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História Show Bar 2 - Uma Nova Noite - Viajando


Escrita por: ShellStories

Notas do Autor


A cada capítulos vocês notaram que há momentos na história onde se pede para escutar uma música. O objetivo é que ao lerem e escutarem a música, vocês possam sentir o momento, a emoção e a coreografia do trecho escrito. Experimentem! Tentem ler o trecho conforme a melodia da canção. Depois me contem a experiência.

Capítulo 1 - Viajando


Fanfic / Fanfiction Show Bar 2 - Uma Nova Noite - Viajando

Capítulo 1 - Viajando
 

O TREM

*Ouça a música: Travelin' On de Norah Jones nessa parte da história

Saí de casa sem sequer ao menos olhar para trás e me despedir de meu pai e ficava olhando no banco de trás do táxi a minha antiga casa se afastando. Minha alma não conseguia conviver com ele e sua nova família. Preciso viver minha própria jornada, viajar, conhecer pessoas. Ficar em casa cuidando dos meus meios irmãos não me ajudaria a realizar meus sonhos.

Nova Iorque deve ser um bom lugar para começar, ou pelo menos para pôr tudo em ordem.

O trem estava vazio, isso me permitia ficar concentrada na composição minhas canções, que um dia poderiam ser gravadas por uma grande cantora, talvez Rachel Platten ou Christina quem sabe. A paisagem do lado de fora era deslumbrante, a imensidão daquele vale acalmava qualquer um nessa Terra. Mas no fundo a preocupação tomava conta de meus pensamentos e ficava angustiada de tal forma que abraçava meu bloco de anotações enquanto as lágrimas desciam por todo meu rosto.

Talvez estejam se perguntando o motivo pelo qual estou fazendo isso. Do por quê estar abandonando minha família, amigos ou romances. Não sou o tipo de menina rebelde. Acontece que desde a morte da minha mãe, não consigo morar na casa na qual certamente ela viveu dias felizes até ser praticamente expulsa quando descobriu que meu pai a traía. Não mais! Aquela não era a vida que quero levar.

 

MEU APARTAMENTO

Quando cheguei em Port Chester, segui para o apartamento que minha mãe se mudara para viver longe do meu pai. O prédio era na esquina da rua e por fora parecia um pouco convidativo, mas só um pouquinho mesmo. Na porta do prédio um homem chamado Wander Sullivan me aguardava.

— Você de ser a Maressa.

— Sou eu mesma. Você é o dono?

— Dono? Claro que não! Sou apenas o agente Imobiliário.

— Ah sim, como pude não perceber antes!?

—Gosta de ser irônica, né? Igualzinha a sua mãe.

— Conheceu ela?

— Sim, Dora tinha uma certa peculiaridade em seu gosto musical, e agradava a todos. Só não entendi por quê a demora em vim receber o apartamento que ela te deixou, já faz sete meses desde que… (eu o interrompi)

— O quê? que ela morreu? Só demorei porque fui burra demais por deixar que outras pessoas decidissem por mim.

— Bem Maressa, vamos até o apartamento. Deixa que eu te ajudo com as malas.

Ele então pegou minhas duas maiores malas e me levou pelo o prédio. O apartamento ficava no quarto andar, então tivemos que nos esforçarmos um pouco. Quando chegamos no mesmo, Wander me passou as chaves e pediu para que abrisse a porta, o mesmo estava ofegante e tentava respirar. Ao abrir a porta, era como sentir a presença dela ali novamente, tudo, exatamente tudo ali me fazia lembrar dela. A decoração, os móveis sendo a maioria trabalhado em madeira e o perfume, tudo me deixava nostálgica.

Wander então deixou as malas no canto da sala.

— Bem Maressa, está entregue. Essa é sua sala, seguindo aquele corredor temos o quarto principal, logo em seguida o quarto de hóspedes, e no fim do corredor, o banheiro. Procure deixar as portas da varando fechadas, pois os pombos tendem a entrar. E antes que me esqueça, sua mãe pediu para que eu a entregasse essa carta. (Segurei a carta em minhas mãos, e via todo o carinho que ela teve ao escrevê-la, pois a carta estava lacrada com cera lilás, minha cor favorita). — Agora preciso ir, tenho uma visita pra realizar hoje.

— Tchau. (Fechei a porta e sentei no sofá para que pudesse ler)

 

A CARTA

Sentada ali mesmo no sofá, peguei a carta, tirei a cera e comecei a lê-la.

 

"Querida filha, não sei com quantos anos estará lendo esta carta. Porém, quero que saiba que nunca foi minha intenção deixá-la para viver com seu pai. Sempre a quis tê-la em meus braços, colocando-a para dormir por todas as noites e nos divertindo como sempre fazíamos. Já faz algum tempo que descobri que estava doente, e não poderia me curar. Por isso preparei tudo desde esse dia, para que pudesse confortá-la com o máximo de amor possível. Como bem sabe, não tenho muito dinheiro. Mas juntei um pouco e deixei dentro do cofre atrás do quadro de cachorros chow chow que mandei pintar para você. A senha é 930506. Use como bem entender, mas sempre de maneira sensata. Escreva suas canções, poesias, tudo que fizer, faça bem feito. Nunca desista de seus sonhos. Quando precisar, procure por Amélia Adkins e seu filho Diego, eles são amigos. Eles têm um bar na rua Sunset, eles ajudarão. Meus sinceros beijos e abraços, te amo."

Fui até o quadro que ela havia mencionado, e era lindo. Três cachorros, um preto, um marrom e um branco, como eu sempre quis ter. Retirei o quadro da parede e ali estava o cofre, digitei a senha e de fato o dinheiro estava lá. Tranquei o cofre deixando o dinheiro ainda lá e fui conhecer o restante da casa. Toda a choradeira durante a leitura da carta me deixou seca, fui para a cozinha beber água.

Em seguida segui para cada cômodo da casa para conhecer, o quarto principal era fascinante, o bom gosto da minha mãe estampava cada detalhe ali. segui para o quarto de hóspede. E quando abri a porta percebi que não havia hóspede, simplesmente era o quarto que minha mãe havia preparado para mim, com tanto amor e carinho, o papel de parede estilo hipster, os detalhes em tom lilás, simplesmente o meu mundo. E ali passei o restante de toda a noite, deitada em minha cama, sonhando com as estrelas que enxergava através da enorme janela do meu mais novo quarto.


Notas Finais


A cada capítulos vocês notaram que há momentos na história onde se pede para escutar uma música. O objetivo é que ao lerem e escutarem a música, vocês possam sentir o momento, a emoção e a coreografia do trecho escrito. Experimentem! Tentem ler o trecho conforme a melodia da canção. Depois me contem a experiência.


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