História Short Fic - Twice Love - Capítulo Três

P.OV. Edward

— Então vamos lá. – sou surpreendido ao sentir sua mão segurar a minha. Mas não me fiz de rogado e fechei firmemente sua mão sob a minha.

Devido a grande quantidade de gente, se aproximar do bar se tornou um sacrifício. Depois de alguns empurrões e alguns pés esmagados, finalmente chegamos nele.

— Uma coca-cola e uma garrafinha de água. – Bella gritou para o barman. Ela virou-se para mim. – E você... Vai querer o que, Edward?

— Hmm... O mesmo que você.

— Duas cocas e duas águas. – Ela refez o pedido ao barman.

Ela se virou de frente para mim, com as costas encostadas ao balcão, e automaticamente dei um passo na sua direção. Mesmo eu sendo mais novo, era bem mais alto que Bella, fazendo assim que fosse necessário ela levantar a cabeça para poder falar comigo.

Bella levantou sua mão direita e a colocou em meu braço esquerdo. Como resposta a esse contato, sorri discretamente para ela. Quando a vi abrir a boca para falar algo, abaixei minha cabeça para poder ouvi-la.

— Você está gostando do show? – Ela perguntou.

— Sim, eles são muito bons. – Disse meia verdade, afinal eu não prestei muita atenção a eles, tinha algo muito mais interessante para olhar.

— Verdade. – Ela disse apertando o meu braço. – Eles são de Seattle, já tinha ido a um show deles. – Continuou.

— Então você é tipo uma fã deles? – Um pouco mais corajoso, coloquei a minha mão esquerda na sua cintura.

— Na verdade... Não. – Senti os seus lábios tocarem o lóbulo da minha orelha, me deixando arrepiado instantaneamente. – Essa é a segunda vez que assisto eles tocarem. Eu vim para curtir mesmo... E para ver você. – Sua resposta me deixou sem fala.

Fui despertado do meu transe ao senti-la se afastar de mim. Antes que eu pudesse ficar incomodado com o espaço entre nossos corpos, reparei que ela se afastou porque nossas bebidas haviam chegado.

— Aqui! – Ela me estendeu minha água e coca.

Enquanto eu tomava primeiro a minha coca, Bella abriu sua água e deu um gole bem generoso, tomando a garrafinha pela metade. Logo em seguida, ela começou a beber o seu refrigerante em uma velocidade mais lenta.

Ela encostou-se ao balcão novamente e, automaticamente, me aproximei dela de novo. Quando cheguei perto dela, ela fez o mesmo gesto, estendeu sua mão em minha direção colocando-a em meu braço.

— Curtindo muito as férias de verão? – Ela por fim perguntou, depois de um longo silêncio.

— Curtido do meu jeito. – Sorri.

— O que isso significa? – A curiosidade estava estampada em seu roto. – Muitas festas? Garotas aos seus pés? Bebidas proibidas? – Apesar de ela estar sorrindo, não consegui definir se ela estava brincando ou não.

— Na verdade eu não sou muito de festas. Nunca fui. – Ela olhou para mim um pouco incrédula. – Esse show é o lugar mais agitado que fui até agora. Mas tenho ido a La Push com frequência, isso significa luau algumas vezes.

— Isso é bom. Eu gosto de La Push... E também já participei de alguns luais. – Ela virou a coca na boca antes de continuar. A cada gole que ela dava, meus olhos seguiam o movimento de maneira quase hipnótica. – Porém, desde que voltei, ainda não fui a nenhum... O restaurante tem tomado bastante o meu tempo.

— Aviso a você quando tiver de novo. Se você puder ir, será um prazer ter sua companhia. – Wow... Estou me sentindo ousado!

Continuamos a conversar sobre nossas idas a La Push e isso levou aos nossos gostos musicais. Era engraçado ver ela se surpreender pelo tipo de música que eu gostava.

Ela finalmente terminou sua coca e colocou a garrafa em cima do balcão. Quando olhou para mim, ela levantou a sobrancelha de modo interrogatório.

— O que houve? – Resolvi perguntar para entender o que ela queria.

Ela desencostou do balcão, ficou na ponta dos pés e levou a boca para perto de minha orelha.

Meu corpo se arrepiou instantaneamente.

— Você quer voltar para perto de Alice? – Enquanto ela falava, seus lábios tocavam no meu lóbulo, fazendo meu coração acelerar igual a uma marcha.

— Hmm... – Pigarreei para limpar a garganta. – Eu... Hmmm... Na verdade... Não quero. – Em situações como aquela que a minha falta de experiência ficava evidente.

— Que bom. – Ela infelizmente se afastou. – Vem... Vamos para aquele canto ali. – Ela apontou para uns vinte metros de onde estávamos para um local com menos pessoas.

— Ok. – Disse.

— Vem. – Ela segurou minha mão e me puxou.

Quando chegamos ao nosso destino, ela se posicionou ao meu lado, um pouco mais perto de como estávamos mais cedo e voltou a curtir o show.

Coloquei a minha garrafinha de água dentro de um bolso da minha calça para ficar com as mãos livres. Depois de umas três músicas, em que minha concentração estava toda no palco, consegui notar o quanto eles eram realmente bons.

Voltei meus olhos para Bella e, logo em seguida, por um motivo desconhecido, os levantei na direção do bar. Sentado em um banco alto, encontrava-se um homem na faixa dos 25 anos, provavelmente que encarava Bella descaradamente. Sem conseguir evitar, fechei a cara em sua direção, mas infelizmente ele não notou, já que sua concentração estava toda nela.

Indignado com sua falta de respeito, afinal ela estava comigo... Quer dizer, não realmente comigo, mas também não estava totalmente sozinha, fiz algo totalmente impróprio. Estiquei o braço direito, sem tirar os olhos de cima do babaca, puxei Bella pela cintura e a coloquei na minha frente.

Ela se assustou pelo meu movimento brusco e deu um pulo assustado. A sua reação fez eu me tocar do que tinha acabado de fazer e me afastei dela rapidamente.

— Oh droga... – Abaixei a cabeça e coloquei minha mão na nuca. – Merda... Desculpe por isso Bella!

Ela se virou na minha direção com um olhar intrigado, mas não com raiva... O que me deixou surpreso.

— O que houve, Edward? – Ela me encarou.

— Hmmm... Nada! Me desculpe por isso de novo, Bella. – Mesmo negando algo, não consegui evitar olhar na direção do babaca com cara fechada.

Ela acompanhou meu olhar e franziu a testa. Não consegui decifrar a sua fisionomia.

— Entendi. – Ela falou bem baixinho. Consegui entender o que ela disse apenas porque meus olhos não saiam de seus lábios. – Não se preocupe, Edward. Eu estou aqui com você. — Suas palavras me fizeram arregalar um pouco meus olhos.

— Está? – Era tudo o que eu conseguia perguntar.

— Claro que estou. – Ela sorriu. Em um movimento bem ousado de sua parte, não que eu achasse ruim, ela circulou seus braços ao redor do meu pescoço e me puxou.

Tomado pela surpresa devido ao seu movimento, custei a notar seus lábios tocando os meus, mas quando eu finalmente me dei conta do que estava acontecendo, meu corpo reagiu.

Soltei um gemido do fundo da minha garganta e minhas mãos se agarraram em sua cintura, puxando seu corpo para junto do meu. Retribui o beijo com todo fogo que o meu corpo liberou.

Uma de suas mãos liberaram meus cabelos, correu por meus ombros, desceu por meu braço e foi em direção a minha costa, apertando meus músculos por onde passava. Voltou novamente para a minha nuca.

Enquanto isso, nossos lábios se movimentavam em sincronia. Seus lábios eram macios e suculentos e senti a mistura de coca e água. Uma combinação estranha, mas que por algum motivo, me deixou ainda mais excitado.

Quando o ar, infelizmente nos fez falta, nossas bocas se separaram. Mas, tomado pela coragem, eu não me afastei. Meus lábios beijaram seu queixo, em seguida fui para o seu pescoço, apliquei beijos um pouco mais molhados que o normal e inspirei seu perfume.

— Hmm... Bella! – Inspirei novamente.  – Você é tão cheirosa! E tem um gosto muito bom. – Mordi o seu lóbulo delicadamente e fui agraciado por um gemido.

- Você também tem um cheiro e um gosto muito bom. – Sua voz estava ofegante e entrecortada.

Sua voz me tirou o resto de controle que me sobrava. Agarrei sua nuca com uma de minhas mãos, enquanto a outra permaneceu em sua cintura, e puxei-a bruscamente, colando nossas bocas novamente.

Daquela vez, nosso beijo foi mais selvagem, faminto e sem pudor. A minha excitação nada discreta, ficou ainda mais evidente. Apertei seu corpo junto ao meu, nos esfregando.

Antes que pudéssemos fazer algo mais impróprio, fui despertado por uma claridade sufocante.

Separei-nos e olhei ao redor. Notei totalmente infeliz, que o show havia chegado ao fim e que a claridade sufocante eram as luzes acesas do ambiente.

— Merda! – Praguejei insatisfeito.

Bella apenas riu de mim. Olhei para ela, que ainda estava em meus braços, e não pude evitar retribuir o gesto.

— Não se preocupe. – Ela enfim disse me dando um selinho.

— Alice deve estar preocupada. – Enfiei a mão no bolso para verificar o celular. – Tem uma mensagem dela.

— O que diz? – Ela perguntou.

— Hey, onde vocês estão? – Virei o celular para ela ver. – Vou ligar para ela, fica mais fácil.

Fiz a ligação.

— Edward, onde vocês estão? – Não consegui dizer nem um alô.

— Estamos aqui perto do bar... Estava mais calmo. Bella preferiu ficar aqui e eu também. – Disse a ela. – Nos encontramos na saída. – Finalizei a ligação.

— O que ela disse?

— A mesma coisa da mensagem. Eu disse que vamos nos encontrar com ela na saída.

— Tudo bem. – Ela, infelizmente, se afastou de mim. Porém, para a minha alegria, segurou a minha mão. — Vamos? – Caminhamos lado a lado em direção à saída.

Quando já estávamos do lado de fora, lembrei-me da água no meu bolso.

— Você quer água? – Perguntei para ela. – Deve estar um pouco quente agora, mas ajuda a refrescar.

— Quero sim.

— Aqui. – Entreguei a ela.

— Obrigada! – Ela bebeu metade da garrafa e me entregou de volta. – Tome um pouco também.

— Obrigado. – Bebi um pouco.

Alcançamos Alice e seus amigos.

— Até que enfim! – Alice exclamou, não fazendo nenhum comentário sobre nossas mãos unidas. – O pessoal está a fim de ir comer uma pizza... Querem ir também?

 — Hmmm... – Bella olhou para mim. – Até que é uma boa ideia Alice, mas vou declinar.

Agora quem encarou Bella fui eu.

— Por quê? – Perguntei triste.

— Amanhã vou ter que resolver outras pendências do restaurante e preciso descansar um pouco... A viagem de volta ainda é um pouco longa. – Ela suspirou mostrando que também queria ficar um pouco mais.

— Tudo bem... – Suspirei conformado. – Eu entendo.

Soltei sua mão devagar, mas antes que elas estivessem totalmente desunidas, Bella agarrou a minha.

— Hey! – Ela se aproximou de mim. – Você quer me encontrar amanhã? – Sua voz estava um pouco insegura e não consegui imaginar por qual razão.

— Claro! – Respondi rapidamente. – Aonde você quer ir? — Seu rosto cora instantaneamente. — O que foi? – Ergui a minha mão e toquei o seu rosto. – Por que está ficando vermelha?

Ela mordeu os lábios e isso fez com que eu corresse meu polegar por eles.

— Eu estava pensando se você quer conhecer meu novo apartamento. – Ela desviou o olhar rapidamente. Ao ver a surpresa em meu rosto, algo inédito aconteceu. – N-Não é is... Isso... Não estou pen-pensando em nada impróprio. Mas como segunda vou trabalhar... Queria fazer algo mais tranquilo. Podemos apenas comer alguma coisa. Ver algum filme. – Ela falou tentando corrigir o que disse.

— Hey... Calma! – Não pude evitar sorrir da situação. O adolescente era eu. – Vai ser muito bom conhecer sua nova casa.

Ela soltou o ar com força.

— Ótimo! – Ela sorriu mais tranquila. – Depois eu te envio por mensagem o meu endereço.

— Você tem o meu número? – Perguntei surpreso.

Ela sorriu travessa.

— Na verdade, eu tenho sim. – Ela piscou para mim. – Eu pedi a Alice quando nos encontramos depois do jantar.

— Pelo menos um de nós tem mais coragem.

— O que você quer dizer?

— Que eu queria ter tido coragem de pedir seu número. – Agora quem corou fui eu.

Ela abriu um sorriso largo em minha direção.

— Oiii! – Despertei do nosso momento, olhei para o lado e vi Alice nos encarando com um sorriso no rosto. – Você vem, Edward?

— Já vou, Alice! – Voltei a olhar para Bella. – Bom... Tenho que ir. – Beijei sua bochecha antes de me afastar.

— Tchau. – Ela se aproximou e beijou meu rosto também. – Até amanhã.

[...]

A minha ansiedade fez com que eu acordasse muito cedo no domingo. Não podia deixar de lembrar que iria passar muitas horas sozinho com Bella. Meus pensamentos hormonais me faziam ter ideias nada inocentes.

Meus sonhos daquela noite foram ainda mais quentes. E muito mais realistas.

Depois de me aliviar no banho, voltei ao meu quarto para vestir uma roupa confortável e pude ir tomar café da manhã.

Meu toque de mensagem chamou minha atenção e meu coração entrou em macha.

Destravei meu celular e meu coração bateu ainda mais forte, ao ver que era uma mensagem de Bella.

Bom dia Edward :D

Espero que eu não acorde você... Aqui está o meu endereço. Vejo você mais tarde! :* – Sorri ao ver o beijo que ela me enviou.

Bom dia Bella.

Não se preocupe, já estou acordado... Até mais tarde. Beijos. – Guardei o celular ao enviar a minha mensagem.

As horas pareciam passar na velocidade de uma lesma. Imaginei que meu aniversário iria chegar primeiro, antes da hora em que havia marcado com Bella.

Quando o meu relógio marcou 17h, comecei a me arrumar. Às 17h40m sai de casa com a desculpa de que estava indo à casa de Jacob, já pré-avisado. Mesmo não imaginando como iria ser o nosso momento juntos, coloquei camisinhas na minha carteira.

Sonhar ainda não é crime. Pensei comigo mesmo.

Às 18h, bati na porta do apartamento de Bella.

— Oi, Edward! Que bom que você chegou! – Corri meus olhos pelo corpo de Bella. Ela estava usando um short jeans que batia na metade da coxa e também estava usando uma camisa branca soltinha. Simplesmente linda. – Entre... Por favor. – Ela deu espaço.

Engulo seco antes de entrar e disfarçadamente me ajeito sobre a calça. Dei uns passos para dentro de seu apartamento antes de me virar para ela.

— Se você quiser pode se sentar... – Ela apontou na direção do sofá.

— Claro... Obrigado! – Sentei nele.

— Eu vou aqui ao meu quarto terminar de desligar o meu computador. – Ela se aproximou e me dei um selinho.

— Tudo bem. – Sorri abobalhado.

— Já volto! — Ela correu em direção ao seu quarto.

Usei o tempo livre para analisar seu apartamento.

Ele era todo branco, com alguns quadros em sua maioria (saindo totalmente do clichê) de frutas e alguns tipos de pratos de comidas, e eram tão magníficos que nem ficavam estranhos em sua parede.

Entre esses quadros tinham algumas fotografias. Algumas de Bella e do chefe Swan. Algumas eu acredito que fossem de sua viagem. E em cada foto ela estava magnífica.

Sua sala era bem espaçosa, continha dois sofás também brancos, porém com alguns detalhes cinza. Do meu lado direito ficava a cozinha que se separava da sala por um balcão de mármore e pelo pouco que pude ver, era bem espaçosa. O que não era de estranhar, já que Bella era uma cozinheira de mão cheia.

— Voltei! – Ela surgiu do meu lado.

Sorri para ela, estiquei minha mão em sua direção e ela pegou rapidamente. Puxei-a delicadamente para sentar do meu lado.

— Oi. – Disse sentindo uma mistura de timidez e ousadia. – Tudo bem com você? – Mas antes que ela pudesse me responder, puxei seu rosto para um beijo.

Beijo esse que, apesar de todo o meu desejo de aprofundar, mantive delicado.

— Maravilhosamente bem. – Ela disse no fim de nosso beijo, sorrindo para mim.

— Seu apartamento é bem legal. – Olhei ao redor quando disse isso. – Combina perfeitamente com você.

— Obrigada! – Ela abriu um sorriso tímido. – Depois lhe mostro o resto dele.

[...]

Nossa noite foi perfeita e completamente diferente do que os meus hormônios adolescente desejavam. Ou seja, nós não batemos nenhuma parede, ela não se contorceu suada em baixo de mim e completamente nua. Mas ficar abraçado com ela, beijar aqueles lábios suculentos e escutar gemidos saindo de sua boca, foi mais do que magnífico. Tudo bem que eu tive um caso sério de bolas azuis, mas eu superaria.

Eu sei... Pareço uma bicha purpurina que acabou de encontrar o boy dos sonhos. Entretanto, estar com Bella daquele jeito me deixou em êxtase.

Em algum momento entres nossos infinitos beijos, Bella me levou para conhecer sua sala de vídeos, que era um quarto originalmente, mas que ela adaptou e converteu em uma sala de filmes. Nele tinha a maior televisão que eu já tinha visto, os sofás camas mais confortáveis em que já deitei e onde passamos a maior parte de nossa noite assistindo filme.

Bella preparou uma lasanha de frango deliciosa que comemos acompanhada de um suco que nunca provei na vida, uma mistura de frutas vermelhas.

Assistimos a dois filmes, completamente agarrados um no outro. Mas infelizmente nossa noite chegou ao fim.

— Tchau, Edward. – Ela me beijou carinhosamente no batente de sua porta. – Obrigada por vir. Nossa noite não poderia ser melhor.

— Tchau, Bella. – Sorri agarrado a sua cintura. – Obrigado por me convidar.

— Foi o meu prazer!

— Bom... Deixe-me ir mesmo, já está mais que na minha hora. – Beijei-a uma última vez. – Até depois!

— Até! – Ela disse ao me soltar.