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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 3


Escrita por: LarySwan

Capítulo 3 - Capitulo 3


POV. Bella

— Alguém não aguentou o filme inteiro. – Ri ao ver meu Jake apagado no colo da irmã.

— Vou leva-lo para cama. – O peguei com delicadeza e o levei para seu quarto. O ajeitei na cama e o cobri com cuidado. – Durma bem, pequeno. – Beijei sua testa e sorri ao vê-lo sorrir.

Jake não tinha a mesma história que a irmã, apenas era excluído de todos por conta de sua cor. Era um moreno lindo e sorriso fascinante, mas que por conta de preconceitos idiotas era deixado de lado todas suas qualidades. Alice queria mais uma menina, para dividir quarto com Rose, mas aquele garoto meio tristonho durante as visitas me chamou a atenção.

Me aproximar dele foi tão fácil, me apegar ainda mais. Jake adorava jogar futebol e tinha uma bola furada em mãos. Quando me sentei ao seu lado ele ficou surpreso. Não é possível esquecer sua reação

“- E o que vai ser dessa vez? – Alice ficou sem entender. – Já brigamos com meio mundo por conta de Rose, quero mais! – Rose estava conosco e acabou rindo. Ela tinha dez anos.

— Que tal algo mais calmo? – Olhou ao redor. – Uma irmã para Rose. O que acha, filha? – Deu de ombros.

— Quem conquistar vocês terá sorte! Vai ser muito feliz! – Ri disso e beijei sua testa.

— Você é feliz com a gente? – Revirou os olhos.

— Nem respondo! – Alice riu e voltou seu olhar para cada criança que corria ali.

— Eu quero uma menina! – Alice foi logo impondo.

— Então fique à vontade. – Sorri de lado e foi minha vez de olhar. Mas algo me chamou a atenção. – Tem um tão isolado... – Alice olhou para o mesmo lado que eu.

— Deve estar descansando... – Não, eu sentia que não era só isso. – Vamos para lá? – Apontou para uma arvore repleta de meninas pulando corda.

— Vão indo. – Sorri e as vi se afastando. Foi impossível controlar meu corpo. Logo estava perto dele.- Oi, tudo bem? – Perguntei sentando-me ao seu lado. Continuou de cabeça baixa brincando com sua bola. – Oi? – Toquei de leve em sua mão e se assustou. – Te atrapalho? – Ficou acanhado e me olhou com receio. – Desculpa ter chegado assim, eu...

— Tudo bem. – Falou baixinho. Esse garoto não passa dos 3 anos.

— Qual o seu nome? – Quis saber.

— Jacob. – Sussurrou.

— Como? – Não havia entendido.

— Jacob... – Não me olhava.

— Hey, Jake. Posso te chamar assim? – Perguntei e assentiu envergonhado. – Meu nome é Isabella, mas pode me chamar de Bella.

— Oi Bella. – Sorri de lado.

— Por que não brinca com as outras crianças? – Quis saber.

— Eles não gostam de mim. – Olhou para frente.

— E por que não? – Olhei na mesma direção e vi que Alice me analisava ao longe.

— Eu sou preto. – Fiquei sem entender.

— O que? – Suspirou.

— Eu não tenho olho clarinho! – Suspirou.

— E desde quando isso importa? – Sorri acariciando sua face. Senti uma lágrima escorrendo por sua face. – Hey! – Ergui seu rosto e o fiz olhar para mim. – Desde quando sua cor importa?

— Eles não gostam de mim! – Seus olhos estavam vermelhos. Um impulso ainda maior me pegou. O trouxe para o meu colo e o abracei com jeitinho.

— Você é um menino muito lindo, sabia? – Colocou sua cabeça na curva do meu pescoço e negou. – Sua cor é linda! Um moreno maravilhoso! – Fiz cosquinha e ganhei sua risada.

— Nunca falaram comigo! – Senti a dor em sua voz.

— São bobos! – Riu. – Você é lindo.

— Obrigado! – Sorri de leve.

— Jake. Eu tenho uma filha especial, sabia? – Me olhou atento. – Ela tem uma doença que todo mundo tem medo.

— Ela morde? – Ri.

— Não, ela é bem carinhosa. – Sorri. – Mas todos a julgavam por isso, assim como você, sabia? – Me fitou atento. – Eu também sou diferente, eu tenho uma esposa! – Ficou surpreso. – Minha filha tem duas mamães, sabia?

— Que legal! – Ri da sua animação.

— Minha filha também morava aqui.

— E você a tirou daqui? – Assenti. – Você vai... – Ficou mudo.

— Te tirar daqui? – Ele ficou corado e escondeu seu rosto em meu pescoço. – Você quer sair comigo? – Perguntei.

— Hurum.  – Sorri. – Ninguém nunca falou comigo! – Beijei sua testa e vi que minha esposa me observava.

— Eu vou falar com minha esposa, mas tenho certeza que ela vai te adorar, sabia? – Senti seu sorriso. – Acho que vai gostar dela...”

Alice ficou um pouco triste no inicio, queria uma menina, mas percebeu minha afinidade com ele, como nos apegamos, e acabou conquistada. Rose o adorou, era meigo e delicado. Jogava bola com ele todos os dias que ia lá até conseguir sua guarda. O que não demorou muito.

Tenho vontade de adotar mais, mas esses dois já são tudo o que preciso!

— Eu te amo. – Sorri e o deixei ali. Fechei a porta e desci para a sala. – Vou ter que te levar no colo também? – Riu negando.

— Quero conversar com você. – Assenti e me virei. – Sobre o Emm... – Suspirei.

— Você gosta dele? – Foi a primeira coisa que perguntei.

— Eu acho que o amo. – Neguei.

— Que furada, não? – Riu concordando.

— Ele... Conversamos e...

— Ihh? – Quis saber.

— Emmett me mandou uma mensagem agora. – Ergui uma sobrancelha.

— Não está tarde? – Impliquei. Me deu língua. - O que mandou? – Riu de nervoso.

— Eu disse que tinha algo sério para lhe contar, precisava encontra-lo logo e que poderia acabar com tudo que poderíamos ter... Mas ele foi mais rápido e disse que já sabia. – Fiquei sem entender. – Toma, leia! – Me entregou o celular. – Só o final! – Corou quando viu meu sorriso malicioso.

— Hurum, ok! – Me joguei ao seu lado e comecei a ler a conversa. – Ele te investigou toda? – Rimos.

— O pai dele é delegado. – Corou.

— Hum... E ele, quantos anos? – Comecei o interrogatório. Eu não era um carrasco na vida deles, apenas os protegia. Ela já o escondeu de mim por seis meses, não daria motivos para mais seis.

— 23... – Ficou mais vermelha.

— E faz o que dá vida? - Quis saber.

— Ele... Bom, ele é médico. – Ri.

— Explicado a reação dele. – Riu comigo. A puxei para o meu colo. – Por que teve medo de mim por tanto tempo? – Suspirou.

— Não queria que ficasse brava ou algo do tipo... E não sabia se daria certo, tantas experiências ruins... – Concordei. – Eu vi sua conversa com a mamãe. – Mudou de assunto e fiquei rígida. – Tão ligadas uma na outra... Percebi o olhar que lançou a ela, sabia? – Corei. - Deveria repensar.

— Ela não merece alguém como eu.

— Que daria a vida por outras pessoas? – Indagou.

— Que só pensa nela. – Riu.

— Mãe, a senhora pode ser tudo, menos egoísta neste ponto! – Me encarou. – Liga para os meus sentimentos mais do que os da senhora. Nos defende de tanta coisa... Alice era feliz com você, eu via isso, todos viam!

— Ela me deixou, esqueceu? – Negou.

— Você que a deixou. – A olhei sem entender.

— Como?

— “Dê mais tempo a sua família, a nós! Caso contrário...”. Essa foi a fala dela. “Eu não posso deixar o batalhão sem um Capitão! Eles precisam de mim! Não me peça para largar eles, você sabe muito bem disso! ”. Essa foi sua resposta... – A culpa começou a me assolar. – “Sua família também precisa! ”. Você que finalizou dizendo: “Então peça o divórcio, mais fácil para ambas!”.

— Eu... – Fiquei muda.

— Te odiei por tanto tempo, sabia? Queria você longe, mas ai voltou e aos poucos conseguiu me conquistar novamente, ao contrário dela, Alice nunca deixou de te amar. - Suspirou. - Sentimos a falta da senhora, sabia? – Abaixei a cabeça.

— Perdão. – Negou e se aconchegou mais em meu peito.

— Adorava quando tocava para mim, sabia? – Sorri. – Cantava quase sussurrando e ainda me colocava na cama... Sinto falta disso. – Beijei sua cabeça.

— Vou te colocar para dormir, venha. – Negou.

— Quero ficar aqui com você. – Se aconchegou ainda mais ali.

— Tudo bem. – Acariciei sua face e a senti ficar mais pesada. – Durma com Deus, pequena. – Beijei sua testa com carinho. Fiquei pensando em tudo o que havia me dito e suspirei. Eu sempre estrago tudo! Esperei mais um pouco e vi que de fato havia apagado. – Crianças. – Sorri e me levantei sem que a acordasse. Subi para o seu quarto, arrumei sua cama e voltei para pegá-la. – Cresceu, mas continua leve. – Revirei os olhos e a levei para o quarto. A ajeitei na cama e beijei sua testa. – Eu te amo. – Se remexeu na cama e se aconchegou nela. Sorri e sai do quarto apagando a luz e fechando a porta. Verifiquei meu pequeno e voltei para sala.

Peguei um pouco de Whisky e gelo, sentei de frente a TV e voltei a assistir aquele filme chato.

— Sério que estou vendo Minions? – Ri comigo mesma e revirei os olhos. Suspirei pesadamente ao lembrar da converso com Rosalie. – Quando você tinha medo deu te trair com alguém... Antes fosse, eu te troquei pelo trabalho!

Flash Back On

“ – Alice... – Me assustei ao vê-la deitada no sofá com a TV ligada. Já passavam das duas da manhã e eu havia acabado de chegar do quartel. – Amor. – A sacudi de leve, mas não acordou. Desliguei a televisão e a peguei no colo com delicadeza. A levei para o quarto e a coloquei na cama com cuidado. Retirei meu uniforme e o cansaço começou a me abater.

— Você está me traindo? – Me assustei com sua pergunta.

— Como? – Fiquei confusa.

— Você... Você não me ama mais? – Agora que reparei em sua face vi marcas de choro e dor em seus olhos.

— Nunca trocaria uma vida por uma noite, sabe disso. – Sentei-me ao seu lado na cama. Acariciei sua face e sorri. – Eu te amo, Alice. – Retirei minha bota e meias, a calça foi junto e meu sutiã também. Deitei-me ao seu lado apenas de calcinha e blusa. – O que aconteceu? – Perguntei acariciando seu rosto com cuidado.

— Você... Você só chega tarde e... – Voltou a chorar. – É por eu não poder te dar filhos? Você quer outra? – Ri do que falava.

— Está na TPM? – Indaguei me deitando e a puxando para o meu peito. – Eu nunca te largaria por isso, eu carrego sua aliança em meu dedo, sobrenome e amor no peito. – Beijei sua cabeça. – Temos tudo que eu sempre sonhei, o que deu em você? – Me olhou com medo.

— Tive um sonho ruim, me desculpa! – Neguei.

— Eu ando tendo trabalho demais, mas é por uma boa causa. Vamos pegar Rose, não vamos? Vamos ter uma família completa! – Beijei seus lábios. – Depois que tudo estiver estabelecido e você com seu escritório, vamos relaxar... Vamos curtir a família, quem sabe ter um nosso? Mas... Eu só quero você, ok? – Chorou em meu peito.

— Tenho tanto medo de que outra te tire de mim! – Ri.

— Você é mais perfeita do que imagina, acha que há outra mulher que me faça ter orgasmos como você? – Riu. – Gosto de sua risada e não de suas lágrimas molhando meu ombro. – Sequei seu rosto. – Quer transar? Ainda tenho pique. – Acabou gargalhando e a puxei para cima de mim. – Ainda posso te fazer gozar! – Me olhou nos olhos e negou, ficou em cima de mim e me beijou logo em seguida.

— Estava certa, estou na TPM. – Revirei os olhos. – Eu te amo! – A puxei para os meus lábios e sorri.

— Então já que não quer gozar... – Sorriu safada e apertou meus seios. – Isso... – Fechei meus olhos.

— Vamos dormir. – Bufei. – Acordamos cedo. – Beijou meu pescoço e deslizou para cama.

— Vai ficar me devendo!

— Te pago amanhã... Sem roupa fica tudo melhor. – Entendi o que quis dizer e sorri a abraçando de conchinha. Virou-se e colou nossas testas. – Vamos ter uma família, não é?

— Sim, vamos! – Fechei os olhos e deixei o cansaço aparecer.

— Eu te amo, minha heroína. – Sorri e não consegui responder. – Te amo muito. – A apertei e tudo ficou escuro”.

Flash Back Off

Essa lembrança foi a ultima que tive antes de cair no sono.

[...]

— Bom dia, mãe! – Sorri ao receber um beijo na bochecha.

— Bom dia. – O prendi em meus braços quando subiu em cima de mim.

— Mãe, a gente vai no quartel hoje? – Jacob mal acordou e já estava animado, eu mal abri os olhos e queria voltar a dormir.

— Claro que sim! – O deitei direito em minha cama e o abracei mais. – Que horas são? – Quis saber.

— São oito e meia, mãe! – Ri.

— Eu só entro as 10h hoje, filho. Vamos dormir mais um pouco? – Resmunguei e ouvi a risada de Rose.

— Cabe mais um nessa cama? – Indagou. Abri meu olho levemente e a vi sorrindo.

— Sempre. – Abri meus braços e logo os dois estavam em cima de mim. – Como é maravilhoso acordar assim! – Suspirei pesadamente.

— Poderia ser todos os dias! – Alfinetada a essa hora da manhã?

— Ok, acordei. – Me levantei e acabei olhando sério para minha filha. – Vão tomar banho enquanto faço o café. – Jake beijou minha bochecha e saiu correndo pela casa. – Se cair eu vou rir! – Parei de ouvir a correria.

— Como faz isso? – Rose quis saber.

— Não tem porque brigar com meu filho a essa hora, meu amor. – A puxei para o meu colo. – Dormiu bem? – Assentiu.

— Do sofá pra cama, que mágica é essa? – Rimos. – Tem uns anos que não faz isso. – Comentou.

— Tem uns anos que não dormia no sofá comigo. – Me levantei e fui para a minha suíte.

— O que farei hoje? – Quis saber.

— Pode ir para o quartel também, Edward vai estar lá, vai gostar de te ver. – Sorriu.

— Tem tempo que não o vejo. Vou sim! – Virou as costas.

— Vá de calças. – Voltou-se para mim, meio sem entender. – Hoje é sábado, costuma-se aumentar o número de incidentes com fogo ou chamadas para resgatar gatos. – Gargalhou.

— Mas o que tem eu ir de short com isso?

— Significa mais homens de plantão, mais homens que não controlam a língua e mais homens que terei que perder meu tempo advertindo. Me poupe. – Se aproximou e agarrou minha cintura.

— Com ciúmes, mãe? – Revirei os olhos. – Logo você? – Beijou minha bochecha.

— Você é minha filha, ótimo que tenha muitos que te desejam, mas não que desejem na minha frente! – Voltou a rir e descansou sua cabeça na curva do meu pescoço.

— Você é demais, sabia? – Beijei sua testa e sorri.

— Vá tomar um banho. Vou fazer o mesmo e descerei para fazer o café.

[...]



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