História Shooting Star - Sigma Sagittarii - Final 1

Após Luhan deixar Sehun, e o último mal entendido que tiveram na frente do prédio, Sehun passou a visitar a cafeteria que Luhan trabalhava todas as manhãs com a desculpa de que só queria tomar café da manhã, como fazia antes de começar o namoro com Luhan, sentava-se onde Luhan atendia as pessoas e ficava ali, bebericando café e acompanhando Luhan com o olhar.

A estrela por sua vez não se importava muito, sabia que uma hora o mundano cairia por si, entenderia que o relacionamento deles não teria volta, o tratava bem, como tratava todos os outros clientes, não o chamava pelo nome, como se não se conhecessem, mantinha sua postura profissional, pois aquele era seu lugar de trabalho.

Mas doía ver o rosto do amado todas as manhãs e ter que o tratar daquela forma, aquilo não estava o ajudando. Aquele era seu último dia trabalhando ali, o que significava ficar sem ver o rosto de Sehun até o momento de ir embora, despedir-se dos amigos dando a desculpa ruim de que voltaria para sua terra natal, e largar o emprego que tanto amava.

-Bom dia senhor. – Luhan disse atendendo ao ex-namorado, doía ver a tristeza nos olhos do outro acompanhado de olheiras causadas por noites mal dormidas sem dúvidas. – O que deseja hoje?

- O de sempre Lu, você sabe. – Sehun respondia sério. - Não sei porquê ainda pergunta, uma vez que esteve morando comigo, por quase três anos.

-Tudo bem, o de sempre. – Luhan lhe deu um sorriso mínimo e saiu. – Não esquecerei do açúcar! – Sehun ainda mantinha a desculpa ridícula de pedir açúcar só para ter a atenção do amado por alguns instantes.

Luhan atendera todas as outras mesas e entregou outros pedidos, até chegar o de Sehun, que esbarrou na xícara de café que era para ser sua, derrubando todo o líquido no uniforme limpo que Luhan usava.

-Céus! – Luhan exclamou. – Meu uniforme. – dizia choramingando. – Jongin, me cobre enquanto eu tento limpar isso? – Luhan perguntava ao mais novo que confirmava com a cabeça. - O senhor será servido com uma nova xícara de café, me desculpe. – Luhan disse exasperado ao se curvar, enquanto se retirava.

Luhan correu até o banheiro mais próximo para tentar limpar todo o café que Sehun derramou sobre si, estava na frente do espelho pensando em como limparia aquilo, já que não levava uniformes reservas para o trabalho, começou a tentar limpar falhando ridiculamente, até que um indivíduo, adentrou o banheiro.

-Lu, me deixa tentar te ajudar. – era Sehun.

-Você fez de proposito, não fez? – perguntava irritado. – Olha seu grau de maturidade é alarmante.

-É assim que se trata os cliente Luhan? – Sehun perguntava com um sorriso de lado. – Talvez tenha sido. – respondeu fazendo Luhan bufar.

-Eu vou ficar cheirando a café o resto do dia por sua causa. – dizia sem olhar para o outro.

-Acredito que ainda tenha roupas suas lá em casa. – Sehun respondeu se aproximando de Luhan.

-Eu não vou com você para seu apartamento.

-Nosso. -Sehun corrigiu.

-Nunca foi nosso, sempre foi seu, eu não dei um centavo para paga-lo. – Luhan bufava.

Sehun ia se aproximando gradativamente, e Luhan recuava discretamente, tudo aquilo era tentador, o cheiro do mais novo, a saudade, o jeito que ele o olhava.

-Não me olha assim. – Luhan pedia tímido.

-Assim como? – Sehun perguntava se aproximando.

-Você sabe. – Luhan falava pela primeira vez desde que o outro havia entrado naquele banheiro olhando nos olhos do mais alto, e dos olhos passara a olhar para a boca, quanta tentação ele pensava.

-Desculpa, mas é que eu não consigo te olhar de outra forma. – Sehun estava sendo sincero.

-Tudo bem, eu acho que tenho que voltar a trabalhar. – Luhan falava baixo.

-Sério Lu, lá em casa ainda devem haver roupas que lhe servem.

-Não sei se devo Sehun, você sabe o quanto vai ser difícil voltar aquele lugar para mim? E lembrar de tudo o que passamos juntos?

-Eu não queria ter derrubado o café em você, me desculpe. – Sehun falava arrependido ao ver a irritação que causará no outro, usando um tom baixo, devida a proximidade entre os dois, se continha para não tocar o outro, mas era difícil, tão difícil. – Me desculpa Lu. – pedirá mais uma vez, e tomou os lábios do menor para si, de forma delicada e saudosa no inicio, aprofundando o beijo assim que sentia os braços de Luhan o envolverem para o ter mais próximo de si, e as mãos delicadas na nuca, tornando o beijo intenso, continuaram a se beijar até que o fôlego lhes faltasse, dando a Sehun a brecha para atacar o pescoço de Luhan, o fazendo soltar pequenos gemidos.

-Aqui não Sehun, eu estou em horário de trabalho, e pode entrar qualquer um aqui a qualquer momento. – Luhan falava olhando nos olhos do mais alto.

-Ok, vamos para casa então. – Sehun falava enquanto puxava as mãos de Luhan.

-Eu preciso falar com o Minseok primeiro, me espere do lado de fora. – Luhan dizia arrumando os cabelos escuros do mais alto.

-Tal bem, eu te espero lá. – Sehun falava com sorriso. – Depois de pagar a conta.

Sehun saiu na frente enquanto Luhan tentava se recompor, voltar a respirar normalmente, arrumar suas roupas e os cabelos. Quando saiu foi direto ao balcão para informar que iria até sua casa trocar de roupas.

-Minnie... – Luhan chamou tímido, torcia para não mais corado estar. – Eu vou até em casa, trocar minha roupa. – gesticulava mostrando o borrão de café que tinha na sua camisa perfeitamente braça. – E já volto.

-Tudo bem. – Minseok respondeu sorrindo.

♡♡♡♡

Quando chegou ao lado de fora não encontrou Sehun, mas avistou seu carro de longe, não importava se a cafeteria era perto de sua casa, Sehun era um sedentário de carteirinha e sempre saia de carro.

-Vamos logo! – Luhan disse assim que entrou no carro, ficaram em silêncio até chegarem no edifício, já não tinham muito o que conversar.

Sehun estacionou seu carro, e foram em direção ao elevador de mãos dadas, como sempre fizeram, quando o elevador chegou pouco se importaram se ali era disposto de câmaras e voltaram a trocar carícias, nada castas.

Chegando ao quinto andar, Luhan digitou apressado a senha do apartamento, quando este abriu Sehun praticamente o empurrou para dentro, retiraram os sapatos apressados, voltando a se beijar de forma necessitada, Sehun apertou Luhan contra a parede, juntou suas duas mãos contra as dele, atacou o pescoço de Luhan, dando pequenas mordidas entres o beijos.

-Não me marca Sehun, ainda tenho que trabalhar hoje. – Luhan advertiu, enquanto sentia Sehun puxar com força a pele de seu pescoço. – Sehun!

-Desculpa. – Sehun pediu, meio embriagado pelo contato com Luhan. – Eu senti saudades.

-Eu também senti. – Luhan admitiu tombando o pescoço para o lado, fechando os olhos, deixando-se levar pelas sensações que Sehun o fazia sentir. – Nós não temos muito tempo, eu preciso voltar.

-Que se dane o quanto vamos demorar aqui Luhan! – Sehun esbravejou. – Eu preciso de você, assim como vejo que precisa de mim, então vamos saciar esse desejo. – deu o ultimato, puxando Luhan até a cama do casal.

Sehun jogou Luhan na cama com certa delicadeza, se deitando em cima deste, voltou a beijar seu ex-namorado com desejo, enquanto friccionavam seu membro contra o do mais baixo, Sehun retirou sua camisa enquanto olhava fundo nos olhos de Luhan, este que começou a passar seus dedos finos, no abdômen quase definido de Sehun.

-Me deixa tirar suas roupas também? – Sehun pedia lambendo o lóbulo da orelha de Luhan, enquanto começava a massagear o membro já bem desperto do amado, pela necessidade que sentia do corpo do mais alto por cima da calça mesmo.

-Deixo. – Luhan respondeu quase gemendo, era ridícula a facilidade que Sehun estava tendo em deixa-lo tão excitado durante aquele fim de manhã.

Dada a permissão, Sehun começou a abrir os botões da blusa suja de café que Luhan usava, enquanto este fazia uma espécie de carinho nos cabelos negros de Sehun, que enquanto abria cada botão beijava o peito da estrela, e depois sua barriga, que se encolhia a cada vez que a ponta do nariz do mais alto a tocava, chegando enfim a calça do mais baixo.

Chegando as calças do amado, Sehun voltou aos mamilos despertos que a estrela sustentava, beijou o redor do mamilo esquerdo primeiro, enquanto acariciava o outro, começando finalmente a chupar o local, Luhan por sua vez puxava mais do que acariciava os cabelos de Sehun, enquanto gemia despudorado.

-Para Sehun. – pedia arrastado, entre gemidos. – Não temos muito tempo. – relembrou o fato inegável da situação que os dois se encontravam.

Sehun obviamente ignorou o mais baixo, só parou de provocar aquela área de Luhan quando julgou ser o suficiente, separou os dois corpos durante alguns instantes para assim poder tirar suas calças, o aperto era incomodo por conta de sua ereção, a box apertava seu membro de uma forma quase insuportável, voltou nu para a posição antiga, enquanto Luhan o devorava com os olhos.

Devolta a posição antiga foi em direção as calças de Luhan, enquanto este o lançava olhares nada castos.

-Sehun! – o chamou tentando apressar as coisas mais uma vez, mas Sehun queria tornar aquele momento especial, realmente sentia a falta de Luhan, e aquele era o momento apropriado para matar as saudades que sentia do corpo da estrela, quem sabe depois daquele momento de prazer não fizesse Luhan mudar ideia e permanecer a seu lado.

-Sem pressa Lu. – Sehun respondeu com um sorriso sacana, abrindo o zíper da calça de Luhan.

A visão que teve era um deleite, podia ver agora com perfeição o pênis da estrela marcado na box, assim como a mancha do pré-gozo no tecido, tirou a calça do menor sem a menor pressa. Apertou as coxas, aproveitou para beijar a parte de dentro destas, uma vez que sabia o quanto aquele local era sensível em sua estrela.

Tirando a peça do menor, por completo voltou para sua box, começou a retira-la sem pressa, observando Luhan ofegar cada vez mais, e o olhar em expectativa, Sehun lhe lançou outro sorriso sacana, retirando a box do amado, separou os dois corpos para poder ir até o criado mudo, em busca de seu tubo de lubrificante.

-Como quer ser preparado, Xiao? – indagou retoricamente, sem pudor algum, enquanto envolvia o membro da estrela em sua destra.

-Ahn... – Luhan temeu no lugar da resposta.

-Não entendi direito. -Sehun o provocava como podia, pouco se importava com o tempo que levaria ali fazendo amor com Luhan, queria o levar a loucura, queria o amar como nunca antes.

-Sehun. – o chamou envergonhado.

-Do jeito que eu quiser então? – Sehun indagou começando a masturbar o amado. – Que ótimo, então de forma bem lenta e torturante. – anunciou.

-Não, não temos temp-po. -Luhan teve sua fala interrompida, pela sensação da boca de Sehun envolvendo seu pênis. - O-oh Sehun! – o chamava tentando parecer irritado sem obter sucesso.

Sehun envolveu a glande de Luhan inicialmente com seus lábios, sentindo Luhan por sua mão em seus cabelos, sem realmente por pressão ali. Sehun começou a chupa-lo de forma lenta, ouvindo Luhan gemer arrastado, era tão satisfatório ouvir aquilo, começou a sugar com maior rapidez, fazendo gemer ainda mais alto, fazendo seus cabelos serem puxados com mais força, parando então com a felação, não queria que Luhan se desfizesse ainda.

-Não gosto quando me chama pelo nome inteiro Lu, você sabe. – relatou limpando o canto da boca, já que dali escorria um pouco do sêmen de Luhan.

A estrela o puxou com força, o beijando de forma afoita novamente, já não se importava se deveria estar trabalhando ou não, aquela altura só se importa a com o prazer que Sehun estava o proporcionando. Luhan inverteu as posições, se sentando em cima das coxas de Sehun, pegou os dedos de Sehun, os chupando de forma sensual, não desviando o olhar do rosto do amado em nenhum momento, deu lhe outro beijo afoito, invertendo as posições novamente.

-Eu te amo. – Luhan disse enquanto Sehun se posicionava entre suas pernas.

-Eu te amo. – Sehun respondeu roubando-lhe um beijo enquanto penetrava-lhe o primeiro dedo, com delicadeza.

Beijava lhe na tentativa de tirar a atenção do desconforto que Luhan sem dúvidas sentia. O preparou com calma como prometido, mas só a calma necessária, não conseguiria se segurar durante muito mais tempo. Lubrificou seu membro da melhor forma que pode, assim como a entrada de Luhan, começou a penetrar Luhan com calma, enquanto o mais baixo, gemia sôfrego.

-Está doendo muito? – Sehun indagou preocupado, voltando a beijar seu rosto.

Está tudo bem. – Luhan mentia.

E Sehun sabia disso, então voltou a masturba-lo, percebendo o relaxamento no rosto daquele que mais amava, voltando a ir mais fundo, quando conseguiu o penetrar por inteiro, deu a Luhan um tempo para se acostumar com o volume de seu pênis. Só começou a estoca-lo quando percebeu que Luhan se sentia confortável.

Sehun iniciou as estocadas de forma lenta e funda, sentia as unhas curtas de Luhan arranhando-lhe as costas. Sehun puxava os cabelos da nuca de Luhan, enquanto beijava seu pescoço, antes alvo e livre de marcas, gemia rouco e arrastado próximo do ouvido de Luhan, este não estava muito diferente, não continha seus gemidos, não media a altura, Sehun então beijou lhe, começando a estoca-lo de forma mais rápida e ritmada.

-Eu senti tanto a sua falta. – Sehun revelou em meio ao êxtase que sentia.

-Ah, Sehun. – respondeu Luhan de olhos fechados.

-Fica por cima Lu? – Sehun pedia, Luhan nem ao menos respondeu, simplesmente inverteu as posições, passando a cavalgar em Sehun, este estando maravilhado com a visão que tinha, podia por em uma moldura, o corpo de Luhan orvalhado de suor, enquanto faziam sexo.

Ficaram naquela posição, até que Luhan sentiu que seu orgasmo estava próximo, voltando a ficar por baixo.

-Mais rápido Sehun! – quase gritava, Sehun o atendeu, passando a ir mais profundamente, acertando a próstata do menor diversas vezes. – Isso! Is-so.

Sehun seguiu aquele ritmo, até Luhan se desfazer, começando a estoca-lo de forma desesperada por conta do aperto que sentia e sem ritmo algum, só o estocava tentando alcançar seu ápice, o atingindo após alguns segundos, estocando Luhan mais algumas vezes para ter a certeza de que estava completamente satisfeito. Desabou por cima de Luhan, respirando fundo, deitando-se logo ao seu lado.

Luhan e Sehun se encontravam ofegantes um ao lado do outro, agora a ressaca moral atingia Luhan, ele devia estar trabalhando, não transando com Sehun nos últimos minutos, devia fazer de tudo para se distanciar dele e se entregando ao maior não era a melhor forma, quando sentiu que Sehun tentaria abraçar seu corpo ele se afastou.

-Ótimo, uma recaída. – Luhan pensava alto.

-Sabe o que isso significa? – Sehun indagava sorrindo, a resposta de Luhan não veio, então prosseguiu falando. – Que você ainda sente algo por mim.

-É claro que sinto Sehun, mas eu vou embora, já falamos sobre isso. – Luhan falava se levantando, segurando o lençol no corpo como sempre fazia.

-Mas nós ainda podemos, vamos ficar juntos. – Sehun pedia com certa tristeza.

-Eu já disse que não posso! É tão difícil entender? Que droga. – Luhan não queria chorar, obviamente queria ficar junto de Sehun por um tempo indeterminado, mas sabia que não podia. - Pega a porcaria da roupa que você disse que me serviria, que eu tenho que voltar a trabalhar. – Luhan disse indo para o banheiro e se trancando lá dentro, deixando um Sehun nu, e tristonho no quarto, não queria ceder as tentações novamente.

Sehun passou as mãos pelo rosto, completamente frustrado, poderia dizer que após aquelas palavras de Luhan, seu coração havia se despedaçado um pouco mais, se é que isso era possível. Ainda podia sentir o calor e o cheiro do corpo do amado, e já havia levado outro fora com tamanha rapidez.

Luhan não demorou no banho, já havia perdido tempo demais com Sehun, tomou um banho, parou a frente do espelho observando as marcas vermelhas espelho feitas pelo mais alto, se amaldiçoou mais uma vez, indo em direção a porta do banheiro.

Assim que saiu enrolado na toalha percebeu que Sehun não mais estava no quarto, apenas um muda de roupas parecida com as que usava antes do incidente com a xícara de café. Se trocou rapidamente e foi para a sala onde também não havia ninguém.

-Sehun? – chamou.

-Na cozinha. – Sehun estava com a geladeira aberta, quando chegou na cozinha, parecia estar pensando.

-Obrigado pela roupa, mas acho que não vou poder devolve-la, hoje é meu último dia na cafeteria, e depois não sei se será possível vir até aqui apenas para isso. Espero que não se importe.

-Último dia? – Sehun perguntava surpreso. – Tudo bem, não tem importância.

-É último dia. Tchau, tenho que voltar a cafeteria. -Luhan podia ver a tristeza nos olhos do outro, sabia que estava sendo tão difícil para Sehun como estava sendo para ele, eles ainda se amavam demais.

-Adeus. – Sehun disse, roubando um selar demorado de Luhan. – Eu... eu... eu te... – suspirou parecendo estar cansado, enquanto olhava nos olhos do mais baixo, fazendo Luhan levantar as sobrancelhas, e rezando para e ele não completasse a frase. -Tchau Luhan, se cuida.

-Tchau Sehun. - despediu-se com pesar, sabia que possivelmente aquela era a última vez que se encontraria com o amado.

Luhan agradecia aos céus por ter conseguido parecer firme e seus olhos só começarem a marejar quando já estava no elevador, se sentia injustiçado, como se o destino estive lhe pregando uma peça durante todo esse tempo.

♡♡♡♡

Após voltar a cafeteria, devastado pela recaída que tivera, Luhan se esforçou mais uma vez para tentar parecer o melhor possível, nem ao menos percebeu o comportamento estranho de seus colegas de trabalho.

Minseok organizara uma pequena festa de despedida para Luhan, já que este iria embora, com a ajuda de Jongdae arrumaram a cozinha da cafeteria para a confraternização de Luhan debaixo de seu nariz e este nem ao menos desconfiou.

-Terminamos mais um dia de trabalho! – Minseok observava animado.

-Meu último dia de trabalho. – Luhan declarou de forma desanimada.

-Sim. – Minseok concordou igualmente desanimado.

-Bem, vamos pegar nossas coisas para irmos embora. – Luhan sugeriu já tirando seu avental.

-Certo. – Minseok concordou. – Você vai nos visitar sempre que voltar a Coréia, não é? – indagava de costas, enquanto abria a porta da cozinha.

-Claro Minnie. – Luhan mentia sentindo as batidas do coração dolorosamente, não queria deixar seus amigos, a vida que havia construído na terra. – Por que as luzes estão apagadas? – indagava a estrela, enquanto descia a pequena escada que ligava a cafeteira a sua cozinha, mas não obteve resposta. – Minseok? – chamou preocupado. Descera as escadas de maneira cautelosa devida a escuridão. – O que está acontecendo? – andou pela cozinha até bater no balcão que Jongdae utilizava todos os dias. – Ai. – Luhan gemeu de dor, ao bater com força seu braço ali.

-SURPRESA! – Minseok, Jongdae e Jongin gritaram juntos quando as luzes foram acesas, fazendo Luhan se assustar.

Havia uma pequena mesa nos fundos da cozinha, onde havia alguns bolinhos, estes feitos por Jongdae sem dúvidas, comida, e soju.

-Céus! – Luhan exclamou pondo a mão no peito.

-Organizamos uma pequena despedida para você Lu! – Jongin falava animado, indo em direção a ele.

-Muito obrigado. – agradecia sorrindo triste. – Vocês também são muito especiais para mim!

-Vem aqui Luhan. – Jongdae disse se aproximando surpreendentemente e de braços abertos, como se fosse lhe abraçar. Luhan nunca imaginaria aquilo, o confeiteiro nunca pareceu gostar dele, aceitou o abraço de bom grado, enquanto ouvia a risada típica de Jongdae.

-Organizaram tudo isso e eu não desconfiei de nada! – Luhan relatava ainda surpreso.

-Você esteve bem aéreo nesses últimos dias, então foi bem fácil, você facilitou. – Minseok explicava sorridente. – Mas chega de papo e vamos comer, foi o Jongdae quem cozinhou, e ele cozinha muito bem!

Como pedido por Minseok os quatro começaram a comer, sentindo como a comida de Jongdae era realmente deliciosa. Jogaram conversa fora durante um bom tempo, nem parecia que era uma festa de despedida, Luhan tentava parecer animado, contudo não conseguia, sentiria muito a falta de seus amigos.

Sentiria falta da receptividade de Minseok, do jeito carismático e sempre alegre de Jongin, até mesmo do mau humor, e da cara fechada que Jongdae costumava sustentar todos os dias até o fim de expediente quando podia ficar com Minseok sentiria falta.

Havia ainda o contato com os clientes, Luhan adorava servir as mesas, adorava ter contato com tantas pessoas em sua rotina, sentiria falta de um cliente em especial, Sehun, este não saia de seus pensamento desde o momento em que saiu de seus antigo apartamento, olhou o relógio percebendo o quanto estava tarde, sabendo que precisava ir para casa.

-Preciso ir embora. – Luhan anunciou com a voz baixa, não estava participando da conversa que seus três amigos estavam tendo, estava abstraído em seus pensamentos.

-O que? – Jongin indagou confuso, alegre pelo soju.

-Preciso ir para casa, acho que é hora de dizer tchau. - respondia Luhan.

-Ah não, só mais um pouco Lu. – pedia Minseok com um dos braços apoiado nos ombros de Jongdae.

-O Baekhyun fica preocupado, e depois despeja a preocupação dele em forma de sermão, é quase como uma mãe. – Luhan relatava sério, fazendo os outros rirem.

-Tudo bem então. – Minseok deu a deixa.

-Agora é a parte chata da despedida não é? – Luhan indagava já abalado, aquela seria a ultima vez que falaria com seus amigos, sem duvidas. – Eu odeio despedidas.

-Ninguém gosta Lu, algumas pessoas só não admitem. – Jongin falava sorridente.

-O Jongin tem razão. – Jongdae concordava, enquanto fazia carinho em Minseok.

-Eu preciso dizer algumas palavras a vocês. – Luhan disse se levantando de onde estava.

-Discurso? – Minseok indagou retoricamente, fazendo Luhan assentir. – Tudo bem, estamos a todo ouvidos.

-Eu quero que saibam que sentirei muito a falta de vocês, que depois de conhece-los entendi o significado da amizade. Entendi que às vezes é difícil aprender a lidar com certos tipos de pessoas. – Luhan disse ouvindo Jongdae rir, sabia que era dele que Luhan estava falando.

-Ei! – Jongdae exclamou ainda rindo.

-Eu sei que você não gostava muito de mim no inicio Chen. – Luhan o chamou pelo apelido dado por Minseok. – Mas depois acabamos nos tornando amigos, não é? – indagou, enquanto Jongdae assentia. – Eu vou sentir muita a falta de vocês lá de casa! – admitiu sentindo suas lágrimas querendo dar sinal. – Vocês foram muito importantes para mim no tempo que estive aqui. Minseok, eu só tenho a te agradecer pela sua receptividade, pela confiança que pôs em mim desde o princípio, por saber que não importasse o que acontecesse, que sempre poderia contar com você, obrigado por sempre se preocupar comigo e tentar sempre me dar apoio e confortar no que estava em seu alcance.

-Não foi nada Lu, você é uma pessoa maravilhosa, e foi um funcionário maravilhoso. – Minseok rebateu dando um de seus tipos sorrisos, enquanto Luhan segurava suas lágrimas, lhe lançando dessa forma mais um sorriso triste.

-Jongin, o garçom que sempre fez todas as jovens senhoritas suspirarem. – Luhan começou, fazendo o mais novo gargalhar.

-Verdade! Tenho uma coleção de números de telefones. -Jongin revelava ainda rindo, fazendo todos rirem, exato Luhan que se encontrava triste.

-Você ainda é tão jovem, tem um futuro brilhante pela frente. Obrigado por ter sido paciente comigo ultimamente, sempre cobrindo meus deslizes, foi ótimo trabalhar com você, mas a melhor parte é saber que disto nós construímos uma amizade! – terminou já sentindo a primeira lagrima escorrer pelo seu rosto. – Jongdae, sempre tão rabugento, lembro-me de te rotular assim no início, me desculpe. – pediu fazendo o outro sorrir. – Mas é que você sempre estava tão sério, e só se dirigia a mim para brigar comigo, ou ser rude.

-Desculpe Lu! Mas é que você era meu rival no amor e nem sabia. – admitiu risonho, fazendo Minseok rir também.

-Dessa eu não sabia, agora eu entendo, todas as caras feias que você sempre fazia para mim. – Luhan falava tentando secar sua lágrima teimosa. – Mesmo assim isso não me fez desistir de tentar me aproximar de você, depois de tanto mau humor e olhares atravessados para mim, aprendi a lidar com você, foi bem difícil eu admito, mas valeu o esforço. Você só se faz de durão, mas é uma pessoa muito boa.

-Ele tinha ciúmes de você comigo Lu, acho que isso é uma pouco de culpa minha. – Minseok observava divertido.

-Ciúmes bobos, Minseok e eu nunca tivemos nada além de amizade. – Luhan explicava tentando sorrir.

-Eu sei, o Minseok me explicou isso depois de um tempo. – Jongdae respondeu beijando a bochecha de Minseok.

-É bom saber que não atrapalhei o relacionamento de vocês. - Luhan falava de forma aliviada.- Enfim, eu quero que vocês saibam que eu sentirei muita a falta de vocês, sempre estarei olhando por vocês, e prometo visitar vocês se voltar a Coréia algum dia. – falava com uma entonação triste.

-Agora é a hora do abraço de despedida. – Jongin sugeria já se levantando e indo em direção de Luhan.

Luhan ganhou um abraço carinho e apertado vindo de Jongin, envolvido com o jeito de álcool, mas este era um pequeno detalhe.

-Vou sentir sua falta Lu! – Jongin disse desfazendo o abraço. – Quando voltar aqui, vamos marcar de ir a alguma balada juntos de novo! – sugeriu animado.

-Claro! Eu, você e o Tao. – concordava sorrindo forçado, Minseok era o próximo na fila do abraço, este tinha um significado diferente, Minseok sempre havia sido alguém tão amigável para Luhan, o primeiro humano que conheceu de verdade foi ele.

-Eu vou sentir saudades Lu! – Minseok disse em meio ao abraço, meio choroso. – Venha nos visitar assim que puder.

-Eu venho Minnie! Não vou esquecer de visitar vocês! – Luhan respondia igualmente choroso.

-Não chora Lu! – Minseok pedia choroso. – Se não eu vou chorar junto.

-Eu estou tentando Minnie. – Luhan respondeu já chorando, fazendo Minseok chorar junto dele, permaneceram abraçados, até precisarem o desfazer, mas logo voltaram a se abraçar novamente. – Oh, Minnie, eu vou sentir muito a sua falta!

-Eu nunca vou ter outro funcionário ou amigo como você Luhan. – falava apertando Luhan.

-Se acalma Minseok. – Jongdae pedia passando a mão nas costas do mais baixo.

Luhan e Minseok ficaram abraçados até o choro cessar um pouco, tiveram que beber dois copos de água para assim ficarem mais calmos, o choro só foi realmente embora quando lavaram o rosto, só depois disso é que Luhan abraçou a Jongdae, este foi bem breve.

-Eu também vou sentir saudades de você Jongdae, não pense que a primeira impressão é a que fica, que com você isso não funcionou. -Luhan disse entre o abraço.

-Você vai fazer falta aqui Lu. – Jongdae declarou, desfazendo o abraço.

Luhan obrigou aos amigos ainda a aceitarem sua ajuda na hora de arrumar a bagunça que sua festa de despedida havia causado, para só então ir embora.

-Tchau pessoal. – se despediu mais uma vez seguindo seu caminho, após terem finalmente organizado e limpado toda a cozinha da cafeteria.

-Tchau Lu. – Minseok e Jongdae responderam em unisom, Jongin por sua vez só acenou, já que estava no telefone com seu namorado Kyungsoo.

O significado daquela despedida era bem diferente entre Luhan e seus amigos. Para Luhan era um adeus para sempre, ele sabia que nunca mais teria a oportunidade de vê-los novamente, aquela despedida era definitiva, teria que guardar na memória o rosto, os gostos e as manias de cada um de seus amigos ali, tinha a consciência de que não voltaria a encontra-los.

Já para Minseok, Jongdae e Jongin, era uma despedida com esperança de reencontro, os três imaginavam que reencontrariam Luhan novamente em um futuro não muito distante, o que não aconteceria, os humanos nunca mais teriam oportunidade de encontrar aquela estrela que esteve juntos deles durante aqueles últimos anos, mas não faziam ideia disso, tinham a certeza a que se quisessem de que poderiam o encontrar de novo.

Luhan voltou ao observatório segurando seu pranto, houve a despedida de seus amigos, e havia ainda as roupas que vestiam, estas que carregavam o cheiro de Sehun, tornando a despedida ainda mais dolorosa, queria Sehun ao seu lado naquele momento, queria um ombro para chorar, queria conforto e acolhimento nos braços daquele que mais amava.