal e não adianta eu tentar ser e não adianta você querer que eu seja Jackson – soltei tudo o que estava preso em meu peito.

- Eu nunca exigi isso de você.

- Não, mas acha que eu não percebi os olhares de repreensão que me lançava quando eu agia como era ou quando fazia algo da minha natureza, de todas ás vezes que me achou estranha e queria que eu fosse igual a você?! Eu não sou cega Jackson!

Eu estava me libertando finalmente.

- Eu cansei de tentar ser algo que não sou. Eu, Violet Stark, não quero mudar quem eu sou por alguém como você, na verdade... Não quero mudar por ninguém! – aumento meu tom de voz – Você diz que gosta de mim? Gostaria de mim se soubesse que eu já tive outras vidas e que amei outros homens? Gostaria de mim se soubesse que com dez anos eu já tinha mais de cinquenta mortes na minha conta? Gostaria de saber que eu amo Steve mais do que minha própria vida e que mesmo assim eu tô grávida de Loki? Porque eu cansei de esconder o meu amor e cansei de ter de esconder que o meu filho é do causador da destruição da minha terra natal, meu bebê é filho do Loki, o deus assassino e cruel e quer saber? Eu amei ele também e se ele não tivesse morrido para me salvar e salvar a seu filho eu provavelmente estaria ao lado dele nesse momento e criaria com muito orgulho nosso filho! – gritei irritada.

Meu Deus, eu devia fazer terapia do grito, porque de verdade, aquilo funcionava.

- Eu amaria – concordou em um fio de voz – pra ser sincero, eu amo... Não me importa se seu filho é do Loki ou não, ele é seu também e essa metade vai ser maravilhosa...

- PARA JACKSON! – talvez eu ainda estivesse um pouco nervosa – MEU FILHO É UM TODO, NÃO UMA METADE... – passo minhas mãos por meus cabelos tentando me manter calma – Então para de fingir... Você não me ama de verdade, você só me deseja porque eu não te quero, porque não te amo e nem te desejo! Cara... Olha para você, é lindo, inteligente, rico... Poderia ter a mulher que quisesse, mas ao invés disso quer a pirralha aqui...? Não, você não me ama...

Ele não teve o que responder, acho que ficou transtornado com minha reação inesperada e consideravelmente surtada.

- Faça um favor pra nós dois... Namore alguém que possa te corresponder do mesmo jeito que você diz me amar – dou um passo para trás – e se ainda tem algum carinho por mim, não me procure caso não seja para falar sobre nossa amizade.

- Mas... – o interrompo.

- É sério Jackson... Vai ser melhor para nós dois.

Não espero uma resposta e lhe dou as costas, seguindo para a casa outra vez. Para mim aquela conversa tinha quebrado as algemas invisíveis que prendiam meus pulsos nos últimos tempos.

Eu tinha um problema a menos, não devia mais nada a Jack, havia resolvido tudo com ele ali.

 

 

Quando pisei na sala da casa respirei fundo e muito mais aliviada, sentindo a liberdade e a leveza me tomarem por inteira. Se era difícil pôr os seus problemas na mesa, era fácil lidar com a resolução deles.

- Lily? – olho para trás encontrando John na porta junto de Margot.

- Oi gente – sorrio abertamente para eles.

- Você tá bem? – ela me pergunta com uma sobrancelha arqueada.

- Muito bem – relaxo meus ombros.

- Você sumiu da mesa do café da manhã – John passou por mim e se sentou em um dos sofás - junto daquele gato do seu ex-namorado.

- O que...? – olhei dele para Margot apoiada no batente da porta nos encarando.

- Tá de boa, eu sei tudo sobre meu irmão – ela sorri dando de ombros – sua amiga Heid estava te procurando.

- Sério? Por que?

- Sei lá – ela se aproxima, se sentando no sofá a minha frente – nós viemos aqui só para conversar e encontramos você!

- Ah tá... – eu era a intrusa.

- Relaxa boba, nós viemos falar mal dos nossos parentes – John abanou uma mão no ar - senta e se junta com a gente, você tem de quem falar mal.

- Isso é uma referência ao meu pai? – franzo meu cenho.

- É sim – Margot se levanta do seu lugar e se joga ao lado de seu irmão – agora senta e nos conte os podres da família Stark que nós contamos os podres dos Doherty.

- Não que eu não queira fazer isso, mas, para eu saber algo sobre vocês eu não deveria ser amiga de vocês?

- E você não é? – Margot me fita confusa.

- Não sei... Sou? – inclino minha cabeça para a direita.

- É claro que é! – John concluiu – Você já sabe que eu sou gay louca, mais do que isso e você se torna minha best!

- Esse é o cargo que ela vai assumir na minha vida Johnny – Margot sorri animada para mim – vamos ser melhores amigas né? Diga que sim – ela fez beicinho me fazendo rir e concordar.

- Ah tá, vai sonhando, ela vai ser minha melhor amiga! – Johnny olha indignado para sua irmã.

- Mas nem pensar Johnnyzinho! – ela o olhou fingindo estar irritada me tirando ainda mais risada.

Pelo menos eu nunca ficaria entediada junto deles!


Notas Finais




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