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História She's so cold - Material Girl


Escrita por: FinnSkada

Notas do Autor


Olá, estamos no PENÚLTIMO capítulo de She's so cold e mesmo com todos os contratempos, eu amei amei amei escrever essa fic, eu amo essa versão de Mike x El, e de todos os outros personagens, agradeço por terem esperado TANTO tempo por essa história, obrigada mais uma vez.

Capítulo 9 - Material Girl


Fanfic / Fanfiction She's so cold - Material Girl

Quando dei por mim, Eleanor estava parada a nossa frente com Tobi entre as pernas. Ele parecia nervoso como meus pais nas liquidações de fim de ano, chacoalhava-se com todo aquele pelo caramelo. Dustin arfava violento ao meu lado, estava com as bochechas vermelhas e suas lágrimas de riso haviam secado nas bochechas. Respirei fundo e tentei pensar em uma desculpa minimamente plausível.

- O que nós estamos fazendo aqui? – Repeti, tentando ganhar tempo.

- É... Foi o que eu disse. – El parecia impaciente. Endireitou a alça da blusa que teimava em tombar pro lado.

- Meu brinco... Meu brinco caiu... – Dustin curvou se no meio de nós dois, e começou a vasculhar e tatear a grama. Tobi já estava mais calmo e nos olhou como se estivesse em dúvida.

- Você não usa brinco... – Eleanor constatou.

- Eu disse meu brinco? Eu quis dizer o brinco do Mike!

Coloquei as duas mãos sobre as orelhas, e abaixei a cabeça, por um minuto tentei provar que Dustin dizia a verdade. “Isso é ridículo!” pensei. Meu coração batia forte, e minha cabeça latejava a procura de uma boa justificativa. Que aliás, não existia. Fomos pegos.

- Posso ver suas orelhas, Mike? – Ela havia se abaixado e estava a minha frente, tocando minhas mãos. Ergui o olhar, cuidadoso.

Soltei as orelhas devagar, engolindo seco. Ela me olhou confusa.

- Não é um brinco de orelha. É um piercing... No mamilo!

Eleanor parecia chocada. Ela caiu sentada pra trás, e seu olhar percorreu meu tórax. Me senti pelado, então dobrei os joelhos e abracei minhas pernas. Tobi, agora estava solto e começou a me cheirar, abanando o rabo. Vi a carta meio amassada e úmida, ao lado de Dustin. Eu poderia contar a verdade agora, sim? Seria um sinal? Tentei recuperar o fôlego.

- Não tenho brinco nenhum – Comecei – Na verdade, eu queria, eu vim aqui pra ver...

- Ver a Max... – Dustin se intrometeu mais uma vez, fez um sinal como se algo estivesse vindo e começou a piscar os olhos de uma forma estranha. Eleanor parecia um pouco desconfortável.

- Max?

- Quê? Sim, mas não, é que tinha uma carta, sabe, que eu tinha que entregar pra...

- MAX! – Dustin me puxou pelo braço, enquanto eu catava a carta cheia de fluídos nojentos.

- Ah... Eu... Eu entendo... – Eleanor se levantava, e Tobi ficava ao lado dela. Acho que ela ficou meio triste – Tudo bem então. A gente se vê por aí. - Max surgia do lado oposto, corada, com a carta infame em suas mãos.

- E-Eu...

Minha língua havia dado um nó. Eu não conseguia falar nada, nem pensar nada. Minhas mãos formigavam só de ter ficado mais uma vez tão perto de Eleanor e de ter visto o cabelo curto mal chegando aos ombros nus, afinal ela sempre estava com blusas de alças finas... Eu estive tão perto. Tão perto. O papel molhado se fazia presente em minhas mãos.

- Porque você fez isso? – Consegui falar quando já estávamos na porta da minha casa.

- Alerta anti-Max. Ela estava chegando, cara... Eu consigo sentir os passos daquele javali fêmea ruivo mesmo se eu estiver em Tóquio.

- O quê? Eu podia ter terminado de falar. Você não deveria ter me interrompido. Agora ela acha que eu gosto da Max, você entendeu? Da Max! – Gritei furioso, batendo a porta atrás de mim.

- Calma, maninho, claro que não, ela não acha isso e aliás,  sempre há...

- “Calma maninho” é o cacete! Cansei das suas bobagens, Dustin. Tem certeza que você é meu amigo? Porque tá longe de parecer isso.

Dustin me olhou. Seus olhos se estreitaram.

- Olha, Wheeler – Ele abriu a porta. – Você não está nada bem. Esfria a cabeça e mais tarde a gente se fala.

- É melhor me deixar sozinho.

- Certo.

Dustin saiu pela porta em silêncio. Ele estava sério, e eu só tinha o visto assim uma vez, na nossa primeira briga. Estávamos brincando com meu novo Atari, quando ele o derrubou no chão, por estar com raiva de ter perdido. Briguei com ele, e ele se sentiu tão magoado e constrangido, que fez xixi nas calças e foi embora chorando. Ficamos sem nos falar durante uma semana inteira. Me senti mal por trazer aquele seu lado a tona, mas eu estava um caco. Amassei a carta antes de jogá-la no lixo e subi para o meu quarto.

A noite se arrastou, e mesmo quando minha família chegou em casa, não fiz questão de vê-los. Acabei dormindo de cansaço mental. Era estranho a vida com Dustin, mas era triste a vida sem ele. Eu me senti mal por ter reagido daquela forma, me senti verdadeiramente culpado. Pensei em ligar pra ele, ouvir a mãe dele gritar que estava tarde para ligações, e ele vir tomar o telefone dela, dizendo: “O que foi, maninho?!”

Pela manhã, segui a rotina como uma máquina. Tomei um banho gelado, vesti jeans e moletom de capuz, comi duas panquecas e coloquei uma alça da mochila no ombro direito.

- O que você tem, Mike? – Minha mãe se aproximou de mim, encostando as costas da mão na minha testa.

- Não tenho nada. – Respondi, me distanciando de seu toque.

Peguei minha bicicleta e decidi não esperar Dustin, porque não sabia muito bem o que dizer a ele. Pedalei até a escola distraidamente. Esse é o problema. Eu sou covarde. Sempre fico achando que tudo vai dar errado, que não sou merecedor. Estou sempre tendo pena de mim mesmo. E daí, se tudo der errado? Eu estou tão cansado de ficar nas sombras dos outros...

Joguei minha bicicleta junto com as outras e subi pra sala sem falar com ninguém. Fiquei de cabeça baixa por um tempo e decidi tirar um cochilo.

- Mike? – Senti um dedo me cutucando. Olhei para cima. Dustin.

- Que é?

- Eu pensei sobre o que você disse ontem e você tá certo... Eu tenho te atrapalhado pra caramba...

- Tudo bem. Não tem problema... Desculpa ter gritado com você. – Falei, ainda de cabeça baixa.

- Acho que eu meio que mereci isso. – Ele sorriu, sentando-se ao meu lado.

- Talvez. – Sorri de volta.

Não demorou muito para que o professor Clarke chegasse, estava afoito, endireitando os óculos. Atrás dele, vinha a turma do segundo ano, consequentemente, Eleanor estava junto deles. Estava com uma calça jeans e all stars vermelhos. Ela me olhou de relance e desviou o olhar rapidamente. Senti uma pontada.

- Bom dia, turma – Ele não esperou que respondêssemos – Todos levantem de suas carteiras e afastem-as para trás. Vamos todos sentar no chão.

O arrastar irritante em massa das pernas de metal começou, e percebi que Eleanor evitava me olhar nos olhos. Rápido como um falcão, minha ansiedade voltou e minhas mãos começaram a suar. As carteiras estavam todas no fundo da sala, e todos nós, alunos, estávamos no chão, o professor Clarke em nosso centro.

- Como vocês sabem, amanhã é o baile de inverno...

“Já? Como eu pude esquecer disso?” – Pensei. Estava tão envolvido com minhas falhas tentativas em chamar Eleanor pra sair comigo, que acabei esquecendo do Snowball. Bom, agora que não sou mais um bunda mole, é a minha chance. Eu vou explicar tudo pra ela e poderemos ir ao baile juntos. É só uma questão de...

- Michael Wheeler? – O professor Clarke apareceu no meio dos meus pensamentos, com uma expressão não muito amigável. Ele se debruçou perto de mim e achei que fosse me morder – Você ouviu uma palavra do que eu disse?

- O-ouvi. – Menti descaradamente – Ouvi tudo, Sr Clarke.

- É mesmo? – Ele me lançou um olhar diabólico – Então o que eu disse?

Lembrei de quando eu era criança e passei por uma situação semelhante. Estava pensando como queria chegar em casa para ler minha nova HQ, que havia ganho da minha avó no dia anterior, e perdi toda a aula de matemática só flutuando nesse pensamento. Na época, minha professora era a senhora Gibbles, uma velhinha corcunda e ranzinza. Ela veio até minha carteira e ficou batendo a unha do indicador impacientemente:

“Mike? Mike, você ouviu ao menos uma palavra do que eu disse?”

“Hã? Eu? Sim, eu sim.”

“Então o que eu disse?”

Olhei para a lente grossa dos óculos dela e tive certeza que ela estava controlando sua visão a laser para não me cortar ao meio. No auge da minha inocência(burrice), respondi:

“Matemática?”

Boa, Mike Wheeler! “Matemática” foi meu apelido por toda a escola primária. E eu não era um aluno ruim, aliás, eu era muito bom.

- MIKE! – O professor Clarke me trouxe para a realidade mais uma vez. Ouvi uns risinhos ao meu redor.

- Oi? – Arrisquei.

O senhor Clarke fez uma expressão negativa e irritada, e finalmente se afastou de mim. Começou a dar passos largos pela sala.

- Eu dizia que, como todos os anos, no dia que antecede o Snowball, vendemos biscoitos de porta em porta, o lucro dos biscoitos arrecadados vai para...

Essa não. Tinha esquecido dessa coisa de garotinha escoteira. Mas pensando bem, não se vendia essa coisa em duplas? Eu posso ficar com Eleanor e convidá-la para o baile. Eu posso mesmo, seria tipo, dois coelhos num golpe só! Ou tacada?

- Dustin e Lucas... Will e Eleanor... Michael e Max...

Respirei fundo e olhei para Dustin em desespero. Ele deu de ombros como quem diz: “O que eu posso fazer?”. Me virei, sem coragem nenhuma para o fundo da classe. Max estava lá, de pé, os tênis cobertos de lama e a calça rasgada nos joelhos. Ela me lançou um olhar cheio de nojo e repulsa. Gelei.

Enquanto nos levantávamos para pegar nossas caixas de biscoito e assinar nossos nomes na biblioteca, vi Eleanor levantando e saindo da sala e pensei em seguir. A maioria estava ocupada discutindo o quanto odiavam seus pares, e não que eu não odiasse o meu, mas tinha assuntos mais importantes a tratar. Reuni toda a coragem e dignidade que me restava e fui em direção a porta da sala. El já estava quase no final do corredor, e corri até ela. Com o barulho dos passos, ela se assustou e virou para trás.

- Eleanor! – Estava ofegante quando cheguei perto dela – Preciso falar com você.

Então aconteceu uma coisa que eu achei que nunca aconteceria. Ela me olhou como se eu fosse uma parede branca. Ou sei lá, como se eu não fosse nada. Aquele olhar frio me matou por dentro.

- O quê?

- Eu queria te explicar, que ontem, tudo aquilo foi um mal entendido... – Eu consegui. Eu falei. Eu não consigo sentir minhas pernas direito.

- Tudo bem. – Ela deu de costas e dobrou a esquerda.

Fiquei estático, não conseguia me mexer, ou falar mais nada. Era difícil até respirar, parece que estou exagerando, mas eu não estou. Permaneci paralisado mesmo quando o sinal tocou e todos os outros alunos passaram por mim e esbarravam em meus ombros com suas mochilas cheias de bottons.

- Ei, seu retardado. – Max me puxou pelo braço – Vamos logo na biblioteca terminar essa merda. Cada segundo do seu lado é um sacrifício.

Fui arrastado por Max. Não retruquei nada do que ela dizia, na verdade, eu nem pensava no que estava fazendo, me senti um robô quando me inclinei para assinar meu nome naquela lista amarelada. Saímos pelos portões da escola, empurrando um carrinho de mão enferrujado e cheio de caixas coloridas. Minha mochila pesava nas costas, não um peso físico, mas psicológico.

- Vamos na Neibolt?... Não, nem fudendo. Lá tem uma casa suja cheia de mendigos... – Max falava sozinha – Hm, já sei. Vamos na loja de discos onde eu trabalho. Posso convencer Chad a comprar umas cinco caixas e acabamos logo com essa merda.

Eu só empurrava o carrinho, sentindo aquele ferro enferrujado umedecer com o suor das minhas mãos. Uma das rodas estava torta, então de vez em quando ele dava um pulinho e todas as caixas ameaçavam cair. Max decidiu parar em frente uma casa verde, cheia de janelas de vidro e um jardim amplo, na rua Mapple. Ela bateu na porta e uma senhora de avental veio nos atender.

- Oi – Ela tentou com muita dificuldade esboçar um sorriso amarelo – Me chamo Maxine e esse é o Michael. Estamos vendendo esses biscoitos para...

- Não estou interessada – A senhora disse, sendo um pouco grossa conosco. Não me importei. Que seja, não compre essa merda. De quê me importa?

- Calma, senhora. – Max estava se esforçando. Ela estava se esforçando muito, além da compreensão humana. Ela colocou o pé entre a porta e falou o mais suave que pôde. Vi uma veia se formar em sua testa – Temos de macadâmia, chocolate branco... Deixa eu ver aqui, de que é esse da caixa verde, Wheeler?

- Menta com chocolate – Falei, robótico.

- Não posso comer biscoitos, tenho diabetes. – A mulher nos informou, irritada.

- Você não tem um filho, um neto, um cachorro, sei lá? – Max bradou – Compra logo essa merda!

- O que você disse, sua boca suja? – Ela empurrou o pé de Max para fora e bateu a porta violentamente.

- É PARA AJUDAR AS CRIANCINHAS, PORRA! – Max gritou para a porta grossa de carvalho.

Ela deu um salto a minha frente e começou a destruir aquele jardim minimamente cuidado. Estava sapateando nos girassóis, quando finalmente consegui descer nosso carrinho enferrujado da entrada.

- Para com isso, Max. Vai nos meter em encrenca. – Falei baixo.

- Você não ajudou em nada, seu bostinha! – Ela me apontou, ainda sapateando em cima das flores despedaçadas – Na próxima vez vai ser você que vai vender, ouviu? Você escutou?

- Certo, mas vamos sair daqui. – Insisti, olhando pra trás e temendo que aquela mulher estivesse nos espionando por uma das muitas janelas de vidro e ligando para polícia.

Voltamos as calçadas, eu já me acostumava com o balançar irritante do carrinho. Max continuava reclamando da mulher anterior, mesmo tendo estragado o jardim que parecia ter sido cultivado há meses. Paramos em outra casa, aparentemente modesta. Não tinha jardim, só algum entulho perto da porta. Fiz sinal para Max.

- Essa casa aí, sério? Mendigos só tem dinheiro pra cocaína.

Para meu próprio espanto, desafiei Max, empurrando o carrinho para a porta. Toquei a campainha algumas vezes e reparei que a mesma estava com defeito. Bati na porta umas duas vezes e o senhor gorducho veio nos atender. Estava de roupão e com o controle remoto na mão rechonchuda e engordurada. A casa inteira parecia ter cheiro de gordura. Prendi a respiração.

- Bom dia, senhor. Me chamo Michael e essa é minha amiga, Maxine. Somos da escola de Hawkins e estávamos vendendo biscoitos, para...

- Você disse biscoitos? – Ele abriu a boca pela primeira vez. Fiquei um pouco assustado, porque ele parecia bastante com um lunático.

- Foi, eu disse biscoitos. Estamos vendendo biscoitos.

- Quantas caixas vocês tem aí? – Ele parecia estar coçando a bunda, olhei para Max e fizemos caretas de nojo. Quando voltei o olhar para ele, percebi que estava pegando a carteira.

- Trinta! – Max respondeu entusiasmada.

- Vou ficar com todas. Quanto é?

- Quaren...

- Cinquenta dólares! – Max tomou minha frente mais uma vez.

Ele estendeu as notas e Max pegou elas rapidamente, como um passarinho que poderia fugir a qualquer instante. Encostei o carrinho e fui colocando todas as caixas dentro da casa, numa mesinha de centro com pernas tortas.

Peguei o carrinho torto, e eu e Max descemos a rua, contentes com nossas vendas.

- Você acredita nisso? Vendemos tudo! – Max me estendeu cinco dólares – Isso aqui é seu, nunca pensei dizer isso, mas você foi demais, Wheeler.

- Só tive sorte de bater naquela casa...

- O que você tem? Parece pra baixo.

Em nenhum dos meus sonhos mais absurdos poderia imaginar Max se preocupando comigo outra vez. Parei no meio da rua e soltei o carrinho no asfalto. Esfreguei os olhos e fitei Max novamente.

- Que foi, seu idiota? – Ela cruzou os braços, parada na calçada. Vi o sol da manhã brilhar nos seu cílios. Max nunca deixou de ser Max. Peguei o carrinho outra vez.

- Como se você se importasse... – Balbuciei.

- Você está certo... Realmente não me importo. – Ela abriu um chiclete e colocou o papel no meu bolso de trás. Revirei os olhos.

- Eleanor está chateada comigo.

- Quem não está? O que você fez?

Conto ou não conto? Conto ou não conto? Comecei a suar frio.

- Perguntei o que você fez, idiota.

- Sabe aquela carta? Aquela com a pizza?... Fui eu que escrevi.

Fui golpeado com um soco no braço e caí na calçada. O carrinho caiu alguns metros na nossa frente. Max me olhava de cima, totalmente ruborizada.

- S-seu imbecil! Como ousa me escrever uma porcaria daquelas? – Ela ameaçava me dar um chute, quando gritei, por instinto:

- ERA PRA ELEANOR!

Levantei cambaleando, endireitei a mochila nas costas e fui atrás do carrinho. Max me seguia, ainda perplexa. Continuamos andando em silêncio, lado a lado, por alguns minutos.

- Eu também ficaria chateada se me escrevesse uma carta daquelas – Max quebrou o silêncio.

- Na verdade, foi o Dustin.

- Espera aí! – Ela me segurou pela manga do moletom – Foi você ou foi o Dustin?

- Bem, eu estava tentando escrever uma carta, para ela, Eleanor, mas Dustin me disse que eu era muito cafona - Eu não acreditava que estava contando tudo aquilo para Max – Então ele tentou me ajudar...

- Ajudar? – Ela repetiu pensativa – E o Lucas? O que ele tem a ver com isso?

- Ah... Lucas, Dustin, Will... Eles têm tentado me ajudar, esse tempo todo. Porque sou covarde. – A última palavra saiu rasgando – Já me afoguei, incendiei a escola, desmaiei, entreguei uma carta errada e fiz  toda essa confusão... Tudo porque... Porque eu gosto da Eleanor. E eu não consigo dizer...

Eu disse. Me sentia leve por poder falar aquilo em alto e bom tom. Max arregalou os olhos com minha confissão e talvez, pela minha coragem, já que desde criança eu parecia um coelhinho amendrontado. Ela me mostrou um sorriso em seguida.

- Ela também gosta de você, retardado... – Ajeitou a mochila nas costas. Max mal sabia o quanto aquilo havia me feito bem. – Mike, toma o dinheiro – Me entregou os quarenta dólares amassados – Vou pra casa, então você entrega na escola. Foi até legal, mas se falar isso pra alguém, eu te mato.

- Obrigado – Estendi a mão para pegar o dinheiro.

- Não, eu não tô te dando o dinheiro, isso é da escola.

- Eu sei – Falei, finalmente pegando o dinheiro de sua mão – Falei por ter me dito, sabe... Da Eleanor.

- Eu não devia ter dito... Mas boa sorte e aja rápido – Ela disse, se afastando.

- Agir rápido? – Gritei.

- A Eleanor acha que você gosta de mim! – Ela gritou, enquanto sumia em meio ao sol da Mapple Street.


Notas Finais


O último capítulo sai em breve e depois dele, teremos o especial de back to back ❤


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