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História She's so cold - Hey Mike! - Parte dois


Escrita por: FinnSkada

Notas do Autor


E aí, pessoal? Bom, vou explicar rapidinho o que aconteceu. Eu estava com esse capítulo pronto e meu computador resolveu pifar. Quando ele voltou, eu perdi a ordem cronológica da história e fiquei enrolando um tempão, pq não lembrava mais de nada do que acontecia ao decorrer dela kkkkk Mas agora que tive uma folguinha, decidi deixar a preguiça de lado e tentar refazer o que me lembro e também acrescentar coisas novas, porque não? Agradeço imensamente pela paciência e pelo estímulo que vocês me dão, de verdade. Agora eu só vou parar quando terminamos essa fic! Um beijo!

Capítulo 7 - Hey Mike! - Parte dois


Fanfic / Fanfiction She's so cold - Hey Mike! - Parte dois

- Finalmente o rei da festa chegou! - Dustin foi de encontro a Will para pegar os sorvetes ainda em sacos de papelão.


Will abriu um sorriso largo e fechou a porta atrás de si. Fiquei pensando qual seria a maneira menos constrangedora de falar para ele que eu tinha esquecido totalmente do aniversário da minha irmã. E que não havia o convidado. Coçei o pescoço, aflito.


- Onde eu deixo o presente da Nancy? - Ele questionou tranquilo.


- Hã?


Ele tirou um pequeno embrulho do bolso e colocou em cima da mesinha de centro. Fiquei aliviado e ao mesmo pasmo, em perceber que nem todo mundo é lento como eu. Ele era irmão do namorado da minha irmã, não era óbvio? Não é exagero, esse tipo de coisa acontece comigo o tempo todo, vivo esquecendo datas. Tive um grande problema com material escolar, porque sempre levava os livros errados nos dias das aulas. Tenho uma mania esquisita de confundir terça com quinta. A solução dos meu problemas foi deixar todos os meus livros no armário da escola, o que não funcionou tão bem, porque quando eu precisava estudar em casa, tinha que pegá-los e adivinhem? É, eu pegava o livro errado.


- Ele é um maninho bem melhor do que você - Dustin seguiu em direção a cozinha com os potes de sorvete.


- Você esqueceu?


Fiz que sim com a cabeça, muito sem graça. Eu tinha até esquecido do calor que fazia dentro daquela jaqueta. Comecei a sacudi-la disfarçadamente. Bom, pelo menos eu tentei disfarçar. A campainha tocou. Eleanor, Eleanor...


- E aí? - Ouvi a voz masculina ao abrir a porta. Lucas. Ele realmente parecia um atleta, até de jeans e gola pólo.


- E aí cara? - Escondi minha decepção da melhor forma que pude. - Entra aí.


- Qual é a da jaqueta? - Ele também trazia um embrulho em mãos. Como só eu tinha esquecido? Eu nem mesmo havia mencionado nada. Até porque eu não sabia.


- Hã? - Tentei ganhar tempo mais uma vez. Eu era péssimo nisso.


- Esquece... - Ele caminhou até o sofá e deixou o embrulho na mesinha, junto com o de Will. - Obrigado pelo feriado, de verdade. Eu tinha bastante coisa do clube pra organizar.


- Que bom pra você. - Respondi seco. É como se eu quisesse incendiar o clube de culinária...


Meu estômago estava revirando do avesso. Eleanor viria até minha casa, sentar no meu sofá. Na minha casa e ela nem tinha sido convidada por mim. As expectativas começaram a me deixar impaciente. Sou péssimo em esperar, desde criança. Não que eu fique nervoso do tipo agressivo, eu só fico aflito mesmo.  O tic tac do relógio começou a me deixar enjoado, e eu tentava me manter são e quieto dentro daquela jaqueta. Dustin, Will e Lucas tomavam sorvete animadamente. É claro que nenhum dos três estava preocupado como eu. Acabei tirando um cochilo.


- Maninho? Acorda, maninho? - Dustin me cutucava com o cotovelo.


- Que é? - Respondi sonolento.


- A Max... E a Eleanor estão aqui. - Ele cochichou.


Dei um salto involuntário do sofá e foi definitivamente vergonhoso. As duas estavam a minha frente, Max revirou os olhos aborrevida e El soltou uma risadinha abafada. Max se inclinou e deixou o presente de minha irmã junto com os outros. Ela segurou Eleanor pelo braço e disse, se afastando em direção ao banheiro, com uma expressão de nojo.


- Se Nancy aparecer diga que já voltamos. 



Assenti simplesmente. Dustin olhou para mim, para Will e para Lucas. Ficamos apreensivos por uns dez segundos e entramos num acordo mudo, fechando um círculo em volta do presente de Max. Papel celofane azul, laço vermelho e tinha um cartão verde e laranja berrante. Provavelmente, a pessoa que embalou aquilo era daltônica. Soltei uma risadinha quando cheguei nessa conclusão. Não tínhamos tempo a perder e Dustin foi o primeiro a pôr a mão cheia de dedos no presente.


- Meus amigos... Isso é o que eu acho que é? - Ele apalpava o embrulho quase rasgando o celofane.


- Vai com calma, Henderson. Vai rasgar o papel - Sinclair alertou.


- Depende do que você acha que é... - Resmunguei.


- Olhem bem isso... Tem formato fálico! - Dustin continuou.


Quanta chateação! Aquela conversa me deixou estressado e eu não sabia por quê. Por um triz não decidi abrir o presente e vamos lá, eu não sou assim tão inconsequente. Cheguei a conclusão de que era a jaqueta, afinal eu estava suando feito um porco. A camisa que vesti por dentro já grudava no corpo. Comecei uma disputa mental comigo mesmo sobre tirar a jaqueta ou não.


- Ham, ham - Max limpava a garganta atrás de nós. O cabelo caído nos ombros vestidos com uma camisa preta folgada.


- Ahn, Oi Max. - Dustin deu um salto pra longe do embrulho amassado.


- Que é? - Ela respondeu visivelmente irritada. Era horrível ficar perto de Max por muito tempo porque nós acabamos sentindo o quanto ela nos repudiava e isso deixava o ambiente assustadoramente pesado.


- Vamos... Jogar alguma coisa? - Will fez uma tentativa.


- Pode ser. Desde que as mocinhas não tentem trapacear. - Ela se jogou no sofá e puxou um controle.


- Eu nunca trapaceio! - Byers sentou ao lado dela, mas com uns três palmos de distância. Até porque ele era bem intencionado mas não era louco.


- Então é bom você saber o que nós cobras fazemos com vocês, ratos... Nós os devoramos!


Tudo bem. Max é assustadora, nada que eu não saiba. Mas gostaria de saber exatamente quando foi que ela ficou assim, porque eu não fiz parte do processo. Lembro de quando éramos crianças e ela gostava de pintar nossos rostos para parecermos coelhinhos. Olhei novamente aquela ruiva furiosa sacudindo o controle para os lados e gritando palavrões. Pobre Will.

Voltei a realidade quando senti um toque em meu braço. Podia ser Eleanor, mas seria bom demais pra ser verdade.


-  Essa menina é louca. - Dustin sussurrou.


- Ah é? Quando especificamente vossa excelência chegou a essa conclusão? - Cochichei de volta.


- Mike? - Senti outro toque no meu braço, apesar de todo aquele couro sufocante. Tentei manter a falsa pose.


- Qual é? 


"Qual é?" Quem diz "qual é?" Eu sou muito imbecil, "qual é" deve ser equivalente a um "e aí, maninho?" de Dustin. Fiquei com vontade de afundar minha cabeça no chão, claro, depois de enfiar toda a jaqueta na boca. Dei um sorriso amarelo.


- Onde tem suco? - Ela pareceu indiferente as minhas idiotices. Agradeci mentalmente a Deus.


- Ah, ali na mesa. Quer que eu pegue pra você?


- Não, tudo bem. Eu pego.


Ela se afastou de mim e Dustin, indo em direção a mesa de bebidas. Olhei para o relógio e ainda faltava uma hora pra festa começar de verdade. Porque Max estava ali tão cedo? Definitivamente podia ser considerado um milagre.


- Você quer botar tudo a perder, maninho?


- Cala a boca, Dustin.


- Você não tem que perguntar, entende? Vai de boa, pega o suco e acabou. Isso aqui não é missa não...


Fiquei uns bons trinta segundos pensando de que forma aquela situação poderia ser relacionada a uma missa, até que Eleanor chegou perto de nós novamente, dessa vez, com um copo grande de suco. Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, fomos surpreendidos por Lucas, que deu um pulo do sofá.


- Olha isso, olha isso! Você viu Will? Ela está roubando!


- Eu estou roubando? - Max levantou raivosa do sofá - Repita o que disse!


- Eu disse! Eu que disse, qual é a sua? - Definitivamente Lucas não conhecia Max. Dustin arregalou os olhos ao meu lado.



Max on


Que inferno! Não acredito que fui pega por esse cara. Não sei bem porque esse garoto, Lucas, gosta tanto de se meter onde não é chamado. Acha que é o dono da escola só porque é presidente do grêmio. Eu estava jogando com o Will. Ele nunca ia perceber. Fuzilei os dois com meu olhar, geralmente isso assusta bastante.


- O que vocês disseram? Podem repetir, estou dando a chance. - Fiquei de pé, mantendo a aparência da melhor forma que consegui, minha raiva estava sob controle.


- Eu disse que você está roubando. - O garoto se colocou de pé defronte a mim, sem parecer o mínimo intimidado.


Eleanor estava ao lado de Mike e Dustin. Mike parecia covardemente trêmulo. Dei uma risada irônica antes de anunciar o que viria a seguir.


Max off


Eu não sei bem como aconteceu, mas um tapa. Ela deu um tapa estatelado na bochecha do Sinclair, ela pegou impulso de longe e desceu na bochecha dele com toda força de seu braço. Eu tenho certeza que ele poderia ter desviado.


Todos ficamos em choque. Acho que passou um tempo até que alguém se pronunciasse e esse alguém foi o Lucas. Ele esfregou a bochecha com um sorrisinho. Ele não tinha medo da Max. Eu queria ser como ele.


- Além de trapacear bate na minha cara, é?


- Eu já disse que não trapaceei! Quer saber? Vou embora. Onde eu estava com a cabeça em vir aqui e achar que podia me relacionar tranquilamente com um bando de... Um bando de... - Ela parecia engasgar com as palavras - Babuínos! Vocês são todos uns idiotas!


Engoli em seco. Eu não havia trocado uma palavra sequer com Eleanor e aquele festival de horrores estava acontecendo bem no meio da minha sala. Max gritava e esperneava, enquanto Lucas ria e debochava e os outros de nós estávamos todos calados e temerosos. Eu estava sentindo a franja grudar no suor que estava escorrendo por toda minha testa, que eu teimava em enxugar com as costas das mãos.

Comecei a pensar numa alternativa para reverter aquela confusão, mas nada me pareceu ser efetivo o suficiente. Todas as opções acabavam comigo levando um tapa ou um chute na canela de Max. Dustin se manifestou, mas não da forma que nos precisávamos.


- Que saco, hein? Alguém quer sorvete? - Ele saiu em direção a cozinha.


- Gosto do seu jeito, Max. - Lucas sentou no sofá, dando um basta - Mas você não é mais esperta do que eu. Desista.


Max olhou para cada um de nós, furiosa. Ela parecia procurar uma resposta a altura de Lucas. Mas não foi bem o que saiu da boca dela.


- Pois saiba que eu odeio você. Você não pode me acusar de roubar sem provas nenhuma e se quer saber, eu sou muito boa nesse jogo. - Ela deu uma risadinha sinistra - Não me subestime.


Se tem uma coisa que eu sei sobre a Max, é que ela odiava perder. Ela era péssima nisso. Ela ficava tão vermelha e raivosa que parecia um pequeno leão. Também houve a lamentável vez em que ela quase torceu meu dedo mindinho mas isso é história pra outro dia.

Tentei manter a sanidade com todo aquele calor se apoderando do meu pescoço, mas comecei a me sentir tonto. Eleanor era a mais próxima a mim naquele momento, aliás tudo aqui parece acontecer no momento errado. Eu me apoiei no ombro de Eleanor e ela me olhou assustada, colocando a mão no meu braço coberto de couro suado.


- Mike?


Não consegui responder. Minha garganta estava fechada e a discussão de Lucas e Max se tornou um zumbido distante. Até comecei ouvir Will tentando se meter e pedindo para eles pararem, mas sendo ignorado. Fui abraçado por Eleanor, eu tenho certeza. Mas antes que eu pudesse aproveitar meu momento de glória, fui tomado por um lapso.


 

Dustin on 


Eu estava na cozinha ignorando aquela discussão idiota e comendo uns salgadinhos escondido. Max era muito gata mas era igualmente chata, em que mundo alguém gostaria daquela elfa insuportável? Achei melhor sair de perto antes que sobrasse pra mim, até porque Max é um vale tapa e nunca um vale beijo. Eu vou levar um tapa de graça? A resposta é não.



- Gente, ajuda aqui! 

Olhei de relance e vi Eleanor com Mike jogado em seus braços.


- Maninho, vai com calma! - Comecei a rir, até me aproximar perceber que Mike estava desacordado.


- O quê? Não acredito que esse imbecil é mole a ponto de passar mal por causa de uma briguinha de nada! - Max veio toda chata para perto de nós. Me afastei dela disfarçadamente.


Pensei em segurar Mike, mas achei melhor deixarmos ele caído no chão, afinal quando a pessoa sofre um acidente, não se pode ser mexida bruscamente. Ou algo assim...


- Ele não desmaiou por causa disso. Olha... Ele está suando muito... - Will corajosamente encostou o dedo na testa de Mike, que parecia um rio. 


- Eu estranhei quando vi ele com essa jaqueta. Ele é idiota? - Lucas começou a tirar a jaqueta de Mike com a ajuda de Will.


- E você tem dúvidas? Eu dou um tapa nele pra ele acordar? - Max indagou. Ainda bem que eu me afastei dessa garota.


- Você está louca? - Lucas exclamou nervoso.


Droga, maninho. Eu sabia que não seria uma boa ideia, tipo, veja bem. Mike, um bad boy HAHAHAHAH Olha só esse magrelo. Eu queria te ajudar Mike, queria mesmo mas antes precisamos bater uma foto. Cadê a câmera da Nancy?


Antes que eu pudesse levantar e procurar a câmera, Nancy surgiu na sala de vestido. E não é que irmã do meu amigo tava bem... Como posso dizer isso?


- O que é isso? - Ela gritou apontando pro Mike que estava estendido no chão. Eu não tinha percebido como aquilo era uma cena estranhamente bizarra.


Mike estava estatelado no chão, igual a um ovo frito, e nos estavamos tirando a roupa dele. E ele estava todo suado e vermelho. Segurei a vontade de rir o máximo que pude. Hm, não segurei muito, afinal de contas.


- Mike desmaiou. Está roxo e quente. Não sei exatamente.... - Will parecia envergonhado em ser pego despindo Mike. Eu continuava a rir enquanto eles me olhavam com reprovação.


Dustin off.


Ouvi uma risada no fundo. Não era qualquer risada. Era Dustin. Quase abri os olhos instintivamente, mas só Deus sabe o que estaria acontecendo ali. Me mantive quieto tentando sondar a conversa ao meu redor.


- O que a gente vai fazer? As pessoas vão começar a chegar! - Ouvi Nancy nervosa. - Temos que chamar uma ambulância.


Ouvi um farfalhar, e alguém se aproximando de mim mais do que o normal. Meu coração começou a golpear meu peito. 


- Mike? - Senti um tapinha na minha bochecha. A voz era de Eleanor. O hálito dela era de suco de melancia. Tentei disfarçar o rubor ao abrir os olhos.


-Ahnnn... - Respondi sem saber exatamente o que dizer.


- Você está bem, Mike? - Nancy se agachou ao meu lado.


- Acho que sim.


- Chamo a mamãe?


De jeito nenhum. Eu nunca ia deixar minha mãe enfiar um termômetro debaixo do meu braço quando Eleanor estava ali, do meu lado. Toda essa confusão não me fez não reparar nela. Estava com um vestido preto, o cabelo atrás da orelha. Ela me olhou sorrindo, preocupada. Tentei recompor o fiasco de dignidade que me restava.


- Não, eu tô bem. - Me ergui com dificuldade, agora já respirava melhor e o calor estava sumindo aos poucos.



- Que estranho Mike... você está tão suado que consigo ver seus mamilos daqui. - Max disse enquanto reparava em meu tórax.


Instintivamente coloquei a mão no tórax, me cobrindo de olhares curiosos, mas já foi tarde, já que todos caíram numa gargalhada infinita. Cambaleei até o sofá, apavorado com a quantidade de constrangimento que consigo passar em apenas um dia.

Barb chegou. Ela e Nancy estavam super animadas e dando gritinhos histéricos.

Eu estava no sofá, meio desiludido. Tirei o cabelo da testa e fechei os olhos por alguns minutos. Senti alguém sentar do meu lado, muito próximo a mim.


- Vamos jogar? - A voz doce serpenteou em meus ouvidos, fazendo com que eu abrisse os olhos instantaneamente.


Eleanor me encarava com um sorriso, me estendendo um controle. De repente eu fiquei feliz. Peguei o controle de sua mão, enquanto Will religava o console. Todos estavam acomodados no sofá, até Max. 


- Certo, a primeira rodada é Mike e Eleanor. Quem vai na segunda? - Ele se juntou a nós.


- Eu e a ruivinha. Vamos ver quem não está trapaceando - Lucas falou aquilo de propósito. Max olhou furiosa para ele do outro lado do sofá.


- E eu vou com você né, maninho? - Dustin tinha uma bandeja de salgadinhos no colo.


- Sim. Então podemos começar.


É meio óbvio que eu perdi a rodada. Como eu poderia ganhar se estava tão concentrado naquele encostar de perna? Eu sei que posso soar meio patético mas é melhor do que eu diga um monte de mentiras. Mas nem fui tão ruim, afinal eu ganhei uma de três. Eu não senti a noite passar por mim, pelo contrário. Passou voando.


Quando os amigos de Nancy começaram a sair, Max simplesmente levantou e puxou Eleanor pela alça do vestido. Nunca pensei que depois de anos, Max retornaria a nossa casa. Mesmo nos aniversários de Nancy, ela se isolava e ficava tentando descolar vodka ou whisky escondida. Eu acho que isso foi um surpreendente avanço.

Eleanor ficou de pé, sorridente.


- Foi divertido. Obrigada por nos convidarem. 


Ela seguiu Max, que não deu uma palavra conosco depois do término do jogo. Agora eu poderia respirar normalmente. Me estiquei no sofá.


- Qual o seu progresso, soldado?  - Lucas soltou a frase que mais parecia uma lança perfurando meu estômago.


- Progresso? Ele mostrou os mamilos, você não viu? - Dustin arrancou uma risada de Will, que mesmo assim tentava parecer sério.


- Essa Max é louca. -O Byers respondeu. - Viu como olhava pro Lucas? Achei que fosse matar ele.


- Eu não duvido. Ela ficou irritadinha porque foi pega roubando. Não me importo - Lucas pigarreou - Afinal... E o presente?


- Deus me livre julgar sua santa irmã, Nancy, meu amigo Mike, mas é comum pedir esses objetos fálicos pra outras pessoas de aniversário? - Dustin cutucava o presente.


- Quê? - Falei perplexo.


- Isso só pode ser uma coisa... O que mais nos conhecemos que tenha esse formato? - Ele prosseguiu.


- Um pepino... Uma cenoura... - Will sussurrou pensativo.


- Minha mente deu um branco. Não consigo pensar em nada, porque sua irmã ganharia uma coisa dessas da Max?


- Parem de falar isso perto de mim, é nojento, confuso e perturbador. A Nancy é minha irmã.


- Vamos ver os presentes! - Barb veio até a sala, onde estávamos, com Nancy atrás dela. Já era umas onze horas e todos os outros amigos dela haviam ido embora.


-Olha esse! Uma saia de lurex! - Ela gritava entusiasmada ao abrir os presentes, enquanto nós assistiámos  enjoados.


- Nancy, porque você não abre esse azul? - Dustin sugeriu maldoso.


- Esse aqui? - Ela ergueu o tormento envolto em celofane. Nós fizemos que sim com a cabeça.


Me senti o pior irmão do mundo. Como Nancy se sentiria se todos aqueles caras vissem coisas íntimas dela? Eu... Eu sei lá, nós temos direito de opinar? Do que minha irmã deve ou não gostar? Provavelmente estarei sujeitando ela a uma situação humilhante.


- Não abra, Nancy! - Gritei num impulso.


Os garotos me olharam com receio. Eles entenderam o que eu queria dizer.


- É... Pensando bem, não abre não... Que tal você abrir quando estiver sozinha no seu quarto? - Will continuou.


- Quê? Porquê?


- Bom, porque... - Lucas foi interrompido bruscamente.


- Tem um sapo aqui? Ou sei lá, um rato?


- Não! Claro que não! - Me exaltei. - Quantos anos você acha que a gente tem?


- Mentalmente? Uns cinco.


-Então abre, ué. O presente é seu!


Nancy sacudiu o embrulho para os lados, enquanto Barb só olhava atentamente. Ela tirou o laço vermelho com cautela e mostrou um tubo cilíndrico para nós.


- É isso? Um spray de pimenta? - Ela perguntou frustrada.


Nos entreolhamos. Um spray de pimenta? Isso é tão previsível.


Notas Finais


Até a próxima semana! Não se esqueçam de ir aos cinemas amanhã em diante para prestigiar o Finn em It! <3
Eu não estou mais usando o Twitter, mas vocês podem interagir comigo no @FinnSkada, meu Instagram onde faço edições e como sempre, sigam a @FinnLoboduro também no Instagram, para se manterem sempre atualizados!


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