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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 1


Escrita por: LarySwan

Notas do Autor


Já sabem de quem são os personagens, certo? A história é totalmente minha. Uma short de no máximo 10 capítulos, não passando disso.
Espero que curtam, como sempre será AlicexBella.
Fic postada também no Nyah ;)

Capítulo 1 - Capitulo 1


POV. Bella

*TOC. TOC. TOC*

— Já vai! – Escuto sua voz ao longe, do outro lado da porta, e meu corpo por inteiro se arrepia. Traidor! Ele ainda não se acostumou com o fato o qual a realidade lhe impôs. Não consegue aceitar que agora não tem aquele calor ao seu lado todas as manhãs, mas que mesmo assim tem que vir em sua porta todos finais de semana, olhar em seus olhos, para poder pegar as únicas coisas que ainda pode chamar de seu. – Ah, Isabella. Oi! – Abriu a porta sorrindo, mas o perdeu ao me ver ali.

— Boa noite, Alice. – Controlei minha voz e apertei forte minhas mãos, para evitar fazer algo por impulso. – Esperava outra pessoa? – Perguntei erguendo uma das sobrancelhas, tentei ao máximo controlar o ciúme que não deveria existir ali.

— Her... Não, claro que não! – Ficou na defensiva e olhou em meus olhos. – Apenas esqueci que era sexta feira. – Justificou. – Bom, entre. Jacob ainda está se arrumando e Rose terminando de tomar banho. – Deu passagem, mas permaneci no lugar. – Algum problema? – Perguntou sem entender nada. Sim, tinha um simples problema. Sua roupa!

Alice estava vestida para dormir, mas suas camisolas nunca foram comportadas, lembro-me bem que nunca dormíamos sem transar por conta delas. Me atiçava de uma forma que... Que até hoje isso acontece.

— Não... Her, perdão. – Pedi ao entrar e evitar olhar seu corpo.

Olhei ao redor e senti um peso em meu peito. Olhar cada canto daquela casa não era bom para mim. Cada lugar tinha uma história para contar, cada cômodo daquela casa já presenciou o amor desses dois corpos que hoje mal se tocam.

— Quer alguma coisa? Agua, suco? – Fui tirada dos meus pensamentos quando chegou mais perto e tentou ser gentil. Sua delicadeza sempre foi o que me atraiu nela. Uma ogra como eu precisava de alguém para equilibrar a balança... Mas nem ela aguentou o meu ego e orgulho.

— Não, tudo bem. – Assenti. Retirei meu quepe e me virei para ela. – Como está? – Tentei ser educada, mas essa cordialidade não era de mim.

— Vou bem, obrigada por perguntar. – Sorriu de lado pelo esforço que estava fazendo. – E você? – Questionou sentando-se no sofá e cruzando as pernas. Não sei se consciente ou inconsciente, mas ao fazer isso sua curta camisola subiu, me dando mais visão de suas pernas, quase calcinha. – Vejo que saiu agora do quartel, como vão os meninos? - Dei uma leve tossida, para disfarçar a voz carregada do tesão que eu estava sentindo.

— Vão bem. – Abri um dos botões da minha farda e senti uma gota de suor escorrer por minha testa, rapidamente a limpei. – E vou bem também, obrigada. – Agradeci, ainda de pé.

— Pode relaxar, Capitã, não está na corporação. – Riu da minha atitude.

— Estou bem aqui. – Respirei mais fundo.

Fomos casadas por tantos anos que cada movimento de uma era percebido pela outra. Era óbvio que sabia da minha excitação ao vê-la daquele jeito, mas também era óbvio que eu sabia que estava me provocando de forma injusta.

O que vivemos em 15 anos não se joga foram em dois de separação. Alice ainda me ama assim como a amo, com todo meu ser. Sei que sente tesão ao me ver daquele jeito, fardada e séria, eu percebia pelo seu mexer “disfarçado” para amenizar o que estava por dentro.

Sei que a culpada de tudo sou eu, foquei tanto em meu trabalho que esqueci quem estava em casa me esperando. Quis tanto a promoção como Capitã que perdi o que mais presava. Olhei em seus olhos, bem no fundo deles, e identifiquei uma tristeza. Desde que pediu o divórcio eu nunca corri atrás dela, apenas disse um sim e esperei que me entregasse os papeis, mas isso nunca aconteceu. Meu orgulho estava fazendo a mulher que amava sofrer, era óbvio. Talvez, sim ou não, se eu me ajoelhasse a sua frente e pedisse para voltar... Mas não conseguia nem dizer que a amava toda hora, imagina me humilhar desta maneira?

— Nunca fui uma boa esposa, não é? – Saiu automaticamente de meus lábios tal frase. Se assustou e me encarou sem reação.

— Nunca me enganou em relação ao sentimento, sabia que me casando com você não mudaria o fato de ser desse jeito bruta. – Riu de nervoso. – Mas tentei, não deu certo. – Mentira. Seus olhos a entregavam. Evitou me encarar.

— Me ama, Alice? – Usei o verbo no presente, para saber qual sua resposta.

— Lógico, Isabella, sabe disso e... – Quando percebeu a minha pergunta, fora tarde demais. - Quer dizer... – Ficou novamente muda. Ri de leve, mas antes que pudesse fazer alguma coisa vejo um vulto correndo pelas escadas e se jogando em meu colo.

— MÃE! – Sorri para ele e acariciei sua face. Beijei sua testa e retribui seu abraço da forma mais firme que pude.

— Campeão! – Riu. – Como você está? Pronto para andar no caminhão? – Seus olhos brilharam e assentiu.

— SIM! – Gritou animado.

— Você está enorme, sabia? – Sorriu mais e colocou sua cabeça na curva do meu pescoço.

— Senti sua falta, mãe! – Sorri para aquilo.

— Também senti falta do melhor ajudante de bombeiro que já tive! – Riu de leve. – Sinto sempre sua falta, filhão! – Era naqueles momentos que eu amolecia, que a dura e cruel Capitã Swan se rendia ao sentimento. Somente aquelas três pessoas possuíam esse poder em mim. – Seu aniversário está chegando, já decidiu o que vai querer? – Indaguei.

— Hurum! – Sorri.

— E o que meu filhão vai querer? – Alice se levantou e acariciou suas costas junto comigo.

— 8 anos já, meu caçula está virando um homem! – Sorriu orgulhosa. Vi Rose descendo as escadas e a chamei com o olhar. Andou em minha direção, meio tímida, e ficou ao meu lado.

— Quero minha família de novo. – Prendi minha respiração e senti Alice tensa ali.

— Mas sua família está aqui, não? – Alice perguntou tentando disfarçar.

— Quero minhas mamães juntas! Não quero ficar sem ver minha mãe a semana inteira e não quero ficar sem minha mamãe nos finais de semana. – Meu coração doeu e a culpa abateu ainda mais forte.

— Filho, está ficando tarde, precisamos ir. – O coloquei no chão, ainda desnorteada com este pedido, e peguei as bolsas dos dois.

— Mas... – O calei.

— Vá para o carro, Jake. Depois conversamos. – Abaixou a cabeça e assentiu. Se despediu da mãe e foi para o carro.

— Desculpa, Isabella. Não sabia que... – Neguei.

— Tudo bem. – Olhei para minha filha, com quase 18 anos nas costas, e sorri para ela. – Não vai me dar nem boa noite? – Perdeu a pose de séria e me abraçou de lado. Beijei sua testa, igual fiz ao seu irmão.

— Gostei do pedido do Jake. – Suspirei. – Ok, não quero levar bronca. – Ri levemente, ela me conhecia tão bem... – Até segunda, mamãe! – Beijou sua bochecha e se despediu dela.

— Tem uma coisa que precisa saber. – Alice me parou antes de sair.

— Sim? – Mordeu os lábios de leve.

— Rose está saindo com um rapaz, bom garoto. Emmett McCartney. – Ergui uma sobrancelha.

— Filho do delegado? – Assentiu. – Mas ele não é meio velho para ela? – Riu e negou.

— Não, pouca diferença. Tem quase seis meses que estão se conhecendo, mas ele só não se apresentou por medo de você. Será que...? – Pediu olhando em meus olhos.

— Eu vou conversar com ela primeiro, ok? – Suspirou. – Na verdade ela que deveria ter vindo falar comigo. – Fiquei confusa.

— Todos têm receio de sua reação, Bella. – Meu corpo se arrepiou novamente quando disse meu nome. – Ninguém sabe o que vai fazer. Esperamos algo e faz outra coisa. – Vi novamente a dor ali.

Fechei meus olhos e respirei fundo.

— Bella? – Chamou minha atenção. Abri meus olhos e respondi.

— Me desculpa. – Controlei minha voz. Foi a única coisa que consegui dizer. – Irei conversar com ela, não me exaltarei, pode deixar. – Suspirou de alivio e me levou até a porta. Despediu-se de mim com um carinho nas costas.

— Bom final de semana. – Me arrepiei e virei-me para ela.

— Você também.

 


Notas Finais


Espero que tenha curtido ;) Comentem!


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