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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 10


Escrita por: LarySwan

Notas do Autor


Bom, termino por aqui, podendo surgir com um bonus e tals, mas esse seria o fim!
Bjão a todas <3

Capítulo 10 - Capitulo 10


CAP. 10

[...] Alguns meses depois

POV. Bella

Eu havia conseguido entrar no hospital e estava me dedicando totalmente aquilo, era uma experiência nova, especial. Eu não tinha o direito de entrar como cirurgiã naquele lugar, por isso Aro me deu a oportunidade de mostrar o que sei através de outra residência, e dessa vez resolvi abrir meus horizontes e ver o que mais me agradava, e por enquanto estava sendo neuro.

Meu batalhão ficou bem sob o comando do meu irmão, ele levava jeito e estava orgulhosa disso. Se pensava em voltar? Sim, as vezes pensava. Foi lá que vivi praticamente toda minha vida, meus amigos, minha vida foi construída ali. Mas quando comparado ao trabalho a qual eu estou agora... Não... Sei que perco tempo lá, dobro turnos e até mesmo chego morta em casa, mas sei que o retorno é maior, sei que de lá só irei salvar vidas. Sei que naquele lugar consigo fazer o que na corporação não era possível. Dar atenção as duas coisas que amava.

Ver meu irmão de uniforme era um charme, uma tentação, as vezes sinto falta de comandar algo, te ter aquele posto, mas descontava isso nas novatas em residência, ou seja, sou velha par estar ali, mas me respeitavam por isso, e muito! Meu tom de capitã ainda era forte, sempre era requisitada por todo hospital. E por mais incrível que pareça, quando tirava um tempo para ir ao quartel... Bom, o respeito era ainda maior!

Voltando a realidade e saindo dos pensamentos bons, estava atolada de relatório para atualizar, artigos para ler e livros para me informar, mas uma voz me chamou atenção, e era da minha pequena Rose conversando com a mãe no quarto ao lado.

 “- Sim, transamos e...” – Quando ouvi aquilo queria me desligar, de fato não era uma coisa que gostaria de saber, mas sua voz não era de animação, parecia receosa e isso me preocupou. – “— Não sei mãe, isso me assusta! Eu tenho medo de ser o que penso e... Não tenho coragem!” – Fechei o livro e resolvi sair do pequeno escritório que havia construído ali e fui até nosso quarto. – Mamãe, eu... – Parou de falar ao me ver. – Mãe, oi! – Tentou disfarçar as lágrimas e deu um sorriso meio de lado.

Andei em sua direção e a observei melhor. Seu rosto estava inchado e não havia aquela aliança enorme de noivado em seu dedo. Não disse nada, apenas fiquei a observando e esperando que falasse algo. Acariciei sua face e apreciou meu carinho. Beijei sua testa e fui me sentar em minha cama, perto de minha esposa e deitei-me ali tranquilamente.

— Já terminou de estudar? – Alice questionou.

— Sim, era somente uma revisão. – Dei de ombros e voltei minha atenção para as duas. – E vocês, terminaram o assunto? Atrapalhei algo? – Alice olhou para Rose e visse versa.

— Não. – Alice falou primeiro. – Está muito cansada? Quer que...

— Quero você aqui, seria pedir muito? – Sorriu de lado e negou se aconchegando em meu peito me abraçando.

— Acho que eu estou sobrando aqui. – Rose tentou ri, mas era tão forçado que até eu me senti mal por ela.

— Claro que não, só quero sentir minha esposa. – Beijei sua testa. – Ter minha filha aqui não atrapalha em nada! – Abaixou a cabeça. – Tudo bem? – Perguntei naturalmente. – Tem espaço para todo mundo aqui! – Se aproximou e deitou em me outro peito. Ficou em silencio e depois começou a chorar. Não perguntei nada, apenas esperei que isso acabasse.

— Eu... Eu... – Soluçava e não conseguia fala, fiquei em silencio e não disse nada, nem de incentivo nem que parasse. – Estou grávida. – Minha expressão não mudou, minha respiração continuou a mesma, mas meu coração acelerou de uma forma que... Respirei fundo e resolvi esperar sua explicação ou algo do tipo. Afinal ela não quis casar por conta da faculdade também, um filho consegue ser ainda mais intenso! – Eu não sei o que fazer, mãe! Estou com medo, desesperada e... – Chorou de novo. – Tivemos nossa primeira vez aquele dia mesmo, foi tão incrível, sabia? Eu... Eu nunca me senti tão amada quanto aquela noite. Ele foi delicado, foi romântico, foi um homem... Ele me tornou sua mulher de todas as maneiras. Eu havia aceitado o pedido de casamento. – Narrou. Novamente não disse nada. – Mas descobri isso hoje e fiquei em pânico, estou com três meses e nem havia reparado! Não consigo notar nem alterações em meu corpo, como vou lidar com essa situação? Como vou ser mãe de uma criança que eu acabei de condenar? – Se referiu a doença.

— Ele sabe? – Foi o que consegui perguntar.

— Não. Tivemos uma briga idiota hoje e eu retirei a aliança por infantilidade, mas não, ele não sabe!

— E vai contar? – Tremeu ali.

— Não sei se quero! – Alice sabia minha opinião em relação a isso, por isso acariciou meu abdômen e beijou meu pescoço.

— O que sua mãe disse? – Controlei minha voz.

— Que a decisão é minha. – Alice escondeu seu rosto na curva do meu pescoço, fugiu do meu olhar.

— E essa é a sua decisão? – Ficou petrificada, não sabia o que falar. – Estou te perguntando.

— Não tenho capacidade para isso, não tenho força, maturidade e...

— E você vai fazer isso sem ele? Sem conversar com seu futuro marido? – Engoliu em seco.

— Não quero que uma criança sofra o mesmo que eu, mãe! Não quero que tenha que passar sua vida inteira tomando remédios, com medo de ter um relacionamento e ser julgada, de... - Não quis ouvir o restante, me levantei e sai daquela cama. – Mãe? – Se levantou e tocou em meu ombro quando me apoiei na janela e olhei para fora. Estava uma noite muito bonita, minha folga, e o céu estava estrelado e a lua cheia.

— Alice está certa. Sua vida. – Me virei e a encarei nos olhos. – Mas se uma drogada teve coragem de prosseguir a gravidez, mesmo sozinha, por que você, com uma família que te apoia, não teria? – Arregalou os olhos. – Você era esse ser há 20 anos, você estava na barriga de alguém que não raciocinava nem por si própria, era para estar morta. – Deu um passo para trás. – Sou sua mãe, Rosalie, sabe o que penso a respeito disso, sabe que teria o apoio de Alice, o meu, do Edward e do seu noivo, mas saiba que a decisão é sua e que não quero saber de lamentações. Você está com três meses, torna-se mais difícil o aborto depois desse período, já é uma vida aí dentro. – Me aproximei de minha filha e resolvi deixar meus conceitos de lado. Abaixei minha mão e toquei seu ventre, se arrepiou com isso. - Alguém já fez isso em você? – Negou assustada e sorri de lado por ser a primeira. Me ajoelhei na sua frente e coloquei minha outra mão.

— O que está fazendo, mãe? – Parecia aflita.

— Sentindo esse ser dentro de você. – Vi de relance Alice sorrir emocionada. – Eu... Eu sempre sonhei em fazer isso com Alice, realizar seus desejos e ficar toda boba enquanto sua barriga crescesse, sentir o chute do bebê e beijar sua barriga todas as noites antes de dormir. – Sorri. – Até imaginava ele me chutando quando tentássemos transar. – Alice riu. – Emmett é um homem honrado, ele te aceitou com tudo que tinha, um filho o fará realizado e não apavorado. – Beijei ali e a senti se arrepiar. – Você me tem, filha, você tem a Alice, você tem sua família. – Chorou. Me ergui, sequei suas lágrimas e neguei. – Tem dois médicos que podem garantir a saúde dessa criança, sabe que é possível ela nascer sem nem o vírus, sabe que pode ser tão normal quanto Jake! – Chorou mais e me abraçou.

— Eu estou com medo, mãe! – Ri.

— Não precisa.

— E se eu não for capaz? – Neguei.

— Será! E se não tiver forças seremos sua bateria reserva! Seremos o que você quiser. Só... Não desista dessa vida sem um motivo real. Você só tem medo, sei que no fundo quer essa criança! – Me abraçou mais forte e chorou mais. – Se você não a quiser como filho, cuidaremos por você. – Ficou petrificada. – A verá todos os dias, poderá amá-la, e se caso mudar de ideia, pegá-la de volta ou a chamar de irmã(o). – Soltou-se e olhou em meus olhos assustada.

— Você...?

— Faria isso por você? Claro que sim! Sua mãe também! – Alice se aproximou e concordou.

— Converse com Emmett antes de tudo. Mas se mesmo assim quiser abortar... Filha, vamos ficar ao seu lado, ok? – Alice beijou sua testa com carinho. Bufei e revirei os olhos, mas assenti quando me olhou sério.

Soltou-se de nós e saiu do quarto e da casa, provavelmente indo procurar seu noivo.

— Você foi dura com ela. – Acariciou minha face.

— Eu passei anos da minha vida sonhando com você grávida, mas sabendo que infelizmente não poderia te dar isso! Agora ela tem o que tanto sonhei e...

— E você está sendo egoísta, é seu sonho e não o dela. – Suspirei.

— Você está certa, mas... Não acho justo acabar com uma vida e... É nosso neto, Alice! – Riu e colocou seus braços envolta do meu pescoço.

— Sim, um neto! – Me olhou com carinho. – Já imaginou ser avó com 41 anos? – Ri negando.

— E nem nossa filha mãe aos 19. – Abracei minha esposa e olhei ao redor. – Estamos no quarto, com Jake dormindo e Rose na casa do noivo? É isso mesmo? – Me olhou maliciosa. – E eu de folga? Descansada? Por que ainda estamos de roupa? – Riu e me puxou para a cama.

— Minha tarada! – Sentou em meu colo e começou a retirar minha blusa.

— Como se não gostasse! – Nos virei na cama e retirei sua roupa com rapidez. – Como se não gozasse! – Gemeu com minhas mordidas. Desci deslizando pela cama até chegar a sua intimidade, passei minha língua ali, sorrindo com seus gemidos, e logo cai de boca.

— Isso! – Rebolava em minha boca e gemia com meus estímulos. – Amo sua língua. MEU DEUS! – Se contorceu na cama e puxou meus cabelos com força.

— Você está facilitando tanto o meu serviço! – Ri quando senti sua sensibilidade e tamanha excitação.

— Vai Bella... – Implorou e passei meus dedos em sua entrada. – Isso... - Se contorceu na cama com meus movimentos de vai e vem somente até metade do dedo. – Sem tortura, amor... Sem tortura! – Mordeu os lábios quando meu dedo deslizou mais e saia completamente para voltar devagar. – Você não presta! – Nos virou na cama e sentou-se em minha mão. – Para com isso! – Ri negando e mordendo o bico do seu peito. – Amor... – Implorava por mais, mas eu só a excitava, eu só causava espasmos em seu corpo e não deixava que gozasse.

— Quer gozar no dedo ou na boca? – Indaguei irônica. Me olhou nos olhos e me deitou completamente na cama e sentou em minha boca, me dando livre acesso. – Gostosa... – Apertei sua bunda e passei minha língua do seu clitóris a sua entrada molhada, quase escorrendo. – Hum... – Minha vez de gemer. Desci minha mão e acabei me tocando para aplacar o tesão que sentia ao vê-la daquele jeito.

— Vai! – Mandou rebolando em minha boca, mas parou de rebolar quando minha língua entrou. – Ahn! – Gemeu, resolveu que seria melhor quicar, me fazendo sorrir e meu dedo me estimular mais.

Com minha mão livre eu fazia o mesmo em seu clitóris inchado, escorregando meu dedo até sua entrada, ora enfiando um dedo ora enfiando minha língua.

— Eu vou gozar... – Acelerei o ritmo das duas mãos e também comecei a sentir o prazer me alcançando e suas paredes esmagando meus dois dedos que foram para dentro dela.

A puxei para baixo e colei nossas intimidades, rebolando ambas com tesão e necessidade de gozar. Eu sentia o clímax chegando para ambas, eu sentia o suor escorrendo de nossos corpos quentes e prontos para se deliciar naquele orgasmo. Alice beijou minha boca com força e minha mão apertava seu corpo por onde passava. Ela desceu seus lábios para o meu pescoço e gemeu mordendo ali quando seu corpo ficou mole e melou toda minha intimidade e perna. Ri quase sem folego quando o meu se misturou ao seu ao mesmo tempo.

— Isso... – Respirava com dificuldades e tentava não se mexer, ou melhor, sem forças para isso. – Eu te amo. – Ri.

— Você ama ainda mais os orgasmos que te dou. – Gargalhou e assentiu. – Eu também te amo.

Ficamos abraçadas por um tempo, para recuperar o fôlego, e logo fechamos os olhos, não para dormir, mas para aproveitar aquele momento nosso.

— É isso que você quer? – Indagou.

— O que? – Fiquei sem entender.

— O hospital, é isso mesmo? – Ri e beijei sua testa.

— Estou gostando, é um desafio diferente. Uma velha de 40 anos fazendo residência com um monte de meninas 25, mas ok! – Fechou a cara e me olhou séria. – Mas nenhuma tão linda quanto você! – Me bateu e acabei rindo.

— Se você ficar de gracinha com alguma daquelas...

— Você acha que eu vou pegar alguma delas? Por favor, Alice! – Revirei os olhos. – Se nem quando estávamos separadas eu consegui beijar alguém, imagina tendo você todos os dias? – Suspirou aliviada e beijou meus lábios. – Acho que não teria nem forças para flertar com alguém. – Riu.

— Desculpa. – Ri e acariciei sua face olhando em seus olhos.

— Ciumenta! – Sorriu de lado.

— Só tenho medo de te perder novamente...

— Não irá acontecer isso, só a morte pode tentar fazer isso! – Tremeu e negou. – E você, o que vai fazer agora? Já estou melhor, vai ficar nas minhas custas? – Riu.

— Estava vendo um lugar para montar meu escritório...

— Um que não seja de 12 andares! – Me olhou com carinho.

— Um no térreo! – Sorri de lado. – Eu achei um até grande, tem uma recepção bem ampla e três salas.

— Para que isso tudo? – Indaguei.

— Não posso começar sozinha, vou chamar uns amigos para entrar de sócio e...

— E você não queria seu nome lá? – Indaguei.

— Não tenho tanto capital assim, amor! – A olhei de lado.

— Eu tenho economias...

— Não!

— Serei sua sócia! – Fiquei em cima dela. – Você com 51%, fechado? – Riu negando.

— É muito dinheiro para investir, amor!

— Quanto? 100? 200?

— No mínimo 500 mil. – Suspirei e sentei em seu colo.

— Vamos as contas. – Peguei um papel e caneta que estava no criado mudo e comecei a falar em voz alta. – Quando entrei na corporação, meu salário anual era de 35 mil, mas nossos gastos chegavam a mais de 3500 por mês, então o seu salário cobria o que o meu não dava para fazer, mas depois de cinco anos ficamos estáveis, conseguimos administrar bem e nossa despesa caiu e salário aumentou. Comecei a ganhar 50 mil, ou seja, sobrava mais de 24 mil para fazer uma poupança para emergência. Quando Rose fez 15 anos resolvemos que ela teria um fundo estudantil o mais rápido possível, então os 24 mil que iam para minha conta foi desviado metade para a dela. Ou seja, sobravam 12 mil... – Ela me olhava rindo e eu séria. – Vamos amor, você é de exatas, eu trabalhei por mais cinco anos ganhando 50 mil e tendo 12 mil de sobra, nos dando 60 mil mais 24 do primeiro ano! Ou seja, tinha 84 mil...

— Nem um terço do que preciso, amor! – Ria.

— Não terminei! – Riu da minha cara. – Eu ganhei minha promoção, então mais 30 mil entrou em minha conta, mas com a promoção veio a nossa separação, o que fez o meu gasto diminuir, mesmo com a ajuda que eu dava para vocês. De 80 mil que eu ganhava por ano, sobravam quase 60. Fiquei três anos assim, mesmo afastada eu ganhava meu dinheiro... 180 mil livres para minha conta, esses 180 mais 84 dá 264 mil dólares. – Sorri de lado. – Eu sei que você ganhava bem, amor! Eu sei! – Me olhou desafiadora. – Você tem no mínimo 300 mil na sua conta que eu sei! – Larguei o papel e beijei seu pescoço. – Temos quase 600 mil só para investir em você! – Negou. – Qual a desculpa agora? – Fiquei nervosa.

— Você recebe salário de residente e...

— E você acha que recebo quanto? – Indaguei.

— Uns 3 ou 4 mil? – Ri.

— Vou te contar um segredo, não espalha, ok? – Riu e assentiu. – Ganho 8 mil dólares por mês, livre de impostos. – Arregalou os olhos e me virou na cama.

— Escondendo o jogo? – Ri e passei a mão pelo seu corpo.

— Apenas esperando você dar outra desculpa! – Revirou os olhos. – E ainda pergunta se quero ser bombeira ou médica...

— Dinheiro não é tudo, amor...

— Eu sei! – Sorri de lado. – Mas mudar as vezes é bom, sabia? – A olhei com malícia. – Amanhã vamos ver esse escritório e vários outros, vamos dar início ao seu projeto, ok? Vamos realizar seu sonho!

— Mais um... O que você não faz por mim?

— Hum... Nesse momento eu queria fazer você gozar, posso? – Sorriu de lado e assentiu.

— Por favor! – Fechou os olhos quando sentiu minha mão em seu seio e a outra descendo.

[...]

— Sra. Swan, podemos conversar? – Me assustei ao ver Emmett na minha frente, parecia um pouco abalado e receoso.

— Claro... – Me ajeitei na cadeira e olhei ao redor. – Mas na sala dos residentes? Tem certeza disso? – Suspirou e sentou-se sem muito expressar. – Hey, o que foi? – Me levantei e puxei a cadeira para ficar de frente a ele. – Não sou psicóloga, mas tive que fazer algumas matérias sobre. – Riu levemente.

— Rose me contou da gravidez. – Pelo jeito ele não queria... – E está sendo um sonho! – Fiquei confusa. – Mas estou com medo, não por receio de contrair o vírus, mas por... - Abaixou a cabeça.

— Por...? O que aconteceu ontem à noite? – O olhei com certa ternura.

— Você viu que delícia aquele homem? Meu Deus e... Dr. McCartney! – Duas residentes, Jessica e Ângela, entraram juntas na sala e o olharam com certa malicia e surpresa.

— Bom, estou tendo uma conversa com meu genro, podem nos dar um minuto? – Arregalaram mais os olhos e ficaram com um pouco de medo de mim.

— Claro, her... Desculpa. – Saíram rapidamente e voltei meu olhar para ele.

— Deveria ser a chefe dos residentes, sabia? – Riu levemente, mas ainda sim triste.

— Sim, mas é dor de cabeça pra ganhar a mesma coisa, não quero isso tão cedo. – Concordou. – O que aconteceu?

— Eu não sou tão firme quanto pensei que seria, eu estou com medo, Isabella! – Apertei sua mão.

— Medo de que? – Fiquei confusa.

— De não saber o que fazer! De agir errado, de...

— Para de pensar nisso! – Sorri de lado. – É sua família que está ali, é sua noiva, é um fruto do amor de vocês crescendo naquela barriga. Pensa que só você é exclusivo com esse sentimento? Quantos pais também não tremem? Quantos tem receio de pegar o filho no colo pela primeira vez? E o primeiro banho? – Ri de sua cara. – Você é um excelente médico, um homem de respeito e forte, saberá cuidar da sua família, e se não souber tem seu exemplo paterno, tem seu pai ao seu lado, e se isso não for o suficiente, tem duas sogras que vão dar o suporte necessário. – Vi que não aguentou segurar as lágrimas e chorou.

— Obrigado. – Ri e me levantei o trazendo para cima, o puxei para um abraço e vi que ficou surpreso. – Não sou um carrasco, Emm, apenas quero o melhor para minha filha, mas agora você é o melhor para ela... Você é parte da família. – Me apertou mais e chorou em silencio.

— Obrigado por tudo, Mãe! – Fiquei emocionada pela forma que me chamou, claro que fiquei!

— Não por isso, filho! – Sorriu contra meu pescoço e se afastou, enxugou as lágrimas e ergueu a cabeça. – Isso! Sorria! – Sorriu de lado. – Seu sorriso é lindo, agora sei por que todos se derretem por ele! – Gargalhou.

— Irei conversar com Rose e a trarei para os exames, precisamos cuidar deles – Assenti e o vi sair mais feliz daquela sala, suspirei aliviada mesmo não crendo no que havia feito.

[...]

— O que acha dessa? Espaçosa, bem ampla e com uma localidade excelente! – A corretora nos mostrava alguns imóveis para o escritório de Alice, dessa vez era no centro, um prédio novo e bem moderno, mas algo me incomodava nele.

— E a segurança dele? O alvará dos bombeiros? Foi aprovado? Acabou de ser construído, qual a seguridade dele, e... – Alice virou-se e me calou com um beijo. – Ok. – Riu.

— Calma! – Suspirei e assenti. – Pode responder? – Voltou-se para a corretora, que ria da minha cara.

— Sim, tudo foi vistoriado, a assinatura é do Capitão Swan! – Sorri de lado e Alice me cutucou.

— Foi só para ouvir isso? – Assenti.

— Se meu irmão aprovou, então confio. – A corretora me olhou surpresa. – O ambiente tem somente duas salas, acha que dá? – Indaguei.

— Uma só daria para mim, mas é bom ter outra, vai que... – A abracei por trás. – Aqui seria uma excelente recepção. Ficar no centro tem suas vantagens. – Assenti. – O aluguel... – Neguei.

— O preço do imóvel. – Alice negou.

— Não dá! Vamos com calma, sim? Se não der certo? Se eu não vingar? Se meus clientes não gostarem daqui? E se... – A calei com um beijo e riu. – Ok!

— Para de pensar nisso, ok? – Assentiu. – Mas se está tão insegura fazemos um contrato de apenas seis meses, pode ser? – Concordou mais calma. – Mas compraremos depois! Só acho desnecessário ter que gastar dinheiro... – Riu e virou-se para ela.

— Aqui é ótimo, vamos fechar!

— Estamos conseguindo tudo, não é mesmo? – Perguntei depois que a corretora foi embora deixando apenas o contrato.

— Sim, com você ao meu lado tudo se encaminha corretamente! – Sorriu abertamente.

— Quer estrear sua sala? – Bateu em meu ombro.

— Quando estiver tudo mobiliado, sim! – Sorriu safada e logo me puxou para fora do prédio. – Vai dar tudo certo! Sim, vai sim! – Beijei sua bochecha e concordei.

[...] Anos depois.

— MÃE! – Jacob vinha em minha direção correndo. Ele tinha um sorriso safado nos lábios e estava sem camisa, exibindo o peitoral definido que adquiriu.

— Oi? – Perguntei sem entender nada. Jacob já estava com 16 anos, havia acabado de tirar carteira e soltava fogos por isso.

— Será que libera a noitada hoje? – Ri da sua expressão. – Nessie vai na festa e...

— Quer impressionar a garota, é? – Assentiu. Ri. – Claro. Mas cuidado! – Me abraçou de lado e assentiu.

— Sei me cuidar! – Baguncei seu cabelo e recebi uma careta em troca. – Empresta o carro? – Sorri maliciosa e logo me retribuiu.

— Sem netos, ok? – Joguei a chaves e gargalhou.

— Pode deixar!

Era uma tarde linda de domingo, estávamos fazendo um típico churrasco em família à beira da piscina. Minha esposa estava conversando animadamente com Rose sobre o novo membro da família. É... Meu segundo neto estava a caminho e nem 50 anos eu tinha!

Depois de todo o desespero das incertezas que abalou o casal, eles se resolveram e curtiram a gravidez. Se casaram com rapidez, dois meses depois. Meu primeiro neto era um menino lindo, olhos azuis, que nem o pai, e cabelo loiro que nem a mãe. Ele era perfeito! Sem nenhum problema ou doença. Nascera completamente livre do vírus e mais saudável impossível! Meu pequeno John. Ele já estava com seis anos e era muito travesso, fazia os pais de gato e sapato, mimado e muito amado, mas comigo era diferente, tinha disciplina e um excelente comportamento. Ele ficava chateado comigo as vezes, mas me amava e era apegado a mim.

Meu segundo neto, o que Rose estava esperando, era uma menina. Nossa pequena June. Rose estava de seis meses, sua barriga estava linda. Sim, eu era uma avó babona, não demonstrava em público, mas quando estava só com o John aprontávamos muito, dava mimos sim! O protegia sempre que tinha razão, eu amava meu pequeno!

Eu me acertei de vez no hospital, estava sendo bom, estável. Acabei me especializando em Neuro, mas as vezes dava meus pulos em traumas e ajudava no que precisavam. Minha esposa deu início ao seu projeto solo e deu muito certo! Hoje cresceu, teve que se mudar para a cobertura e tinha dois andares a sua disposição... Era uma equipe completa, respeitada por toda a cidade. Minha filha também se formou, conquistou seu espaço e era boa, começando ainda, mas era muito boa! Meu genro cresceu mais no hospital, não virou chefe de cirurgia, era novo para isso, mas um dos mais respeitados com tão pouca idade... Ah, sim, era um orgulho!

— Eai sogrinha, sai ou não sai essa carne? – O olhei com sobrancelha erguida e o mesmo deu um passo a trás.

— Oito anos de convivência e ainda tem medo dela? – Meu irmão apareceu e me abraçou de lado. – Não faz mal nem a uma mosca! – O olhei em desafio e foi a vez dele recuar. – Calma aí Bella. – Mordi meu lábio e dei uma andada em sua direção, atraindo a atenção de todos. Foi preciso somente um simples “buh” que o mesmo perdeu o equilíbrio e caiu na piscina.

— O que estava dizendo, Swan? – Ouvimos gargalhadas de todos ali e acabei me deixando levar. Meu neto gargalhou no colo do pai e sorri piscando para ele. Alice andou até nós e me abraçou, roubando um selinho.

— Eu não tenho medo. – Me desafiou.

— Deveria... Na cama eu acabo contigo. – Sussurrei em seu ouvido e ganhei sua risada. – Está pronto. – Chamei todos e rapidamente estavam com pratos e comendo sentados à mesa.

— Você me paga! – Ri do meu irmão ao se secar. Sentou-se conosco, ao lado de sua esposa e filha, e comeu resmungando.

— Frouxo. – Riu conosco. – Rose, venha cá! – Chamei antes que sentasse.

— Sim? – Não entendeu meu pedido, mas sorriu quando acariciei sua barriga e recebi chutes. – Ela ama você, sabia? – Sorri.

— E eu a amo mais. – Beijei sua barriga e ganhei seu afago. – Nossa família só cresce, estou gostando disso. – Meu neto não se segurou no colo do pai e correu para o meu. – Também te amo. – Sussurrei em seu ouvido e ganhei um beijo. Alice apertou minha mão e descansou em meu peito.

— Estou com 45, ainda podemos tentar ter um... – A calei com um beijo.

— Não vou te submeter a isso... Sei dos riscos. – Acariciei sua face.

— Mas era seu sonho, não? – Indagou.

— Bom, tenho muitos aqui realizados! – Todos riram. Mas vi um olhar de cumplicidade entre minha esposa e filha. – Já teremos dois neto e... Sangue não significa nada. – Olhei para os meus meninos e sorri. – Não se desenvolveu dentro de você com meu DNA, mas possui nossas características e sobrenomes. Isso que importa. – Concordou e meus filhos sorriram mais.

— Mas se desse, você gostaria? – Mordeu o lábio e me olhou de lado.

— Alice, quer me contar alguma coisa? – Todos olhavam atentos para nós. Rose chamou o filho, que saiu do meu colo, e logo vi lágrimas escorrendo de sua face, mas continha um sorriso no rosto. – Alice? – Indaguei novamente. Me entregou uma caixinha e pediu para que abrisse. Fiquei confusa, mas meu coração disparou naquele instante. – Não... – Arfei. Era um par de sapatinho de criança com um teste de gravidez... Ela pegou minha mão e desceu por sua barriga até chegar ao seu ventre. Minha respiração ficou acelerada. – Alice? – Indaguei de novo.

— Lutamos tanto para ter Rose... Completamos nossas vidas com o Jake, mas... Eu sei que sempre correu atrás de tudo para nós! Me deu os meninos, nossa casa, nossa família! Deu a faculdade para Rose e agora para nosso filho. E não deixa que cuidemos de você, que realizemos seus sonhos.

— Claro que sim! Tenho vocês aqui comigo, um sonho sim! – Sorri, mas negou.

— Abriu mão de muito, está na nossa hora de fazer algo... – Acariciou minha mão ali e não acreditei.

— Não... Não é possível! – Meus olhos estavam vermelhos. – Alice! – Sorriu acariciando minha face e assentiu.

— Vai ser mãe aos 49, amor, de novo. – Neguei chorando. Não consegui segurar minhas lágrimas.

— Você...- Chorava mais e olhava para todos ali. – Você sabia? – Rose assentiu e vi meu filho concordar. – Até você? – Emm riu da minha cara e sorriu de lado.

— Sua esposa está fazendo acompanhamento há dois anos. Há um ano tentamos a primeira vez, infelizmente não deu certo, mas agora...

— Mas... – A olhei incrédula. – Como?

— Descobri que havia pedido para congelarem seus óvulos, para caso um dia desse para fazermos. Por sorte que tinha para mais de uma tentativa... Você não gostou? Se quiser posso tirar e..

— Você está louca? – Riu da minha cara e logo me ajoelhei na sua frente. –Vou ter um filho? – Assentiu sorrindo. – Deus! – Beijei sua barriga e chorei ali. – Eu vou ter outro filho. – Acariciou minha cabeça e não queria sair dali. Beijei onde dava e acariciei. – Vou poder realizar seus pedidos! – Concordou sorrindo.

— Serei exigente. – Ri chorando.

— Não é perigoso? Não quero te perder e... – Me silenciou e negou.

— Tenho uma equipe médica cuidado de mim, da nossa saúde e... Tenho um particular em casa. – Me levantei e a puxei comigo.

— Eu te amo tanto! – Retribuiu o abraço e ouvi gritos de nossa família. – Me faz tão feliz! - Confessei chorando.

— Nunca pensei ver nossa mãe chorando que nem criança! – Sorri com o que Jake falou.

— Só de pensar que quase te perdi... – Colei nossas testas e acariciei sua face.

— Me terá por muito tempo ainda! – Sorri de lado.

— UM BRINDE! – Meu genro gritou. – Ao casal de maior inspiração, e ao meu novo cunhado que está para nascer! – Vários gritos, mas não foi o suficiente para sairmos daquela bolha que entramos. Colmos nossos lábios em um beijo simples, mas que para nós tinha muito significado.

— Eu te amo. – Dissemos juntas.


Notas Finais


Comentários? Sugestões para um capitulo Extra? Ficou faltando alguma coisa? Vamos lá gente, um retorno é sempre bem vindo <3


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