1. Spirit Fanfics >
  2. She Will be Loved >
  3. Terceiro.

História She Will be Loved - Terceiro.


Escrita por: hellbound

Notas do Autor


Oi gente!

Bem, vamos lá ao famigerado capítulo *moonface*. Olha, eu escrevi, aí revisei, mudei coisas ali, coisas aqui, passei o dia inteirinho lendo e relendo o capítulo (e escutando The Neighbourhood, pra dar aquela famosa inspirada) e eis aqui o resultado final dele. Espero que vocês gostem!

Obrigada pelos favoritos, vocês são lindos! Boa leitura! <3

Capítulo 3 - Terceiro.



"(...)The room was fit for two
The bed was left in ruins
The neighbor was knocking, yeah
But no one would let him in.

Touch me, yeah
I want you to touch me there
Make me feel like I am breathing
Feel like I am human. (...)"


 

Já tinha se passado um ano.

Elena já não precisava tanto das aulas de Ten, mas não disse a ninguém, ainda frequentando o apartamento 604 em uma parte nobre da cidade — agora, às sextas. Estava começando a ler folhetos de universidades, ignorando quando seu pai queria mandar em seu curso e instituição, tendo em mente que aquela era uma decisão que pertencia única e exclusivamente à si mesma. Era visível que estava saturada da convivência com o pai — o que lhe prendia à mansão era sua mãe —, e a Europa estava soando mais atraente do que o comum. Sua preferência estava em Munique, na Alemanha, onde haviam boas universidades que eram referência em inúmeros cursos, além dos dormitórios excelentes — mesmo sabendo que seu pai não ia deixar ela ficar em um. Conversou com a mãe sobre suas decisões, e mesmo lhe fitando com os olhos marejados, sabia que ela lhe apoiava e se orgulhava de Elena, e era o que fazia com que seguisse em frente.

E também tinha Ten.

É claro que não desistira dos sonhos para se manter perto dele — até o próprio Chittaphon ficaria chateado se ela o fizesse —, mas queria compartilhar aquela decisão tão importante com ele. Desde que o conheceu, ele tinha lhe incentivado e ajudado a crescer e perseguir seus objetivos incansavelmente, fazendo o que pudesse para ajudá-la. Ela o olhou, vendo-o concentrado em seu notebook, provavelmente trabalhando em um de seus projetos. Em algumas vezes que ia até a casa dele, Elena só revisava a matéria, os dois trabalhando silenciosamente em suas tarefas. Mas naquela sexta-feira, ambos estavam exaustos. Ten massageou a nuca, e a garota se espreguiçou, esticando os braços e levantando da cadeira, gesto que atraiu a atenção dele. Caminhou na direção no tailandês, apoiando-se nas costas dele e soltou um suspiro cansado, o ouvindo rir baixinho e acariciar seus cabelos de forma displicente.

— Tem certeza que é ok eu ficar contigo hoje? — perguntou, a voz abafada. — Não quero te atrasar e nem atrapalhar.

— Claro que sim, eu tô com o dia livre amanhã, só abri o projeto pra ver se tá tudo certo. — ele respondeu, salvando o arquivo e virando o rosto brevemente para encará-la. — Na verdade, eu tô preocupado contigo. Você não vai se encrencar por minha causa não, né? 

Elena negou, formando um sorriso tímido nos lábios. Estava se esforçando ainda mais, e seu sono estava sendo ligeiramente prejudicado pelo estresse — além de ser impossível relaxar na presença de seu pai. Na semana anterior, Ten tinha perguntado se ela não queria dormir um dia no apartamento, para que pudessem ver algum filme ou só acabarem cochilando no sofá — o rapaz também estava atarefado com a faculdade. Sabendo que não poderia dizer para seus pais que dormiria na casa do tailandês, pediu ajuda para Mel — que aceitou acobertá-la, inventando que teriam uma festa do pijama e que ela voltaria para casa durante a tarde do dia seguinte. Mandaria uma mensagem para a mãe antes de dormir, mas por enquanto, aproveitaria para tomar banho e se livrar do uniforme.

— Eu tô cansada hoje. — murmurou, formando um biquinho involuntário. 

— Chega de estudos por hoje né? — encostou a testa na dela, deixando um selar curto sobre os lábios. — Que tal vermos um filme?

Assentiu animada, se ajeitando e pedindo uma toalha emprestada. Ten assentiu, perguntando se ela queria alguma roupa emprestada, e ela pediu apenas um moletom. Parte dele sentiu-se constrangida ao imaginar a garota usando somente um de seus casacos de moletom, mas viu que ela tinha trazido um short e uma blusa. Cedeu o que ela tinha pedido e indicou o caminho do banheiro, e avisou que iria comprar algumas coisas, recebendo um aceno positivo, e logo depois de encostar os lábios nos dela, sumiu pelo corredor, só restando o som da porta sendo trancada.

E então, se viu sozinha no apartamento.

Entrou no banheiro, trancando a porta e se despindo, dedicando um momento para se observar diante do espelho. Era um gesto que normalmente evitava, mas sua proximidade do garoto fazia com que questionasse sua aparência em geral. Não tinha o corpo de uma modelo ou algo considerado dentro dos padrões, mas gostava do que via. Sacudiu a cabeça, ignorando aqueles questionamentos. Era comum ver as meninas observando seu corpo no espelho do banheiro, e achava bonita a admiração que nutriam por si mesmas. Meredith sempre parecia entendiada quando falava dos elogios dos garotos, mas parecia gostar de estar com eles. Elena jamais admitiria que as falas dela talvez fossem úteis, já que, para todos os efeitos, deveria estar muito envergonhada.

Entrou no box, ligando o chuveiro e soltando um suspiro ao sentir a água morna sobre sua pele. O inverno estava começando, e as noites eram frias o suficiente para que sentisse que a água quente era como um cobertor e ficasse lá por um bom tempo. Enxaguou os cabelos escuros e esfregou a pele morena, relaxando diante da temperatura agradável da água. Terminou seu banho, e logo estava arrumada, usando a toalha para retirar o excesso de água em seus cabelos. Saiu do recinto — antes, dedicando um momento para se observar no espelho —, pendurando a toalha na área de serviço e se sentando na sala. Cerca de dez minutos depois, ouviu a porta destrancar, e viu o garoto entrar com algumas bolsas, pondo-as sobre a bancada da cozinha.

— Demorei?

— Não muito, foi o tempo para que eu pudesse tomar banho. — levantou-se, abraçando a cintura dele.

Trocaram um beijinho rápido, e ele mostrou todas as guloseimas que tinha comprado — coisas que os dois não eram recomendados à comer, mas que adoravam — , e o rapaz sugeriu que comessem uma pizza. Elena assentiu, ficando com a tarefa de buscar um filme para que pudessem assistir. Era quase como se fossem casados, e ela riu diante da ideia, vasculhando o catálogo da Netflix. O lugar ao seu lado logo foi ocupado, e ela se aconchegou nos braços dele, fechando os olhos e sentindo que aquele era seu lugar. Sentiu uma carícia suave em seus fios, suspirando com aquele gesto afetuoso.

Ten surgiu em sua vida como se fosse um anjo, e ele até mesmo se parecia com um.

Não só tinha ajudado Elena em sua vida acadêmica como na vida pessoal, conversando com ela e procurando lhe aconselhar. Além disso, não tinha lhe visto somente como uma garotinha boba e ingênua, cujo futuro era desconhecido ou manipulado pela família; ele tinha lhe visto de uma forma diferente, seu lado verdadeiro, algo um pouco além até do que suas amigas conheciam — era assustador e confortante ao mesmo tempo. Sentia como se estivesse realmente conhecendo o termo liberdade, que era tão exaltado pelas pessoas. Levantou a cabeça para encará-lo, e sentiu-se ligeiramente tímida ao ver que ele lhe admirava.

Havia algo nos olhos escuros que fez seu estômago dar uma volta desconfortável.

Aproximou-se de forma lenta, roçando seu nariz no dela, quase como na primeira vez que tinham se beijado. Elena sentiu-se tonta por antecipação, e seus olhos reviraram nas órbitas quando os lábios se tocaram, pois ele a beijava com maestria, saboreando os lábios de forma lenta e apaixonada. A morena agradeceu por estar sentada, pois sentia suas pernas bambas, e tudo pareceu mais intenso quando as línguas se tocaram, e ela sentiu o gosto do chá de hortelã que ele tanto gostava de tomar. Uma mão dele segurava sua nuca, e a outra acariciou sua coxa, mas acabou pousando na cintura, os dedos lhe apertando de uma forma que a fez suspirar. Por mais que tivesse a concepção romântica de que uma primeira vez deveria ser em uma cama, naquele momento, poderiam fazer amor até mesmo no carpete da sala que ela não se importaria. Tudo o que Elena queria era sentir Ten por inteiro.

Mas é claro que a maldita campainha precisava tocar justamente naquele momento.

Separaram os lábios, e Ten resmungou algo antes de se levantar e gritar “já vai”. Caminhou até a porta, e depois de checar pelo olho mágico, constatou que era o garoto da pizzaria. O cumprimentou rapidamente, pagando a pizza e se despedindo do rapaz. Elena caminhou até ele, pegando a caixa e entrando na casa. O tailandês ergueu a sobrancelha ao vê-la guardar a pizza no forno, e ela caminhou até ele, evitando seu olhar.

— Iria esfriar se ficasse do lado de fora. — deu de ombros.

Um sorrisinho se formou em seus lábios, e ele segurou sua mão, a puxando para perto. Elena riu, envolvendo os braços no pescoço dele, devorando os lábios em um ósculo urgente, sentindo-o tocar a base de suas costas, lhe mantendo o mais próximo que conseguia.  Infiltrou a mão pelos fios escuros, se deliciando na maciez dos mesmos. Ten se sentia inebriado por cada um daqueles toques, os estímulos mais intensos do que ele se lembrava de ter sentido alguma vez. Separou os lábios dela levemente, vendo-a lhe encarar com os olhos semicerrados e os lábios inchados.

— Você tem certeza do que está fazendo? — a voz dele era baixa, e os lábios estavam quase grudados. — Eu não quero fazer nada que você não queira, sabe disso, não é?

— Sei disso. — murmurou, roçando o nariz no dele, selando os lábios rapidamente. — Mas eu quero Ten, mais do que qualquer coisa. Eu confio em você.

Trocaram olhares intensos, e ele a beijou novamente, lhe encostando contra a parede da sala. O contraste com seu corpo quente lhe trouxe arrepios, e suspirou contra os lábios dele. O corpo do tailandês estava prensado contra o seu, a pele quente e macia tocando a sua e lhe trazendo sensações que nunca tinha imaginado um dia. Os lábios se desgrudaram e ele tocou sua bochecha com a ponta dos dedos, e ela fechou os olhos com aquele toque. Qualquer mínimo contato fazia seu estômago se embrulhar de antecipação, e deixava suspiros inaudíveis escaparem por seus lábios entreabertos. Ten roçou os lábios contra sua bochecha, e os desceu para o pescoço, depositando selares curtos sobre sua pele.

Cada toque parecia queimar sobre sua pele.

Ele a ergueu, fazendo com que suas pernas se entrelaçassem em sua cintura, beijando-a rapidamente e seguindo para o quarto. Suas costas tocaram as paredes do corredor, e o moletom dele ficou jogado em algum canto do lugar, o som dos beijos e risos baixos ecoando pelo apartamento. Quando entraram no quarto e Elena foi depositada sobre o colchão macio, soube que iria até o fim, e sentiu seu estômago se agitar, em uma mistura de medo e ansiedade. Sabia que aquele contato era baseado em estímulos, mas tinha feito “pesquisas” — parecia um pouco ridículo pensar daquele jeito — e tinha se concentrado nas falas de suas amigas, nas tão famosas conversas de banheiro. Demetria tinha falado sobre seu encontro com um garoto chamado Johnny, e contou como tinham transado diversas vezes na sala do apartamento dele — descrevendo os apertos, o corpo alto e forte, os movimentos dos quadris, as mãos grandes e urgentes e qualquer outra coisa que atiçasse a imaginação de quem ouvisse. Elena tinha fingido desinteresse e constrangimento, mas se manteve atenta, tentando imaginar como seria estar com Ten.

Não queria fazer papel de boba.

Sabia que ele tinha tido outras antes dela — céus, como ele não o faria? —, e se sentia insegura de fazer alguma coisa estúpida. Compreendia que não ter experiência não fazia nenhum mal, mas era como se ouvisse os comentários maldosos, rindo dela e dizendo que aquilo jamais iria dar certo. Droga! Não era hora de pensar nisso!

— Lena, — ele lhe chamou, acariciando o rosto dela — você tá bem? Sabe que se quiser parar, eu...

— N-não é isso. — gaguejou, mordendo o lábio inferior, morrendo de vergonha por ter que assumir aquilo em voz alta. — É que... Eu me sinto insegura. Nunca fiz isso antes, e... Ai, que droga, eu tô estragando tudo né? 

— Amor, — ele lhe chamou daquela forma carinhosa, e ela manteve os olhos presos aos dele — ninguém nasce sabendo. É natural, instintivo. Cada pessoa se comporta de uma forma, não existe uma receita pra isso. E você não está estragando nada. — beijou sua testa. — Eu quero que isso seja bom e gostoso pra nós dois, e não quero que se force a nada.

— Mas eu quero... — levantou a cabeça, os lábios próximos aos dele. — Eu quero fazer amor com você Ten.

A fala fez o tailandês morder o lábio inferior, unindo os lábios aos dela, fazendo com voltasse a se deitar no colchão. Sentia-se relaxada, apreciando cada sensação causada pelos toques de Ten de forma lenta. O corpo dele se encaixou entre suas pernas, a expectativa fazendo seu estômago dar voltas. Ele tocou sua cintura por baixo da blusa, e as mãos quentes em sua pele fizeram com que suspirasse pesadamente contra os lábios dele. Uniram os lábios rapidamente, e ela mordiscou seu lábio inferior, fazendo-o rir baixo. As mãos intensificaram o aperto em sua pele, e ele moveu o quadril contra o dela, um gemido baixo escapando os lábios dela. Apesar da sutileza dos movimentos, sentia-se úmida, só a proximidade dele lhe deixando atordoada.

Levantou os braços para ajudar Ten a tirar sua blusa, corando com o olhar sobre si. Nunca tinha estado exposta daquela forma, e mesmo constrangida, se sentia livre como jamais antes. Ele a puxou para si, se sentando na cama e a acomodando em seu colo, deixando beijos sobre a tez escura e cheirosa, fazendo com que Elena se arrepiasse. Acaricava a nuca dele, sentindo os beijos descendo — seu rosto parecia em chamas — e quando a língua dele circulou seu mamilo, um gemido audível escapou de sua boca. Já tinha algumas garotas dizerem que aquela carícia não lhes causava nada, mas a textura molhada da língua do tailandês contra sua pele lhe fez mover o quadril involuntariamente. Ten suspirou contra sua pele, mordiscando-a em seguida, e depois beijou cada marquinha avermelhada, sentindo Elena passar os dedos entre seus fios escuros. Levantou a cabeça para encará-la, lançando um daqueles sorrisinhos que faziam a jovem suspirar, mordendo o queixo dela levemente.

— Amor, eu quero que essa seja a sua noite. Quero que você se sinta incrível.

Ela o beijou novamente, segurando a barra da camisa escura, tocando a pele pálida diretamente, sentindo-a queimar sobre seus dedos. Ten se afastou dela por um momento, jogando o tecido em qualquer canto, voltando a beijar a garota, tocando as costas nuas com a ponta dos dedos, sentindo-a se arrepiar e soltar uma risada baixa. Elena deslizou a mão pelo abdômen do garoto, sentindo a firmeza dos músculos esguios, o desejo se espalhando ardentemente por seu corpo. Aquele homem estava ali, tocando-a com fervor, como se ela fosse a única garota do mundo. Era difícil não se sentir maravilhosa ou incrível.

Sentiu as costas tocaram o colchão macio novamente, e Ten depositou beijos em seus seios e sua barriga, as mãos tocando a barra de seu short. Levantou a cabeça, e Elena respirou fundo, fazendo um sinal positivo com a cabeça, vendo-o puxar a peça por suas pernas, deixando-a apenas com a calcinha azul — que tinha desenhos de nuvens, fazendo com que ela corasse. O tailandês riu soprado, beijando-a sobre o tecido, ouvindo-a arfar, sons de satisfação escapando entre seus lábios entreabertos. A mão pequena agarrou seus ombros e ela o puxou para cima, vendo-o lhe lançar um olhar questionador, fazendo Elena formar um sorrisinho, girando até ficar sobre ele na cama.

— Eu também quero tocar você, Ten. — a voz era baixa, e o rosto dela estava bonito, com lábios inchados e bochechas vermelhas.

Estava exposta diante dos olhos dele, e não pôde evitar ficar envergonhada, visto que jamais tinha ficado dessa forma diante de ninguém. Tocou a bochecha dele, que fechou os olhos com aquele carinho, e o beijou rapidamente nos lábios, passando a distribuir beijos em seu maxilar e pescoço, provando a pele macia e cheirosa do garoto. Ten suspirou ao sentir os lábios cheios tocando a epiderme de seu peito de abdômen, sentindo beijos e mordidas leves, toques simples que lhe excitavam. Elena levantou a cabeça, e Ten se sentou, tocando o rosto dela carinhosamente, os lábios se roçando mais uma vez, em um beijo profundo, onde ele tentava demonstrar todas as suas emoções.

Não queria ninguém além dela.

Ele se pôs por cima dela, as mãos acariciando as laterais de seu corpo, trazendo arrepios por sua epiderme. Acariciando lentamente os cabelos escuros de Ten, se perguntava como não tinha caído em tentação há mais tempo, quando só o toque dos lábios dele fazia com que se sentisse quente. Ten era sempre calmo, quase como se estivesse com medo de tocá-la, ou de perder o controle e fazer algo que se arrependeria. E pôde comprovar que era verdade. Aquela preocupação significava o mundo para ela, e por mais que jamais tivesse verbalizado, o amava. Separaram os lábios, e ele manteve os olhos fixos aos dela, as mãos deslizando por suas pernas, seu coração parando por um instante.

Ela o amava, como jamais tinha feito antes.

Beijou sua cintura, mordiscando a pele, e ela sentiu a respiração presa em sua garganta quando o elástico de sua calcinha foi tocado. Ten lhe encarou, como se pedisse permissão, e ela meneou a cabeça, sentindo a peça ser deslizada por suas pernas, descartada junto das outras roupas. Se infiltrou entre as pernas dela, e beijou seus tornozelos, seus joelhos e o interior de suas coxas, mas quando ele a beijou , mordeu seu lábio com força. Mas não o suficiente para conter seus gemidos. A língua dele lhe acariciava lentamente, e seus dedos a tocavam com maestria, fazendo movimentos circulares sobre seu clitóris, acelerando pouco mais com o tempo, tornando os gemidos dela mais altos e sua respiração irregular. Não conseguia raciocinar, muito focada nas reações que o tailandês lhe proporcionava, e se sentia cada vez mais próxima de seu limite, a coluna arqueada em antecipação. E quando Ten conseguiu lhe levar ao extremo daquela sensação, levantou a cabeça do meio das pernas dela, lambendo os lábios para ter mais do gosto dela.

Aquele homem tinha lhe dado seu primeiro orgasmo.

Seu corpo inteiro pulsava, e ele se encaixou no meio das pernas dela, acariciando as bochechas coradas e devorando sua boca em um beijo urgente e apaixonado, possibilitando que Elena sentisse seu próprio gosto. Os toques de Ten eram precisos, mas era perceptível que ele era cauteloso, fazendo com que ela se sentisse muito amada, cada vez mais derretida pelo garoto de sorriso perfeito. Os olhares estavam conectados, e era claro que se amavam, sem precisar proferir uma única palavra. Ele esticou o braço para seu criado mudo, pegando um pacote que fez a garota ruborizar ao notar que era um preservativo.

Era real, ela estava tendo uma noite de amor com Ten.

O tailandês se levantou, tirando a calça de moletom e a cueca escura, desenrolando o preservativo em seu membro virado de costas para a garota — que pareceu muito satisfeita com a visão das nádegas redondinhas e pálidas do garoto. Voltou para a cama, voltando a se deitar sobre a garota, e para a surpresa dela, ele acariciou seu clitóris com a ponta dos dedos e ela ofegou, ainda sensível pelo orgasmo recente. Mordeu o lábio inferior, pendendo a cabeça para trás, e foi só aí que ele esfregou sua glande sobre a entrada dela, penetrando-a lentamente, fazendo um gemido sôfrego escapar de seus lábios. Os estímulos dele tinham ajudado à amenizar a dor, mas estava tão sensível que recebê-lo fez seus olhos revirarem.

Naquele momento, ela o sentia por inteiro, cada maldito centímetro.

Beijou Elena a fim de distraí-la da dor, e aguardou até que ela se movesse, segurando seu quadril com firmeza ao vê-la se movimentar contra ele. Os movimentos dele eram lentos e firmes, e ela gemeu contra seus lábios, cada pequena sensação fazendo sua cabeça girar. Fitou Ten, vendo que ele lhe fitava com olhos semicerrados, sentindo o suor em suas peles, seu desejo crescendo à cada investida. Enfiou a mão em seus cabelos dele, a outra pressionando suas nádegas, em um pedido mudo, logo arranhando suas costas com as unhas curtas. O tailandês acelerou os movimentos de seu quadril, formando um daqueles sorrisos convencidos ao ouvir os gemidos da garota aumentando o volume. Beijou o rosto dela, sentindo-se cada vez mais perto de seu limite, e pelo toque desesperado das mãos dela, soube que não era o único. Tocou o clitóris inchado dela, as carícias seguindo o mesmo ritmo de suas estocadas, e a garota gemeu alto, suas paredes internas apertando o membro dele, que chegou ao ápice devido às sensações. Afundou o rosto no pescoço moreno, aspirando seu cheiro e tentando acalmar sua respiração. Elena acariciou os cabelos dele, seu corpo ainda trêmulo devido à quantidade de estímulos que tinha recebido de Ten, rindo languidamente ao sentir seu corpo levemente dolorido.

Faria tudo de novo.

Ele tirou o rosto de seu pescoço, encarando Elena com um sorriso bobo. Ten a amava. Cada pequeno detalhe dela, cada sorriso, toque ou beijo lhe deixava louco, e se sentiu como um adolescente tendo pela primeira vez o prazer de estar com a pessoa amada. Acariciou a bochecha dela, vendo-a sorrir ao beijar o nó de seus dedos, parecendo linda como uma pintura. Os cabelos espalhados pelo lençol, os olhos febris, as bochechas coradas e os lábios inchados. Saiu de dentro dela, e depois de descartar o preservativo em uma lixeira próxima, se deitou de bruços e vendo-a copiar o gesto, os olhos grudados um no outro.

— Eu amo você. — ele disse​, antes que pudesse se conter. — Desde a primeira vez que eu te vi, quando você parecia envergonhada ali nos meus braços. Conhecer você só fez esse sentimento crescer ainda mais, e agora, já não sei mais ver minha vida sem você. Elena, eu te amo pra caralho, você é a garota mais incrível do mundo.

— E eu também te amo. Eu nunca soube como dizer, mas desde que eu te conheci, você não sai da minha cabeça.

Ten a puxou para perto, aconchegando o corpo pequeno contra o seu, apreciando a sensação de sua pele quente sobre a sua e do cheiro gostoso lhe inebriando. Era como se tivesse sido feito pra ela, qualquer outro lugar parecendo estranho. Para o inferno os casamentos arranjados e deveres sociais, sempre escolheria Elena. Desejava poder segurar a sua mão e chamá-la de “esposa”, e lutaria por isso. Beijou o rosto dela, fazendo-a rir e logo, os olhares se prenderam um no outro, e Elena acariciou o maxilar de Ten com a ponta dos dedos, voltando a unir os lábios em um ósculo lento e desejoso, e logo, estava sentada sobre ele, acariciando os fios escuros.

E a noite de amor dos dois se estendeu um pouco mais.

Elena já tinha perdido a noção das horas, sabendo apenas que conseguia sentir o garoto dentro de si, as mãos agarradas em seus quadris, ajudando nos movimentos que ela fazia sobre ele. Jogou a cabeça para trás, sentindo a boca do tailandês mordiscar seu pescoço sem força, a respiração quente contra sua pele. Franziu o cenho, sentindo-se vir mais uma vez, assim como Ten. Pôs o braço ao redor do pescoço dele, usando-o como apoio para seu corpo trêmulo. Sentiu beijos sobre sua pele, e ele se levantou da cama, conduzindo os dois para o banheiro. Entre beijos e sorrisinhos secretos, terminaram o banho, e logo estavam vestidos em roupas limpas, e Chittaphon ainda trocou os lençóis da cama. E antes de irem dormir, comeram algumas fatias de pizza e doces, trocando beijos entre sorrisinhos.

Aquele momento era como um sonho.

O céu noturno começava a adquirir tons mais claros quando se deitaram na cama, mantendo os corpos próximos. Elena sentiu o cansaço lhe dominar, especialmente com o carinho gostoso que Ten fazia nas costas de sua mão e com os beijinhos suaves que depositava em sua têmpora. A garota se aninhou nele como um gatinho, fazendo-o rir diante daquele gesto afetuoso. Ela tinha muitos lados, e ele adorava cada um deles. Algumas vezes, se sentia errado por amar uma menina mais jovem, pensando no quanto suas atitudes e sentimentos podiam ser mal interpretados ou julgados. Sentia-se tão sufocado, sem saber o que devia falar ou fazer, um bolo no estômago se formando toda vez que a via.

E agora, ela estava em seus braços.

Formou um sorrisinho bobo em seu rosto, o cansaço espalhando por seu corpo. Apertou o corpo em seus braços, o cheiro dela espalhado pelo travesseiro, e ele se sentiu satisfeito, adormecendo feliz.

Elena era sua garota. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...