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História She's My Torment - La besé


Escrita por: ImGina

Notas do Autor


Ressurgindo das cinzas para anunciar que EU VOLTEI E AGORA PRA FICAR!
Desculpem pela demora, agora que as férias chegaram eu vou poder postar com mais frequência, graças a Deus!

Capítulo 10 - La besé


Fanfic / Fanfiction She's My Torment - La besé

POV Maite

Então é isso, eu acabei estragando tudo mais uma vez. Talvez não esteja tão surpresa quanto deveria estar. Sempre acabo com tudo mais cedo ou mais tarde de qualquer forma. O que eu penso que estou fazendo afinal de contas? Pondo em risco o meu emprego, o futuro da Ally e de qualquer forma comprometendo o meu também, já que, posso acabar sendo presa por isso. Agora a minha única vontade é de apenas voltar no tempo, exatamente para o dia de ontem e não ter a beijado. Mesmo que aquele fosse realmente o meu desejo e que, de certa forma, ela correspondeu a isso, não pude deixar de reparar o seu espanto. Ela não esperava uma atitude dessa vinda de mim, sua professora.

Deitada em minha cama, com os olhos vidrados no teto do quarto. Assim foi a minha noite. Meus pensamentos vagavam durante toda a madrugada, vagavam pelo passado... Vagavam pelo presente... Vagavam pelo que eu almejo para o futuro... E sem ter mais para onde fugir, pararam novamente nela. Sei que não é certo e que não deveria estar com esse tipo de pensamento, porém, o brilho dos seus olhos, a macieis dos seus lábios e o perfume doce da sua pele não saem da minha mente nem ao menos por um segundo. Sem mais estruturas para suportar todos esses pensamentos que me atormentaram durante toda a noite, o melhor a fazer é ligar para o Papá. Não que ele seja a melhor pessoa, muito menos que eu queira falar sobre esse assunto com ele, mas ao menos sei que não irá me deixar na mão.

:- Papá! Tiene un poco de tiempo para su hija? – Pergunto apreensiva, sei que ele deve estar ocupado com alguma coisa em seu trabalho, mas eu realmente preciso conversar com alguém sobre isso.

:- Por supuesto, mi cariño, bueno, tengo algunos problemas aquí, pero siempre tengo tiempo para ti.

:- Papá, he hecho una cosa muy seria. No sé, no sé lo que puedo hacer para corregir este error – A essa altura eu já rodava por todos os cantos da casa e meu estômago começa a roncar, o que me faz olhar no relógio e perceber que já se passa do meio dia e eu não como nada desde o lanche de ontem a tarde com Ally.

:- Diga lo que hizo, mi hija, voy a ver donde puedo ayudar – O barulho do outro lado da linha estava alto, gritos e coisas caindo a todo instante. Sei que só está falando comigo agora porque sabe que não costumo ligar quando não preciso de algo, então resolvo ser o mais direta possível.

:- Besé a una de mis alumnas, papá, la besé!

:- Cual de las alumnas? Te olvido cual es su objetivo en esta escuela?

 

Engulo seco por aquelas palavras, por um momento sim, eu havia esquecido o porquê de estar ali, havia esquecido tudo e de todos, de quem eu realmente sou e o que devo fazer.

 

:- No he olvidado, papá. Besé a Ally... No sé lo que hago, parece tan mal... No sé si puedo seguir con esto…

:- Esa es mi chica! Sé que puede, no es la primera vez que hace esto.

:- Pero, papá…

:- No me digas que estás enamorada de ella? Tienes que estar bromeando... No seas estupida Maite!

 

Agora eu tenho certeza que ele está furioso, já posso até visualizar o seu rosto vermelho e com as veias do pescoço e testa saltando. Seu tom de voz mudou rapidamente, ele odeia fracassar, odeia quando seus homens fracassam, odeia quando não têm o sangue frio como o dele. Gosta de dominar a vida das pessoas e fazer com que elas sigam suas ordens. Além de cobrar de sues homens, sua cobrança sob mim é ainda maior. Sempre com o pensamento de que irei seguir os seus passos juntamente com os meus irmãos, por ser a mais velha dos seus três filhos, seus negócios mais cedo ou mais tarde certamente irão acabar em minhas mãos. Mas eu não posso deixar que ele comande a minha vida dessa forma, não posso aguentar ter a minha vida traçada por caminhos que eu nem ao menos sei se quero seguir. Prometi a mim mesma nesse instante que não iria me desgastar com isso, em certos pontos devo admitir que ele tem completa razão, não posso deixar que essa garota me transforme dessa forma. Não posso esquecer-me que sou uma Beorlegui. E que uma Beorlegui faz o que deve ser feito, mesmo que o seu coração diga o contrário.

Finalizo a ligação sem ao menos me despedir, quando ele se altera dessa forma nada o faz mudar de humor por dias, a não ser uma única coisa... Resolvo sentar para comer algo, mesmo sabendo que nada iria descer pela minha garganta até que eu possa vê-la, até que eu consiga me explicar e me desculpar por qualquer tentativa de intimidade exagerada da minha parte. Sim, será um longo domingo.

 

POV Javier

 

Menina insolente, não acredito que ela vai por tudo a perder por causa de uma garota. Igual a sua mãe, se entrega demais a amores, duas estupidas, talvez por isso teve seu fim tão jovem e provavelmente irá seguir o mesmo caminho. Elas nunca aprendem. Como se já não bastasse tudo isso, Francisco acabou ficando da mesma forma. Fracos, estúpidos. Minha única esperança é ter Adolfo ao meu lado em meio a tudo isso, ele sim sabe carregar com respeito o sobrenome que tem. Ainda não sou capaz de acreditar que um dia serei obrigado a deixar tudo o que conquistei nas mãos de Maite, se essa garota não entrar na linha a tempo, não terei muitas opções para seu futuro. Jogo a droga do celular na parede com toda fúria, fazendo o mesmo se transformar em pequenos pedaços e recarrego minha Desert Eagle.50, tenho muito com o que me preocupar no momento e isso não inclui o que farei com o futuro da minha filha.

 

:- ¿Que están haciendo? ¿Por qué no están trabajando? – Era só o que me faltava, todos eles brincando ao invés de cumprir com suas obrigações.

 

Espero todos irem para suas devidas atividades observando o movimento de cada um deles com os olhos. Imaginar como Maite lidará com todos esses homens sem pulso forte chega a ser deprimente. Ao menos Adolfo está bem treinado, ele saberá o que fazer quando a minha hora chegar. Volto para a minha sala, atento a cada movimento a minha volta, mesmo sendo uma área afastada, é melhor prevenir que remediar.

:- D. Javier, los Johnson nos dio el pago – Patrício, um dos meus homens mais fieis entra na minha sala jogando uma pilha de dinheiro sobre a mesa, juntamente com a Walther Palm Pistol que estava escondida na sua bota – Necesita recargar

:- Entiendo, muy bien. toma el día para usted, su esposa le esta esperando su llegada – Apanho tudo o que estava em cima da mesa e logo trato de recarregar a arma e lhe entregar novamente.

 

O mesmo agradece e se despede de mim. Levanto da minha mesa e me direciono a grande parede ao fundo da sala. Com um piloto vermelho, marco um  “X” em uma das fotos, menos um problema para resolver. Meu humor não está dos melhores por conta da conversa que tive a poucos minutos com Maite, mas me esforço para receber a visita do meu mas novo cliente. Se ele está na minha frente? É claro que não, um homem como eu não pode arriscar sair pelas ruas do México sem disfarce e muito menos receber clientes de pouca confiança frente a frente. Qualquer um pode ser algum inimigo tentando descobrir meus planos, mas confio no filho que tenho. Adolfo não deixaria que nada de mal acontecesse aos nossos negócios e muito menos a mim...

 

POV Normani

 

Nada mais entediante que passar todo o meu domingo ensaiando diversas vezes a mesma coreografia para o campeonato, não é que eu não goste de dançar ou ensaiar com as meninas, mas vamos combinar que eu poderia ter passado a minha tarde de domingo saindo com a galera ou na academia, até mesmo no salão de beleza. Ao menos agora posso descansar, minhas pernas estão mais doloridas que de costume, ainda mais por conta das quedas que tive nos primeiros treinos da base dupla. Não que seja um movimento difícil, mas a minha falta de concentração fez com que eu me desequilibrasse algumas vezes. Meus pensamentos estavam na Demi, no quanto me diverti com ela e a com a Gabi, em como ela estava contente. Sorrindo abertamente. Sem se preocupar com o Wilmer ou com qualquer outra coisa. Parecia tão mais leve diferente de quando ele estava por perto. Mas logo minha atenção se voltou completamente para Arin, ele sempre dá um jeito de estragar tudo, mesmo quando o que eu mais quero é distância dele.

Termino de me banhar e visto uma das minhas camisolas de renda azul, mais curta que de costume por conta do calor que estava fazendo, já que, não teria problema algum pois depois da confusão envolvendo as meninas, a Perrie foi transferida para outro quarto e a Jade esteva em cada. Penso em sair para pegar alguma coisa para comer na cantina, mas escuto o toque de recolher. O Valderrama não dá uma trégua nem nos fins de semana. Volto dá porta mesmo e me jogo na cama, dez, vinte, trinta minutos e nada do sono chegar. Esse lugar se torna cada vez mais entediante.

:- Amor... Amor abre essa porta! Me deixa entrar! – Não dá para acreditar em uma coisa dessas, não posso nem me concentrar em dormir em paz que ele aparece para importunar a minha vida. Pela voz e as batidas violentas na porta, não tenho dúvida de que é Arin, apenas ignoro, não estou com ânimo nem paciência para ele hoje – Suas fotos tão aqui comigo! Não vai deixar eu entrar?  –  Sua fala está diferente, quase não entendo uma de suas palavras, mas vendo que ele não irá desistir, resolvo abrir. Se o pegam aqui dentro terei problemas, se o pegam do lado de fora, gritando o meu nome também. Dos males, o menos barulhento.

:- O que você está fazendo aqui em? – Pergunto irritada, mas ao olhar para baixo o encontro deitado no chão. O cheiro de bebida que vinha dele estava muito forte e, pelos seus olhos, ele não ingeriu apenas álcool – Meu Deus, o que é isso? Você só sabe dar trabalho, seu idiota!

 

Chega a ser inevitável não sentir nojo quando seu olhar pousa em minha coxa descoberta e ainda mais quando o mesmo faz menção de toca-la. Acerto um tapa em sua mão antes mesmo que ele conclua seu objetivo e em seguida o ajudo a levantar. Com a leve impressão de que estou sendo observada, olho para os lados a procura de qualquer pessoa, não encontrando ninguém, ponho o traste do meu ex-namorado com um dos seus braços em volta do meu pescoço e faço com que ele entre no quarto. Jogo-o debaixo do chuveiro com a roupa do jeito que estava e deixo a água fria caindo sob a sua cabeça. Mesmo relutante ele toma o banho gelado. Vomita em todo o Box do banheiro me obrigando a lavar o mesmo eu estava com o odor insuportável. Três e meia da manhã, horário em que ele finalmente se recupera um pouco, gostaria apenas de tê-lo ignorado nas primeiras batidas na porta, mas não posso comprometer a Demi com toda essa história. Se o Diretor Wilmer desconfiar de algo é capaz de fazer coisas horríveis com ela e eu com certeza não quero que isso aconteça a ela. Ainda molhado, o obrigo a sair do meu quarto. Ainda sentindo a mesma sensação de ser observada, como à algumas horas atrás.

 

POV Demi

 

Perdi-me completamente no horário, vinha trazer um elástico de cabelo que a Gabriela havia encontrado no quintal de casa. Certeza que é de Normani. Inventei uma desculpa qualquer a Wilmer, que estava concentrado em alguns papéis e não deu muita atenção ao que eu lhe disse e pus a minha filha para dormir logo antes de sair. Quando soube que iria entregar o elástico para Normani, a pequena utilizou de todas as chantagens possíveis para que eu a trouxesse, mas já estava muito tarde para mantê-la acordada.

Estava quase virando no corredor quando vejo um rapaz entrar no quarto junto com a morena, ele tinha um de seus braços envoltos no pescoço da mesma que por sua vez mantinha a não em volta do seu corpo e usava uma fina camisola rendada na cor azul. Não sei o que senti nesse momento, não era algo do qual eu esperava vindo dela. Sento no mesmo canto em que parei e fico a observar a porta do seu quarto. Já havia se passado muito tempo e as minhas costas doíam bastante quando os dois saem novamente do quarto, as roupas de ambos estavam molhadas e discutem em sussurros sobre alguma coisa que não consigo identificar. Ele se retira pelo caminho oposto ao qual eu estava e ela somente volta a adentrar seu quarto. Apenas isso. Não sei ao certo quantas horas aviam se passado, apenas que Normani havia me desapontado. Desapontado de uma forma que ninguém nunca conseguiu.

Sinto um nó ser formando em minha garganta quando me aproximo novamente da minha casa, Wilmer está parado em frente a porta, ainda de terno e com os braços cruzados. E no céu, já sinais de que o dia estava prestes a amanhecer. Ao chegar perto dele do mesmo e pedir licença para poder entrar, sou surpreendida por um de suas mãos me arrastando pelos cabelos. Luto e tento o empurrar, o que só agrava situação e faz com que ele o puxe com mais força.

 

:- Wilmer, me larga! Você está me machucando – Reclamo entre os dentes por conta da dor e o mesmo me atira no sofá brutalmente.

:- Onde você estava até agora, Demétria? Isso são horas de chegar em casa? Esqueceu que tem um marido? – Ele segura meu rosto com uma de suas mãos e ao tentar soltar-me recebo um murro em meu olho direito – Com que homem foi se encontrar dessa vez em? – Não me atrevo a responder nada, o nó antes formado em minha garganta agora fora transformado em lágrimas, lágrimas de dor, de desprezo, de vergonha.

 

Mesmo com os olhos marejados pelas lágrimas e tendo um deles fechado, consigo vê-lo se livrar de alguns dos meus fios loiros emaranhados em seus dedos antes de agarrar em meu braço e me lançar de encontro ao chão. Alguns dos enfeites presentes na mesa de centro caíram com o tombo recebido e com um chute, aquele pelo qual a lei me obriga a chamar de marido me joga para cima dos pedaços de vidro. Contendo-me apenas em lágrimas, única forma de não acordar a minha filha que dormia serenamente no quarto ao lado, faço menção de levantar do chão. Sem sucesso, ao receber outro chute nos joelhos que faz as minhas pernas fraquejarem e irem de encontro ao chão.

Uma pancada na cabeça, última coisa da qual me lembro. Meu corpo se recusa a levantar da cama, na qual nem ao menos sei como vim parar. Todos os meus ossos doem, minha vista ainda se encontra embaçada e meu rosto dolorido. A luz que entra pela janela anuncia que já é dia, a porta, trancada. Espero que a minha filha esteja bem...


Notas Finais


Ain Deus, meu heart tá em pedacinhos por ter feito isso com a minha Baby Lovato!
Bye pessoinhas, volto logo!
Besos!


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