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História Shutdown - Segundo Turno


Escrita por: Pando-san

Notas do Autor


Yo. Mals a demora. Festas de fim de ano são uma loucura. Hehe! E também houve alguns, problemas pessoais aqui com o Pando. Mas aqui vai o capítulo.

Capítulo 7 - Segundo Turno


Quando Schmidt termina de comer, ele escova os dentes, penteia os cabelos e saí de seu apartamento trancando a porta. Ele segue rumo ao elevador, pressionando o botão para chamá-lo. Trinta segundos depois o som sereno e agudo, soa anunciando a chegada do elevador, as portas de aço se arrastam para a direita brevemente, abrindo caminho para Schmidt entrar. Na Freddy's, Christopher Charlie, ocupado com as tarefas diárias da pizzaria, mal percebeu o tempo passar. Haveria uma festa no local, bem no final de semana, Charlie precisava cuidar dos preparativos, além das tarefas financeiras, que são indispensáveis, para tudo funcionar nos eixos. Por isso, o loiro fica até tarde no local, quase todos os dias da semana. Sua atenção está aprofundada num monte papéis. Contabilidades do mês, salário dos funcionários, e documentações. O silêncio na sala era quebrado apenas, pelo relógio em sua mesa, que está ao lado de uma pelúcia do urso Freddy, que parecia o encarar persistente. As lentes do óculos de leitura, que Charlie pouco usa, refletiam a tela do monitor enquanto ele corria seus dedos sobre o teclado, digitalizando os documentos mais importantes. O homem deixa escapar um bocejo durante o processo de salvamento dos arquivos. Charlie solta o Mouse só ao desligar o PC. Ao se levantar da cadeira executiva preta, suas pernas a empurraram, fazendo-a se arrastar lentamente contra ele, enquanto toma seu terno que vestia o encosto da mesma. Jogando-o por cima do ombro, no mesmo momento que o mantia suspenso sobre os dedos indicador e anelar, Charlie seguia para a porta com os olhos levados ao chão, ele não prestava muita atenção em sua volta e assim seguiu pro seu carro. Quando ele entrou, um bocejo acaba escapando no mesmo tempo em que o girar da chave liga o motor. Com os faróis acesos, o carro parte, descendo a avenida. Tornando o estacionamento vazio, e a pizzaria deserta. Mas por pouco tempo, Schmidt acaba chegando poucos minutos depois. Usando fones de ouvido, ele entra no local, seus olhos logo se voltam para os animatrônicos no palco.

—Eu vo fica mais esperto dessa vez. Esperem só! —Com um sorriso desafiador, o homem segue para o vestiário cheio de confiança. Depois da troca de roupas, ele segue pra sua sala e se senta na cadeira lançando seus pés sobre a mesa. —Certo, aquele cara deve ter deixado mais uma mensagem no telefone. —Os olhos se voltam ao relógio sobre a parede. —Falta um minuto pras meia-noite...

Schmidt aguardava os segundos restantes para o início oficial de seu turno ansiosamente. As mensagens no telefone, foram programadas para serem tocadas apenas no início do turno. Não demora muito e o telefone começa a tocar, reproduzindo a mensagem do mesmo homem de ontem. 

Uhh, Olá? Olá? Uh, bem, se você está ouvindo isso é porque você se saiu muito bem ontem, uh, parabéns! Não vou falar tanto tempo dessa vez. Freddy e seus amigos tendem-se a se tornar mais ativos conforme a semana progride. Uhh, pode ser uma boa idéia espiar as câmeras enquanto eu falo, apenas para garantir que todos estão no seu devido lugar. Você sabe... Uh... Curiosamente, o próprio Freddy não sai fora do palco com muita frequência. Ouvi dizer que ele se torna muito mais ativo no escuro, porém, assim, hey, eu acho que é mais uma razão para não ficar sem energia, certo? Também quero enfatizar a importância de usar as luzes da porta. Há pontos cegos nas vistas das câmeras, e esses pontos cegos estão justo nas portas. Então, se... Se você não consegue encontrar algo, ou alguém, em suas câmeras, certifique-se de verificar as luzes da porta. Uh, você pode ter apenas alguns segundos para reagir... Uh, não que você estaria em perigo, é claro. Eu não estou insinuando que você estaria. Além disso, verifique a cortina no Pirate Cove de vez em quando. O personagem parece o único que se torna mais ativo se as câmeras permanecem desligadas por longos períodos de tempo. Eu acho que ele gosta de ser vigiado. Eu não sei. De qualquer forma, eu tenho certeza que você tem tudo sob controle! Uh, falarei com você em breve. 

O som prolongado mostrou que a ligação se encerra logo após o telefone ter sido colocado no gancho pelo homem que gravou os avisos e dicas. Ele, já é conhecido por Schmidt como, o Cara do Telefone. Schmidt olha por cima do tablet que monitora toda a pizzaria, aqueles espaços vazios ao lado de Freddy, não eram um bom sinal, por onde quer que os animatrônicos andem ou se escondam é inútil graças aos seus dispositivos e motores que fazem sons que entregam suas posições. Para poupar energia, o jovem homem desliga a tela do tablet por instantes. Ouvindo com atenção tudo em sua volta, ele se concentra ao máximo, percebendo cada ruído. No fim do corredor esquerdo, o personagem atrás das cortinas se mantém reclinado sobre a parede vigiando o lado de fora pela fresta das cortinas. A aparência surrada se vê por todo seu corpo, o tecido do peitoral rasgado e algumas partes da bermuda de um amarelo morto, furadas. A mão direita e o pulso já não tem mais o tecido que simula o pelo vermelho do raposo, jogado de qualquer jeito pelo chão. As pernas também já não tinham o mesmo tecido do joelho abaixo, sendo possível ver todo seu esqueleto de aço. A poeira cobria seu corpo, o gancho no lugar da mão direita reflete os raios lunares no único olho amarelado, não coberto por um tapa-olho. Os raios invadiam o pequeno local por uma janela cúbica com barras de ferro, como uma prisão. Aos poucos, sua cabeça se ergue e sua visão escapa pelas barras, vendo a noite de lua cheia repleta de estrelas. Por muitas vezes ele tinha testemunhado céus maravilhosos como aquele, e de certo modo, sonhava em vê-lo sem a maldita janela que lhe obstruída a visão, sonhava em poder sair daquela pizzaria onde está faz muito tempo, tanto, que já perdeu a conta. Seus olhos agora dourados pelos serenos raios da lua se fecham e a cabeça caí. Naquele tempo, tinha toda a liberdade para andar pelo local mesmo que fosse em horário de funcionamento e em modo livre, agora, não pode, mesmo a noite.

Ele está preso neste cortiço que chamam de Pirate Cove, de dia, é pelos funcionários. De noite, por Freddy e os outros. Decaindo lentamente ele está jogado ao esquecimento como um indigente, e tudo o que pode fazer é deplorar-se junto à companhia de sua velha amiga, a lua, que de vez enquando, quando não está chovendo, vem lhe visitar todas as noites para amenizar sua solidão e iluminar suas esperanças. A atenção é atraída por uma silhueta que vai e vem da sala de vigilância e dá passadas longas e pesadas, ele não entendia porque tantas visitas à sala, já que não haveria nada lá de importante, que soubesse. Por consequência, seus olhos se voltam onde paira na escuridão próxima ao teto, um ponto vermelho aceso abaixo da lente arredondada da câmera que se movimenta lentamente da direita para a esquerda, como olhos atentos espreitando incansavelmente cada movimento. A noite anterior do raposo, foi curta, e por isso, ele não sabia que fora contratado um novo vigilante para o turno da noite. Já presenciara incontáveis vezes, atrás de sua velha cortina, as desculpas e os falsos arrependimentos de Charlie as famílias das vítimas, os subornos as escondidas, e tudo mais que pudesse varrer as mortes dos anteriores à Schmidt pra baixo do tapete. É verdade que o próprio participou de sessões tortuosas aos que ousassem usar o uniforme de vigilante. As suplicas por suas vidas ainda pouco antes de suas mortes e os gritos repletos de agonia durante cada perfuro das spring locks que lhes rasgavam impiedosamente suas carnes e perfuravam seus órgãos, ainda perturbava-no, assolando sua consciência como uma marreta que destrói a rocha. Seu arrependimento e a abominação pelo que fora, era a prova de que sua piedade ainda existiria. Só então após voltar a se lembrar desta época, ele entendera que todos movimentos desenfreados dos outros eram para pegar aquele vigilante. Enquanto o sol se levantava ele não podia deixar tal coisa acontecer novamente, não queria mais presenciar aquele infinito ciclo de violência. Se pondo ao alto, ele reúne forças que jamais houvera para isso, e então, ele pula para fora de suas cortinas empoeiradas, correndo a toda velocidade sobre o corredor que terminava na sala daquele vigia que sequer, sabe seu nome, mas escolheu proteger-lo pelo resto de sua estadia naquele lugar. 


Notas Finais


Panda gosta da teoria onde Foxy é visto como um ser bondoso que só queria ajudar o vigia. Embora essa teoria já foi descartada, Pando quis mesmo reviver o Foxy bonzinho! Bem, esse foi o capítulo.

Abraços,

Panda


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