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História She Will Listen To You - Run, Before It Take You


Escrita por: CamilaHalfBlood

Notas do Autor


Consegui!!! Corri muito, mas tá aqui o cap.
Depois disso é só o Epilogo que já tá pronto, vou postar amanha sem falta, e a segunda parte é no final do mês.
Espero que tenham gostado da fic :)
Ele ficou enorme em gente, mais de dez mil palavras :o
Nem parece que é uma Shot Né kkkkk
Agora me desejem boa sorte, por que vou ter que estudar para a prova de Quimica
Bye Bye <3

Capítulo 4 - Run, Before It Take You


Run, Before It Take You

(Corra, Antes que Ela Te Pegue)

A morte de Julia, Travis e Connor, repercutiu o orfanato todo, depois de Percy e eu termos achado-os, ainda tivemos que esperar os outros chegarem, os três ficaram ali o máximo possível comigo e com Nico, já que a porta estava "trancada" então não tinha como chamarmos Pollyanna ou Cristiny sem elas desconfiarem, apenas trancamos a torre dois e ficamos na terceira com a janela aberta para entrar o ar.

Nenhum de nós falamos nada uns com os outros, Nico e Thalia estavam abraçados, já que o moreno tentava consola-la enquanto lágrimas silenciosas caiam dos seus olhos, já Percy tinha se sentado ao meu lado e Luke tinha se estabelecido no parapeito da janela, aquele clima de antes, quando estávamos no parque de diversão, tinha totalmente sumido, como podíamos estar tão felizes enquanto isso acontecia? Agora eles estava mortos e pior tinham cometido suicídio.

Era quase inacreditável que eles, tão novos tinham cometido algo como isso, lembrava-me deles tão alegres e cheios de energia, tinham apenas treze anos.

Mas nada disso importou, os três juntos tinham cometido suicídio.

Quando ainda estamos lá eu perguntei a Percy se ele sabia de algum motivo. Qualquer motivo para eles terem feito isso, olhei em seus olhos e estavam um misto de horror e de confusão, como os meus deveriam estar.

Não esperava ser respondida, mas Thalia respondeu.

"Eles não se mataram. Eu sei que eles nunca teriam feito algo assim."

"Então o que aconteceu?"

"Foram assassinados, disso eu tenho certeza."

Eu também não acreditava nisso, no fato deles terem se suicidado, mas como eles teriam morrido? Quem teria conseguido entrar ali e os matado?

E por que tinha feito isso com eles?

{...}

- Annabeth? – chamou-me Thalia aos sussurros – Está acordada?

Abri os olhos dando de cara com Thalia, ela estava de pé ao lado da cama, seus olhos azuis brilhando no escuro do quarto.

- Não consigo mais dormir. – respondi enquanto me sentava – O que aconteceu?

- Pegue suas coisas, rápido antes que alguém nos ouça.

- Por que? – perguntei, mas ela já estava na sua cama colocando tudo em sua bolsa – Thalia o que foi?

- Vamos fugir – respondeu – hoje a noite.

- Do que está falando? – falei sobressaltada – Porque de tudo isso?

- Ir embora desse lugar, não estamos seguros mais aqui, a morte de Julia e do Stoll’s mostrou isso , aqui era para ser um lugar seguro, não onde crianças morrem enforcadas.

- Thalia não podemos ir embora assim, não temos nem para onde ir.

-Luke tem um amigo, Chirs Rodrigues, ele pode acolher a gente... Por um tempo.

- Vamos ser procurados pela assistente social.

- Annabeth, você ainda não entendeu? Aqui é perigoso! Posso não saber o que, nem quem matou eles, mas ainda está aqui e você ou eu podemos ser os próximos lembra do telefonema de Julia? Ela estava chorando, estava assustada, mas nós não levamos a sérios, é culpa minha, deveria ter deixado eles virem conosco, não vou deixar mais ninguém que eu goste morrer.

Aos poucos fui assentindo, eu sentia o peso em suas palavras, não tinha pensado dessa forma, de que o assassino poderia estar ali, a espreita de uma brecha para atacar novamente, claro que ainda tinha os riscos de fugir, esses riscos sempre ficavam em minha mente, como um alarme que nunca para de tocar, mas ainda tinha eles, Thalia, Nico e Percy.

Que nessa semana desde o fatídico dia em que nos “conhecemos”, eles tinham se proximado muito de mim, tanto que eu tinha contado sobre sobre meus pais, algo que eu nunca tinha conseguido falar com ninguém antes, mas tinha vezes que eu me pegava me perguntando o que eu estava fazendo .

Eu não fazia parte daquele grupo,principalmente por Luke , já que ele parecia sempre me querer longe, eu não deveria estar alí conversando com seus amigos.

Eu sabia que Percy me considerava parte do “grupo”, mas nunca pensei se Thalia pensava o mesmo.

-Como vamos fazer? – perguntei pegando minha mochila que já estava pronta, já que eu nunca tinha a desfeito.

- Pelas torres – respondeu – os meninos já estam lá, falei com eles por mensagem.

- Thalia... Você tem certeza?

- Pode ficar calma, temos tudo sobre controle – falou já com a bolsa em seus ombros –está pronta?

- Estou – repondi, respirando fundo.

Fomos até a porta do quarto, fazendo o mínimo de barulho já que ainda estava no meio da noite então todos os órfãos estavam dormindo, Thalia  pegou a chave e abriu a porta.

Essa chave também era uma cópia da chave de Critiny já que como as chaves das torres quase todas as outras chaves ficavam com Pollyanna.

Quando saímos, felizmente Thalia sabia exatamente o caminho até as torres, já que eu não tinha a menor noção onde ficava a porta, e do jeito que minha mente estava nesse momento seria impossível achá-la sozinha.

{...}

- Onde está o Luke? - perguntou Thalia - Ele não estava com vocês?

- Ele foi procurar por você. - respondeu Nico - Você mandou uma mensagem para ele, queria que Luke fosse até o seu dormitório.

- Eu nunca mandei mensagem nenhuma, me deixe ver.

Nico então tirou o celular do bolso e estendeu para nós vermos.

"Luke venha até aqui, é urgente

PS. deixe Nico e Percy nas torres"

- Vocês deviam saber que eu nunca falaria "PS." - disse Thalia com um suspiro - okay, abram a janela, vão descendo que eu acho Luke.

Percy então, como pedido foi até a janela, mas ela nem se mexeu.

- Não quer abrir - disse ele tentando mais uma vez - deve ter emperrado.

- Mas essa é a única saída.

- Droga - xingou Thalia - vamos atrás de Luke então e tentamos achar algo para desemperrá-la.

"Esse não é o corredor principal" - constatei depois de termos passado pela porta.

O estranho era que eu tinha certeza que tínhamos passado pela porta certa, mas estávamos no corredor errado.

Era o corredor da primeira torre e da quarta torre.

- Mais o que? - Perguntou Percy - Como viemos parar aqui?

-Não sei.

Me assustei quando a TV que estava quebrada caída no chão passou a piscar, e uma imagem iluminou o quarto e um som de choro preencheu o silêncio, era a quarta torre, havia uma pessoa no vídeo, encolhida no canto do quarto, com os braços envolta dos joelhos e o cabelo cobrindo o seu rosto.

Era Julia.

Então o vídeo cortou Julia estava de joelhos com o celular na mão.

"Thalia?"

" É você Thalia?"

"- Estou com medo, por favor voltem eu preciso de ajuda, eles sumiram, Travis já morreu, não posso sair daqui eu escuto seus passos, está esperando alguma coisa, não sei quanto tempo mais tenho antes que ela me pegue, e não há onde ficar, ela. Charlotte é verdade. Tudo é verdade. Thalia, por favor responda, eu não sei para onde ir. Thalia. Thalia. THALIA. Por favor... não me deixem..."

- Meu Deus – eu cobri minha boca, quando via no video uma corda descer do teto e enlaçar o pescoço de Julia.

E enquanto ela se debatia para se soltar, uma sombra começou a se mexer no canto do vídeo.

A única coisa que eu vi, foram dois olhos.

Olhos esbranquiçados, brilhando na escuridão, olhando diretamente para nós.

E então desligou.

- O que foi isso? O que era aquilo? - falei assustada.

- Eu não sei.

- Ela pediu ajuda.... - disse Nico parecendo em transe- Como isso aconteceu? A corda a matou sem que ninguém tocasse nela.

- Annabeth - chamou-me Percy - você está sangrando.

Levei a mão ao nariz, sentindo um líquido ali, rapidamente limpei na manga da blusa e precionei o nariz.

- Não é nada demais - Menti.

Eu não tinha contado para eles que minha cabeça estava doendo bastante, como uma dor que vinha do fundo da sua cabeça, constante,  que não deixa você pensar direto era exatamente a dor que eu estava sentindo naquele momento, o que era muito incomum, nunca fui de ter inchaquecas, muito menos de sangrar pelo na nariz.

Mas eles não precisavam saber disso.

E então rápido de mais para mim raciocinar,,senti-me ser empurrada para trás e um barulho forte chegou até meus ouvidos.

Foi então que eu a vi.

Nico e Thalia estavam ao meu lado, e Percy a alguns passos a frente, e ela estava ao seu lado.

Era mulher alta e esguia, sua pele era doente, com uma cor entre o verde e o cinza, ela usava um vestido todo surrado, exatamente igual ao da mulher do meu sonho, mas eu não conseguia tirar meus olhos de seu rosto.

Seus olhos brancos e brilhantes, pareciam ver até a minha alma, seu cabelo escorrido pelos lados do rosto cobrindo um dos olhos.

Mas o que ganhava de tudo isso era sua boca, toda retorcida enquanto uma linha passava de um lado para o outro, toda costurada.

E em seu pescoço uma corda estava amarrada, tão forte que eu tinha certeza que a mataria, mas minha impressão era que não tinha como ela morrer.

- Gostaram do show? - falou Percy, sua expressão era de muita dor, estava com a mandíbula trincada e as mãos em punhos, quando olhei para seu braço, percebi que mão da mulher estava ali, segurando seu braço com muita força.

- Quem é você? O que está fazendo com Percy? - gritei.

- Como não me conhece? Pelo que eu saiba você sabe muito bem quem eu sou já que MENTE SOBRE MIM, e vocês vão pagar por isso - disse Percy gargalhando, mas não era sua risada normal, era uma risada enlouquecida - Esse garoto vai servir para fazer seu julgamento.

- Solte-o, está fazendo mal a ele. – implorei.

- Posso assumir essa forma se quiserem – disse Percy, logo depois ela começou a mudar, seus olhos brancos começaram escurecer, seu rosto começou a se deformar e então não era mais Charlotte.

Era Luke.

- Meu Deus – disse Thalia colocando as mãos sobre a boca – O que fez com Luke? VOLTE A SUA REAL APARÊNCIA AGORA!

- Vocês que pediram para mim soltar seu amigo – respondeu calmamente, a voz de Percy e Luke falavam ao mesmo tempo como um coral – E aqui está o seu amigo.

E então algo saiu do teto, mas não bateu do chão, parecia que estava tendo um déjà vu, como na noite em que fugimos, outro corpo se estendia pendurado pelo pescoço.

- Não – gritou Thalia, eu coloquei a mão sobre os ouvidos, sem querer ver ou ouvir mais nada, era muito para mim – Luke não está morto, você está mentindo.

- Eu não minto – agora parecia mesmo que Thalia a tinha irritado, ela já não estava com a aparência de Luke, era ela mesma nesse momento, e novamente apenas Percy se comunicava por ela  - Já decidi... Vocês merecem morrer.

Uma grande ventania começou ali, era tão forte que tive me segurar nos móveis para não ser carregada pelo vento.

Os vitrais dos móveis explodiram, e os cacos de vidro caíram no chão.

Com isso os ventos ficaram cada vez mais e mais fortes, senti algo se cravar na minha perna, felizmente não foi tão fundo.

Tirei o pedaço de vidro que estava na minha perna, não tinha se  aprofundado muito, mas mesmo assim um filete de sangue saiu do ferimento.

- Temos que sair daqui - gritou Nico, ele e Thalia estava abraçados enquanto ele a protegia dos cacos de vidro.

 -Não podemos deixar Percy aqui. – gritei para eles.

- Voltaremos – prometeu Nico - se ficarmos aqui iremos morrer!

Olhei para Percy, ele ainda estava com a mesma expressão, felizmente percebi que ele estava fora de perigo, os ventos pareciam que só estava contra nós, não contra Charlotte.

“Me desculpe Percy, vou te salvar dela, Prometo.” – falei mentalmente.

Corri até a porta, a fechando assim que passei.

Ali estava silencioso, apenas meus soluços eram ouvidos, enquanto eu repetia o nome Percy, não conseguia acreditar que tínhamos o deixado para trás, com aquela mulher que matou a todos, como podíamos ter o deixado lá?

- Me conte a lenda de Charlotte.

- Eu não sei de tudo, apenas o que Luke  me contou. - respondeu Thalia com a voz contida - Dizem que se uma criança ou qualquer um dizer algo sobre Charlotte é morto, é só disso que sabemos.

- Sabiam disso e mesmo assim fizeram. –falei, sem emoção nenhuma na voz - Não acreditavam que isso era real, eu entendo, mas agora o que faremos?

- E-eu não sei. – confidenciou Thalia trocando um olhar com Nico – Chamar a policia talvez?

- Olhe no seu celular, veja se consegue.

Thalia rapidamente pegou seu celular, mas com um grunido, colocou-o de novo na bolça.

- Sem sinal – disse bufando – e agora?

- Talvez se saírmos daqui – sugeriu Nico – talvez tenha sinal lá fora.

- É – respondi – ,talvez.

Assim que desencostei da porta, alguma coisa bateu com força nela, quase fazendo com que elas se abrissem, voltei a segurar a porta, enquanto a coisa do outro lado voltava a bater e a bater.

- ABRAM A PORTA - Gritou a voz de um homem do outro lado - agora!

- VÃO! JÁ! – gritei para que eles escutassem – Eu a seguro aqui, chamem a polícia.

- Não vamos deixar você aqui também.

- Eu vou ficar bem – prometi – Vou encontrar Percy, vão rápido.

- Fique com isso – disse Thalia colocando sua bolça no chão perto de mim, já que estava segurando a porta – Tem fósforos e o meu celular nos bolços da frente, se conseguir ligue para nós, no celular de Nico.

- Vão logo!

Eles se entreolharam e correram torre  adentro, me deixando aqui, continuei a fazer força para que a porta continuasse fechada.

Com um barulho alto percebi que as dobradiças da porta não iriam aguentar por muito tempo, a porta já era bem velha.

Puxei a bolsa de Thalia com o pé, para que ela estivesse pronta para o que eu faria a seguir.

Rapidamente peguei a bolsa e corri o mais rápido que eu consegui até a porta da terceira torre.

Eu conseguia sentir a fúria de Charlotte atrás de mim, como um ar gelado que queria me pegar com suas mãos.

Fui até a janela, lá em baixo estavam Thalia e Nico, a liberdade estava tão perto, mas assim que cheguei perto, a janela se fechou, com um baque forte.

Mas antes que a janela batesse com força, escutei os dois chamando meu nome.

E então estava sozinha ali.

- Eu os perdi, – rosnou Travis atrás de mim – por sua culpa.

Ele então pegou um vaso antigo que tinha em cima em uma mesa perto dele. E com tudo jogou no chão.

Essa imagem fez com que vários fleches preenchessem  minha mente, fleches do sonho, com a mulher jogando a caixa no chão.

“Tome cuidado ,você tem que achar, tem que parar com isso, antes que seja tarde de mais para vocês.”

Quando o vaso caiu no chão, como se fosse uma explosão, tudo ficou escuro, eu nem conseguia ver a mim mesma, não era como antes, que estava tudo escuro, mas mesmo assim dava para ver algo depois que minha visão já tinha acustumado-se com o escuro, mas agora era como se estivesse cega.

- Tem medo do escuro? –perguntou Travis sua voz vindo de algum lugar a minha frente.

Ela.

A mulher do sonho era Charlotte, percebi com horror, agora eu tinha certeza disso, o rosto, a altura, o cabelo tudo era igual, mas a Charlotte dos meus sonhos, não era essa Charlotte.

Era como se existissem duas delas.

Se não como eu saberia exatamente da aparência de Charlotte, sem nem mesmo nunca a ter visto? E tinha aquela caixa, se fosse verdade, se aquela parte de Charlotte estivesse mesmo do nosso lado, então havia um meio de pará-la.

Coloquei a mochila de Thalia no chão e tatei até conseguir abrir o zíper e pegar o objeto quadricular que precisava.

Minhas mãos tremiam enquanto tentava desesperadamente fazer com que o fósforo acendesse, ouvia passos em volta e objetos caindo no chão, mas assim que consegui ligar o fósforo a escuridão parecia tão densa que nem meus olhos conseguiam se acostumar e a luz do fósforo praticamente não iluminava nada.

Mas pelo menos soube que não era eu, eu não estava cega, era tudo a nossa volta.

- Chalotte... Vá embora! Por favor, deixe nos ir, desculpe por temos mentido, nunca mais nós verá novamente, não voltaremos mais aqui - falei, mas minha voz quebrava a cada palavra por conta do medo - por favor.

Nesse momento mais barulhos de móveis caindo, cada vez mais e mais perto, senti uma dor forte na minha mão bem na ponta do dedo soltei o fósforo acesso automaticamente, ele tinha queimado todo o palito até chagar em minha mão, mas tinha soltado junto com o fósforo a caixinha, mal escutei quando ele caiu, meus ouvidos pareciam estar bloqueados.

Ajoelhei no chão tateando para achar os outros fósforos.

"O que eu não daria por uma lanterna agora?" - pensei.

Quando minha mão passou por um objeto quadrícular, segurei-o com força e ainda ajoelhada fiz o processo de acende-lo.

A luz de chama iluminou apenas a mim e o chão abaixo, mas não havia apenas o piso, lá também havia um pequeno pedaço de papel, o peguei na mão.

Eu tremia tanto que mal conseguia ver o que estava escrito no bilhete.

"Você não tem direito de pedir nada." - dizia o papel, mas assim que terminei de ler as letras começam se embaralhar.

"Como Thierry não teve chance, você também não vai ter."

“Mentiram, agora pagem o preço.” - esperei com que mudasse novamente, mas nada aconteceu, foi então que eu percebi.

Os sons.

Eu não escutava mais nada, nem sequer passos, estava tão quieto, escutava apenas os batimentos rápidos do meu coração.

Foi então que uma mão saiu das sombras, a mão de Charlotte, as unhas se cravaram em minha carne, gritei e me debati, ela apertava muito forte. Sentia um líquido sair de onde sua unha encontrava com a minha pele, instantâneamente minha mente perdeu qualquer linha de pensamento, a única coisa que conseguia me prender era na raiva, na amargura, no ódio e na loucura, vários fleches apareciam em minha mente.

De morte e de sangue.

Tive vontade de gargalhar com aquilo.

- Eu estou com seu amigo – falei mesmo que não fosse eu, ela estava na minha cabeça – Não é a vez dele ainda, a outra primeiro, traga-a aqui.

Mate-o” – disse a parte insana, era tão difícil, as palavras se embolavam antes mesmo que eu formasse um pensamento coerente.

- Vou passar para o próximo se não trazê-la, espero que tenha entendido, ela é a próxima culpada.

Caí no chão assim que ela me soltou acendi o próximo fósforo, tentando ver se ela ainda estava ali, mas aquela escuridão sobrenatural ainda estava presente, a pele onde ela tocou estava meio acinzentada e as veias saltadas, senti meu estômago dar voltas, mesmo vazio, vomitei, o gosto da bili na boca piorava ainda mais toda aquela situação.

Lágrimas começaram a cair dos meus olhos, eu estava tentando ser forte nessa situação toda, como eu tinha tentado ser depois da morte de meus pais, mas o fato era que eu não sou forte, era uma medrosa coberta por uma camada de razão, mas no fundo sempre tive medo de tudo.

A única coisa que eu esperava era que do mesmo jeito que eu estava na mente de Charlotte, ela não tivesse conseguido ver nada em minha mente.

Algo me dizia que ela não podia saber da caixa e nem da suposta Charlotte “boa”.

- Eu trago – menti – vou trazê-la para você.

Soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo, quando uma porta perto se abriu, eu nem sabia onde estava, mas quando vi o corredor nem pensei, rapidamente me impulsionei para frente e saí o mais rápido possível, mas assim que passei pela soleira da porta percebi o erro que havia cometido.

Na minha ânsia de sair do quarto, tinha deixado a bolsa de Thalia na sala, não tinha mais como ligar para ninguém agora, mesmo que eu precisasse muito pedir ajuda, estava por mim mesma agora.

Só tinha a caixa de fósforos em minha mão.

Olhei para a escada que dava para a saída das torres,não consegui não querer sair por aquela porta e fugir de todo aquele pesadelo.

“Pare de ser  covarde” – falei para mim mesma – “precisa encontrar a caixa, é o mais importante agora.”

Também era o que Charlotte queria, que eu descesse aquelas escadas e chamasse Thalia de algum jeito, mas ela ia perceber rapidamente que eu não faria o que ela pediu.

Respirei fundo uma última vez.

E fui em direção da porta da segunda torre.

Assim que abri aporta, outro baque alto chegou em meus ouvidos, tão alto que parecia que tinha acontecendo ao meu lado.

- Annabeth.

- Percy? – perguntei assustada, a voz dele vinha de trás de mim, quando me virei ele estava bem ali, a alguns metros de mim, ameacei ir até ele mas assim que deu o primeiro passo senti aquela mesmo sensação de quando Charlotte tocou no meu braço e recuei assustada.

- Por que? – perguntou – Você me deixou para morrer.

- Ela está em sua mente Percy, você não quer dizer isso de verdade, eu sei que não.

- É TUDO CULPA SUA – gritou fazendo me encolher e arregalar os olhos, em choque – desdo momento em que você chegou! Foi ai que tudo isso aconteceu!

Ele levantou seu suéter até os cotovelos, fazendo-me arfar com a visão.

Em toda a sua extensão do braço as veias estavam todas avermelhadas e saltadas e a pele, parecia que fazia anos que não comia, de tão doentio que parecia.

- Percy por quanto tempo ela ficou segurando seu braço?

- Isso não importa! – disse sorrindo enlouquecidamente – O que eu importa é que ela me mostrou a verdade.

E então ele veio para cima de mim, eu não esperava isso, mas também já estava preparada, corri o mais rápido que eu consegui até a porta e fechei-a e pressionei-a com meu peso para que Percy não a abrisse.

Mas isso não impediu que ele socasse a porta, enquanto gritava a plenos pulmões.

A cada soco dele, a porta estremecia, e eu sabia que eu não agüentaria por muito mais tempo.

Se tivesse a chave poderia pelo menos a trancar, mas claro que estava em minha mochila, junto com o celular de Thalia.

- Eu vou te matar! – gritou Percy do outro lado da porta.

Eu conseguia imaginar como estaria sua mente agora, se apenas por alguns minutos eu tinha ficado daquele jeito, de um garoto doce e amável em um louco e sanguinário, só podia esperar que quando parasse Charlotte também fizesse ele voltar a ser o Percy de sempre.

Peguei um pedaço de  madeira e o prendi na porta, não iria o segurar por muito tempo, mas só precisava de tempo.

-Vou voltar Percy, eu prometo que não o deixarei assim – falei, mas ele não pareceu escutar, apenas socou e gritou mais e mais alto.

Corri até a porta e passei por ela rapidamente, e então estava onde eu finalmente  queria chegar.

O corredor onde eu tive o sonho.

Mas Charlotte parecia que queria brincar comigo, no finaldo corredor estavam, Julia, Travis, Connor e Luke, todos com olhos injetados, suas bocas abertas enquanto escorriam sengue, que manchavam o chão, pareciam copias uns dos outros, com cordas amarradas fortemente, em seus pescoços.

“Não olhe.” – falei para mim mesma –“Não olhe para eles.”

Me aproximei de onde a Charlotte “Boa” esta em pé em meu sonho e passei a procurar qualquer tábua do chão que tivesse alguma elevação ou que estivesse meio frouxa.

Quando a primeira tábua se soltou quase chorei de alivio, não foi fácil de achar ainda mais quando aquela imagem horrível estava a minha frente, mas tudo pareceu valer a pena quando peguei a caixa em minhas mãos, ela era exatamente igual a dos meus sonhos, a única diferença era que agora eu conseguia ver todos os detalhes com perfeição, percebi que era mais bonita do que achava e mais antiga também , a madeira e todo o enfeite de aço, pareciam estar em decomposição, me perguntei se não tivesse aquele aço revestido-a ela ainda estaria ali para ser achada.

Meus ouvidos zuniam e meu coração bombeava tão forte que parecia querer saltar do peito.

Dentro da caixa, havia apenas duas coisas, uma foto velha, já bem amarelada, reconhecia assim que a olhei, era Charlotte, mas a “boa”, ela usava aqueles trajes antigos, enquando pousava para a maáuina, sua postura era totalmente perfeita, seu sorriso bondoso, mas mesmo assim parecia até um pouco esnobe.

No outro papel tive que ligar um fósforo, a letra era bem difícil de se ler, ainda mais que era escrita a tinta como aquelas canetas de pena.

29 de Janeiro de 1849

Minha filha está morta.

A encontrei pendurada por uma corda em seu pescoço, seus braços flácidos, seus olhos sem vida.

Ela morreu usando sua roupa de dormir e com a boca costurada.

Em sua mente insana.

Foi a pior coisa que eu vi na minha vida.

Queria que aquela imunda criada tivesse feito seu trabalho, assim não precisaria ter visto aquela deplorável imagem, mas todas tinham medo de Charlotte, desde que ela me atacou na última hora da refeição, elas não sabiam que Charlotte fazia isso toda vez que me via.

Fico até feliz de ter me livrado dela, agora pelo menos as pessoas do vilarejo vão parar de comentar, pelo menos espero.

Agora eu tenho o corpo dela escondido em um dos quartos aqui da casa, todos as pessoas acham que eu queimei seu corpo, o que seria o certo, ela se matou, a igreja nunca deixaria enterrá-la na terra de Deus, não faço isso pela Charlotte de agora que enlouqueceu pelo amor do rapaz francês, Thierry Blanche.

Mas sim pela Charlotte de antes que me dava orgulho e sabia o que queria para o futuro.

No lugar em que vou enterá-la, já está tudo pronto, está localizado entre duas árvores de carvalho e uma placa de mármore onde ficara o túmulo, não vou poder colocar uma lápide, mas é tudo que eu posso fazer.

Quando matei Thierry eu pensava que estava livre do seu ser,eles queriam fugir juntos nunca poderia deixar isso acontecer, minha menina merecia mais do que um mero francês, merecia viver uma vida de princesa com um marido rico.

Ele merecia morrer.

Não me arrependo disso.

Mesmo depois de sua morte seu fantasma continuou a assombrar minha vida, ele enlouqueceu a mente dela, tive que chegar ao estremo e costurar sua boca e alimentá-la apenas com líquidos.

Mas tinha que fazer isso, ela gritava a noite toda, agredia os outros com os dentes.

Mas agora nada disso importa.

A única coisa que peço é que Deus tenha piedade da alma de minha filha.

Terminei de ler a carta, sem acreditar, eu não estava acreditando que era apenas aquilo, no que poderia me ajudar? Como isso pararia Charlotte de tentar nós matar e ter sua vingança! Era apenas uma carta do pai de Charlotte.

Afinal por que a outra Charlotte queria que achássemos isso? O que tinha de utilidade para nós?

- Por que? – disse Luke chamando a minha atenção – Por que não fez o que eu pedi, por que não a trouxe.

- Você iria mata-la, não poderia deixar isso acontecer – falei amassando o papel em minha mão – Nunca a traria aqui para ser abatida por você como um animal.

- Ela merece.

- SAIA DAÍ – gritei – PARA DE USAR O CORPO DE LUKE DESSA FORMA!  Não pode trocar assim, não é como uma roupa que você pode ficar escolhendo!

- É a única forma de eu falar. – disse, então sua aparência começou a mudar, homens, mulheres, crianças, ela mudava tão rápido que quase não conseguia distinguir os traços de cada um – Escolha por quem quer morrer.

- Não vou morrer.

- É a justiça – disse, sua voz também mudava a cada letra pronunciada– eu pedi para trazer sua amiga, ela seria a próxima, e você a última.

Charlotte então olhou para o chão onde eu tinha deixado a caixa e a foto, algo brilhou em seus olhos, no mesmo instante ela voltou a sua aparência real.

Com os olhos brancos, pele com cor doentia e enrugada e sua boca costurada.

-Eu sei a sua história – falei mostrando a carta em minhas mãos – não é por que seu pai matou Thierry que você pode matar quem quiser.

Como resposta, a caixa no chão explodiu em fogo, junto com a foto e a carta em minhas mãos, essa ultima a soltei assim que sentia a dor vir da minha mão, pisquei os olhos para tentar fazer as lágrimas se disciparem, já que a dor que sentia na palma da mão era tanta que nem conseguia conter a vontade de chorar.

E sem contar a dor em minha cabeça que era imensa.

- Por que fez isso? – perguntei, mas ela nem parecia estar me ouvindo de fato, sua imagem agora estava muito borrada, parecia tremular.

Gritei quando senti uma corda prender o meu pescoço, era tão apertada que quase imediatamente perdi todo o ar dos meus pulmões.

Eu era a próxima.

Na minha frente uma série de fleches apareceram na minha frente.

Havia muito fogo, o orfanato todo estava rangendo enquanto era consumido por toda aquelas chamas que crepitavam, e a floresta em volta também estava em chamas.

“Tem que parar com isso, antes que seja tarde de mais para vocês.”

"Tem que encontrar."

Não é a caixa.

É outra coisa, precisamos achar a caixa, mas não para para-la, mas sim onde a caixa vai nos levar.

- Charlotte - gritou Thalia - solte-a agora!

- Não... - tentei preveni-la, mas ainda estava sem ar - Thalia vá embora...

Era tarde demais, a corda do meu pescoço já tinha se soltado e ia em direção a ela.

Felizmente antes que a corda pudesse pega-la, Nico a colocou atrás de si e a empurrou para o corredor em que tinha vindo!

- Me ajude, não temos tempo! - gritei, vendo que Charlotte já tinha sumido.

Nico veio até mim  me ajudando a levantar, e fomos juntos até o corredor onde Thalia estava.

- Que droga Thalia - falei irritada - por que você voltou?

- Eu voltei por que Luke me ligou, no celular que estava com você - respondeu - estamos preocupados e com razão! Você estava morrendo lá dentro.

- Mas você é a próxima culpada na lista dela Thalia, é você que ela quer.

Antes que ela respondesse outro barulho nos calou, era a porta que tinha sido escancarada com toda a força.

Uma sombra passou por ela, olhos verdes brilhavam na escuridão.

- Percy? - perguntou Nico dando passos em direção dele, mas eu segurei seu braço antes que ele se aproxima-se.

- Vocês! - gritou Percy vindo para cima de nós.

Nico rapidamente se colocou na frente nós e tentou segurar Percy perdendo os braços do amigo, enquanto Percy ainda tentava desferir socos.

- Percy! - gritou Nico - Sou eu cara.

- Traidores!

Em um momento de distração de Nico, Percy conseguiu soltar uma de suas mãos e desceu seu punho contra o rosto de Nico, que não conseguiu desviar a tempo.

Corri em sua direção para tentar impedi-lo que batesse novamente em Nico, mas ele me empurrou conta a parede assim que eu cheguei perto dele.

Minha mente girou com o baque.

Mas vi quando Thalia pegou um pedaço de madeira a bateu contra a cabeça de Percy.

"Não!"

O moreno cambaleou por um momento, mas a pancada tinha sido muito forte.

Por um momento pensei que ele tivesse morrido, mas seu peito ainda subia e descia.

Ele tinha desmaiado.

Soltei o ar que prendia, percebendo que estava inclinada sobre corpo de Percy, nem tinha percebido que tinha me mexido, a única coisa que passava em minha mente era que ele não podia morrer.

- Nico pegue Percy temos que leva-lo daqui- disse Thalia.

- Onde está Charlotte? - Perguntou Nico fazendo o que foi pedido enquanto eu me levantava.

- Ela provavelmente está esperando que Percy acorde e mate a Thalia - respondi - no conceito dela Percy agora a entende, quer justiça como ela, e se ele quiser fazer o trabalho dela, ela vai deixar.

Do mesmo jeito que ela ia deixar que ele me matasse por desobedecer as ordens dela.

- O que houve com ele? - Perguntou Nico segurando Percy lateralmente.

- Ela entra  em sua mente, e a enlouquece a ponto de a única coisa que você passa a querer é matar.

- Chamaram a policia? – perguntei.

- Sim, mas não tenho certeza se virão.

- Então não temos um plano.

- Eu acho que tenho. – confidenciei.

-Você?

- Sim... Eu acho que... Temos que achar o túmulo dela, na carta que achei dizia que estava na floresta, temos que queimar seu corpo.

- Olha eu não sei do que você está falando, mas temos que ir, antes que Charlotte apareça novamente.

{...}

Descemos as escadas correndo, foi um alivio imenso quando finalmente estávamos nos corredores do orfanato, mas eu ainda não confiava nesse sentimento, sabia que ainda não estávamos seguros de verdade, Ela ainda estava atrás de nós, eu só esperava que ela estivesse sem forças ou algo assim.

- O que estão fazendo aqui? – ouvimos gritarem atrás de nos quando estávamos no corredor da saída, Pollyanna apareceu no fim do corredor, ela estava usando uma camisola longa que ia até os pés, mas ainda com sua bolsa pendurada em seu braço, quando Thalia disse que ela a levava para todo lugar eu nunca imaginava que era mesmo para todo lugar - Já é de noite! Como saíram dos quartos?

- Senhora, você precisa nós escutar! Tem que abrir a porta para nós, temos que sair daqui o mais rápido possível, por favor.

- Claro que não! Iria perder o meu emprego na mesma hora!

- Charlotte está atrás de nós! Temos que sair daqui agora!

- Já disse que não vou, e nunca mais digam esse nome - repreendeu- além do mais se Charlotte estivesse atrás de vocês, já estariam mortos a muito tempo, ela é uma assassina, se eu fosse vocês não brincariam com isso...

- Pare. - falei assustada, não queria trazer mais ninguém para ser alvo de Charlotte, e não sabia até que ponto para Charlotte algo é verdade ou mentira - Só abra a porta.

- Olha menina, eu já falei não posso abrir a porta.

- Então só nos dê a chave da saída, ninguém vai saber.

- Essas chaves não vão sair de perto de mim - disse pegando um molho de chaves da bolsa, agora venham comigo, antes que Cristiny nos pegue aqui.

- Você não está entendendo - falei tentando me soltar enquanto ele tentava me arrastar.

- Assassina? - olhei para frente e lá estava ela, Charlotte, mas claro que ela não estava na sua forma real, mas sim de Julia.

- O que é isso? - perguntou Pollyanna - Você está morta.

O próxima coisa que ouvi foi o grito de Pollyanna, sua mão que estava segurando meu braço foi puxado com força, tanto que pensei que meu braço seria arrancado junto.

Pollyanna se dobrou cuspindo sangue, enquanto cada vez mais e mais forte a corda se enlaçava em seu pescoço.

Vi em seus olhos arregalados, muito medo, ela tinha entendido o que estava acontecendo, que ela iria morrer.

- Fujam - disse ela caindo no chão cuspindo sangue, as chaves deslizaram até mim.

Tentei ir para frente, para tentar ajuda-la de alguma forma, mas uma mão me segurou pelo braço.

- Temos que ir - disse-me Percy, seus olhos estavam fundos, e sua aparência fantasmagórica, mas eu sabia que era ele de novo.

Olhei uma última vez para Pollyanna, Charlotte já tinha sumido, mas ela estaria muito ocupada vendo Pollyanna em seus últimos momentos para ver que a gente estaria fugindo.

- Me desculpe - falei pegando a chave, Percy passou seus braços pelos meus ombros, em um ato protetor e corremos juntos para fora da casa.

Quando saimos, percebemos que o orfanato estava todo iluminado, nas janelas dava para perceber a movimentação dentro dos quartos.

Mas havia outra coisa.

Em uma janela em específico, ela estava lá, em sua forma real.

Seus olhos brancos fixados em nós.

Convidando para voltarmos lá.

{...}

Olhei o túmulo em nossa frente, o cheiro que tinha ali era de morte e decomposição.

Tínhamos achado o corpo de Charlotte.

Depois de andarmos muito, como a carta tinha dito o túmulo estava no lugar, mas como se passaram anos e anos, a placa de mármore tinha sido coberta pela vegetação, e os carvalhos estavam muito altos.

Por isso ninguém o achou até hoje.

Ali dentro só havia uma coisa, os ossos, já que toda a carne e os órgãos tinham sido decompostos pelo tempo.

Eu nunca tinha pensado que teria que ficar cara a cara com um esqueleto humano, tive muita dificuldade para não vomitar.

- Precisamos de algo inflamável - falei para eles, enquanto tirava a caixa de fósforos do bolso.

- Tenho acetona, serve? - perguntou-me Thalia já pegando o frasco dentro da bolsa, bolsa essa que ela tinha achado antes de me salvar de Charlotte, mas sem o celular, claro.

Esse ainda estava com Charlotte.

O celular de Nico já tinha tocado muitas vezes antes de nós o desligarmos.

Já sabiamos ela faria de tudo para que voltassemos, mas não voltaríamos antes que ela parasse com aquilo tudo.

- Sim - falei pegando o frasco na mão.

Joguei a acetona nos ossos e então soltei o fósforo aceso.

As chamas aos poucos iam consumindo tudo dentro do túmulo.

"Não, está errado" - disse a voz de Charlotte "boa" em minha mente.

Para logo depois desaparecer.


Notas Finais


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