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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 8


Escrita por: LarySwan

Notas do Autor


POV. Bella

— NÃO! – Acordei me sentindo sufocada e o ar não entrava direito em meus pulmões. Estava suada, como se houvesse fogo ali. Abri meus olhos desesperada e vi Rose em minha frente.

— Mãe, está bem? – Meu peito subia e descia. Eu não me controlava. Neguei e tentei me levantar. – Calma, o que foi? Nunca te vi assim!

— Um pesadelo! – Tremi mais.

— Calma, estou aqui. - Sentou-se na cama e me puxou para o seu peito. - Quer uma água? Vamos descer e conversar na cozinha? O que acha? - Indagou. - Posso fazer um chá,s e quiser. - Ficou preocupada comigo. Assenti, ainda meio desnorteada. Me ajudou a levantar e descer para a cozinha. Me sentou na cadeira e serviu um copo d’água. - Quer me contar? – Sorriu de leve.

— Minha psicóloga. – Rose sentou-se de frente e riu.

— Segundo semestre ainda, mãe. Calma. – Nosso orgulho, entrou na mesma universidade que Alice e eu entramos.

Minha esposa era filha de políticos, mas detestava essa área e resolveu se isolar dos pais. Quando completou 17 anos e conseguiu uma boa faculdade, saiu da casa deles e veio morar no campus da Columbia University, em Nova Iorque, onde nos conhecemos. Ela fazendo arquitetura e eu tentando a vida com medicina. Éramos de prédios diferentes, mas em uma festa no campus acabamos nos encontrando e a troca de olhares rolou. Ela era linda, olhos azuis e um cabelo negro. Seu sorriso era tímido, não parecia ser filha de quem era. Andava mais sozinha enquanto eu tinha uma turma. Me aproximar dela foi fácil, difícil foi conseguir um beijo. Nunca fui de me apaixonar, eu brincava com as pessoas, era fria! Mas com ela foi diferente, foi tudo intenso e no primeiro beijo sabia que a queria para mim!

— Me conte. – Pediu.

— Um incêndio. – Riu da minha primeira palavra. – No prédio da sua mãe. Ela estava lá, presa. Eu conseguia a resgatar, tirava das chamas, mas ficava presa... Edward conseguiu sair com ela, mas eu fiquei... Meus homens foram expulsos por mim... O prédio começou a desabar... O fogo consumia tudo... – Fechei meus olhos com força. – Os andares foram caindo um a um, eu estava no 5º. O teto caiu sobre minha cabeça e...

— Ok, mãe. Calma! – Percebi que estava tremendo novamente.

— Foi horrível! – Apertou minha mão.

— Em relação ao ambiente em que se passou tudo isso, você acabou de sair de uma situação onde seu filho corria perigo, uma casa em chamas e Jake lá dentro, saíram pouco antes de tudo desabar e vocês a poucos metros dali. Mãe, o pesadelo é normal, uma reação ao estrese que passou. – Acariciou minha mão. – E bom, em relação a quem estava no sonho e o que aconteceu com vocês... Você a salvou e morreu no lugar, acha que esse sonho não diz nada? – Respirei fundo. – A morte só significa essa separação que vocês estão. A morte significa um fim eterno, e é o que está se encaminhando esse casamento. – Tremi. – Bom, é o que eu acho. – Riu de nervoso, mas sem me soltar.

— Eu a amo, sabemos disso! – Sorriu e logo em seguida mordeu o lábio.

— O que disse a ela quando a resgatou?

— Que a amava.

— E depois?

— Que perdi dois anos... – Suspirei.

— Ela te quis todos esses anos que ficaram separadas, você se faz de durona, mas pelo simples fato de pensar que morreria sem tê-la te faz arfar. – Neguei. – Você tem que tirar isso da cabeça! Você quase morreu há seis meses, a dor em seus olhos foi terrível... Mãe, Alice precisa de você e você dela!

— Eu...

— Claro que pode! Vai esperar estar morrendo, de novo, para se declarar? Sabe que um dia pode ser tarde demais? – A olhei de lado.

— Eu não posso... – Neguei e me levantei, com dificuldades. Iria voltar para cama.

— Tem medo de falhar novamente, sua insegurança te faz fraca para o amor. Você a quer, quer em sua vida e braços, mas...

— Mas minhas escolhas não me deixam ser feliz. – Falei o óbvio. – Para a sociedade sou uma excelente profissional, para os meus filhos uma ótima mãe, mas para mim... – Ri. – Sou uma merda.

— Você...

— Edward me forçou a ir numa psiquiatra, ela vem tentando me ajudar, passou medicamentos. – Andei até o ponto onde guardava minhas coisas e retirei as caixas de remédios. – Tomo três desses por dia.

— Eu não sabia. – Ficou muda.

— Não resolvem. Eles me motivam a continuar saindo de casa, me dão forças para fazer meu trabalho, mas... Não adianta, não há estimulo cerebral químico o bastante para me fazer sair disso.

— Não, mas tem um físico e se chama Alice!

— Já estou me afundando, já estraguei sua vida e tive o que mereci. Eu tirei tudo dela, Rosalie. Tudo. – Minhas pernas tremeram, mas logo ela me segurou firme.

— Você a deu tudo.

— Eu tirei sua liberdade, eu... Ela tinha um futuro tão perfeito pela frente, tinha...

— Tem, mas seria ainda mais com você ali!

— Rose...

— Eu sou sua filha, mãe! Você me deu para ela! – Sorriu e ergueu minha face. – Se não fosse seus esforços... Você abriu mão de tudo! Da carreira que amava por mim! Por nós!

— Você é tudo o que tenho, você e o Jake!

— Não...

— Não a tenho, eu não posso ter! Para! – Fiquei nervosa e tremi mais.

— Isabella...

— Me leve para o quarto, por favor! – Implorei, não queria chorar.

— A senhora é forte, sabia? Enfrentou a dor sozinha, não contou a ninguém. Se mostrava valente a todos, vi como se dedicou para salvar aquela família, é uma boa líder! Mas... Como continuar sendo boa se não consegue ser consigo mesma? Como salvar vidas se já desistiu da sua?

— Por isso ainda trabalho, para tentar ajudar a quem tem salvação.

— Você tem, sabe disso!

— Me leve para o quarto! – Pedi quando minhas forças estavam indo embora. – Por favor. – Suspirou e me ajudou a subir as escadas. Me ajeitou na cama e me cobriu.

— Eu te amo, sempre me terá aqui, sabe disso né? – Sorriu.

— Vou te perder para o McCartney, você será feliz. Terei o Jake. Ele também irá crescer. – Suspirei. – Isso me motiva, sabia? Só isso. Vocês.

— Descanse, quando acordar podemos conversar mais, ok? – Assenti e fechei meus olhos. – Eu te amo. – Beijou minha testa e voltei a apagar...

[...]

Meu corpo estava entorpecido, se recuperando da dor que sofrera a pouco tempo e do que sempre irá sofrer, mas algo me despertou, um peso sobre mim e um cheiro conhecido invadiu o ambiente. Logo seus lábios macios colaram aos meus.

— Ahn! – Abri os olhos e meu peito estava rápido, assustado. – Alice! – Não sabia como reagir. Metade do meu corpo estava entorpecido por ela estar ali, mas em minha mente... Antes que eu pudesse dizer algo seus lábios grudaram aos meus.

Não sabia se retribuía ou não, mas foi algo incontrolável, imediato. Eu já estava tão afoita por ele quanto antes. Eu a queria!

Meus lábios sempre foram possessivos em relação aos seus, mas naquele instante eu queria a sentir 100%, queria que ela me demonstrasse que aquilo era somente um pesadelo, que era ela encima de mim, seus lábios sobre os meus e não somente uma última memória.

Sua língua não disputava comigo, apenas acariciava e tornava o beijo calmo, suave, mas mesmo assim um beijo que demonstrava o sentimento de forma intensa. O medo estava ali, não somente de mim, mas dela. O carinho, a amizade, o amor...

— Bells... – Desgrudei nossos lábios quando senti que ambas necessitavam de ar. – Você... Deus! – Chorou acariciando meu rosto.

— Eu tive um pesadelo. – Falamos juntas. A olhei nos olhos e acariciei sua face.

— O que sonhou? – Perguntei com nossas testas coladas.

— Que eu havia te perdido. – Tremeu. A abracei com força e caiu na cama ao meu lado. A puxei para o meu peito e beijei todo o seu rosto.

— Me conte... – Pedi.

— Só me lembro de ter fogo, você me salvava e...

— E eu morria? – A olhei.

— Sim, como sabe? – Sorri triste.

— Tive esse mesmo pesadelo. – Mordi meus lábios. – Mas... O que faz aqui? – Fiquei confusa.

— Quando acordei, assustada com o sono, liguei de imediato para Rose. Ela atendeu e contou o que havia acontecido e... – Olhei para o relógio e me assustei, eram 5h da manhã.

— Ela não devia ter feito isso! O que...

— Me contou tudo. – Me fitou e acariciou minha face.

— Não deveria! – Fiquei nervosa.

— Ela é nossa filha e te ama, se preocupa com você. – Suspirou. – Tão forte e ao mesmo tempo tão fraca, não? – Riu e beijou meu pescoço.

— Alice é melhor...

— Não vai me expulsar de novo de sua vida! – Se negou. – Cansei disso! Cansei de chorar por você! Cansei de ter que fingir que estou bem! – Me olhou nos olhos. – Eu cansei de ficar longe de você!

— Eu...

— Você é! – Chorei. – Você é tudo! – Colou nossas testas. – Você é tudo o que tenho, tudo o que quero, você é minha vida!

— Eu te fiz sofrer tanto, por que não outro alguém?

— Porque não mando na porra do meu coração, e ele te ama há 15 anos! – Suspirou. – Eu fiquei com medo de ser trocada tantas vezes, eu nunca vi seu lado, eu nunca me coloquei nele! Eu não tive que abrir mão do meu sonho pela nossa família, você sempre puxou tudo para você, foi a mulher da casa! – Riu levemente e chorou. – Você sempre cuidou de nós, mas não deixa que cuidemos de você. Quase três anos sem ter seu corpo aqui. – Pegou minha mão e colocou em seu corpo. – Sinto falta de minha esposa. – Neguei.

— Alice. – Acariciei sua face.

— Você não precisa largar tudo, você... Você pode continuar, vou ser mais paciente! Vou saber te esperar! Logo estaremos nos aposentando, vamos ter o resto da vida para aproveitar e... – A calei com um dedo.

— Não quero morrer dizendo te amo, Alice. – Me fitou sem entender. – Quero viver dizendo isso todos os dias que acordo. – Sorriu de lado.

— Bells... – Neguei e a calei com um dedo.

— Eu fui uma tola há três anos, não deveria ter dito tais palavras, muito menos hoje. Eu... O sonho foi tão real, Alice! – Trememos juntas. – Eu sei da minha incapacidade, ainda mais agora. Estou debilitada, não creio mais em mim...

— Mas eu creio! – Sorri. – Vou estar ao seu lado.

— Você não desiste? Sou um caso perdido.

— E desde quando você foi fácil? – Ri levemente.

— Aquele sonho...

— Eu sei... – Beijou meu pescoço. – Você se arriscava por mim, dava sua vida pela minha e de seus companheiros... Sei que aquele lugar significa muito para você e sinto que não posso te pedir para largar tudo...

— Largaria qualquer coisa por você. – Me olhou nos olhos e sorriu.

— Largue somente essa casa e volte para nossa... Quero isso todos os dias. – Se aproximou mais e me deu mais um selinho.

— Quero você... – A puxei para o meu corpo e deixei que subisse em mim.

— Estou enferrujada. – Ri.

— Três anos... – Confessei.

— Nunca ficou com ninguém? – Ri.

— Eu te amo, Alice. Como ficar com alguém? – Abaixei a alça de sua blusa e deixei que seus seios ficassem a mostra. – Como tentar substituir um corpo como o seu? – Beijei seu ombro e a senti ficar arrepiada. – Como... – Não aguentou e capturou meus lábios de forma feroz. Sugou minha língua e rapidamente se livrou daquelas roupas e fez exatamente o mesmo comigo. – Apressadinha. – Rosnou e sorri de lado...

— Eu necessito de você... – Me virei na cama, ficando por cima dela, mas logo minhas costas reclamaram de dor, gemi levemente e ela percebeu isso. – Mas posso esperar. – Neguei e tentei me concentrar ali, nela, mas a dor estava aumentando. – Bella. – Segurou minha mão e acariciou meu rosto. – Temos uma vida para isso. – Sorriu encarando meus olhos.

— Mas... Três anos... Eu preciso... – Riu e me abraçou com carinho, evitando tocar em minhas queimaduras.

— Se recupere e me faça gozar como só você consegue. – Gemi quando mordeu de leve meu pescoço. – Eu vou cuidar de você enquanto isso. – Suspirei triste, mas me surpreendi quando me virou na cama e sorriu de lado, escorreu pela cama e chegou a minha intimidade.

— Alice? – Arfei, respirei bem fundo. – O que... Ahn... – Gemi quando passou sua língua ali.

— Você está fraca, merece ser cuidada. – Desci minha mão até sua cabeça e apertei seu cabelo quando passou sua língua novamente e foi me chupando lentamente. Alice sempre foi mais sensível, então me considerava a ativa da relação, sempre a tocando e sentindo prazer a vendo tendo prazer, raras exceções que me dava esse “troco”. Alice, apesar de pouco explorar meu corpo como eu fazia com o dela, sabia exatamente onde tocar. Sabia o que me dava tesão e o que me fazia gozar. – Eu confesso que amo o seu sabor. – Mordeu meu clitóris, que já estava ficando excitado, e gemi mais alto. – Sei que não gosta de dedos... – Sorri quando enfiou sua língua em mim.

— Alice... – Arqueei minhas costas, em busca de contato. Entrava e saia, raspava seus dentes em minha intimidade e me estimulava com um dedão. – Isso... – Eu sentia meu rosto pegar fogo e o ar ficar descontrolado. – Amor... – Mordi meu lábio inferior quando tirou a língua e voltou a me chupar. Já estava inchado, qualquer toque me fazia gemer, mas quando o mordeu de leve... – Porra! – Gritei de prazer e tirei sua cabeça dali, estava pulsando, sensível, e meu gozo escorria lentamente por minha perna.

— Deixa eu te limpar. – A olhei com desejo, seu cabelo grudou em seu rosto suado, a deixando incrivelmente sexy. Soltei devagar seu cabeço e logo lambeu minha perna e passou por minha intimidade, onde gemi novamente. – Tão maravilhosa... – A puxei para um beijo forte, sem carinho, o meu gosto em sua boca me fez arfar.

— Alice... – A olhei sem acreditar. – Isso... – Riu e deitou em meu peito.

— Quero fazer mais disso. – Ainda estava com a respiração descontrolada, não conseguia raciocinar direito.

— Quando quiser... – Rimos e relaxei um pouco. – Eu te amo. – Soprei quase sem força.

— Eu também. – Respirou fundo. – Vai amanhã lá para casa? – Ri.

— Vai cuidar de mim? – Assentiu.

— Pedirei licença do trabalho. Ficarei ao seu lado.

— Você e Rose como enfermeiras... Estou bem. – Sorriu. Se ajeitou bem em meu peito e suspirou. – E falando em Rose... – Me olhou sem entender. – Conversei com o “namorado” dela. – Riu da minha cara.

— Gostou dele? Competente, cuidou bem de você e...

— E bem idiota! Me enfrentou, acredita? – Ficou surpresa.

— Pontos?

— Negativos, só se for! – Rosnei de lado.

— Confessa... – Me cutucou. – Você gostou dele.

— Ele tentou ser durão, mas tremeu na base... Ele a pediu em casamento, ela não aceitou.

— Eu sei disso, ainda não é hora. Mas não me respondeu...- Me olhou com expectativas.

— O rapaz não é um moleque, pelo que Rose me mostrou e vi no hospital. Ele cuidou de mim, foi prestativo mesmo com minhas grosserias. – Acariciei sua face.

— E é muito simpático. – Ergui uma sobrancelha. – Não sou uma Capitã conceituada e temida, amor, sou apenas uma arquiteta. – Riu da minha cara.

— Ele tem anos a mais que ela...

— E desde quando isso significa algo? – Voltou a beijar meu pescoço. Golpe baixo!

— É homem para salvar vidas e honrar a profissão, será para me encarar e pedir permissão para ficar com Rosalie? – Indaguei apertando suas coxas expostas. – Ele já disse que não quer isso! – Riu.

— Fiquei sabendo disso também... Ele até que foi corajoso! Você fez o mesmo! – Revirei os olhos. - Facilite, amor... – Pediu beijando meus lábios.

— Hum... Eu tive que enfrentar um prefeito cercado de seguranças e metido a besta. – Acabou rindo. – O que é uma bombeira? – Mordeu de leve ali, acabei gemendo. – Alice...

— Ele é bom rapaz... – Apertou meu peito.

— Ahn... – Apertei sua bunda com força, arrancando dessa vez os seus gemidos. – Que tal parar de falar nele? – Indaguei a trazendo para o meu colo. – Tem mais coisas ai que eu quero do que elogios a um rapaz... – Sorriu de lado.

— É tudo seu, minha ciumenta. – Sorri e voltei a capturar seus lábios.

Capítulo 8 - Capitulo 8




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