História She's Out Of My Life - É agora, Michael!

Um tempo se passou e eu estou no 9° mes de gestação, estou precisando de ajuda pra qualquer coisa, minha barriga está enorme! Eu permaneço aqui no chalé junto com as meninas, o clima entre eu e Michael não melhorou, continua a mesma coisa, mas hoje vou tentar resolver tudo. Nosso filho daqui algumas semanas vai nascer e estaremos brigados, não quero isso, de jeito nenhum. Isso está me fazendo mal... Por mais que ele tenha errado, eu tenho quase certeza que não foi proposital.

Já preparei até a bolsa do bebê, a qualquer momento ele pode surgir ao mundo, e vai que eu nem esteja preparada? Então é melhor se prevenir! Mas de qualquer forma, eu vou ama-lo com todas as minhas forças.

Sai do chalé disposta à ir falar com ele. Quero explicações, e também quero nos reconciliar.

Vi ele enfrente ao lago, junto com algumas crianças, eles conversavam alto, riam, brincavam... Quanto eu ia chegando mais perto eu admirava ainda mais o amor que Michael tem por elas.

- Bom dia Michael. Bom dia crianças. - Todos olham para mim.

- É... Bom dia Kim. - Coçou a cabeça nervoso. - Meninos, essa daqui é a Kimberly, minha... - Olhou para mim. Ele não sabia descrever o que nós somos, na verdade nem eu sei, estamos em uma relação complicada. - Hmmm... Namorada...?! - A incerteza na sua voz dava para se reparar a quilômetros de distância. Aquele momento tinha sido, de fato, desagradável.

- é... Podemos conversar? - Pedi para ele.

- Claro. Só vou falar para ficarem com eles...

- Tio Mike, não precisa. Já somos grandinhos o suficiente para sabermos nos cuidar por conta própria. - Eu ri por tamanha esperteza daquele menino. - Iremos ficar aqui brincando... Vá lá falar com sua garota. - Sorriu.

- Okay! - Michael riu - Mas não aprontem, ouviram? - Eles assentiram - Vamos lá. - Botou sua mão em minhas costas, me guiando para um lugar um pouco afastado dali.

- Eu queria apenas conversar com você... Sobre... Você sabe. - Digo pausadamente, tentando encontrar as palavras para usar diante daquela situação.

- Sim. - Disse firme - Isso estava me incomodando... Eu queria sentar com você e conversar. Mas a coragem não vinha até mim... - Disse cabisbaixo.

- Sim... eu digo o mesmo. - Suspiro - bom mas que você sabe que daqui algumas semanas o nosso bebê vai nascer e eu não quero ficar nessa situação com você. Eu quero que quando ele nasça estejamos juntos, e felizes. Como sempre fomos. Porém por conta de um imprevisto, Isso acabou se rompendo. - ele coçou a cabeça. Aparentemente estava nervoso. - eu apenas queria saber o motivo daquele "imprevisto" ter acontecido... Você pode me dizer?

- Sim... Como posso dizer?!

- eu não faço a mínima.

- Não, eu só tava procurando um jeito de te explicar. - sorriu nervoso. - bem, na tarde daquele dia, quando eu tinha chegado da gravadora, você não estava aqui. Então eu resolvi te esperar para almoçarmos juntos, porém horas se passaram e você não tinha chegado. Depois de almoçar, A Susie veio até o meu quarto e me ofereceu uma bebida. Eu na inocência aceitei. - agora meus olhos já estão marejados só de lembrar - E você já sabe que aconteceu. Bem, aquela bebida estava alcoolizada. Eu não sabia disso, Eu só... Aceitei. -respirou com calma - mas se eu pudesse voltar no tempo e modificar o que eu fiz, Eu voltaria Desde quando eu fiquei sóbrio. Eu quero que você me perdoe, Kimberly. Eu sinto sua falta 24 horas por dia. Não estou suportando mais essa mágoa, essa culpa que está dentro de mim. Eu sei o que eu fiz foi errado mas eu quero seu perdão. Se você não quiser voltar comigo, não volte, porque eu vou te entender por mais que eu fique triste. Quero tirar esse peso da minha consciência, que terminei nosso relacionamento, nossa história. - eu pensava em ir abraça-lo. - desculpa o palavrão, Mas você tá fodendo comigo. Principalmente com meu psicológico - De inicio me assustei com que ele disse, mas depois fiquei de boa. - Então? Você me perdoa?

- Sim! - sorri e o abracei. Ah... E como eu sentia falta desse abraço! - senti tanto sua falta, Michael.

- Eu também, Kimberly.

(...)

Alguns dias depois...

Estamos eu e Mike agora brincando com os meninos de tacar balão d'água um no outro.

- Haha! Vocês não conseguem me acertar! - Se gabou Michael

- Ah é? Você vai ver só! - Então eu comecei a andar atrás dele, correr eu não conseguia pois para uma grávida que está no 9° mês de gestação, era meio impossível correr e não sentir dores. Porém eu senti uma água escorrer pelas minhas pernas. De início pensei que foi algum balão d'água, mas estava enganada.

- Quem foi que tacou em mim? - Me virei e ri, vi eles brincando entre si. Então quem foi?

Fui interrompida por contrações, dores leves, porém aquilo de qualquer forma machucava. Coloquei a mão em meu quadril, para pelo menos tentar amenizar a dor. Mas quanto mais tempo ia se passando mais dor sentia. Então encaixei as peças do quebra cabeça e percebi que ele quer vir ao mundo… É isso! Ele quer vir ao mundo!

- MICHAEL! - O chamei. Ele veio até mim correndo.

- O que houve, meu amor?

- A bolsa estourou! - Assim que disse isso ele me olhou incrédulo e disse:

- Isso é sério?

- Tô falando mais sério do que nunca!

- O que eu faço agora? - Perguntou totalmente perdido

- OMER! VENHA CÁ! - Então ele veio - Peça para alguém pegar a bolsa do bebê.

- Okay!

- Rápido!

- Meu Deus! Finalmente poderei ver nosso bebê!

- MICHAEL! Se mexe! - Senti mais uma contração. Só que dessa vez com mais intensidade - AAAHH! - Estava cada vez pior, cada vez mais forte. Mais dor eu sentia.

- CLAY! - ele vem - Fale para o segurança preparar o… CARRO! - A dor era mais forte, mais forte, mais forte… eu não aguentava mais.

- Sim, sim, claro. Já estou indo. - Disse ele apressado.

- Agora, você Michael… Me leve até o carro, por favor. Não estou conseguindo andar direito!

- Claro! - Ele botou meu braço em seus ombros e foi me levando calmamente até o carro. A cada segundo, a cada instante que passava, mais ansiedade, mais felicidade e mais dor eu sentia. Estava feliz por esse momento estar finalmente acontecendo, mas as dores eram quase insuportáveis. Assim que Omer nos entregou a bolsa e entramos no carro Michael diz:

- Acelera, Bill! Acelera! - Ordenou ele.

O carro estava indo muito rápido, eu suava frio, minhas mãos tremiam, eu estava ficando tonta... Precisamos chegar imediatamente!

Assim que chegamos me botaram em uma cadeira de rodas e me conduziram até a sala de parto. Por conta de coisas que aconteceram, o parto será normal. Então, eu deverá ser forte, e aguentar tudo que está por vir.