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História She's My Torment - The Weekend


Escrita por: ImGina

Notas do Autor


Hii!
Sorry pela demora, estou sem tempo...
Sei que o cap anterior foi bem chatinho, mas ele é importante para o que vai acontecer de agora em diante.
Besos, boa leitura!

Capítulo 9 - The Weekend


Fanfic / Fanfiction She's My Torment - The Weekend

POV Maite

 

Finalmente sábado, dia em que a Ally vai vir aqui para fazermos o trabalho que passei para a turma no inicio das aulas. Devo admitir que passei todos os dias dessa semana esperando para que o dia de hoje chegasse depressa, mesmo que hoje eu esteja a ponto de dar um troço de ansiedade. Procurei a noite inteira pelo seu número, achando o mesmo escrito à caneta azul, em um Post-it cor-de-rosa no bolso da minha calça. Por conta da lavagem o papel ainda estava úmido e quebradiço, me deixando cada vez mais nervosa por estar com o último número indecifrável. Para não correr o risco de enviar o me endereço para a pessoa errada, resolvo então ligar para o mesmo número alterando apenas o final. Foram exatamente cinco tentativas erradas, entre elas descobri um taxista chamado Antônio, o dono de um restaurante que insistiu bastante até me convencer a comprar comida chinesa, uma senhora louca que agora jura que sou sua filha e que a abandonei para viver com alguém em uma ilha e dois números inexistentes. Na sexta, deixo o celular chamando com o viva voz ligado enquanto vou atender o entregador que estava tocando a campainha com a comida que eu havia pedido.

 

:- Alô? Não vai responder não? Eu vou desligar! – Essa voz, agora sim era ela! Sem me importar tanto com o entregador de provável descendência chinesa (ou japonesa, na verdade eu nunca soube diferenciar mesmo) que ainda estava parado em frente a minha porta, corro para alcançar o celular em cima do braço do sofá antes que ela desligue.

:- Hola! Desculpa é que eu não escutei porque yo estaba ocupada – Droga Maite! Para de falar em espanhol!

:- Entendi... Mas... Com quem eu falo? – Caminho novamente para a porta e termino de pagar o entregador. Com uma das mãos ocupada por sacolas e a outra com o celular, fecho a porta com o pé e vou para a cozinha.

:- Sou eu, Maite. É que, como você vai vir aqui em casa amanhã, pensei em te passar o meu endereço hoje a noite, assim fica mais fácil para você vir até aqui... Ou yo les traigo mi casa en el coche se o caminho for muito longo – Para com isso, qual o seu problema para ficar falando em espanhol agora?

:- Am... Não precisa, é só me passar o endereço e me dizer o horário que eu chego ai – Ela parecia desconfortável com a ideia de que eu vá até a sua casa, mas não me importei muito com isso.

 

Terminei de passar o meu endereço e logo que desliguei a chamada, tratei de salvar o seu número para evitar novos transtornos. Nove horas, termino de jantar e dou uma faxina geral na casa, com direito a mudança de móveis dos seus lugares e o segundo banho da semana do Sancho, meu Bulldogue de estimação. Passei praticamente a noite inteira em claro por conta do nervosismo e agora estou com olheiras enormes. Combinei com Ally que ela deveria chegar aqui as dez, por isso fiz questão de levantar-me duas horas antes para ter certeza de que tudo iria ocorrer bem. Faço minhas higienes, visto um short preto e uma camiseta da mesma cor, deixo meu cabelo solto e finalmente desço para alimentar o Sancho.

 

:- Tá com fome carinha? – Acaricio a sua cabeça enquanto o mesmo tenta escalar as minhas pernas – Calma aí – Tiro o lacre da embalagem e ponho no seu vaso, depois disso, o mesmo esquece totalmente de mim e vai comer.

 

Resolvo preparar pipoca e assistir algum filme que esteja passando, já que, tenho a mania de todo mexicano, que é tomar o café da manhã bem cedo. Ligo a TV e dou de cara com Procurando Dory, talvez seja um filme infantil de mais para uma mulher de 33 anos, mas devo admitir que é bem legal. Nem me importei com o fato do filme já estar pela metade, só precisava me distrair nas próximas horas até a Ally chegar. Dez e quinze... Talvez ela tenha acordado tarde, talvez ela tenha se perdido, talvez ela esteja no caminho, tenha sido sequestrada, não sei. O que importa é que eu estou muito preocupada por ela não ter aparecido até agora. Chego a pensar na possibilidade de ir encontra-la, mas ela mesma se sentiu desconfortável quando toquei no assunto de ir até sua casa busca-la.

 

:- Dios mío, voy a llamarla, no puedo soportar este retraso, que podría haber sido herido ni nada – Apreensiva, levanto depressa do sofá saltando o cachorro que estava deitado ao meu lado para alcançar o meu celular na mesa de centro, procuro o número na agenda e ponho para chamar, porém, antes mesmo do terceiro toque, alguém toca a campainha.

 

:- Hi... Desculpa, eu me atrasei um pouquinho...

 

Abri sem nem ao menos ver quem era pelo olho mágico, mas como já imaginava, era Ally. Com uma calça leggie escura, uma blusa de cor neutra, mas com alguns detalhes em lantejoula dourada, com uma sandália estampada com flores e o cabelo preso em um rabo de cavalo, ela carregava uma mochila nas costas, provavelmente com alguns materiais para o trabalho. Estava simples, com trajes mais despojados do que usa no colégio, mas mesmo assim, continuava com o seu encanto único.

 

:- Não vai me deixar entrar? – Ela pergunta corada, me tirando do meu transe particular e nesse momento acabo percebendo que estava parada a olhando há alguns minutos.

:- Oh, claro! – Abro espaço para que ela entre e em seguida fecho a porta atrás do meu corpo – Fique a vontade, pode... Pode por a mochila ali em cima, yo vuelvo luego – Falo apontando para a mesa de centro e em seguida praticamente corro até o banheiro – O que é isso Maite? Ela é sua aluna e tem praticamente a metade da sua idade! Pare de agir feito uma adolescente, você já é uma mulher, se porte como tal – Falo o meu reflexo refletido no espelho, ajeito o meu cabelo e volto.

 

POV Ally

:- A sua casa é bem bonita, a decoração dela é de muito bom gosto – Comento quando a vejo chegar à sala novamente.

:- Obrigada – Ela responde sorrindo o que faz com que eu acabe corando e retribuindo o sorriso timidamente – Quer beber alguma coisa? Uma água... Ou suco?

:- Hm... Eu vou aceitar uma água sim – respondo levantando do sofá para acompanha-la.

:- eu trago para você, não precisa se incomodar – Ela iria continuar a falar algo, mas um cachorro, que acredito ser de estimação, a interrompe latindo e ela se agacha para atende-lo – Ah, esse é o Sancho, Sancho essa é a Ally, uma das minhas alunas. Ela não é linda? – Ela desvia o seu olhar para mim e pisca um dos olhos sorrindo, levantando-se logo em seguida. O que admito ter me deixado sem graça.

:- E-eu vou com você, aproveito e vejo a... A.. O resto da decoração da casa, realmente gostei dela – Tento trocar o assunto virando o rosto para os lados para que ela não perceba que eu acabei ficando envergonhada.

:- Tudo bem – Sigo ela até a cozinha, que mantinha o mesmo padrão decorativo do resto da casa, dava para perceber que ela tinha muito dinheiro, por morar em uma das melhores áreas da cidade, o que significa ser bem longe de onde eu moro. Mas a decoração da sua casa mostra totalmente o contrário, mostra como ela é por dentro – aqui está – Pego o copo que estava em sua mão e levo a boca, tomando alguns goles enquanto ela volta a falar – Bom, eu estava pensando em preparar alguma coisa para o almoço e começar o trabalho pela tarde, o que é que você acha?

:- Pode ser – Dou de ombros e ponho o copo em cima do balcão onde ela estava sentada, e agora, depois de tirar a minha atenção da casa que eu percebi... Que pernas... O contraste do short escuro em sua pele branca acabou fazendo com que elas parecessem ainda mais bonitas, acabo mordendo o lábio inferior e cobrindo com o cabelo para que ela não perceba, mas acho que não deu muito certo.

:- Gosta do que vê Allyson? – Droga, ela me descobriu! E agora estava com um sorriso indecifrável nos lábios.

:- Então... O que você pensa em fazer para o almoço? – Desvio depressa o olhar das suas pernas e me esforço para mudar de assunto da melhor forma possível.

 

Eu só posso estar louca, a minha professora tem a boa vontade de me chamar até a sua casa para que eu não fique sem nota e eu fico olhando para as suas pernas, meu Deus Allyson, que falta de respeito, e se o namorado dela aparece aqui de surpresa e pega você fazendo isso? Bom, se bem que ela não parece ter se incomodado muito com a situação, diferente de mim que agora estou a ponto de enfiar a minha cabeça no primeiro buraco que ver pela frente.

:- Hm... Já comeu nachos? – Ela nega com a cabeça e pergunta ainda sorrindo e eu apenas faço que não – E tacos, já provou? – Faço o mesmo movimento com a cabeça enquanto sento em um banco ali perto e a vejo pegar alguns ingredientes – Então hoje você vai comer as melhores comidas mexicanas!

:- Você é do México? Digo, nasceu lá de verdade? – Curiosa, talvez muito. Mas um pouco mais aliviada por ela não ter insistido no assunto das suas pernas.

:- Nasci sim, me mudei pra cá quando eu tinha dez anos de idade, foi quando a minha mãe faleceu e eu vim ficar com o meu pai – Ela fica com um semblante triste e ao mesmo tempo preocupado, então resolvo não insistir muito nesse assunto – E você, é daqui mesmo?

:- Desde que eu me entendo por gente, sim – levanto do banco e vou para o seu lado, sem dar tempo para a mesma perguntar sobre os meus pais. Eu realmente não estou disposta em tocar nesse assunto – Posso te ajudar?

:- Pode sim, baixi...Ally – Não consigo decifrar o que ela iria falar antes do meu nome e devo admitir que fiquei bastante curiosa, entretanto, não me atrevo a perguntar – Pega a pimenta pra mim na geladeira?

:- Eca – Não sou muito fã de pimenta, na verdade eu nunca gostei, mas para ela que já está acostumada deve ser normal então entrego o que ela pediu.

:- Eca nada em? Olha o respeito com as minhas bebês – ela beija o frasco onde estavam as pimentas e ri em seguida – Eu sei que você não tá acostumada com elas, se quiser posso deixar os seus sem.

:- Eu agradeceria bastante.

:- Tudo bem – Ela sorri e voltamos a cozinhar, na verdade eu só estava á ajudando e admirando a forma como ela lida com as coisas, é como se tudo fosse mais fácil.

 

Depois de algum tempo olhando para as pernas da minha professo... Quer dizer, ajudando a Maite a cozinhar em meio a risos e me atrevo a dizer que algumas cantadas de sua parte, finalmente terminamos. O cheiro que emanava da cozinha era realmente bom e o meu estômago já estava roncando.

:- Ally! Tá pronto vem comer antes que esfrie! – Desvio a minha atenção do Sancho, que estava brincando comigo e volto para a cozinha onde ela estava pondo as coisas na mesa.

:- O cheiro está maravilhoso – Falo ao entrar na cozinha e passar ao seu lado – Não só o da comida – Solto a frase no ar e me sento em uma das cadeiras.

 

:- Agora sim, pode provar – Depois de servir os nossos pratos e por um dos tacos para o seu cachorro que não parava de grunhir, ela diz e fica esperando que eu prove.

:- Você prova primeiro, para eu ter certeza que não tem pimenta – Cruzo os braços abaixo nos seios e a encaro.

:- Eu não pus pimenta no seu, emburradinha – Ela fala rindo e come um pedaço do seu nacho – Ally! Não come não! Acho que tá tro...cado.

 

Já era tarde de mais, antes que ela pudesse me avisar eu já havia mordido um pedaço de algum dos dois, já que, até agora eu não consegui identificar o nome de cada um e a minha boca já estava queimando por conta da pimenta forte presente no mesmo. Ela se apressa em me dar água e a essa altura eu já sentia todo o meu rosto vermelho por conta da ardência.

 

:- Diós mío! Me desculpa! Sério, os pratos estavam trocados! Não era para você comer o apimentado – Ela fala preocupada enquanto segura o copo que antes estava na minha mão.

:- Calma – Suspiro sentindo a ardência diminuir – Eu já tô bem.

:- Droga, olha as suas roupas – Ela parece chateada ao ver aminha roupa molhada pela água.

:- Não tem problema, daqui a pouco seca – limpo as lágrimas que estavam em meus olhos por ter lacrimejado e levanto para ajeitar a minha roupa que estava bem molhada.

:- Tem sim. Vem, eu vou te dar uma outra roupa – Ela me puxa pela mão até o seu quarto, que para falar a verdade, era enorme e decorado com cores mais escuras que os tons pasteis dos outros cômodos, entra no closet e sai de lá com um short jeans e uma blusa – Aqui, essa deve servir em você.

:- Er... Obrigada então – Digo apanhando as roupas de sua mão – Onde eu posso me trocar?

:- Aqui mesmo – Ela abre os braços se referindo ao seu quarto e em seguida senta-se em sua cama.

:- Eu não vou me trocar aqui não – Respondo rindo.

:- Eu fecho os olhos – Ela põe as mãos cobrindo os olhos e abre espaço com um dos dedos como se estivesse espiando, o que faz ambas rirmos – Tudo bem, aquela porta ali da direita é a do banheiro.

 

Agradeço e entro no mesmo, pondo a roupa que ela havia me entregado e dobrando a molhada para guardar na minha mochila. A roupa não ficou tão justa, nem tão curta, na verdade, ela havia caído perfeitamente. Aproveito que estou dentro do banheiro e gasto um tempo consideravelmente longo tentando ajeitar o meu rabo de cavalo, não dando certo, resolvo apenas deixar a chucha presa em eu pulso e o meu cabelo solto.

 

:- Mai, eu já estou pron... Ué – Ao sair do banheiro já não encontro Maite sentada na cama. Será que eu demorei tanto assim e ela desistiu de me esperar? – Mai? – Entro vagarosamente no closet para conferir se ela estava lá, mas acabo sendo surpreendida por algo tocando a minha cintura, o que faz com que um grito agudo saia da minha garganta, mas logo viro de frente e percebo que se tratava da própria Maite – Meu Deus que susto, você quer me matar do coração?

:- Nem fala uma besteira dessas! – Ela exclama dando três toques na porta no closet, que era feita de madeira – Como eu tecnicamente estraguei o almoço, resolvi fazer alguns sanduiches, você deve estar morrendo de fome – Apenas confirmo e ela continua a falar – E a proposito, você ficou linda – Segurando a minha mão direita, ela faz com que eu gira em volta do meu próprio eixo, o que me faz esconder o rosto com a mão livre.

:- Para com isso – Se eu estou rindo? Sim, mas no momento, de nervoso.

:- Só disse a verdade – Ela dá de ombros e anda até a sala, seguida por mim – Vamos comer antes que o Sancho ataque tudo e aproveitamos para começar o trabalho.

 

Como a bandeja com os sanduiches e os copos de suco de morango estavam sob a mesa de centro, ela joga todas as almofadas floridas no tapete para sentarmos nelas e em seguida põe a minha mochila ao nosso lado. Ao terminarmos de comer, ela leva as coisas para a cozinha enquanto eu abro em uma folha limpa de sua matéria em meu caderno.

 

:- Podemos começar? – De volta a sala, desatando o laço do seu avental, pois provavelmente ela deve ter lavado a louça que sujamos durante esse tempo, ela senta-se ao meu lado com as pernas cruzadas como índio – Eu começo ou você começa?

:- Você começa – Digo rapidamente, porque eu realmente não sabia o que perguntar a ela.

:- Tudo bem... Filme favorito?

:- Titanic! E o seu?

:- Bom... São mexicanos, Más allá de los sueños, Melena & Elsa e Fred – Me apresso em escrever os nomes dos filmes no caderno antes da próxima pergunta – Tem irmãos?

:- Er... N-não – Tento não gaguejar, mas sinto a minha garganta travar ao tocar no assunto “família”, ainda mais sobre o meu irmão que sim, eu tenho e sim, eu menti. Mas o mesmo acabou tento o mesmo fim que os meus pais.

:- Algo de errado? – Ela chama a minha atenção estalando os dedos na frente do meu rosto, o que faz com que eu volte a realidade.

:- Ah, desculpe, eu só viajei um pouco aqui. E você, tem irmãos?

:- Tenho dois, um deles se chama Adolfo e o outro Francisco. Eles trabalham com o meu pai – Ela trava ao falar em seu pai, como se fosse algo que não devesse ter comentado, mas que ao mesmo tempo despertou a minha curiosidade.

:- Com o que o seu pai trabalha?

:- Com... Con la parte central y burocrático de algunos negocios – Ela fala tão rápido que eu quase não consigo entender uma só palavra, e acabo rindo.

:- Vai com calma, eu não sou fluente em espanhol não. E a propósito, o seu pé tá melhor?

:- Desculpe-me, é que às vezes saem algumas frases, principalmente quando eu estou nervosa ou ansiosa. E sim, está sim, não precisa se preocupar. Mas e os seus pais? Não falou sobre eles.

:- Eu não quero falar sobre isso...

 

Ela não insiste, mas parece perceber que eu fiquei um tanto abatida. Ela retira o caderno e a caneta das minhas mãos, onde eu estava fazendo alguns rabiscos e me abraça. Não que eu não tenha gostado, mas eu não recebo abraços de outras pessoas além da Lauren ou da Jesy. Depois de longos minutos abraçadas, como se a vontade dela fosse me proteger de algo, ela se desvencilha do meu corpo.

 

:- Não quero você tristinha em? Pode por aquele sorriso lindo no rosto de novo! – Ela praticamente ordena e eu apenas faço que não com a cabeça – Não vai não? Tudo bem... Foi você quem pediu – Após ficar de joelhos por cima de algumas almofadas, ela começa a fazer cócegas em mim e, para a minha sorte (ou azar), sou uma pessoa que sente cócegas em praticamente todo o corpo – E agora em? Não vai rir não?

:- Che-chega! Você... Você venceu! – Meu maxilar e barriga já doíam, então fui obrigada a admitir a derrota, fazendo-a cair ao meu lado jogada no chão.

:- Bem melhor assim – Ela me puxa e me põe sob seus pés ao mesmo tempo em que segura minhas mãos, o que me faz gritar novamente pelo susto e comece a me debater por conta do medo.

:- Maite, me tira daqui que eu vou cair, você é louca?

:- Você não vai cair não – A mesma começa a rir do meu desespero, e depois de tanto me mexer lá em cima, acabo me desequilibrando e caindo por cima dela.

:- D-desculpa... Eu, eu disse que ia cair, mas...

:- Shiii – Ela põe o dedo indicador na minha boca, me impedindo de continuar falando.

 

Com toda essa proximidade entre os nossos corpos e rostos, eu conseguia ver claramente o brilho da imensidão castanha e tão indecifrável em seus olhos que mal piscavam, ambas as respirações ainda desordenadas por conta dos risos. Ela gira nossos corpos, invertendo as posições e agora ficando sob o meu corpo propositalmente. Era como se esse instante fosse durar eternamente, agora os fios de seu cabelo estavam jogados pelos seus ombros. Talvez eu esteja tão perdida com isso tudo que mal percebi quando com o seu polegar ela retirou alguns fios de cabelo da minha bochecha, acariciando a mesma sem perder em momento algum o contato visual. Isso está totalmente errado, ela é minha professora. Mas quem se importa com isso agora? Seu rosto foi ficando cada vez mais próximo do meu e assim como eu, ela alternava os olhares entre os meus olhos e meus lábios. Até que finalmente pude senti-los, para ser sincera, nunca havia feito isso antes. De inicio não soube como reagir ou o que fazer, mas logo segui seu ritmo. Seus lábios macios e doces, sua língua que vagarosamente percorria toda a minha boca, o cheiro do seu perfume, Carolina Herrera 212, o qual ela sempre usa quando vai dar aula, e essa sensação de guardar esse momento para toda a minha vida.

Quando o ar nos faltou nos pulmões e nos obrigou a desvencilharmo-nos, a realidade gritou ao nosso ouvido. Apressada, ela se levanta em um pulo e em seguida faço o mesmo. Nenhuma de nós falou palavra alguma, talvez confusas de mais e ainda assimilando o que acabou de acontecer. Juntei mais que depressa todas as minhas coisas e saio o mais rápido que posso, eu não podia ter feito isso, não com ela, não com a minha professora. Segundos após o taxi dar a partida, escuto alguém gritar o meu nome. Era ela, Maite estava na porta da sua casa com um semblante talvez de preocupação, culpa ou arrependimento... Não paro o taxista, apenas aceno com a mão para ela e sigo para casa.


Notas Finais


Vou entrar em semana de provas
Então o mais provável é que eu só volte a postar na próxima semana.


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