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História Shipper - Sasusaku - S.o.s


Escrita por: Mizuhina

Notas do Autor


Oie gente. Eu devia ter postado em janeiro, mas fiquei enrolada e na última semana não passei por um momento muito bom. Eu pensava que voltando pro estágio ia conseguir escrever, mas cai numa sala com mac e to apanhando porque as configuraçoes sao diferentes. T.T
Enfim… Houve um motivo para esse capítulo atrasar, eu tinha escrito de um jeito, ai eu fui pesquisar sobre efeitos do spray de pimenta, e ai escrevi o capítulo todo de novo. Decidi juntar os dois em um só. A parte do refeitório no hospital saiu completamente diferente do que eu planejava, mas vai servir muito bem para o rumo que eu queria.

Capítulo 4 - S.o.s


Ela precisava pensar rápido, bem rápido. Sakura segurou a mão de Sasuke o puxou até algum canto, empurrando-o contra uma escada e fazendo-o se sentar. Ela em seguida tentou puxar a touca obrigando-o a tirar o casaco, mas ele pareceu relutante e segurou a mão dela. — O que pensa que está fazendo? - Disse irritadiço e puxou a touca de volta. 

— Para com isso. Eu preciso tratar você. - Sakura voltou a puxar a touca, mas Sasuke segurou ambas as mãos dela ainda com os olhos fechados. Parecia uma criança quando não quer tomar um remédio. 

— Todos vão me ver. 

— Não vão não. Estamos em um beco, não tem ninguém aqui. - A rosada se soltou e removeu a touca. — Deve ter resíduos na sua roupa, não é bom ficar com ela. Tente piscar o máximo que puder, isso vai ajudar. 

 

Sasuke sentia que além da ardência, o nariz começava a ficar irritado, a boca um pouco seca com uma leve vontade de tossir. As lágrimas desciam de maneira incessante, e pouco a pouco uma dor de cabeça o tomou. Sakura usou uma garrafa d'água e um lenço para limpar o rosto dele, na tentativa de aliviar. Felizmente a quantidade aplicada não era muito grande, ainda que tenha sido o suficiente para fazê-lo entrar em desespero. 

 

— Preciso levá-lo a um hospital. - Disse séria e teclou algumas palavras no celular. Por mais que aquela situação fosse incrivelmente desastrosa, quando se tratava de socorrer alguém, ela assumia uma postura perfeitamente controlada. 

— Me leve para o estúdio. Kakashi vai saber o que fazer. 

— Eu trabalho num hospital aqui perto. É melhor te tratarem o mais rápido possível. 

— Não. Vão me reconhecer lá. 

— Eu não estou perguntando se você quer ir. - O tom de voz dela subitamente assumiu um aspecto ameaçador, e ele logo percebeu que não adiantava debater com alguém tão obstinada. Ele não conhecia Sakura  suficiente para saber o que ela era capaz de fazer, embora parecesse ser uma garota bem desastrada e maluca.

Aquela postura séria era bem diferente da garota que conhecerá no set de filmagens, e era inacreditável que se tratasse da mesma pessoa. Embora nada precisasse ser dito Sakura também parecia visivelmente irritada com a situação, então só por um momento ele decidiu se calar. Ela retirou da bolsa uma máscara branca daquelas usadas em épocas de epidemia, semelhantes a usada pelo empresário Kakashi,  e o ajudou a colocá-la para manter o disfarce. 

 

— Isso deve ajudar. - Constatou puxando-o para fora do beco. Por mais que abrisse bem os olhos, Sasuke não conseguia ver mais do que um borrão rosado e uma luz intensa. A incapacidade de enxergar algo o deixava quase em desespero. 

— Venha comigo. - Ele sentiu uma mão segurar a dele e puxá-lo em alguma direção desconhecida. Sem enxergar, não sabia realmente se alguém o tinha visto. Ele percebeu através do barulho que a porta de um carro se abriu, o que provavelmente poderia ser um Táxi. Então decidiu permanecer calado enquanto ela ditava o endereço de um hospital próximo. 

O motorista vendo a urgência do casal resolveu não fazer muitas perguntas e se ater a direção, ele deu apenas uma breve espiada pelo retrovisor notando os olhos vermelhos do rapaz e o rosto levemente familiar, embora não se recordasse de onde era. 

— Eu não quero ir para este lugar. - Sasuke sussurrou baixo tentando disfarçar o tom da voz, o que fazia com que ele tivesse um aspecto suspeito e estranho. — Sakura? 

— Isso não está em discussão. 

— Me leva para o estu… - Ele insistiu, mas se deu conta de que eles não estavam a sós e se conteve. — Me leve para “você-sabe-onde”. 

— Não se preocupe. É o hospital onde trabalho. - Ela sussurrou baixo no ouvido dele tentando apaziguá-lo, constatando que o rapaz não queria que aquele incidente fosse de conhecimento de outras pessoas. O mais adequado seria levar Sasuke ao estúdio e chamar um médico particular por lá, mas dada a urgência  do que aconteceu, e principalmente por trabalhar na área da saúde - mesmo que não oficialmente - era o dever dela socorrê-lo. 

 

Sakura mantinha os pés inquietos, desviava o olhar de um lado para o outro visivelmente desconfortável. — Mocinha. Seu namorado está bem? - O Taxista perguntou. Sasuke encolheu-se no acento, e por mais que ele estivesse literalmente em agonia e sofrimento, não conseguia parar de pensar no quanto aquela pergunta era óbvia e idiota. “Bem? Como assim estou bem? O que seria bem na cabeça desse senhor?” - Pelo visto estava bem irritado.  O que era uma proeza quase exclusiva de Uzumaki Naruto deixá-lo a ponto de querer sair chutando tudo pela frente, mesmo que não pudesse fazer esse tipo de coisa. 

Ele respirou fundo. As lágrimas continuavam a cair e escorrer pelo rosto. Ele sentiu algo macio tocando a mão, e ao apalpar o objeto percebeu que Sakura lhe oferecia um lenço. — Obrigado. - Sussurrou baixo. 

Não passou mais do que 10 minutos até chegarem ao hospital, que era bem perto. Ele ouviu a voz de espanto de Sakura falando algo com o motorista. — O que? Que absurdo. Nem era tão longe, 

— Senhorita esse é o preço médio do Táxi. - O homem respondeu calmamente. — Por favor, pague para que eu possa ir embora. 

— Eu não tenho todo esse dinheiro. 

— Como assim? Então porque a senhorita chamou o Taxi sem dinheiro? 

— Era uma emergência. O Sas-

— Eu pago! - Ele a interrompeu antes que falasse demais. Se sentia bastante indignado, por depois de levar um belo de um spray na cara, ainda ter que pagar pelo seu socorro. Ele com certeza se lembraria de mandar a conta ao Naruto. Com pressa retirou a carteira do bolso e entregou-a a Sakura. — Não consigo ver. Pague o homem. 

Ela estava desconcertada, mas decidiu não questioná-lo e resolver o problema de uma vez por todas. Sasuke devia estar sofrendo bastante por aquilo, e quanto mais os minutos passassem, mais ele sofreria com os resíduos de pimenta. 

 

Depois de pagar o homem Sakura o guiou diretamente ao consultório de sua chefe, sem passar pela recepção, ainda que não fosse o correto, e chegando lá explicou a Shizune, a médica de plantão,  o motivo e a importância daquela consulta ser mantida em segredo. Ainda que relutante ela aceitou vendo que não tinha muita escolha, que no fim das contas deveria respeitar o sigilo a respeito do paciente.

 

[...]

 

Passadas algumas horas, o tratamento já estava completo e Sasuke ainda precisaria de alguns momentos de repouso. Sakura decidiu guiá-lo pelo hospital  como uma forma de compensá-lo pelo ocorrido. Ambos caminharam pelo corredor, com ele se apoiando nela devido a visão ainda debilitada, completamente em silêncio até que um ronco no estômago sinalizou que ela estava com fome a deixando bastante constrangida. Sakura decidiu levá-lo a uma cantina, já que constatou que ele também estaria com fome, e enquanto caminhavam Sasuke quebrou o silêncio. 

— Então você trabalha aqui? Inacreditável…

— O que quer dizer com isso? - Ela irritou-se levemente, pois parecia ter sido num tom ofensivo. — Pelo visto já está melhor. 

 — Não foi meu objetivo irritá-la. E que é impossível para mim imaginar que uma pessoa tão desastrada possa trabalhar num hospital, sempre que me encontro com você acabo sofrendo algum tipo de acidente. 

— Você foi o culpado disso. - Depois de todas aquelas palavras o sentimento de culpa dela subitamente desapareceu. — Ninguém te disse que não se deve seguir uma garota desse jeito? Francamente, o que estava pensando. Não é por ser um ídolo que pode agir como bem entender. 

Eles pararam diante de uma mesa e Sakura o ajudou a se sentar, puxando outra cadeira. — Eu pensei que tivesse sido clara. 

— Você se recusou a falar conosco. Eu não tinha outras opções além dessa, na verdade, eu confesso que cheguei em você do jeito errado, mas não precisava disso tudo. - Ele se referia ao spray que tinha se tornado a experiência dolorosa número um na vida dele. 

— Você estava me seguindo! O que mais queria que eu fizesse? Se suas intenções fossem outras, como esperava que eu me defendesse?

Ele abaixou a cabeça um pouco pensativo. E ponderou se não estava sendo muito invasivo na pergunta a seguir, mas estava curioso. — Aconteceu alguma coisa com você. 

 

— Não vou falar sobre isso com um completo estranho. - Ela respondeu tomando uma postura mais ríspida. Era nítido na maneira como ela falava que não tinha passado por experiências tão boas, era algo que ele, em seu mundo glamouroso e completamente fora da realidade comum jamais poderia entender. Sakura se levantou e foi buscar algo para comer, enquanto Sasuke permaneceu imerso nos próprios pensamentos. Ela não parecia realmente disposta a aquilo, e desde a que conhecerá por mais que demonstrasse uma personalidade leve e descontraída, um pouco atrapalhada, ela parecia bastante desconfortável com a intenção de homens. Aquilo de algum modo o deixava levemente culpado, ainda que não tivesse muita escolha. Todos aqueles pensamentos o faziam se lembrar de uma única frase. 

 

"Eu sei como esse tipo de proposta indecente afeta pessoas como eu".

 

O raciocínio se quebrou quando ouviu o som de uma bandeja sendo posta sob a mesa, e a cadeira se arrastando a frente dele. Como a vista ainda estava levemente embaçada o tom rosado nos cabelos de Sakura foi definitivo para ele distingui-la. Shizune, a médica que o entendeu, tinha dito que a visão ficaria assim por algumas horas, mas que logo voltaria ao normal. Os efeitos colaterais desapareceriam logo. Ele estava desconfortável em perguntar o que tinha na bandeja, e preferiu por aquele momento não tocar no assunto. Se quisesse realmente persuadir Sakura o primeiro passo era agradá-la e evitar o conflito. 

— Você trabalha aqui a muito tempo? - Puxou o assunto tentando despertar o interesse dela. 

— Apenas alguns meses. - Ela respondeu tentando acertar a data correta, já que não tinha se dado conta de quanto tempo se passou. — Na verdade eu diria mais que sou voluntária, não sou formada ainda, então não posso atender pessoas, mas tem algumas coisas que eu posso fazer. 

— Esse tom de voz não combina com você. - Comentou percebendo que ela não parecia se animar com o assunto. E aquela constatação a deixou desconcertada, ele parecia interessado no assunto, era nítido na expressão dele mesmo com os olhos perdidos. — Porque decidiu ser uma atriz?

Naquele momento, imagens das gravações vieram a mente dela, e ela se lembrou de uma cena específica onde os dois tinham que ficar com os rostos bem próximos, como se estivessem prestes a dar um beijo. Ela se amaldiçoava internamente por se lembrar justo daquela cena aleatória, já que não tinha o menor interesse por Sasuke, mas naquela situação isso se tornava constrangedor. 

— Era apenas um passa tempo. - A voz saiu meio baixa e isso aumentou mais o interesse dele. — No fim das contas não acabou servindo muito. Isso foi idéia da Ino e ela tem umas ideias loucas de vez em quando que me metem em situações absurdas. 

— Você acabou de descrever o Naruto. 

— Você também passa por isso Sasuke-kun? - Sem perceber ela já estava o tratando com intimidade, mas a conversa prosseguiu. 

— A idéia da abordagem de hoje foi dele. E francamente eu não sei como sou idiota o suficiente para escutá-lo. - Ele percebeu que ela parecia interessada no que ele tinha a dizer, a medida com que murmurou vários "hum" em sinal para que ele prosseguisse. Ele logo percebeu que aquele era o momento ideal para falar. — Na verdade, eu diria que toda essa situação é culpa daquele idiota. Ele quem deu a ideia ao Kakashi sobre esse golpe de marketing, eu juro que eu não fui a favor disso. - As palavras dele eram sinceras e verdadeiras, e isso a fez refletir, pois quando parou para pensar, não parecia mesmo combinar com Sasuke.

— Então porquê estava me seguindo mesmo depois de eu ter dito não? - ela disse na defensiva e ele assumiu uma expressão séria, pensando bem no que ia dizer. — Não seria melhor para nós dois que desistissem dessa ideia?

— Não é como se eu quisesse isso também, na verdade, mesmo que não acredite eu também estou sendo pressionado. Há algum tempo Naruto e eu tivemos uma pequena briga que fomentada por uma revista de fofocas virou um escândalo, e agora não só minha carreira como a da banda inteira está em risco, a menos que tenhamos algo positivo para apagar isso da mente das pessoas. No começo eu não acreditei, mas parece que a nossa atuação criou uma nova categoria de fãs e é por isso que tem que ser você. Escolher outra pessoa poderia gerar uma imagem negativa. 

— Eu não tenho tempo para esse tipo de coisa. - Ela hesitou um pouco. Sabia que uma nova proposta parecia estar a caminho. — Não sei se sou realmente capaz de fazer isso, é um pouco complicado. 

— Eu fiquei sabendo sobre a situação desse hospital. Eu vou falar com o Kakashi sobre fazer algumas doações e etc… E se quiser eu assino um contrato com os limites que você impor. Não quero nada a mais de você Sakura. - Isso pareceu tranquilizá-la. — Vou te dar uma semana. Se a resposta for sim ou não me responda nesse prazo, não vou insistir, mas pense. 

 

Ela percebeu nos olhos dele que ele parecia um pouco desesperado, ainda que o orgulho dele jamais permitisse admitir isso diante de qualquer pessoa. A proposta era tentadora, e por isso ela foi incapaz de recusá-la de imediato. Talvez deixar que o tempo passasse pudesse convencê-lo de uma vez por todas, ainda que por aquele momento ela tenha ficado com dúvidas. 


Notas Finais


Como eu disse o diálogo final saiu completamente o oposto do que eu planejava, mas confesso que consegui chegar onde eu queria, então isso que importa. Eu quero dizer para vocês que ja estou escrevendo o próximo capítulo, então ele não deve demorar muito. Me desculpe pela longa demora, definitivamente não era o planejado. Escrevi esse capítulo ouvindo super Junior, no próximo tem interacao da banda.


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