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História Shooting Star - Acrux


Escrita por: WOF

Notas do Autor


Olá queridos, tudo bem?
Esperamos que gostem do capítulo...

Capítulo 4 - Acrux


Todas as palavras que Luhan conhecia pareciam ter sumido naquele momento, ele sabia que aquilo não era bom, havia percebido seu amado nervoso, mas nunca imaginara que o motivo seria aquele.

-E... eu. - onde estão as palavras, Luhan pensara naquele momento.- Pelo cosmo, me desculpe, eu... nós... nós, não podemos fazer isso Sehun.- responderá Luhan ao amado um pouco triste.

Houve um momento entre os dois, que ficaram se entreolhando. E Luhan percebera a expressão de Sehun mudar do nervosismo para a completa decepção.

-Você sabe, é muito cedo, casamento é um passo enorme, é para toda a vida, não sei se consigo fazer isso. Não agora. - respondeu Luhan sentindo seu coração apertar mais e mais a medida que ia pronunciando as palavras para formar a frase, enquanto olhava a expressão triste no rosto do amado. -Me desculpe.

-Eu compreendo, se você precisa de tempo. - respondeu Sehun quase em um sussurro enquanto sorria tristemente, ele não podia esconder sua decepção e sabia disso. – Não imaginava que seria algo precipitado depois de três anos, mas eu espero o tempo que for preciso até você achar que está preparado.

O caminho do restaurante até o apartamento do casal fora um completo silêncio. Sehun dirigia com o rosto inexpressivo, com os olhos fixos na estrada, enquanto Luhan mordia o lábio inferior e olhava pela janela, parecia que o caminho de volta havia se tornado enorme, que estavam a uma eternidade naquele carro, naquele silêncio desconfortável, enquanto um não queria invadir os pensamentos do outro.

Ao chegarem em casa, o silêncio perturbador continuava os assombrando. Sehun se dirigira até o quarto, enquanto Luhan fora direto para o banheiro, toda aquela situação não podia ter o deixado mais nervoso e principalmente triste, sentia que precisava se acalmar aquilo estava o matando, ficou durante um tempo se encarando no espelho, por mera distração, então lavou seu rosto de qualquer forma e deixou o cômodo. Sehun já havia se trocado quando Luhan chegou até o quarto, estava na janela do quarto do casal observando a cidade, parecia distante. Luhan entrara no quarto e ele nem ao menos percebeu, mesmo depois de ter se trocado ele continuava lá, com a mesma expressão, distante.

-Ei. - disse Luhan se aproximando. -Me desculpe, por favor não fique triste. – pedia com a voz entristecida.

-Eu estou bem, não estou triste, só cansado. - Sehun dizia enquanto abraçava Luhan.- Só preciso descansar. - se explicou enquanto o soltava e beijava sua testa.

-Tá, mas antes me prometa que não vai ficar triste. - pediu Luhan com os braços ainda envoltos em Sehun.

-Não estou triste meu amor, eu te entendo. Entendo que acha que seria uma decisão prematura, se você acha melhor assim por mim está tudo bem - respondeu Sehun sorrindo tristemente para Luhan enquanto segurava seu rosto. -Venha, vamos dormir. - disse ele puxando o amado em direção a cama.

Luhan podia ver a tristeza no rosto de Sehun, mesmo que este tentasse esconde-la, uma vez que Sehun não conseguia mentir para ele. Luhan acariciara os cabelos de Sehun em uma tentativa falha de o consolar, até que enfim caíssem no sono.

♡♡♡♡

Jongdae acordara extremamente bem humorado, após a última ligação que receberá de Minseok seu humor mudou da água para o vinho, estava feliz e triste ao mesmo tempo, tinha medo de estar se iludindo, tinha medo de Minseok nunca o amar como ele o amava, mas ao mesmo tempo nutria uma esperança palpável. Até mesmo cantou no chuveiro durante o banho matinal, literalmente se dirigiu até a cafeteria feliz e saltitante.

O primeiro que encontrara nos fundos cafeteria onde os funcionários se preparavam para trabalhar, foi Luhan, parecia abatido, mesmo assim não perguntou nada, afinal não era da sua conta não eram tão próximos até esse ponto.

-Bom dia. – ele cumprimentou.

-Bom dia.- Luhan responderá quase em um sussurro.

-Então, o dia está lindo hoje, né? – Jongdae perguntava sorridente.

-Certamente que sim. – Luhan lhe respondia com cara de velório.

Decidiu deixar Luhan terminar de se preparar para seu expediente e fora fazer o mesmo, procurou Minseok para perguntar o que devia fazer naquele dia, ficar ciente das encomendas e de quantas tortas deveria fazer para a cafeteria naquela manhã. Andou até a parte da frente da cafeteria onde Minseok estava abrindo o caixa.

-Bom dia Min... – cumprimentou sorridente. – Minseok. – consertou rapidamente, mas sem perder o sorriso, percebendo que havia o tratado com intimidade, o que não era permitido dentro do ambiente de trabalho, segundo os acordos da espécie de relacionamento que mantinham.

-Bom dia Jongdae. – Minseok respondeu lhe sorrindo. – Como vai essa manhã?

-Bem, e você?- respondeu encantado com o sorriso do mais baixo.

-Bem, no nível do possível.

-Bom, gostaria de saber se recebemos encomendas, e de saber o que você quer que eu prepare para a cafeteria nessa manhã.- perguntava ainda olhando encantado, quando se tratava de Minseok, Jongdae era um bobo apaixonado.

-Bom, uma senhora ligou pedindo um bolo de dois andares, de chocolate, com confeitos brancos perolados, segundo ela e para o aniversário da neta dela. E eu gostaria que você preparasse tortas de morango e chocolate, além de alguns cupcakes. – Minseok falava mantendo uma postura profissional, mas sem conseguir desviar o olhar dos olhos de Jongdae.

-Tudo bem. – Jongdae respondeu satisfeito, para ele os pedidos eram nada.

-Chen. – Minseok o chamou timidamente.

-Sim.

-Você está livre mais tarde? Ainda me sinto culpado pelo o incidente de ontem. – Minseok falava olhando para os olhos brilhantes de Jongdae.

-Sim, já te disse que não precisa ficar se culpando. – falava com um sorriso sincero.

-Não, mas eu queria consertar. Nós podemos sair depois do nosso expediente?-Minseok perguntava com as bochechas levemente rubras.

-Claro. – o certificou. - Eu te espero. – respondeu, fazendo Minseok assentir.

Depois daquela curta conversa com Minseok, já havia ganho o dia, principalmente depois de saber que sairiam juntos mais uma vez em menos de uma semana, o que era consideravelmente raro.

♡♡♡♡

Jongin e Tao dirigiam-se até a sua faculdade juntos naquela manhã, Tao não parecia nenhum pouco disposto, devido a rotina noturna que levava, juntamente com a rotina estressante da sua vida acadêmica, fora a pressão que recebia dos pais, aquilo havia passado a pesar nas suas costas. Jongin lançava descaradamente olhares preocupados ao amigo, enquanto continuava a andar ao seu lado, estaria sempre ali nos melhores e nos piores momentos.

-Minha aula e naquela direção hoje. – Jongin avisava ao amigo, enquanto apontava a direção oposta aquela que seu amigo parecia querer tomar, quando chegaram dentro do campus universitário – Se precisar de mim é só ligar, você sabe Tao.

-Por que esta falando isso? – Tao perguntava com um senhor franzido. – Eu estou fabuloso como sempre, estou ótimo.

-Não esta, eu te conheço Tao, debaixo de toda essa maquiagem que você usa, sei que esta parecendo um zumbi.

-Ok, talvez um pouco, muito cansado, mas isso não me faz menos fabuloso. – Tao falava dando uma piscadela ao amigo. – Estou virado a quase dois dias, graças a esses maravilhosos trabalhos e minha vida social, e nem parece, continuo ótimo, ninguém percebe graças a minha maquiagem.

-Mas isso faz mal a você. – Jongin observava preocupado. – Dormir às vezes é bom, fora o consumo de álcool, sei que você é como uma esponja, mas isso te faz muito mal.

-Você é fofo se preocupando assim comigo. – Tao falava calmamente. – Mas, sinceramente me irrita um pouco, pode parando Jongin.

-Está bem Tao. – Jongin suspirou. – Até mais tarde.

-Até.

Os amigos tomaram rumos diferentes, Tao caminhava exausto pelo campus, e saber que ainda teria uma longa subida até o prédio onde teria aula não lhe agradava nada. Chegará sem fôlego e com a muito custo, mas chegará, parou procurando ar para seus pulmões, procurou e procurou, mas nunca parecia ser o suficiente, até que começou a sentir suas forças sumirem, junto com seu equilíbrio, tudo passou a ficar escuro, sentiu alguém o segurando, mas não conseguiu saber quem, após isso perdeu sua consciência.

♡♡♡♡

Já era a hora do almoço e Jongin esperava por Tao na entrada da faculdade, eles haviam marcado de se encontrar ali para poderem comer juntos e depois seguir para casa. Jongin já se encontrava impaciente quando percebeu que seu amigo já estava atrasado a longos 30 minutos, mataria o chinês se descobrisse que este estava aos beijos com qualquer indivíduo enquanto o fazia esperar. Decidiu ligar para Tao, ouviu os beeps do telefone até ser atendido.

-Tao, onde você está? Já estou aqui te esperando faz um tempão. – Jongin falava irritadiço.

-Oi, aqui não é o Tao, ele desmaiou hoje de manhã e esta inconsciente até agora. – uma voz desconhecida falava do outro lado da linha. – Para sorte dele, eu estava perto o bastante para ampara-lo.

-Céus! Eu vou mata-lo assim que ele acordar! Eu avisei! – Jongin falava mais para si mesmo do que para a pessoa do outro lado da linha. – Onde ele está?

-No hospital universitário. – o indivíduo explicou.

O hospital universitário encontrava-se do outro lado do campus, próximo do lugar onde Tao deveria estar tendo aulas, Jongin se apressou para chegar logo lá e saber do estado de saúde do amigo.

-Estou indo para aí. – disse finalizando a ligação.

Chegando a recepção do hospital, após ligar para a cafeteria avisando que chegaria atrasado, Jongin foi até a recepcionista que parecia um tanto mal humorada.

-Boa tarde. Gostaria de saber se Huang Zitao, se encontra aqui. – perguntara o garoto por via das dúvidas.

-Um minuto, por favor. – a mulher mal humorada pediu enquanto digitava algo no computador a sua frente.- Esta sim.

-Eu posso vê-lo? – Jongin perguntava exasperado.

-Não. – respondeu seca. – Ele já tem visitas. Caso as visitas que estão lá saíram antes do fim do horário de visitas você pode entrar.

-Tudo bem. Que horas o horário de visitas termina?

-Às duas. – respondeu sem ao menos olhar no rosto de Jongin, que respirava aliviado por saber que ainda faltavam mais de uma hora, era só torcer pra quem estivesse lá dentro saísse logo.

-Obrigado. -agradeceu e se sentou na sala de espera, se perguntando quem poderia ter ido visitar Tao, naquele curto espaço de tempo.

♡♡♡♡

Ao acordar Tao podia distinguir duas figuras ao seu lado, não sabia ao certo quem era por conta de sua visão turva, até sentir mãos acolhedoras e calorosas no seu resto nunca esqueceria daquele toque.

-Mãe? – indagou Tao com os olhos entreabertos.

-Oi meu filho. – a voz doce da mão ressoou em seus ouvidos. – Você nós deixou muito preocupados, nós viemos correndo, acabamos chegar aqui.

-Ah, mãe me desculpe. – pedia ele com pesar.

-É, é melhor mesmo você pedir desculpas a sua mãe, não vai para casa nós visitar, fazem meses e ainda a deixa preocupada desse jeito. – era seu pai, só de olhar no seu rosto era possível ver sua irritação.

-Me desculpe Pai, vou tentar voltar lá mais vezes. – Tao falava manso.

-Seu diagnóstico Tao, foi fadiga, mas duvido que tenha sido causada pela rotina estressante que leva graças aos estudos, já que foi agravada unicamente pelo efeito da quantidade exorbitante de álcool que havia no seu organismo. – o senhor relatava ostentando severidade na voz e na expressão do rosto. – Como vão as festas?

Tao sabia que nada mais adiantaria falar em sua defesa, seu pai já havia entendido tudo, naquela altura, o mais velho já havia entendido sem dúvidas que seu filho mais frequentava festas do que as próprias aula, sabia o filho que tinha, mas sustentava a esperança de que este havia mudado.

-Muito diferente daquelas que você costumava frequentar antes de vir morar em Seul? – o senhor perguntava a seu filho irritado. – Sabe filho, eu pensava que você havia mudado, que havia tomado juízo, mas vejo que não, então terei que tomar medidas drásticas. – neste momento lançou um olhar para o mais novo que o fez gelar, sabia que quando seu pai falava ele cumpria. – Você esta aqui para estudar e se tornar um grande homem de negócios, assim como eu sou, e se continuar frequentando essas festas, não tenho certeza quanto a sua futura competência.

-Pai, eu...

-Calado! Quem fala aqui sou eu. Se você não mudar suas atitudes, você não terá direito a seu futuro cargo que seria lhe dado, e não conte com minha influência para conseguir um emprego igual ou melhor, se a situação se tornar mais drástica, vou deixar de lhe enviar dinheiro e fazê-lo retornar para casa. Entendeu? – perguntou recebendo um aceno de cabeça do filho. – E não me olhe com esses olhos de cachorro sem dono! Sabe quantos jovens desejam estar em seu lugar? Você tem muitos privilégios Tao, privilégios demais, e parece não dar valor a nenhum deles, tive que lutar muito para chegar onde cheguei, e você herdará todo meu patrimônio sem fazer nenhum esforço, então se esforce o suficiente para se tornar alguém competente para coordena-lo de forma digna e continuar o fazer crescer! Estamos entendidos? – o senhor perguntava mais uma vez ao filho que apenas acenou com a cabeça sem muita vontade. – EU PERGUNTEI SE ESTAMOS ENTENDIDOS, E QUERO OUVIR SUA RESPOSTA!

-Sim, pai estamos entendidos. – pronunciava as palavras com a voz embargada. – Me esforçarei e me tornarei alguém de quem o Senhor terá orgulho, me tornarei o melhor da turma.

-É bom que faça isso mesmo, mas não para mim, e sim para você! – disse enquanto se voltava para sair do quarto.

Ao sair do quarto a mãe de Tao aproximou-se do filho, para tentar o conforta-lo.

-Não chore meu filho. Sabe que ele tem razão, você não pode continuar participando de todas aquelas festas e esquecer das suas responsabilidades aqui. – ela falava calmamente segurando as mãos do filho com carinho.

-Eu sei mãe, mas é que parece que ele quer controlar toda minha vida, eu só queria ser livre ao menos uma vez na minha vida. – Tao embolada as palavras por conta do choro. – Nem mesmo o maldito curso que eu queria estudar ele deixou eu escolher. – se recordava tristemente, sabendo que teve que largar de seus sonhos para poder aprender como administrar melhor o dinheiro dos negócios de seu pai, podendo mais tarde vir a se tornar o diretor principal das empresas do pai.

-Não é assim meu querido, você sabe o quanto foi difícil para ele fazer seus negócios crescerem, e fazer de seu único filho o próximo a administra-los exige preparação, imagina todo esse esforço para o próximo arruinar toda uma vida de esforços.

-Você tem razão de certo modo mamãe, mas não é como se frequentar festa me faça se tornar alguém menos digno de tal responsabilidade.

-É sim, aposto que nem tem prestado atenção nas aulas direito ultimamente, você sabe o quanto o mercado de trabalho é cruel, você será tratado como um produto. E não é por ser o filho do dono de toda aquela empresa que lhe fara ser o melhor, então você também tem que se esforçar muito para isso, você tem que ser o melhor. – a mulher discursava enquanto passava as mãos nos cabelos do filho.

-Tudo bem mamãe, prometo me esforçar para pode me tornar o melhor. E prometo ir visita-la mais vezes também, acho que não tenho sido um bom filho. -Tao dizia enquanto sorria minimamente para a mãe.

-Eu não poderia desejar alguém melhor que você meu filho, seus defeitos passam despercebidos aos meus olhos, você devia saber, nós mães nunca enxergamos os defeitos de nossos filhos. E eu acho muito bom você vir ir me visitar mais vezes. – dizia enquanto se aproximava para selar a testa do filho. – Eu tenho que ir, seu pai já deve estar impaciente no corredor. Tchau meu docinho, eu te amo de todo meu coração. Juízo!

-Tchau mamãe, eu também te amo muito. Eu vou tomar esse juízo, no lugar da vodka. – Tao falava abraçando sua mãe.

Após alguns instantes que seus pais haviam ido embora um garoto alto de cabelos castanhos avermelhados, usando jaleco entrou na sala.

-Então, você é o doutor dedo duro, que contou das quantidades de álcool no meu sangue? – Tao perguntava sem muito humor.

-Ah não, não fui eu. Doutor? Quem me dera, ainda faltam uns bons anos até meu doutorado. - o garoto de jaleco lhe respondeu soltando um risonho. – Eu te trouxe até aqui, meu nome é Yixing, mas pode me chamar de Lay.

-Ah, era você então aquele borrão. – Tao cumprimentava o outro recuperando seu humor. – Muito obrigado! Eu sou o Zitao, mas pode me chamar de Tao. Olha você é uma pessoa muito iluminada. – agradecera fazendo o outro rir com o ultimo comentário.- Você é médico, ou enfermeiro?

-Ah nenhum dos dois, sou residente, serei médico futuramente, ainda falta um pouco. – falava sorrindo deixando suas covinhas a mostra.


Notas Finais


Acrux, é a estrela mais brilhante da constelação de Crux (Cruzeiro do Sul), localizada a aproximadamente 320 anos-luz.


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