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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 7


Escrita por: LarySwan

Capítulo 7 - Capitulo 7


POV Bella

— PORRA! – Bufei de raiva quando senti meu celular vibrar justo quando estava tendo um sonho maravilhoso com ela...  Olhei para o relógio e marcavam 4h da manhã. - Oi! – Falei de mal humor.

— Liga a televisão. – Era a voz de Edward.

— Por que? – Fiquei sem entender, ainda com sono.

— Liga a porra da televisão!— Olhei para a tela que havia em meu quarto e peguei o controle no criado mudo ao meu lado. – Canal 44.— Suspirei e coloquei, mas arregalei os olhos logo em seguida.

“Prédio no centro de Nova Iorque pega fogo durante esta noite...”

No mesmo instante que a notícia foi dada, meu radio tocou.

— Swan! – Atendi de prontidão.

— Capitã, um incêndio...

— Sim, estou vendo. A proporção é grande, mande no mínimo quatro caminhões. Irei vestir minha roupa e já estou a caminho. Leve minha proteção. – Desliguei. – Edward...

— Você acabou de sair de um hospital, Isabella! – Brigou comigo.

— Pouco me importa, Edward. Esse é o prédio da Alice!— Me levantei, mas gemi de dor.

— Está debilitada, não irá entrar aqui, não deixarei!

— Você é meu Tenente, me deve obediência! Faça o que mando, te encontro aí em 10 minutos. — Desliguei o telefone e troquei de roupa.

Olhei ao redor. Quase quatro da manhã. Minha filha deve estar apagada... E o sono pesado que tinha...

Fui até o seu quarto com a velocidade que conseguia alcançar e entrei em seu quarto sem muita delicadeza.

— Filha. – A balancei rapidamente.

— Hum... – Resmungou.

— Não posso contar com manha agora, tenho uma chamada de emergência, anda! Acorda, filha! – Abriu os olhos assustada.

— O que foi? – Viu minha agonia.

— Incêndio no centro, e o prédio é o da sua mãe. – Ficou assustada. - Preciso que levante! Cuide do seu irmão e ligue para sua mãe! – Mandei.

— A senhora vai para onde? Recebeu alta do hospital ontem e...

— Liga para ela! - Assentiu e esfregou a mão no olho para melhor enxergar. Pegou o celular e começou a discar. Fui rapidamente para o meu quarto e peguei o capacete e chaves da moto e carro.

— Mãe, ela não atende! – Fiquei confusa, Alice nunca recusou uma chamada de Rose.

— São quatro da manhã, Rose. Ela falou que iria sair de casa? – Negou.

— Não, não disse e... – Ficou muda arregalando os olhos. – NÃO! – Gritou em desespero.

— O que foi? – Fiquei angustiada.

— Ela anda dobrando turno, te falei! – Assenti. – Diversas vezes já dormiu no escritório e... Será que...? Mãe, ela pode estar lá dentro! – Tentei não entrar em desespero, respirei fundo diversas vezes e olhei em seus olhos.

— Meus melhores homens já foram enviados para aquele local, caso ela esteja lá dentro, vamos resgatar sua mãe, ok? – Assentiu. Peguei as chaves do carro e as coloquei em suas mãos. – Se algo der errado, coloque seu irmão no carro e vá para casa do seu tio Jasper, ok? – Negou. – Faça o que mando e não me desobedeça! – Gritei.

— Acabei de recuperar você, não quero minha outra mãe na mesma situação! – Estava tremendo.

— Calma. – Acaricie seu rosto. - Ligue para alguém, não quero você sozinha. – Beijei sua testa. – Eu te amo. – Olhei em seus olhos e senti um aperto em meu coração. – Cuide bem dele, ok? – Assentiu. Suspirei e corri para fora de casa. Montei na moto e a acelerei rapidamente para o centro. – Que não esteja lá! – Praticamente implorei para Deus.

Minhas costas pareciam ainda que iriam rasgar, mas eu precisava fazer isso, eu devia isso a ela! Em poucos minutos cheguei ao local e vi um amontoado de pessoas em volta do perímetro delimitado.

— Com licença. – Pedi assim que estacionei a moto.

— Somente... Capitã Swan, passe. – Um policial ia me barrar, mas me reconheceu rapidamente.

— Meu traje, rápido! – Ordenei. Rapidamente estava colocando minha roupa e equipamento, e um cilindro de oxigênio nas costas. – Quantas equipes já entraram?

— Três, senhora! – Meu Tenente gritou.

— O incêndio começou na cobertura, sala 01. – Gelei, era a sala ao lado da de Alice!

— Alguém visto no local? – Ninguém falou nada. – Relatos de que possa haver alguém no último andar, alguém de lá foi resgatado?

— Impossível passar do 10º andar, Bella! – Edward apareceu atrás de mim. – E você não deveria estar aqui!

— Cala a boca. – Rosnei. - Nada é impossível! – Terminei de prender minha roupa e já coloquei a máscara. – Edward e James, comigo!

— Qual o plano? – James quis saber.

— Salvar a vida da minha esposa. – Edward arregalou os olhos e prendeu meu braço antes de arrombarmos a porta.

— Isso é loucura!

— Loucura é deixa-la morrer! Se não for comigo eu subo sozinha, você que decide! – Me livrei do seu aperto e comecei a correr pelos lances de escadas. Os 20kg que eu carregava nas costas pareciam que iriam me rasgar por completo. Aquele calor estava me atingindo mais do que devia, mas só pelo fato de saber que ela poderia estar lá dentro, aquele peso virou peso pena, era ágil e em menos de 5 minutos já estava no 10º andar.

— Senhora, o fogo está muito alto daqui, não dá para passar! – Neguei.

— Minha esposa está presa no 12º andar, eu vou subir! – Arregalaram os olhos.

— Se ela está lá já deve ter...

— Cala a merda dessa boca, soldado! – Dei um passo e algo explodiu em nossa frente.

— Não dá, Bella! – Edward tentou se sensato.

— Não, não vou perder minha esposa!

— Ex-esposa, Bella. Volte e cuide dos seus filhos, anda! – Rosnei.

— Fiz um juramento, Swan! Se você não liga para ele eu ligo! Não importa se é minha esposa ou um simples animal, jurei salvar vidas e é isso que farei! – Me ergui e pulei entre as chamas. – AHH. – Gemi de dor pelo queimado que pegou em meu rosto. – Mais um pra coleção. – Ironizei, mas isso não me abalou. O caminho estava livre depois daquela cortina de fogo.

Subi mais dois andares e quase queimei minha mão ao tentar abrir a maçaneta.

— ALICE! – Gritei seu nome, mas nada. Peguei meu machado, que estava agarrado atrás, e usei para derrubar a porta. – ALICE! – Gritei em desespero. Nada. Não havia ninguém ali. Duas portas, a número um aberto e sem ninguém, já a dois... – PORRA!

Tudo naquele dia estava dificultando. Olhei para o lado e vi um extintor. O peguei rapidamente e tentei amenizar a cortina que tinha ali. Sorri de lado ao conseguir passar por ela e abrir a porta.

— Alice! – Meu coração apertou ao vê-la ali, desmaiada e completamente rodeada de fogo. Se não estivesse morta estaria muito ferida e fraca. – Alice...  – Corri em sua direção e um alivio se formou em meu peito, ela estava utilizando a máscara que um dia a dei. – Boa menina. – Beijei sua testa.

A peguei no colo, com dificuldades, e consegui refazer o caminho para o 10º andar.

— EDWARD! – Gritei.

— Bella! – Parecia surpreso.

— Tente controlar essas chamas, eu preciso atravessar com ela! – Mandei.

— Temos apenas três extintores aqui! – Bufei.

— Os use, pelo menos para que ela passe! – Meu rosto e costas voltaram a latejar por conta da chama, mas evitei gemer de dor, apenas queria que ela saísse dali logo!

Quando vi um pequeno buraco se abrindo atravessei por ele e sorri aliviada quando vi meus companheiros ali. Me ajoelhei com ela em meu colo e retirei a máscara de oxigênio de mim e rapidamente coloquei nela substituindo a que usava.

— Calma, vai acabar... Esse pesadelo já vai acabar, ok? – Beijei de novo seu rosto e recebi seu aperto, estava acordando. – Oi? – Sorri de lado.

— Amor... – Beijei sua testa.

— Estou aqui, estou aqui! – Deixei que minhas lágrimas escorressem. – Eu te amo, estou aqui! – Não me importei em demonstrar isso. Abriu os olhos devagar e me viu chorando. – Eu... Eu vou te tirar daqui, ok? – Sorriu. Edward apareceu e tentou tirá-la de meus braços.

— Vamos, eu consigo! – Me ergui e voltamos a descer. – O prédio foi vistoriado?

— Mas ninguém aqui, Bella! – Assenti e descemos rapidamente para o 5º andar, quando um outro estrondo nos fez parar. – Vamos sair logo daqui esse lugar parece que vai desmoronar!

— Esse edifício é antigo, vamos! – Voltamos a correr, mas acabei ficando para trás.

— Deixe que eu a levo, assim chegaremos mais rápido. – Suspirei e passei para o colo do meu irmão.

— Te encontro lá embaixo, ok? – Beijei sua testa, assentiu meio desnorteada. Ele correu a minha frente, mas naquele instante meus joelhos cederam e eu não conseguia mais sair do lugar.

— Capitã! – Ouvi um dos meus me chamando. Olhei para ele e me ajudou a reerguer, com dificuldade. Mas olhando para cima vi que algo de errado ia acontecer.

— CUIDADO! – Gritei, mas não daria tempo de sair dali e meu impulso foi de empurra-lo e receber todo o impacto. A viga de sustentação caiu em cima de mim. Sendo mais especifica, em minha perna.

— AH! – Gritei de dor. Com certeza havia quebrado.

— Bella! – Meu irmão gritou desesperado.

— Tire-a daqui, por favor! – Implorei.

— Não, você...

— Bella... – Alice arregalou os olhos.

— A TIRE DAQUI, É UM ORDEM! – Me olhou com dor, mas assentiu correndo os últimos andares com ela. – Porra... – Tentei mover aquela viga de concreto, mas era impossível. Alguns soldados voltaram e tentaram me ajudar, mas o fogo estava aumentando e o calor ficando insuportável. – Vão. – Pedi tossindo.

— Não vamos te deixar aqui! – Ri.

— Esse prédio todo irá desabar, preciso que retirem as pessoas dos prédios ao lado e da frente, pelo menos um raio de 2 km, ok? – Negou. – Parem de me desobedecerem, por favor! – Fechei meus olhos.

— Tome, Capitã! – Soldado Newton, o qual eu salvei, me deu seu cilindro de oxigênio. – Vamos te tirar dai, ok? – Ri sem esperanças.

— Diga que errei, que não deveria ter feito o que fiz. Fui idiota, mas a dor me consumia por dentro. Eu era incapaz, me sentia um nada... Diga que a amo, pode ser? – Apertei sua mão.

— Dirá isso, verá! – Suspirei. O calor estava insuportável.

— Minha filha é especial, Newton, a diga que aquele cara pode fazê-la feliz, tem minha permissão. – Sorri de lado. – Jake... Meu pequeno é o homem da casa agora... Amo meus filhos, peça Edward para cuidar deles, por favor! – Negou. – Uma ordem, Newton! – Olhei a estrutura e neguei. – Vá, se cuidem! – Me olhou com dor, mas seguiu minhas ordens e correram para fora.

— Queimadura de 3º grau no rosto e nas costas, perna esquerda triturada, pulmão todo fodido... Acho que o velório não será tão bonito... – Meu humor negro voltou com tudo. – Você vai cuidar bem de nossos filhos, Alice. Tenho certeza. – Evitei chorar, eu não choraria!

O fogo estava me cercando, deixei que meu corpo relaxasse e pelo menos descansasse um pouco antes de ir para o inferno. Meus olhos estavam pesados e a única coisa que passava em minha mente era o rosto de minha Alice.

— Eu te amo, pequena. Amo como nunca amei alguém... – Tossi, mas tinha um gosto de ferrugem ali. Sangue. – Perdão... Por tudo. – Meus olhos ficaram fechados de vez. – Errei tanto contigo. – Lamentei. – Fui egoísta... Dois anos jogados fora e... – Meus olhos não conseguiriam mais se erguer e ver as chamas que me consumiam. Eu não sentia o calor, ele já era meu amigo de mais de 10 anos, o fogo pouco me incomodava, lidei com ele a vida toda. Sempre o derrotei, mas um dia o jogo vira e quem ganha uma hora perde. – Se vingue lentamente, era o que eu faria, fogo. Faça seu trabalho e consuma de vez o que resta de oxigênio neste ambiente. – Sorri sem vida... Um barulho despertou minha atenção e cada estalo era um andar desmoronando. – Cuidem dela... – Olhei para cima a tempo de ver a estrutura desabando e caindo sobre meu corpo...



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