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História Short-Fic - Fogo - Capitulo 9


Escrita por: LarySwan

Capítulo 9 - Capitulo 9


POV. Bella

Dia após dia era um recomeço em minha vida. Cada manhã era incrível acordar e ver aqueles olhos azuis me fitando com tamanha felicidade. Todos os dias ter meus filhos comigo e a cada instante poder abraçar minha esposa e dizer de verdade o que estava sentindo, arrancando sorrisos e ganhando beijos em vez de lágrimas e dor. Ela foi forte por nós duas, ela fez o que nunca teria forças para fazer, ela foi os três pilares. Se eu dei início a essa família, Alice deu continuidade!

— Espero que tudo esteja resolvido, senhor. – Olhei para o meu superior e suspirei. Estava na minha corporação, de frente ao meu chefe, pedindo minha demissão.

— Tem certeza do que está me pedindo, Swan? É meu melhor...

— Homem? – Rimos. – Eu preciso disso, deste tempo com minha família e... E tentar seguir meu sonho, senhor! – Negou, não acreditava.

— Te dou um ano, o que acha? Um ano de afastamento, descansando e se recuperando, depois volta e...

— Sabe minha resposta, senhor! – Se ergueu e andou pela sala. Estava nervoso com algo, e esse algo era eu.

— Dois anos! – Ri. – Três! Sei lá, quantos você quiser, mas não faça isso comigo! – Ri levemente e me virei para ele.

— Eu acordo todos os dias com minha mulher nua em minha cama, sabia? – Me olhou sem entender minha fala. – Eu não imaginava que isso fosse acontecer. – Ri sem humor. – Eu não imaginei que fosse possível voltar a sorrir desta maneira! Viver sem depender de remédios, sorrir sem ser falso... Senhor, eu preciso dar a ela o que tirei por três anos! Eu tenho que ficar ao seu lado!

— Você... Quais seus planos? – Indagou.

— Sou médica, senhor. Minha formação acadêmica e tenho minha especialização, sabe do meu potencial... Quero ver se ainda sirvo para isso! – Sorri.

— E ficar presa em um hospital? – Fez careta. – Que graça tem? – Ri.

— Graça de chegar viva em casa, sem assustar minha família...

— Só pensa, Isabella! Por favor, só pensa! – Me ergui, com um pouco de dificuldades ainda, e estiquei minha mão.

— Pensarei, mas já sabe minha resposta! – Suspirou e apertou de volta.

— Não importa o tempo que passar, esse sempre será seu lar, Bella! – Sorriu acolhedor. – Sua mesa estará a sua disposição!

— Agradeço todo apoio, senhor. – Me despedi dele e sai de sua sala indo para o carro.

Minha recuperação estava sendo lenta, mas estava sendo. A cada dia as dores iam diminuindo e cicatrizando tudo. Ter Alice ao meu lado também foi um grande incentivo. Seu carinho e cuidados foram vitais, com certeza foram!

Estava há dois meses em tratamento fora do hospital e minha filha havia voltado para a faculdade. Seu namorado, Emmett, até veio aqui me visitar, saber como estava, mas somente como médico e não como genro. Isso estava deixando minha filha insegura e eu irritada, muito!

Alice pediu demissão do escritório que trabalhava e dedicou-se totalmente a mim. Não queria aquilo, mas me convenceu ao contar-me seu sonho de abrir um lugar seu, com sua assinatura. Ela tinha talento e dinheiro para isso, daria certo!

Eu não estava 100%, mas dava para ir e voltar da corporação para averiguar o que andava acontecendo em minha ausência. Administrava as coisas e deixava nas mãos do meu irmão, mas hoje resolvi que isso deveria acabar, que... Bom, passaria mais tempo com ela, seguiria a minha carreira, nem que por apenas alguns anos, e seria mais fiel aos sentimentos.

Hoje tinha sido mais um dia daqueles, depois de tanto trabalho e conversa séria com meu superior, estava chegando em casa. Ao estacionar vi o carro de minha filha do lado de fora, sorri de lado e uma felicidade me preencheu. Gostava da família reunida, depois de três anos o que mais queria era isso!

— Não está sendo nada fácil! – Ouvi Alice reclamando com Rose assim que pisei o pé na sala.

— Ela dificulta, não é? – Riu.

— O que? Sim! Isabella está acabando comigo! – Entrei na cozinha e fiz sinal de silencio para minha filha quando me viu.

— Pensei que estavam matando as saudades... – Provocou e sorriu safada.

Eu e Alice voltamos a ter nossa vida sexual uma semana depois que reatamos, quando a dor não era mais tão forte e eu conseguia me mexer sem dificuldades... Confesso que foi uma noite incrível, maravilhosa, perfeita! Depois disso não mais paramos! Era bom, era mágico, era quente!

— Matando saudades? Ela que está me matando! – Rose riu. – Já transávamos todos os dias, filha, mas agora... Ela não estava em recuperação? Que isso? – Parecia sem folego. Meu desanimo também foi embora, me sentia em um conto de fadas ao seu lado... De fato Alice era a cura para minha doença. – Eu... Eu nunca pensei que diria isso, mas ela está mais fogosa do que na faculdade! – Mordi meu lábio e fiquei atrás dela, esperando mais alguma gracinha. – Juro que é muito bom, mas 5 orgasmos direto em uma transa... Isabella! – Se assustou quando a agarrei por trás e beijei seu pescoço, passei a mão por seu corpo e apertei seu seio esquerdo.

— Reclama demais, vai sofrer as consequências a noite! – Rose gargalhou.

— Duas adolescentes! – Bateu palmas.

— Adolescente... – Alice virou-se e ficou corada. – Ouviu tudo? – Ri e assentiu. – Então...

— Vou intensificar seus orgasmos. – Arregalou os olhos e ri.

— Amor... – Parecia assustada. – Você acaba comigo!

— Fala isso, mas ama, não é? – A abracei e colei nossas testas.

— Confesso que me sinto uma adolescente em seus braços, não uma mulher de quase 40 anos. – Sorri e beijei seus lábios. – Eu te amo. – Assenti.

— Eu também! – Nos beijamos novamente.

— Tem Bella ainda para mim? – Rose quis saber.

— Claro que tem! – Me soltei e beijei sua bochecha. – Como vai, filha?

— Bem, me divertindo muito com as histórias! – Ri. – Tenho novidades! – Bateu palminhas, a olhamos sem entender e logo sorriu mais. – Emm virá aqui esta noite falar com a senhora, mãe! – Suspirei. – O que foi? – Ficou triste.

— Pensei que era noite em família.

— Mas ele é da família! – Fez bico. – Vou apresentar meu namorado e... – Revirei os olhos. – Chata! – Ri.

— Ok, veremos se tem mesmo coragem! – Apertei mais minha esposa e beijei seu pescoço.

— O que houve? Chegou cedo hoje. – Reparou e virou-se para mim.

— Hum... Digamos que não trabalho mais lá... – Ficou surpresa e Rose engasgou com a agua.

— Como? – Perguntaram juntas.

— Eu... Eu preciso ficar mais tempo com vocês. – Confessei e vi meu filho correndo na cozinha quando chegou da escola. – Eu preciso aproveitar mais esse menino, já que minha menina eu perdi! – Ri ao pegar meu filho no colo e sentar no balcão, ele me abraçou de lado e me olhou sem entender. – Irei me dedicar um pouco a medicina, se conseguir, é claro! – Ri.

— Você... Você... – Alice ficou sem palavras.

— Acho que merecia isso, não? Ao menos um teste! Não pude fazer muito, só me formei praticamente!

— E vai trabalhar onde? – Rose quis saber, animada pelo visto.

— Irei falar com Aro Volturi, era chefe em um hospital, talvez tenha vaga para mim... Mas preciso me curar 100% antes. Preciso ficar forte! Afinal sou uma cirurgiã! – Alice sorriu de lado e se aproximou de mim.

— As mãos estão bem firmes! – Rose acabou rindo alto demais e Jake sorriu docemente.

— Minha mãe é boa! – Alice sorriu de lado.

— Sim, muito...

[...]

— Bells... – Arfou quando a peguei e prensei na parede do nosso banheiro. – Isso... – Fechou os olhos quando meus dedos pincelavam sua entrada e apertavam seu clitóris, brincando com sua sensibilidade e a deixando louca de tesão. – Vai... Me fode! – Implorou.

— Aqui? – Me fiz de santa. Me olhou feio e nos virou na parede.

— Assim! – Pegou meus dedos e se penetrou com eles. – Isso... – Fechou os olhos comandando o ritmo deles, apenas fiquei observando, analisando cada arfada que dava. – Vai amor, por favor! – Mordi seu pescoço e desci minha boca para o seu peito esquerdo.

— Será que vão demorar muito ai? – Rose gritou do quarto. Ri e minha esposa bufou de raiva. – Tem a noite toda, mas já são quase oito da noite! Emm chegará em 20min!

— Ainda sou sua mãe, Rosalie! – Alice odiava que interrompessem nosso sexo.

— Desculpa, mãe, mas eu preciso da senhora, e da Bella também! – Riu. – Tem 20 minutos! – Saiu gargalhando.

— Às vezes odeio essa intimidade que temos! – Se referiu a filha. Ri e acelerei meu ritmo dentro dela, a pegando de surpresa e arranhando minhas costas quando pressionei seu clitóris com meu dedão. – Isabella! – Ficou mole e ofegante.

— Temos só 20min, vamos? – Lambi seu gozo e sai rindo do banheiro.

— Você me paga! – Rosnou.

Entrei no closet e me olhei no enorme espelho que tinha ali e me virei dês costas, analisando minha cicatriz.

— Você é a mulher mais linda deste mundo, sabia? – Alice sorriu para o espelho e chegou mais perto e acariciou com cuidado ali.

— Essas costas nem tanto. Ainda bem que não foi no rosto, não? – Ironizei. Beijou minhas costas, me causando arrepios, e me abraçou.

— Seria ainda mais linda. Essa cicatriz é por arriscar tudo por ele, nosso Jake. Você é incrível e... E tem certeza que quer largar isso? Sempre gostou de lá...

— Mas eu amo você. – Sorriu. – Eu quero estar aqui, eu necessito estar aqui! – Me virei e a abracei. – Sendo médica posso não ter aquele tempo todo que queria, mas terei certeza de chegar aqui sem nenhum ferimento. Poder te dar mais conforto, presentes, mimos!

— Você já me dá tudo isso lá! – Fiquei sem entender.

— Brigamos tanto por aquele lugar, agora que dou o que você quer... – A fitei confusa.

— Eu queria você, e aquele lugar me tirava isso. Isabella, agora tenho você de novo. – Acariciou minha face. – E o que mais quero é sua felicidade, chega de abrir mão daquilo que ama por nós! É feliz lá! – Beijou meus lábios.

Entrou mais no closet e pegou uma roupa social, um vestido simples, mas que em seu corpo ficava perfeito e excitante! Se arrumou rapidamente e eu não conseguia parar de olhá-la.

— Não vai se arrumar? – Perguntou sem entender.

— Sugere algo? – Sorriu e foi até minha parte, que era nem 1/3 da dela, e me deu uma blusa e calça.

— Sei que gosta de conforto. – Mordi meu lábio e sorri de lado.

— Certo. – Me vesti rapidamente e olhei no espelho. – Nada mal. – Olhei nossos reflexos e combinavam, o meu era sério e o dela sexy. – Vou fazer a vida desse cara um inferno se ele pisar na bola. – Gargalhou e me deu um beijo.

— Seja boazinha. – Arrumou meu cabelo e sorriu. – Como estou? – Indagou depois que passou sua maquiagem.

— Pronta para ir a minha cama! – Agarrei sua cintura.

— Não! Vão descer agora! – Rosalie apareceu no quarto e puxou nossas mãos. – Estão lindas. – Só parou quando desceu os lances de escada e olhou para o irmão. – Ótimo, se arrumou, lindo, cheiroso... O que falta? – Ela estava ansiosa.

— Rose, para! – Pedi assim que ficou andando para lá e para cá.

— Eu... Quero que seja perfeito, não quero que...

— Deixa acontecer, filha! Ele salvou minha vida, querendo ou não eu o respeito! – Vi como estava nervosa. – Ele não é nenhum menino de 16 anos querendo te levar ao baile, mas é um homem que já te pediu em casamento.

— Vocês não se deram bem! – Tremia.

— Eu lutei por sua mãe, sofremos para chegar até aqui, o preconceito foi enorme, se não fosse a persistência nem você estaria aqui hoje, e você... Rose, minha maior luta foi para te ter! Ninguém queria nos dar sua guarda, nossa família virou as costas, eu revirei o mundo de cabeça pra baixo por você... Acha que vou deixar que ele te leve fácil? – Estava chorando. – Se tivesse aceitado o pedido dele eu não deixaria que se cassasse! – Riu de nervoso. – Você é minha menina ainda! – Me abraçou forte e chorou em meu ombro. – Ninguém vai te tirar de mim fácil! – Sorriu contra meu ombro.

— Eu te amo. – Sorri, mas antes de falar a campainha tocou. Se afastou e tentou limpas as lágrimas antes de abrir a porta, mas não deu muito certo, seu namorado percebeu os olhos vermelhos assim que ela foi aberta.

— Rose, o que foi? – Ficou preocupado.

— Eu... – Não sabia o que expressar, mas voltou a chorar. Ele parecia desesperado e a abraçou rapidamente.

— Amor, o que foi? – Negou e somente o abraçou.

— Eu vou te apresentar minha mãe, está mais que na hora! – Falou ainda abraçada.

— Tem certeza? Sente alguma coisa? – Questionou. Parecia profissional naquele momento.

— É somente emoção e insegurança. – Respondi por minha filha. Dei um passo em sua direção e estiquei minha mão. – Seja bem-vindo a nossa casa, Dr. McCartney. – Fui formal e o vi ficar tenso olhando para mim.

— Obrigado, Sra. Swan. – Rose olhou para nós dois e depois para Alice, parecia pedir socorro.

— Venha, entre que vamos jantar! – Sorriu e foi recepcionar nossa visita, ou melhor, a visita de Rose.

— Como vai, Sra. Cullen? – Negou.

— Já falamos sobre isso, Emmett! – Sorriu ao colocar sua mão em seu braço e o acompanhar até a sala de jantar. – Somente Alice... – Foram conversando, quando iria segui-los minha filha me puxou e me olhou com receio.

— Já conversamos, sim? – Negou.

— Você foi tão formal... – Ri.

— Eu não o conheço. – Suspirou, respirou bem fundo.

— Me ajuda, mãe! – Implorou.

— Vem, deixa que ele se vire. – Pisquei e estiquei meu braço para que pegasse e a levasse até a sala. Chegando lá os vi sentados à mesa e meu filho conversando animadamente com ele.

— Bom... – Rose ficou sem saber o que fazer e olhou ao redor. - Eu vou servir vocês. – Sorriu de lado e se soltou de mim.

— Eu te ajudo, filha. – Alice se levantou e sorriu de lado para mim. Me sentei na ponta da mesa e encarava sério o meu “genro”. – Vem filho. – Jake olhou para nós dois e entendeu tudo.

— O Emm se deu mal? – Perguntou a mãe, mas não prestei atenção na conversa deles, ficava fitando dentro de seus olhos

— Sra. Swan... – Tossiu levemente, de nervoso claro. – É... Como vai? – Vi seu rosto ficar vermelho e sua mão suar um pouco, ri levemente e me sentei confortavelmente na cadeira.

— Bem melhor que você, pelo visto. – Olhou para as mãos e tentou secá-las na calça.

— Eu... No hospital eu... – Continuava gaguejando.

— Eu sei o que fez no hospital. – Estava começando a me divertir com aquela situação.

— Gostaria de pedir perdão. – Foi franco.

— Perdão? – Indaguei me jogando para frente. – Perdão pelo que? Por ter me desafiado sem motivo? Por ter dito que não precisava da minha permissão? Que eram só vocês dois que importavam? Se isso, por que está tão nervoso? Por que veio aqui? Qual o motivo desse suor todo? – Não elevei meu tom de voz, pelo contrário, o abaixei. – Diga, Dr., diga o motivo de tamanha ansiedade se não há motivos nem de estar aqui!

— Eu agi de forma errada, Sra. Swan. Fui precipitado e estúpido. Pensei que se mostrasse ser forte você... Sei pelo que passou com sua esposa, queria ter um pouco daquela confiança que tinha e...

— E quer comparar um homem que poderia me arruinar, o mais poderoso de Seattle comigo? Uma simples bombeira que estava enferma? Mal conseguindo andar, com as costas toda enfaixada e queimada? – Fui ficando irônica.

— Como eu disse, fui um tolo. – Respirou fundo, com dificuldades.

— Eu lutei por ela, eu perdi minha família por conta de preconceitos, eu sofri tanto que você não imagina! Eu já passei fome para colocar coisas em casa, sabia? – Ficou surpreso, e percebi que minha esposa também. – Já fui trabalhar com a barriga vazia para deixar comida para ela! Já me faltou roupa, mas nunca para minha esposa! Já tive meu nome sujo... Já passei por tantas coisas, jovem! – Fechei meus olhos e neguei com as lembranças que me vieram.

— E quando iria nos contar isso? Me contar isso? – Ela entrou na sala e ficou na minha frente. Abaixei a cabeça e neguei. – Isabella, estou falando com você! – Sentou-se em meu colo e acariciou minha face.

— Para que? Te preocupar atoa? Estava estudando, quase se formando na faculdade!

— Eu estava juntando dinheiro para a formatura, tinha uns sete mil na minha conta para uma festa e você contando moedas para colocar comida em casa! – Parecia nervosa, mas, acima de tudo, chateada.

— Eu tive uma festa, você também deveria ter! Foi tão linda, não? Valeu a pena. Aquela noite eu vi que valeu a pena todo meu esforço... Alice, te ver naquele palco, com um vestido maravilhoso e o diploma em mãos, me fez realizada. – Negou e me abraçou com força.

— Poderia ter feito só a simbólica, sugerido uma mais barata e...

— E o que passou, passou. Foi por conta daquela festa que conheceu seu chefe, sabe disso! – Sorri acariciando sua face. – Teve um emprego antes de sair de lá, tudo iria entrar nos trilhos, iriamos conseguir e conseguimos!

— Você... – Deixou que as lágrimas escorressem e colou nossas testas. – Eu te amo. – Ri e assenti concordando.

— Eu te amo. – Sussurrei para que somente ela ouvisse. – Muito. – Me deu um leve selinho, mas que foi intenso.

— E depois eu querendo um filho... Por que não me cortou? – Indagou sem entender.

— Poderia ter feito isso, mas era Rose. – Vi minha filha vermelha e quase chorando. – Com ela até você teve que lutar comigo, valeu a pena, por ela valeu! – Andou até nós e apertou nossas mãos e logo em seguida as beijou.

— Eu... – Chorava mais.

— Está muito chorona! – Riu e me abraçou forte.

— Eu nunca passei fome, sou filho de pais ricos, sempre morei em casas confortáveis e tive tudo o que queria, entrei nas melhores escolas e uma faculdade conceituada. Fui o melhor da turma, claro, tive toda uma base. Eu sempre fui mesquinho, o que queria eu conquistava, mas com Rose foi diferente. – Emmett começou a falar quando nos separamos e sentaram em seus devidos lugares. – Eu não era santo, dormia com todas que beijava e em cada festa eram bocas diversas e um corpo novo no sofá, cama, banheiro... Qualquer lugar que desse, eu não prestava! – Foi sincero. Alice evitou rir, mas olhou-me de lado como se dissesse “Igual a você”. – Rose não se deixou levar, me negou um beijo, ninguém nunca me negou! – Parecia frustrado. – Meu sobrenome tinha poder, qualquer uma se deitaria comigo sem eu abrir a boca.

— Até parece alguém que conheço... – Alice não se segurou e acabei rindo.

— Sua filha me conquistou, sua filha me envolveu, não precisou de muito para me ter completamente. Ela era diferente das outras, ela queria saber de mim e não de minha família, Rose sorria e era tão verdadeiro que... – Sorriu apaixonado, apertando sua mão. – Eu era turrão, sempre briguento e estourado, mas por ela eu fui me acalmando, me transformando em um homem de verdade. Meu pai não a conhecia, mas aprendeu a respeitá-la pelo que me fez! – Suspirou. – Eu fiquei louco quando me negou sexo, eu precisava disso, era homem! Diversas vezes passou pela minha cabeça desistir disso, não era para mim! – Apertou mais forte a mão dela. – Eu era tão fraco, mas ela não. Ela não sabia o que se passava em minha mente, mas me conquistava cada vez mais no coração. Rosalie me tem por completo. Sua doença... Confesso que me pegou de surpresa, claro, mas não me afastei, pelo contrário, agora entendia tudo, seu medo, suas angustias, sua insegurança... Contei ao meu pai, ele sorriu e disse que quando aceitei Rose eu estava me tornando um homem.

Respirou fundo e fechou os olhos com força.

— Cada dia era intenso, cada beijo essa paixão ia crescendo. Sra. Swan, eu fui um idiota por medo, medo de não me querer em sua vida, medo de ser rejeitado pela mulher que minha amada mais respeitava e tinha de exemplo... Hoje eu quero te pedir perdão, quero recomeçar, quero que me dê uma chance de poder implorar sua benção, poder pedir sua permissão para namorar sua filha. – Falou isso olhando em meus olhos.

— Foi difícil? – Indaguei. Me olhou sem entender. – Foi difícil para você aceitar duas mães? – Riu.

— Não sou preconceituoso, fui criado por um homem digno, que dá ordens e gosta de leis seguidas corretamente, mas, acima de tudo, respeito. Eu confesso que nunca fui a favor, principalmente ao saber como Alice sofria por você. Mas era amor, era forte. Não entendia como não virava a página e seguia em frente, tão linda, talentosa, simpática e única, Sra. Cullen arrumaria outro ou outra logo e tão fácil quanto eu. Mas não, era você. – Foi sincero. – E vê-la no hospital, cuidando de você e não saindo ao seu lado, me fez ter ainda mais respeito, me fez querer um amor assim. – Sorri de leve. – Eu admiro o que vocês possuem e quero isso um dia para nós. – Apontou para Rose.

— Eu não o conheço, Sr. McCartney, não sei sua índole, não sei seu passado completo, não sei o que fez lá, mas não me importo! O que me importa é o que fará agora, como será a partir de hoje, o que fará com minha filha! – Ele assentiu. – Se um dia ela chorar por sua conta, saiba que terá consequências. Se um dia a fizer sofrer, será um cara morto. Posso não ser policial, mas anos sendo uma militar me fizeram ter contatos em todos os níveis. – Assentiu. – Você estava certo, não importa minha resposta, mas sim a dela. Sei que não quer um namoro, já estão nisso há mais de anos... Sei que seu olhar não é de menino, mas de homem decidido. Sei também que esse volume em sua calça não é excitação, mas sim alianças para pedi-la novamente em casamento. – Ele engoliu em seco e Rose arregalou os olhos. – Mas saiba que nem sempre o mais correto é se ajoelhar e pedir na frente da família, mas sim um momento íntimo de vocês. – Me levantei.

— Mãe... – Ficou confusa.

— Ele sabe minha resposta, não preciso dizer mais nada. Sei que minha filha nunca se entregou a você, e sei que aproveitará muito isso. Já me conheceu, agora leve minha filha para um lugar adequado, converse com ela e não tente se exibir, você já cresceu. – Engoliu em seco, mas assentiu. - Um lugar que vocês gostem, simples, ou um restaurante chique, você escolhe, mas a resposta é dela e não nossa. – Sai da sala e fui para a cozinha. Peguei um prato e coloquei comida, minha barriga estava roncando. Sentei-me na mesa e me servi com o vinho que tinha ali.

— Você não disse sim nem não, mas eles saíram. – Minha esposa sentou-se ao meu lado e pegou um garfo para comer comigo. – Ela cozinhou muita coisa. – Riu. – Mas está divino! – Concordei.

— Precisava dizer algo depois do que foi esclarecido? – Negou. – Então pronto. – Sorri de lado e vi meu filho aparecendo ali. – O que foi, meu amor? – O olhei de lado.

— A senhora deixou eles ficarem juntos? – Fez bico, acabei rindo.

— Você gosta dele? – Assentiu. – Eu também, mas não espalha, ok? – Riu e fez sinal de silencio. – Venha cá! – Sentou conosco e pegou outro garfo comendo comigo no prato.

— Ela fez sobremesa... – Alice falou ao abrir a geladeira. – Brigadeirão! – Sorriu abertamente e pegou colheres.

— Filme, doce e família, o que acham? – Jake sorriu concordando e logo fomos para a sala e ligamos a televisão. Alice deitou em meu peito, com o prato com o doce, e Jake ao seu lado, já atacando. – Algum filme?

— Minions! – Neguei.

— Não mesmo! – Fez bico quando coloquei um aleatório de ação que apareceu, mas logo ele sorriu.

— Esse filme é de 14 anos, amor! – Ri.

— Ele tem quase 10, deixa ele. – Se aconchegou em meu peito e me deu uma colher. Inspirei fundo o seu cheiro e sorri de lado. – Fui muito dura com ele? – Perguntei depois de uma hora de filme e ver meu filho dormindo.

— Foi mãe. – Ganhei um selinho. – Suas palavras... Você está certa, o que importa é o que ela tem a dizer. – A apertei mais forte em meu abraço. – Mas acha que aceita? – Ri.

— Sim, ela viu a intensidade nas palavras de ambos, ela só esperava por mim, ou melhor, por nós! – Apontei para nós duas.

— Demorou demais! – Ri beijando seu pescoço.

— Nunca vou saber me perdoar com você, por isso nem tento pedir desculpas, apenas ser uma esposa melhor! – Senti suas lágrimas molhando meu braço e a beijei mais nos ombros. – Eu nunca serei digna de você, mas tentarei ser o mais próximo que conseguir de uma boa esposa, ok? – Negou.

— Você já é! – Sorri. – Obrigada por ter voltado...

— Obrigado por nunca ter ido! – Assentiu.

— Seu pedido de casamento ainda está gravado em minha memória... – Ri.

— Quer que o faça de novo? – Mordi seu pescoço.

— Hum... Quero! – Sorri e me levantei com cuidado, peguei meu filho no colo e subi as escadas com ele, voltei para a sala e a vi sorrindo de lado, um sorriso sexy. – Vem! – Me chamou com um dedo e abriu as pernas para que meu corpo se encaixasse ao seu.

— Para ser mais fiel precisa ser sem roupa... – Arranhou minhas costas e sussurrou em meu ouvido.

— Então me leva para um carro e me deixa suada. – Neguei.

— Te levarei para a cama e te deixarei exausta! – A peguei no colo e subimos as escadas entre beijos e carícias. A joguei na cama e subi por cima.

— Só me faça gozar... – Pediu gemendo quando minha mão explorou seu corpo.

— Quando não fiz? – Me olhou com desejo e atacou meus lábios para o início de uma noite que não teria fim tão cedo...



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