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História Shutdown - O Primeiro Turno


Escrita por: Pando-san

Notas do Autor


Opa, o Panda sumiu né? Mals aê. ^^'
Err... Ele vai tentar aumentar a frequência, mas, ele num promete nada. He he! Bem aqui vai o capítulo, enjoy!

Capítulo 5 - O Primeiro Turno


Passando pelas salas —que segundo Charlie— seriam as mais importantes, os dois enfim terminam seu tour num cômodo relativamente pequeno, mobiliado com uma cadeira de escritório de cor avermelhada, também há uma mesa de metal prateado que acolhe alguns monitores velhos e diversas outras coisas. 

—Ei, pra que esses controles? —Schmidt questionou apontando para dois grandes botões cúbicos, fixados ao lado esquerdo de uma das portas. 

—Hm?... Ah! Sim... Esses são os controles das portas. —Respondeu Charlie, distante. —Venha, vou lhe dar seu honrado uniforme. 

Schmidt embora tenha ficado confuso com a resposta do homem ele o seguiu sem qualquer objeção. Eles passam em frente do almoxarifado e cruzam o salão principal. Charlie tateia a maçaneta de uma porta de metal, a tinta cinzenta aparentemente está bem gasta. "Sala de manutenções, somente pessoal autorizado"... Tch! Lugar estranho pra ter um vestiário. Pensou Schmidt, ao ler a placa que deixou claro que o conteúdo daquela sala é estritamente proibido aos clientes. Finalmente quando Charlie abre a porta rangidos incessantes rompem o silêncio perturbador do salão deserto a não ser pela presença dos robos, chamados também de animatrônicos, e pela dos rapazes que adentram a sala de manutenção. Schmidt acaba enxergando de primeira um batente ao fundo da sala, com uma iluminação um tanto inferior as outras, logo depois, sua atenção foi atraída por diversas partes animatrônicas dispostas desde as prateleiras até o chão empoieirado manchado com algum tipo de resíduo, logo mais ao fundo, Schmidt vê uma mesa que aparentemente estava alí para fins óbvios como por exemplo, dispor partes mecânicas dos robôs. Charlie entrou na sala seguinte, ela tem um tamanho agradável e abriga cerca de quatro armários metálicos que tem fechaduras à chaves, um pouco à frente deles, um banco de madeira longo se estende percorrendo o corredor formado pelos armários. Schmidt penetra a sala com o pé direito, pisando levemente seu all-star esverdeado contra o piso ladrilhado em preto e branco seus olhos presos ao chão, erguem-se lentamente arrastando seu olhar pelo corpo de Charlie parando e focando exatamente na nuca do homem, que respira serenamente vagueando em algum pensamento pessoal que lhe distraí. Schmidt impaciente chama pelo nome do chefe, o trazendo a razão novamente. Charlie parece incomodado com algo, isso ficou claro para Schmidt no momento ao qual ele colocou os pés dentro desta pizzaria. 

—Enfim... E-este é o seu uniforme, espero que te sirva. —Charlie disse, abrindo uma das portas do armário.

—Hm... Sr Fazbear, tem algo, errado? —Schmidt fez a questão que ele próprio hestiava em fazer. Suas suspeitas eram de que o homem não quisese mesmo admitir-lo como seu funcionário. 

—Não, tá tudo bem, aqui, vista-se. Vou dar o seu tempo. —Enquanto falava, Charlie entregou o uniforme para Schmidt e saiu sem dizer mais nada, fechando a porta atrás de sí. Schmidt olha para o uniforme, suspirando ele começa a troca de roupas. Após alguns minutos, depois de uma guerra com a gravata, Schmidt finalmente está pronto, o traje de vigilante lhe caiu muito bem. Indo ao encontro de seu chefe Schmidt reclama.

—Cara, o odeio sapatos desse tipo, são tão apertados. —Se apoiando numa parede, o jovem leva um de seus dedos para dentro do sapato de bico fino. 

—Mike Schmidt, agora que está pronto, volte para seu escritório. —Charlie leva a mão para dentro de seu bolso, a voltando, enquanto segura um objeto prateado. É um relógio de bolso, Schmidt percebeu ao ver a corrente também prateada vinda do bolso de Charlie. —Seu turno começará há pouco. —O loiro termina fitando seu relógio.

Charlie tinha a expressão séria no rosto e falava sem olhar para Schmidt. E só então depois de ajeitar sua cartola na cabeça, o loiro caminha passos curtos, indo em direção à saída sendo assim perseguido por Schmidt. Quando Charlie puxa a maçaneta da porta feita inteiramente de vidro que dava para fora da pizzaria, uma brisa fria sopra seus rostos e, então, Charlie se despede de seu novo vigia noturno de um jeito cortês. O jovem Schmidt põe as mãos nos bolsos fitando o homem cruzar o estacionamento até seu carro, uma BMW modelo X5 de cor preta, era o único carro alí. Quando o carro finalmente desaparece numa esquina Schmidt baixa o olhar notando um molho de chaves preso a fechadura por uma chave, ao girar a mesma, trancando-a, Schmidt boceja e segue para sua sala, desligando as luzes dos cômodos ao qual ele passava. Logo as sombras tomaram a pizzaria. Schmidt entra no pequeno cômodo com duas portas e se senta sobre a cadeira, estalando os dedos da mão ele boceja. O relógio marca meia-noite e onze, Schmidt lança o olhar para o ventilador logo em sua direita. 

—Pra que esse troço!? —Fitando o objeto ele acaba sendo surpreendido pelo toque do telefone fixo. —CARAI!... Ai, ahn, que susto mano! —Deitando-se sobre o encosto da cadeira sua mão esquerda lhe cobre os olhos cerrados enquanto a outra cobre seu peito. 

O telefone ainda persistia, tocando e tocando, mas, Schmidt não atendeu. E logo foi tocada uma mensagem na secretária eletrônica. Uma voz masculina saiu no viva voz, hesitante.

Alô? Ahn... Alô? Uh, eu queria gravar uma mensagem para ajudá-lo a lidar em sua primeira noite. Hum, eu realmente trabalhei nesse escritório antes de você. Estou terminando minha última semana agora. Então, eu sei que pode ser um pouco opressivo, mas estou aqui para dizer que não há nada para se preocupar. Uh, você irá bem. Então, vamos apenas nos concentrar em sua primeira semana. Ok? Uh, vamos ver, em primeiro lugar, há uma saudação introdutória da empresa que eu deveria ler. Uh, é um tipo de coisa legal, você sabe. Hum, "Bem-vindo ao Freddy Fazbear Pizza

—Ah, não! —Schmidt disse já impaciente, ainda com a mão sobre os olhos.

Um lugar mágico para crianças e adultos igualmente, onde a fantasia e a diversão ganham vida. Fazbear Entertainment não é responsável por danos à propriedade ou pessoa. Ao descobrir que o dano ou a morte ocorreu, um relatório será apresentado no prazo de 90 dias, ou logo a propriedade e instalações vão ser cuidadosamente limpas e os tapetes serão substituídos." Blá, blá, blá, agora que pode parecer ruim, eu sei, mas não há realmente nada para se preocupar. Uh, os personagens animatrônicos aqui começam a ficar um pouco agitados à noite, mas eu posso culpá-los? Não. Se eu fosse forçado a cantar aquelas mesmas músicas estúpidas por trinta anos e nunca tomar um banho. Eu provavelmente ficaria um pouco irritado à noite também. 

Schmidt atentou-se, se recompondo na cadeira com os olhos arregalados ele repete.

—T-trinta anos?! Morte?!

Então, lembre-se, esses personagens tem um lugar especial nos corações das crianças e precisamos mostrar-lhes um pouco de respeito, certo?... Ok. Então, basta estar ciente, os personagens tendem a vagar um pouco. Uh, eles são deixados em algum tipo de modo livre à noite. Uh... Algo sobre seus servidores travarem se ficarem desligados por muito tempo. Uh, eles costumavam ser autorizados a andar por aí durante o dia também. Mas então houve a mordida de '87. Sim. É incrível que o corpo humano pode viver sem o lóbulo frontal, sabe? Uh, agora à sua segurança, o único risco real para você como vigia noturno aqui, se houver, é o fato de que esses personagens, uh, se acontecer de vê-lo provavelmente não vão reconhecê-lo como uma pessoa. Eles vão m-mais provável vê-lo como um endoesqueleto de metal sem seu traje. Agora, uma vez que é contra as regras aqui no Freddy Fazbear Pizza, eles provavelmente vão tentar... Vigorosamente força-lo dentro de um terno Freddy Fazbear. Hum, que não seria tão ruim se não fossem preenchidos com vigas, fios e dispositivos animatrônicos, especialmente em torno da área facial. Então, você pode imaginar como é ter sua cabeça pressionada dentro de um desses trajes. Poderia causar um pouco de desconforto... E de morte. Uh, as únicas partes de você que, provavelmente, veriam a luz do dia novamente seria seus olhos e boca, pela frente da máscara, heh. É... Eles não lhe dizem estas coisas quando você se inscreve. Mas hey, o primeiro dia é fácil. Eu vou conversar com você amanhã. Uh, verifique as câmeras, e lembre-se de fechar as portas apenas se for absolutamente necessário. Tem que economizar energia. Tudo bem, boa noite!

E-espera aí! Que porra que tá acontecendo!? Porque o Charlie não me falo nada disso? Ah, droga droga droga, isso não é nada bom. —Schmidt toma o tablet sobre a escrivaninha, o ligando. O aparelho iniciou o software de monitoramento por conta própria, dando a visão das câmeras por streaming diretamente na tela. —Tch! Não tem nada de mais por aqui. —Schmidt, cético, passa as costas da mão pela testa, suspirando de cabeça erguida ao teto. A câmera de segurança, aponta para os três animatrônicos, a falta de luz e a grande quantidade de sombras modifica a forma de como os robôs são vistos, dando um toque bizarro a cada um. Sem que Schmidt percebesse a câmera aparentemente parou de funcionar preenchendo tela do tablet com estáticas, sem demora a câmera volta ao seu foco, um dos animatrônicos já faltava naquele lugar, despercebido, Schmidt passa a olhar todas as câmeras disponíveis em todo o local.

—Sala De Manutenções, Pirate Cove, Banheiros, Corredores, Almoxarifado, Salão Princi... —Os olhos castanhos enxergaram algo, fazendo Schmidt se calar, e logo os olhos voltaram a semicerrarem foi então que o jovem comprovou o que todo o dito pelo homem no telefone era verídico. —Que. merda. É. Essa? —Ele sussurrava, enquanto um arrepio na coluna lhe subia. Schmidt jamais havera visto tal coisa, de fato, não se pudia ver muito do robô animatrônico, a cabeça está reclinada a extrema esquerda, o bico alaranjado, preenchido por dentes espaçados, está caído, como se estivesse montando um sorriso na face, revelando uma segunda dentição ao fundo de sua boca, a sobrancelha negra desenhada ao ápice da testa força uma expressão alegre no rosto do animatrônico. Os olhos arregalados e grandes, encaram diretamente a lente da câmera de segurança, como se estivessem vendo o próprio vigia através dela. Schmidt engole seco, olhando para ambas portas.

—Certo. Mantenha a calma, Mike, s-são só uns robôs de dois metros e oitenta, que, estão de boas. É, vai tudo ficar bem, contanto que, eles não venham pra cá. —Falou Schmidt à sí mesmo.

Schmidt pensou ter escutado alguma coisa, e por puro instinto, ele corre para fechar as duas portas. Socando os botões Door as chapas de aço bruto surgem do topo do batente indo com toda a velocidade em direção ao chão, onde são amortecidas, por uma fresta do mesmo aço. Ofegante, e ainda mais assustado, Schmidt repousa suas costas contra a porta esquerda, a qual acabara de fechar-la. Mesmo ele tentando conter a tremedeira do corpo, seus joelhos e mãos, insistem em tremular. 

—Mas que droga... —Suspirando fundo, Schmidt toma seu tempo, encostando a nuca na porta de aço e respirando fundo várias vezes. —Tá, tá legal. Tô bem. —Ao se recompor, o jovem nota o tablet caído sobre o chão e caminha até o centro da sala para pega-lo. Assim que o fez, uma silhueta se desenha ao lado de fora daquele vidro ao lado da porta. Duas orelhas longas transcendem o topo de sua cabeça. O olhar do ser, se permaneceu preso em Schmidt, até que a atenção é atraída por uma segunda presença logo ao fim do corredor, uma silhueta mais baixa que a do coelho e gorda está o aguardando, a cartola entre as duas orelhas levemente arrendondadas em cima da cabeça, se destacara em meio ao breu que pouco se enxerga, as pupilas emitem uma penetrante luz esbranquiçada, que vacila, e perdem a intensidade de iluminação em alguns segundos, falhando ou até mesmo, se auto desligando. Virando-se para a outra presença, dando passadas lentas e longas, a silhueta de coelho segue até a figura de urso.

Ao tomar o tablet, que havia caido de tela, Schmidt nota que uma rachadura se formou no canto superior direito dela, atrapalhado a visão de alguns elementos no software de vigilância.

—Pssh, putz! Nossa, fu... —Schmidt é interrompido por um som distinto, parecido com um grupo de crianças comemorando eufóricas, na tela trincada do tablet, o horário, 6:00AM, recebe uma chuva de confetes estrelados de várias cores e tamanhos. —... Ahn? —O homem crava seus olhos na tela sem saber como reagir, ele apenas desvia o olhar coçando a nuca. —Hehe, acho que meu turno acabo. 

A cabeça dele martela levemente, os olhos quase fechados, coçam, e vários bocejos são lançados, resultado de um relógio biológico ainda em fase de ajustes. Schmidt coloca o tablet sobre a mesa, ao lado do telefone, e abre uma das portas, com uma certa aflição ele coloca a cabeça para fora do cômodo, ele podia enxergar a luz do sol invadindo todo o salão principal e consequentemente, uma parte do corredor também. Está vazio. Após um suspiro de alívio o homem sai de sua sala muito mais tranquilo. Caminhando passos curtos e leves Schmidt cruza o corredor e entra no salão principal onde encontra os três animatrônicos dispostos do mesmo modo ao qual Schmidt havia visto quando chegou aqui horas antes. Tch! Vocês acham que vão de me deixa louco? Podem esquecer. Pensou Schmidt soltando um sorriso de canto ao olhar os animatrônicos, enquanto segue para o vestiário para trocar suas roupas. Após ter-lo feito, Schmidt toma rumo à saída, ele fita o estacionamento na tentativa de encontrar a BMW de Charlie, mas falhou, não há nenhum carro sequer no estacionamento ou passando na frente da pizzaria. Schmidt bufa pelo nariz revirando os olhos, em seguida, tranca as portas da entrada e enfia o molho de chaves dentro do bolso de sua calça jeans e segue para casa, cansado, e pensando sobre os acontecimentos. 


Notas Finais


Puf! Esse foi o capítulo, nos vemos no próximo.

Abraços,

Pando.


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